5ª edição da Corrida e Caminhada da Vitória – 26 de abril 2026!!!

SAVE THE DATE! 
A 5ª Corrida da Vitória já tem data marcada! 

No dia 26 de abril de 2026, Vitória de Santo Antão será palco de mais uma grande celebração do esporte, reunindo atletas, famílias e apaixonados por corrida de rua. 

Prepare-se para viver uma manhã de energia, superação e movimento!
Data: 26/04/2026
Local: Vitória de Santo Antão – PE

Em breve, divulgaremos todas as informações sobre inscrições, percursos e novidades desta edição.

Marque na agenda e venha fazer parte da 5ª Corrida da Vitória!

AVLAC realizou mais reunião ordinária…

Na manhã do domingo (09), em sua sede,  localizada no bairro da Matriz, os membros da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – participaram de mais uma reunião ordinária.

Na ocasião, além do tradicional “momento acadêmico”, espaço reservado aos “imortais”, as escritoras convidadas Janaina F. Silva e Soraia Ferreira expuseram seus últimos trabalhos literários.

Momento Pitú: “Garçom, tem Pitú”? A cachaça de 87 anos que virou hino nacional nas mãos (e nos gogós!) de Laércia Dantas!

De um engenho de Pernambuco para o Brasil inteiro a Pitú, criada em 1938, ganhou o mundo e agora brinda com Laércia Dantas, a musa etílica que transformou um gole em fenômeno viral!

Genteee! O Brasil parou, o garçom congelou e a internet entornou o copo com ela: Laércia Dantas, a mulher que perguntou “Garçom, tem Pitú?” e sem querer reviveu uma marca com 87 anos de história!

Pois é, meu amor, a Pitú, nascida lá em Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco, é praticamente uma vovó destilada do Brasil. Criada em 1938 pelos visionários Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer e José Ferrer de Moraes, ela começou humilde engarrafando vinagre e bebidas de maracujá até se tornar rainha da cana-de-açúcar.

O nome veio de um camarãozinho de rio, o “pitú”, e desde os anos 1950, a marca só fez crescer. Nos anos 1970, a aguardente começou a ser exportada e hoje está em mais de 50 países, de Portugal ao México, da Alemanha à Argentina. Uma verdadeira embaixadora da alegria líquida nacional!

Mas quem precisava de comercial quando o Brasil tem Laércia Dantas? A cantora de Picos, no Piauí, juntou teclado, sofrência e carisma, e deu à Pitú o maior marketing espontâneo da década!

Com o bordão que virou meme, ela ressuscitou uma marca quase centenária e colocou o Nordeste e a cachaça no topo das trends!

“Garçom, tem Pitú?” virou sinônimo de tudo o que a gente ama: drama, humor e um gole de coragem!

Hoje, a Pitú segue firme, com 18.500 m² de fábrica em Pernambuco e uma fila de visitantes curiosos pra ver de perto onde nasce a magia. Enquanto isso, Laércia brinda nas redes com 1 milhão de seguidores no Instagram e quase 750 mil no TikTok, provando que a boa música, a boa história e a boa dose são, sim, exportação garantida!

Texto reprodução (Kátia Flávia). 

Pitú: o sol líquido que aquece ainda mais Pernambuco e conquista a Europa.

A Pitú está presente em mais de 50 países , sendo uma das marcas de cachaça mais consumida no mundo
Há bebidas que apenas passam pela garganta. E há aquelas que passam pela história. A Pitú é dessas — clara e intensa como o meio-dia de Vitória de Santo Antão, onde nasceu. É o fogo que o Nordeste aprendeu a domar, a energia engarrafada de um povo que resiste sorrindo.

Eu era mais jovem quando viajei para a Argentina com dois amigos. Não esperava que o meu sotaque despertasse tanta curiosidade. “Brasil?”, perguntavam, e logo emendavam: “Seleção e caipirinha!”.

Porém, o que mais me surpreendia era o detalhe: eles falavam “caipirinha com Pitú”, como quem cita algo muito especial. Fiquei emocionada. Lá, a milhares de quilômetros do Recife, descobri que a cachaça da minha terra já tinha atravessado fronteiras antes de mim.

Eu, que nunca fui de bebidas quentes — já me bastam os dois sóis do Recife e a perda da vesícula —, guardo um ritual simples para os dias frios da Várzea, onde moro: Pitú gelada, pura, com limão. Sem pressa, de gole em gole. Para mim, também é a chave que abre a roda de samba (ou da ciranda), ou bebida certa para as vitórias do Santa Cruz.

Sabe o Soju, bebida destilada tão comum entre as dorameiras do Brasil? Pois bem, acho a Pitú mais gostosa, além de ser a bala de prata da alegria.

Quando o orgulho veio de fora

Entre 2023 e 2024, participei de uma reunião com o então cônsul-geral britânico no Recife, Graham Tidey, um visionário e cidadão de Pernambuco. Entre conversas sobre economia e cultura, ele comentou com o então secretário Alberes Lopes que o gosto da nossa Pitú era melhor que o de bons uísques europeus.

Saí daquela sala sentindo o peso leve do orgulho. Durante anos, vi a cachaça ser tratada como bebida menor — coisa de boteco de esquina. Ouvir um diplomata inglês exaltá-la como joia foi como ver o mundo corrigindo um equívoco antigo. É no boteco e na mesa do trabalhador, aliás, que os melhores sabores são descobertos.

A nascente e o nome

A história da Pitú começa onde a cana encontra a água. Nos anos 1930, um riacho chamado Pitú cortava as terras férteis de Vitória de Santo Antão. O nome vinha do crustáceo abundante na região — símbolo de vida, movimento e resistência.

Foi ali que as famílias Ferrer de Morais e Cândido Carneiro decidiram transformar a cana em herança. O que começou artesanalmente virou império, mas sem pressa: a mesma água, o mesmo cuidado, o mesmo brilho dourado.

Quase um século depois, a empresa segue nas mãos das novas gerações, produzindo mais de 90 milhões de litros por ano. Cada garrafa carrega o cheiro da terra, o barulho dos engenhos e um tanto da luz que cobre os canaviais ao entardecer.

A excelência da Pitú não nasce por acaso. É cuidada, medida e sentida em cada etapa — da cana recém-cortada ao copo do consumidor. Nos laboratórios da fábrica, a ciência se alia à tradição: o aroma é avaliado com rigor no Laboratório de Análise Sensorial; no Central, os técnicos examinam cada detalhe físico e químico; e no de Produção, todos os insumos passam por controle minucioso antes do envase. Um ritual moderno que garante que cada garrafa conserve o mesmo sabor que atravessa gerações.

O sol engarrafado que ilumina a Europa

Na Alemanha, campanha publicitária foca público jovem |  Foto: Reprodução

Na Alemanha, agora, a Pitú é vista como artigo de prestígio. Lá, ela divide espaço nas prateleiras com uísques e vodkas de renome. No exterior, o mercado alemão é o principal destino da bebida, responsável por quase todas as exportações da marca.

A parceria com uma empresa familiar de Berlim levou a cachaça pernambucana a ganhar corpo europeu — mesmo longe da cana, ela continua brasileira na alma.

Neste país europeu, a marca lançou a Caipirinha Pitú, pronta para beber, voltada especialmente aos jovens que buscam praticidade sem abrir mão do sabor. A campanha — leve, divertida e moderna — tem feito sucesso nas redes sociais, traduzindo em outra língua o mesmo espírito de espontaneidade e calor que nasceu em Vitória de Santo Antão.

Neste ano, as campanhas “Feel Pitú” e “líder do mercado europeu no segmento de cachaça” conquistaram o público jovem com humor e espontaneidade. O saxofonista André Schnura, que virou meme durante a Eurocopa de 2024, é um dos rostos da nova fase da marca. É o Brasil em ritmo de festa, mas sem caricatura.

A Pitú aprendeu a modernizar sem se perder. Do sabor puro da tradicional às versões mais sofisticadas, como a Premium e a Vitoriosa — homenagem à cidade natal —, ela continua fiel à sua origem e ostenta a liderança do mercado Norte e Nordeste.

Recentemente, a Pitú ampliou seu portfólio com novidades que unem tradição e frescor: o coquetel alcoólico Pitú Mel e Limão, de sabor marcante e tropical, e a linha Pitú Remix, que traz versões ice pensadas para um público mais jovem e urbano, com tom cosmopolita, sem trair suas raízes.

O ouro líquido do Nordeste

A Pitú é mais que cachaça. É metáfora engarrafada de um povo que aprendeu a destilar o próprio calor. É o líquido que carrega o som do frevo, o suor do canavial, a ternura da beira de rio. Tem gosto de festa, mas também de memória. Tem a força do interior e o frescor do litoral.

Por isso, quando alguém em outro país diz “caipirinha”, eu sorrio.

É como ouvir o Recife falar em outra língua.

O sol líquido de Pernambuco continua atravessando oceanos — e cada gole é um lembrete de quem somos.

PS: Beba com moderação!

Reprodução – Tribunaonline