Professora Regina – minha primeira professora!!!

Através dos grupos de WhatsApp tomei conhecimento do falecimento da Professora Regina. Nos últimos anos, sempre estava “esbarrando” com ela pelo Pátio da Matriz, sobretudo,  logo nas primeiras horas da manhã, por ocasião de nossas respectivas atividades físicas – eu correndo, ela caminhando.

Regina foi a minha primeira professora. Encaminhou-me às primeiras letras. Juntamente como minhas irmãs mais novas – as gêmeas Alzira e Laura – estudei lá, na sua “escola”,  no  início da década de 1970.

Já com os meus 56 anos emplacados, ainda guardo muitas lembranças desse tempo. Recreio no Pátio da Matriz, festas de “São João” da escola,  realizadas  no Clube Abanadores “O Leão”, aulas de catecismo e etc. Tudo isso  disponíveis à consultas,  arquivadas nas pastas da minha  memória.

Há quase dez anos, por ocasião do meu ingresso, na qualidade de acadêmico,   na AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – em ato religioso, realizado na Igreja  Matriz de Santo Antão, fiz questão de agradece-la  e registrar o momento, dizendo, à época, que se conseguia,  com certa desenvoltura, transmitir meus pensamentos através da escrita, deveria  lembrar que quando adentrei, pela primeira vez, na Escola Externato Sagrado Coração de Jesus,  nem sabia juntar o “B” com “A”.,

Portanto, com pesar, registro o falecimento da professora Regina – minha primeira professora!!!

 

19 de abril: Dia dos Povos Indígenas – por @historia_em_retalhos.

Desde a aprovação da Lei n.° 14.402/2022, não se deve mais utilizar a expressão “Dia do Índio”.

Mas, por quê ?

Isso porque o termo “índio”, além de reforçar um estereótipo de que todos os povos indígenas são iguais, reforça uma ideia de que são seres do passado ou selvagens.

O estereótipo do ‘índio’, em verdade, alimenta a discriminação, que, por sua vez, instiga a violência física e o esbulho de suas terras.

Isso pode parecer mero preciosíssimo ou algo superficial, mas não é.

A expressão indígena, lado outro, que significa ‘originário’, ou ‘nativo de um local específico’, valoriza a diversidade de culturas que há em todos os povos originários das Américas.

Viva o Dia dos Povos Indígenas ou Originários!

Na foto, a obra “Guerreiro Azteca”, de Paulo Costa, talhada em madeira de jaqueira.

Paulo Costa é um artista de Olinda/PE, cujo atelier fica na Rua Prudente de Moraes, no Carmo.
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CONCURSO LITERÁRIO – Osman Lins

PARTICIPE DO CONCURSO E GANHE PRÊMIOS E CERTIFICADOS

 CONCURSO LITERÁRIO PROMOVIDO PELO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO E PELA ACADEMIA VITORIENSE DE LETRAS, ARTES E CIÊNCIA.

De 1 de março a 15 de junho DE 2024.

As entidades acima promovem um Concurso Literário, em homenagem ao centenário do nascimento do escritor antonense Osman Lins. O concurso tem por finalidade homenagear o preclaro escritor e estimular a arte literária em Vitória de Santo Antão.

REGULAMENTO:

1º – Para se inscrever, o trabalho deve ser encaminhado para o Instituto ou Academia em três vias. As vias, devem ser colocados em envelope grande e identificado apenas por pseudônimo, escolhido pelo concorrente. As inscrições deverão ser feitas no período de 01 de março a 15 de junho do corrente ano, impreterivelmente. Serão indeferidos os trabalhos postados ou entregues após a data limite.

Parágrafo único – O concorrente que se identificar será automaticamente desclassificado. Deverá constar apenas o pseudônimo.

2º – As inscrições, que são gratuitas, poderão ser feitas no Instituto Histórico e Geográfico ou na Academia, localizados à Rua Imperial no bairro da Matriz.

3º – Junto ao trabalho inscrito deve ser anexado em envelope pequeno lacrado, a ficha de inscrição, devidamente preenchida, contendo todos os dados solicitados, sendo: nome completo, idade, número do documento de identidade (RG), CPF, endereço completo, telefone para contato, e-mail e pseudônimo usado.

4º – O participante que não preencher corretamente a ficha de inscrição, conforme os artigos 1º e 3º, estará automaticamente desclassificado.

5º – Os trabalhos poderão abordar um dos seguintes temas: a – aspectos da vida do Osman Lins; b- análise de um dos livros do homenageado; c- importância do Osman Lins e da sua obra para Vitória de Santo Antão; d – o que diria/pensaria Osman Lins sobre Vitória de Santo Antão, caso a revisitasse nos dias atuais?  Os textos deverão ser escritos em língua portuguesa, podendo conter de uma a cinco páginas em papel tamanho ofício, digitados com espaço duplo em fonte times new roman, tamanho 12.

6º – Cada participante poderá concorrer com um só trabalho. Após a conclusão do concurso, uma via ficará no arquivo do Instituto e as demais serão incineradas.

7º – Os trabalhos serão analisados e julgados por professores e/ ou escritores qualificados para este fim, convidados pela Comissão Organizadora.

8º – A premiação será no dia 05 de julho de 2024, no Silogeu, em  horário a ser definido pela Comissão Organizadora.

9º – Haverá, além do certificado, uma premiação para os cinco primeiros trabalhos classificados:

– Primeiro lugar: R$ 1.000,00 (hum mil reais); – Segundo lugar: R$ 600,00 (seiscentos reais); – Terceiro lugar: 500,00 (quinhentos reais);- Quarto lugar: 400,00 (quatrocentos reais);- Quinto lugar: 300,00 (trezentos reais)

Parágrafo único: – Todos os inscritos receberão certificado de participação.

10º – Poderão concorrer, alunos matriculados no Ensino Fundamental 2 e no Ensino Médio, das escolas públicas e privadas, da cidade da Vitória de Santo Antão.

11º – A Comissão Julgadora guiará seu trabalho a partir dos seguintes critérios: domínio do idioma, objetividade, clareza do texto e pesquisa histórica.

12º – A Comissão Julgadora terá absoluta liberdade de avaliação, não cabendo nenhum tipo de recurso contra o resultado que vier a proclamar.

13º – Caberá à Comissão Julgadora contatar os classificados.

14º – O resultado será divulgado na imprensa antonense até o dia 30 de junho de 2024.

15º – A inscrição do concorrente implica na prévia e integral concordância com as normas do presente Edital.

16º – O material enviado no ato da inscrição não será devolvido.

17º – O descumprimento das obrigações e regras constantes do presente Edital, por qualquer participante, implicará na sua eliminação imediata.

18º – Os casos omissos serão decididos em conjunto pela Comissão Julgadora e pelas Diretorias do Instituto e da Academia.

Comissão Organizadora: Antônio Fernando do Nascimento, Pedro Ferrer de Morais e Serafim Lemos Nascimento.

Comissão Julgadora: Sócios e ou Acadêmicos: historiador Cristiano V. Barros (Pilako), professor Rafael Augusto, professora Fátima Santos.

Vitória de Santo Antão, 01 de março de 2024.

 

 

 

 

A filmagem completa do PIRRITA – homenageado da 3ª edição da Corrida da Vitória!

Dentro do planejamento e do compromisso em sempre homenagear um atleta da nossa cidade, em 2024, à 3ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, o escolhido foi o  nosso  PIRRITA. De origem humilde, através do amor e à dedicação ao esporte, o mesmo  avançou na vida profissional, após várias atividades, chegando a participar da Olímpiadas, ocorridas no Brasil, especificamente na cidade do Rio de Janeiro. Abaixo, portanto, segue os quatro vídeos gravados com nosso homenageado. Veja os vídeos…

Reunião ordinária da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

A AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – realizou na do domingo (14) mais uma reunião reunião ordinária, em sua sede, localizada no bairro da Matriz. Entre outros pontos da pauta, palestrou aos presentes a Imortal Leila Medeiros.

No contexto do mês (abril),   que celebra o movimento mundial de informação sobre Transtorno do Espectro Autista, Leila, que também é psicóloga clínica, realçou os avanços no diagnóstico, tratamento e leis que envolve a questão. Um bom esclarecimento!

Osman Lins:100 anos – por Marcus Prado

Não pretende sair desse artigo uma análise da obra marcadamente inovadora e plural de Osman Lins (1924–2024), as expectativas nela depositadas desde os primeiros livros e a sua presença na literatura de idioma português dos nossos dias. Ficará para outro momento a sua relação com autores estrangeiros, sua dimensão psicológica e metafísica, a sua participação no Suplemento Literário do Diário de Pernambuco, fase de Mauro Mota. Neste ano do seu centenário podemos dizer que a eternidade de Osman Lins está na sua literatura. Ele a usava como razão da sua existência comprometida com o social, como plenificação da sua vida.

Falarei do Osman obstinado, impetuoso e discreto que eu conheci na casa paterna, em Vitória de Santo Antão (Rua do Rosário, 40), a poucos metros do pátio da Matriz; na casa da tia Laura, casada com Antônio Figueiredo (Rua André Vidal de Negreiros, 36); na casa do professor José Aragão (Rua do Rosário, 300), de quem Osman Lins receberia os primeiros incentivos para o domínio da palavra e da criação literária. (Durante a sua trajetória intelectual, nas entrevistas sobre a sua formação de escritor, o nome do mestre vitoriense era sempre lembrado com carinho). Vultos humanos, aqui lembrados, ficariam para sempre na moldura das afetividades do escritor.

Desejo lembrar o Osman Lins do engenho Tomé nas divisas dos plantios de cana-de-açúcar de Glória do Goitá e Vitória de Santo Antão, perto do Monte das Tabocas. (Já era famoso nesse tempo o Maracatu Camelo Manso, do engenho Tomé). Não foi menino de engenho como José Lins do Rego, mas sabia da previsão e a hora do banguê, da lenha para o forno, da extração do caldo (a garapa); das fornalhas – onde o caldo de cana era fervido e purificado em tachos de cobre; a casa de purgar – onde o açúcar era branqueado. Todo esse equipamento do Tomé, um engenho de fogo-morto, é o mesmo ainda hoje: a casa-grande, o quarto de dormir, a cama de solteiro, a cadeira de balanço. (Fotografei tudo isso, além de outras cenas, sobre Osman Lins na sua terra natal, para uma exposição no MAC/Olinda/2012, com a curadoria de Célia Labanca).

Foi nesse engenho que viria motivar, anos depois, o esboço da famosa peça teatral Lisbela e o Prisioneiro. Conheci a “Lisbela” de verdade, uma bela mulher de cabelos louros, de tradicional família vitoriense do bairro de Santo Antão. Deram-lhe o apelido de “Martha Rocha”, a loura mais famosa do Brasil de sua época. A história real, antes de virar peça de teatro de grande sucesso e conquistar o público do cinema, aconteceu com a chegada, em Vitória, do circo Nerino. O belo trapezista apaixonou-se pela fã ao ponto de trocar o seu trapézio por outro feito com as malhas da paixão. Para que a história real virasse ficção, o namoro foi rejeitado com severas proibições pelos pais da moça.

Era um homem sem ressentimentos, cordial, simples, sabia como raros fazer amigos e cultivar amizades. Era possuidor de intensa fé e profundo amor pela literatura. A sua grande paixão foi a palavra, instrumento primordial da sua obra. Disse-me um dia, na varanda de sua casa, que seria capaz de passar uma semana inteira em busca da palavra almejada. O estilo na esteira do filão modernista ignora a pompa dos adjetivos e a terminologia pedante.

Estou sabendo que o deputado vitoriense Joaquim Lira solicitou uma sessão solene na Assembleia Legislativa para celebrar esse centenário.

Marcus Prado – jornalista

“O Salvador da Pátria” – por @historia_em_retalhos.

Uma das maiores audiências da história da teledramaturgia brasileira, a novela “O Salvador da Pátria” foi sucesso absoluto de crítica, ocupando, segundo o IBOPE, a terceira colocação entre as tramas mais assistidas da TV nacional (atrás de Tieta e Roque Santeiro).

O que pouca gente sabe, porém, é que a novela teve o seu final alterado.

Isso mesmo.

Depois de 21 anos de ditadura militar, o país, enfim, voltaria a ter eleições diretas para presidente da República naquele ano.

Em entrevista à Folha de São Paulo, anos depois, o autor Lauro César Muniz relatou que foi obrigado a modificar o final da trama, dando um destino diferente ao protagonista Sassá Mutema, interpretado por Lima Duarte.

Segundo ele, dizia-se à época que, dada a origem humilde de ambos, havia uma semelhança biográfica entre Sassá Mutema e o líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva.

Na versão original da novela, o boia-fria analfabeto Sassá seria eleito prefeito da fictícia Tangará e, depois, tornar-se-ia presidente do Brasil.

Grupos políticos, então, pressionaram a cúpula da Rede Globo para não dar tal triunfo ao personagem.

O motivo era supostamente não beneficiar Lula na eleição contra Fernando Collor, que acabou sagrando-se vencedor.

Assim, Muniz redirecionou a abordagem do tema político para o policial, envolvendo uma organização do narcotráfico, que, ao final, seria denunciada por Sassá.

Sabias dessa?

Naquele mesmo ano, também, a Globo foi acusada de utilizar a novela “Que Rei Sou Eu?” como um instrumento de propaganda em favor do desconhecido Fernando Collor.

A telenovela apresentava o personagem Pichot como um vilão, cujas características eram induzidas para aproximarem-se, subliminarmente, da imagem do metalúrgico Lula, vale dizer, um popular, barbudo, supostamente inapto ao cargo, que chegaria ao poder para ser manipulado pelo bruxo Ravengar.

Do outro lado, estava o personagem de Jean Pierre, o mocinho, jovem, messiânico, performático, bem articulado e portador de virtudes morais de um verdadeiro “salvador da pátria”.

Definitivamente, não é de hoje que as telenovelas são instrumentos de propaganda eleitoral no Brasil.
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A História de PIRRITA – homenageado da 3ª edição da Corrida da Vitória!

Dentro do planejamento e do compromisso em sempre homenagear um atleta da nossa cidade, em 2024, à 3ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, o escolhido foi o  nosso  PIRRITA. De origem humilde, através do amor e à dedicação ao esporte, o mesmo  avançou na vida profissional, após várias atividades, chegando a participar da Olímpiadas, ocorridas no Brasil, especificamente na cidade do Rio de Janeiro. Doravante, em vários vídeos, postaremos um pouco da sua história, contada por ele mesmo. Veja o vídeo

Alcoólicos Anônimos da Vitória – um breve relato…

Recebi, ontem (10), da colega Imortal da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência -, Marie Cavalcantti, um “panfleto” realçando um fato curioso, ocorrido na nossa cidade, envolvendo a história do A.A. antonense. Abaixo, portanto, segue as informações recebidas.

“A primeira mulher a fazer parte do AA em Vitória foi Noêmia Barnabé como participante honorífica. Foi entitulado madrinha do AA. Ela não era alcoolista mas pediu para fazer parte dessa associação para ajudar os dependentes químicos e muito o fez . Sua participação dentro do AA foi bastante frutífera com vários depoimentos . Atuando por mais de 25 anos”

Marie Cavalcantti. 

3º Corrida da Vitória – Educação Patrimonial.

Qualificada como uma das praças mais bonitas do interior de Pernambuco a Praça da Restauração, inaugurada pelo então prefeito Manoel de Holanda, em 24 de janeiro de 1954, em 2024,  chegou aos seus 70 anos, sem perder sua majestade,  ou seja: continua um espaço moderno e agradável.

Vale lembrar, também, que  sua denominação e data de inauguração carregam em si a bandeira do simbolismo. Em 1954, por ocasião das comemorações do Tricentenário da chamada “Restauração Pernambucana”, movimento épico ocorrido em terras pernambucanas, deflagrado,  efetivamente,  no nosso Monte das Tabocas,  em 03 de agosto de 1645, alguns espaços importantes foram “batizados” com essa “grife”, isto é: “Restauração” – o Hospital da Restauração, em Recife, é o exemplo mais famoso.

Portanto, para realçar a passagem dos 70 anos da nossa Praça da Restauração, resolvemos, por ocasião da 3ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, estampar, na medalha e troféu,  uma réplica da ponte que adorna o seu canteiro central. É assim, com sentimento, conhecimento e ação concreta que contribuímos para o fortalecimento da tão esquecida “Educação Patrimonial”. Viva os 70 anos da nossa Praça da Restauração.

 

 

Narciso Ferreira dos Santos Neto, conhecido como Narcisinho – por @historia_em_retalhos.

3 de julho de 1991.

O jovem Narciso Ferreira dos Santos Neto, conhecido como Narcisinho, tinha apenas 12 anos, quando foi raptado na cidade de Carpina/PE, ao retornar para casa da escola.

A notícia logo se espalhou e o clima de comoção paralisou o pacato e recém-emancipado município da zona da mata norte de Pernambuco.

Pouco tempo depois, os sequestradores entraram em contato com a família e exigiram a quantia de 3 milhões de cruzeiros pelo resgate.

Na época, era uma fortuna.

Desesperado, o pai do menino, Narciso Ferreira, recorreu à ajuda da população e à própria prefeitura, conseguindo angariar o valor do resgate.

O garoto, contudo, não apareceu.

Seis meses após o desaparecimento, uma ossada fora encontrada no Engenho Trapuá, no município vizinho de Tracunhaém.

A perícia concluiu que os restos mortais seriam de uma “pessoa do sexo masculino, com idade entre 11 e 14 anos e estatura em torno de 1.40m”.

Após análise da arcada dentária, foi divulgado que o corpo pertenceria a Narcisinho.

Várias pessoas foram acusadas de participar do sequestro, entre elas, Ronaldo, tio do garoto, José Agrício de Souza, policial civil (foto), Edílson José, amigo de Agrício, e Nivaldo Cavalcanti, que seria pistoleiro.

Sem encontrar Nivaldo, a polícia prendeu os três suspeitos, os quais, ao fim, foram condenados a mais de 30 anos de prisão.

Uma reviravolta, porém, estava por vir.

Oito anos após as condenações, um exame de DNA concluiu que a ossada encontrada não pertencia ao menino.

Os acusados Ronaldo, Agrício e Edílson foram novamente julgados e, desta vez, absolvidos.

Mesmo após essas descobertas, ainda não se sabe, ao certo, o que aconteceu com Narcisinho e se ele realmente foi assassinado.

A família ficou profundamente dividida e a sequência de erros do sistema de justiça tornou o caso um dos maiores mistérios da história de Pernambuco.

Até hoje, muitas pessoas acreditam que o pai do jovem estaria diretamente envolvido com o caso.

Questina-se o fato de que o pai de Narcisinho estava com uma grande dívida, que, coincidentemente, era do mesmo valor pedido no resgate: 3 milhões de cruzeiros.

Com um detalhe: esse valor foi pago, em grande parte, com dinheiro público.
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Além disso, foi muito criticada a postura do pai do menino de utilizar a imagem do filho desaparecido em sua campanha política para a prefeitura de Tracunhaém, na qual se sagrou vencedor.
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Agora, o detalhe mais intrigante: pouco antes do suposto sequestro, a irmã e o pai de Narcisinho viajaram para o exterior e, desde então, os pais do jovem viajam com certa frequência para fora, o que contribui muito para suscitar ainda mais dúvidas sobre o caso.
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Muitas pessoas acreditam que Narcisinho está vivo e morando nos EUA, hoje, com 45 anos de idade.
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A seu favor, Narciso pai afirmava que o fato de o DNA ter dado negativo não significava que o garoto estava vivo, nem que os condenados seriam inocentes, sustentando, ainda, que o túmulo de seu filho havia sofrido violação.
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Uma coisa é certa: o corpo de Narcisinho jamais foi encontrado e, até hoje, 33 anos depois, tudo segue sem solução.
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No ano 2000, a CPI do Narcotráfico reabriu o caso, sem também apresentar conclusões.
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Onde está Narcisinho❓
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A quem interessar, recomendo o podcast “Café com Crime: caso Narcisinho, o maior enigma policial de Pernambuco”.🎙️
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Ailton Krenak – por @historia_em_retalhos.

Em noite histórica, Ailton Krenak toma posse na Academia Brasileira de Letras, 37 anos após impactar o país em discurso na Assembleia Nacional Constituinte em 1987.

Usando uma bandana indígena junto com o fardão, afirmou:

“Eu não sou mais do que um, mas eu posso invocar os 300. Nesse caso, os 305 povos que nos últimos 30 anos do nosso país passaram a ter a disposição de dizer “estou aqui””.

Foi uma noite de quebra de protocolos e formalismos.

Os convidados degustaram uma sopa com bases indígenas: água de bica, mandioca, banana da terra, banana verde e cogumelos shitake criados no tronco.

A Casa de Machado de Assis, que ao longo da sua história teve como missão a preservação e o desenvolvimento de um único idioma, o português, finalmente, abre os seus horizontes para as mais de 180 línguas dos povos originários deste país.

Esse é o encontro do Brasil consigo mesmo.

Parabéns, @_ailtonkrenak.
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3ª Corrida e Caminhada da Vitória: inscrições encerradas!!!

Com a primeira postagem realizada no dia 15 de novembro –  confirmando à data do evento –  demos inicio ao processo de efetivação visando a 3ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, que terá sua culminância no domingo, dia 28 de abril do corrente.

Concebido para agradar atletas nos mais variados estágios de condicionamento físico, o evento avançou e ampliou seu raio atuação, ou seja: um evento para congregar pessoas simpáticas ao estilo da chamada “Vida Saudável”.

Com efeito, hoje,  05 de abril, nas mais diversas plataformas de comunicação, anunciamos o enceramento das inscrições. Fruto de um trabalho sério, com planejamento e profissionalismo, aproveitamos para agradecer aos nossos patrocinadores e também aos atletas envolvidos. “Vamos Simbora”  que ainda tem,  até o dia do “ encontro esportivo”,  muito trabalho pela frente…..

3º lote: Corrida e Caminhada da Vitória – 28 de abril…

3ª Corrida da Vitória – 28 de abril de 2024. Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h. Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino. Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado Primeira faixa etária: até 39 anos. Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos. Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos. Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos. Quinta faixa etária: dos 70 a mais. OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO! Inscrições on-line: www.uptempo.com.br Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773 Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória. Valor Inscrição: Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 105,00 Kit sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 90,00 3º LOTE ATÉ ESGOTAREM AS INSCRIÇÕES

Para mais informações: 9.9420.9773

Vitória – Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

Registramos na tarde de ontem (02) uma manifestação plural, ocorrida  pelas ruas centrais da cidade e que teve sua culminância na Praça da Restauração, localizada no bairro do Livramento, para justamente celebrara passagem do Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

O evento, sintonizado com sentimento global, entre outros objetivos, se propôs a provocar, no bom sentido da palavra, a sociedade para o processo de inclusão: TEA – Transtorno do Espectro Autista.

Um tesouro da Terra Santa – por Marcus Prado.

Não há, nem nunca houve, ao longo de muitos séculos, um território tão disputado pelos peregrinos no mundo cristão, na Semana Santa, como o de Jerusalém. Ali, entre numerosas sugestões turísticas, passando por Santiago de Compostela, perto da Cidade Velha de Jerusalém, centro e teatro do mundo, será visto o mais rico acervo histórico, preservado, sob rigorosa vigilância, inclusive contra atentados de qualquer natureza: o tesouro do Terra Sancta Museum. Um Museu soberbamente concebido e edificado, altamente representativo do Cristianismo, único, composto de peças, a começar, da época do Senhor Salvador Mundo, perto do Jardim de Getsêmani, o local da grande dor, do sofrimento propiciatório e voluntário, que teve papel importante na história e foi cenário de acontecimentos narrados na Bíblia.
Baseio-me no que tenho em mãos, o precioso catálogo de uma exposição desse Museu, editado pela poderosa Fundação Calouste Gulbenkin (Lisboa/2024). Não é só um catálogo, não diz tudo o que Museu guarda: è uma obra-prima de edição gráfica, capa dura, feito por grandes iniciados na pesquisa histórica. Para uma peregrinação, nesta hora, infelizmente, não se recomenda. O noticiário internacional nos diz que não há peregrinação onde não existe Paz.
A documentação do catálogo é composta de presentes de reis católicos da Europa: Espanha, França, Portugal, Sacro Império Romano-Germanico, Reino de Nápoles, além de objetos dos primeiros tempos do Cristianismo. Peças sem equivalentes em qualquer lugar. É o caso de numerosas lâmpadas em ouro, uma delas, a oferecida por Dom Joao V, de Portugal, que pôde escapar às devastações do terremoto de 1755. Vejo um frontal de altar, dotado de profundidade de campo, marcadamente escultórico, realizado em Nápoles (1731); a Santa Cruz de Constantinopla; um relicário em ouro, em forma de cruz, adornado com safiras e diamantes; um tríptico de beleza imponente da apresentação do Menino no Templo; candelabros em esmalte, com detalhe para técnica e o conhecimento de esmaltadores limusinos; importantes conjuntos de peças de ourivesaria com decoração complexa de filigrana, mostram prodigioso exemplo de sincretismo cultural; uma bacia dourada de lava-pés; conjuntos de ricos paramentos que evocam episódios da paixão; vários píxides de extrema beleza; um impressionante báculo pastoral de prata dourada, ornado com gemas engastadas e flores-de-lis. O conjunto de documentos, manuscritos valiosos, mapas, um belo Livro de Horas (Roma, 1410), para mim, um tesouro dentro de outro tesouro, com letras capitulares quase iguais (ou da mesma escola e estilo) às de um Missal, que fotografei, inteiro, na biblioteca (fechadíssima) do Seminário Maior de Olinda. (A biblioteca do Padre Antônio Vieira, do bispo Azevedo Coutinho, de Frei Caneca). Uma relíquia, no gênero, as suas iluminuras, talvez único no Brasil. (Salvo milagrosamente durante a fúria destruidora dos invasores holandeses em Olinda e Recife). Letras capitulares, as do Livro de Horas, feitas pelo mestre iluminador Bedford, que viveu em Paris durante o século XV. Tem mais: como o bloco monolítico que representa o Santo Sepulcro. Tudo nesse Museu é um tesouro.
PS: 1 – Dedico esta crônica à memória do poeta e escritor português Nuno Júdice, recentemente falecido. Pela sua obra, pela sua amizade à cultura brasileira e pelo legado intelectual, como editor, da Revista Colóquio Letras (Fundação Calouste Gulbenkian).
2 – Sou grato ao poeta José Rodrigues de Paiva e ao professor Lúcio Ferreira, ambos de passagem pela Gulbenkian (Lisboa), que muito se empenharam para que fosse possível a leitura que fiz desse Catálogo monumental.

Marcus Prado – jornalista

NÁUTICO 0 x 2 SPORT – por Sosígenes Bittencourt.


A Diretoria do Náutico é responsável pelo Ovo de Chocolate com que o Sport presenteou o Clube dos Aflitos. A torcida única também é culpada pela baderna estabelecida. Não havia motivo para os bárbaros quererem descontar a raiva na Polícia.

Contudo, o craque em destaque foi o cara que encarnou a previsão do cineasta Andy Warhol: No futuro, todo mundo será famoso durante 15 minutos.

Sosígenes Bittencourt

Este é Fernando Soares Lyra – por @historia_em_retalhos.

Filho do ex-prefeito de Caruaru, João Soares Lyra Filho, Fernando cresceu naquela cidade no seio de uma família tradicional, da qual também fazem parte o seu irmão, o ex-governador de Pernambuco João Lyra Neto, e a atual governadora do estado, Raquel Lyra, sua sobrinha.

Combativo e eloquente, Fernando começou a sua carreira política no MDB, sigla pela qual foi eleito deputado federal em 1970, 1974 e 1978.

Em 1971, fundou, junto com Chico Pinto (BA), Alencar Furtado (PR), Marcos Freire (PE) e outros, o grupo dos “autênticos do MDB”, única frente parlamentar que fazia oposição de verdade à ditadura militar.

Figura central do período histórico das “Diretas Já”, Fernando tornou-se homem de confiança de Tancredo Neves, ocupando o papel de coordenador político de sua campanha ao Planalto em 1985.

Com a morte de Tancredo, José Sarney, seu vice, respeitou a indicação do mineiro e manteve a nomeação de Lyra para o Ministério da Justiça, tendo o pernambucano levado consigo uma equipe de notáveis, dentre eles, Cristóvam Buarque (chefe de gabinete) e José Paulo Cavalcanti Filho (secretário geral).

Na noite de 29 de julho de 1985, apenas 98 dias após a morte de Tancredo, Lyra oficializou a medida mais importante de sua gestão à frente do MJ: o fim da mordaça e da repressão à liberdade de expressão, em um ato público que reuniu mais de 700 artistas, intelectuais, produtores culturais e jornalistas no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro.

Empunhando um simbólico tesourão, o ministro da Justiça declarou extinta a censura no Brasil, com a sua substituíção por um Conselho Nacional da Defesa da Liberdade de Expressão, cujos integrantes, em vez de proibirem livros, filmes, músicas, peças etc passariam a submetê-los a um sistema classificatório por faixa etária.

Euforia no salão.

“Quem tem medo da liberdade?”, indagou Darcy Ribeiro, então vice-governador do Rio.

No que ele próprio (Darcy) respondeu: “um grupo pequeno, minoritário, mas sempre perigoso”.

Pelas mãos do bacharel de Caruaru, estava decretado o fim da censura no Brasil.

#ditaduranuncamais
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