Forró de Severina – Nordestinos do Forró

Ouça a música FORRÓ DE SEVERINA, composta por Aldenisio Tavares e Samuka Voice, na voz de “Nordestinos do Forró”.

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Aldenisio Tavares

Momento Cultural – GUSTAVO FERRER CARNEIRO

Despercebidos

E inocentes

Lá vem os arrepios

Mexer com a alma da gente

Outra vez as sensações

A vontade de um carinho

Mais profundo

De um beijo guardado

De saudade do mundo

Que vivemos conscientemente

E que fica para sempre em nossas lembranças

Entre sussurros, recordo momentos

E não me arrependo

De atos ou fatos vividos

Mesmo que loucos ou transgredidos

Pois meu corpo em sintonia

Agradece ao teu em constante harmonia

E talvez por pura teimosia

Não paro de te amar

E de sentir tua falta

Não tenho pressa

Tenho calma

Quero conhecer não só teu corpo

Mas tua alma

Para isso, te imploro,

Me beija, teu beijo é um presente

Que adoro

E o teu abraço

Deixa meu corpo ardente

Te amando sem cansaço

Um beijo amado

Que vai subindo e vai descendo

Desliza no meio das nádegas

Sobe pelas costas

Até encontrar tua nuca

Teus cabelos afastando

Tuas orelhas volteando

Arrepiando e buscando

Teus lábios entreabertos

Com essa sede de viver

Aguenta, coração

Experimenta a sedução

Tenta e atenta

Nessa total imensidão

Abusa

Elambuza

Tiro a roupa

Te deixo louca

Sua

Suor salgado

Sal impregnado

Tua pele na minha

Minha carne na tua

Em meus lábios

Me matas a sede

Na fonte dos teus prazeres

Sede de meu tesão

Pura transgressão

Teu sexo

No meu sexo

Infringindo preconceitos

Ou regras

Braços e abraços

Bocas e línguas

Desejos hostis

Deixa correr

Deixa rolar

Na cama ou na lama

Na vontade de te amar

Vamos

Agora a sempre

Amar pensando no mundo

Um você e eu, juntos

Um gozo que seja profundo

No amor em um corpo único…

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 19).

Forró de Severina – Nordestinos do Forró

Ouça a música FORRÓ DE SEVERINA, composta por Aldenisio Tavares e Samuka Voice, na voz de “Nordestinos do Forró”.

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Aldenisio Tavares

O Profeta Gentileza – Por Wedson Garcia.

Em recente passagem pela cidade do Rio de Janeiro, me deparei com as obras de arte urbana das quais eu já havia lido muito a respeito e também já tinha apreciado pessoalmente em visitas anteriores à cidade maravilhosa. Trata-se da arte do profeta Gentileza, que deu uma aula de humildade e amor ao próximo em um passado recente. Gentileza se foi, mas seus ensinamentos permanecem vivos e restaurados nas ruas de várias cidades brasileiras, principalmente nas do estado da Guanabara. Em meio a tantos discursos de ódio e preconceitos que circulam na internet e na vida cotidiana dos brasileiros, deixo aqui um texto do Carlos, que tem a intenção de manter viva a memória desse ser iluminado que poucos brasileiros conhecem. Que nós possamos nos espelhar em Gentileza, não necessariamente seguindo os mesmos passos que ele, mas fazendo o mínimo: respeitando o próximo e suas diferenças.

“O profeta Gentileza ou José Agradecido foi figura marcante no Rio de Janeiro e em algumas cidades do Brasil por onde passou. Ele ganhou esse título porque vivia pregando o amor e a paz. Além disso, jamais dizia a palavra “obrigado”, pois, segundo ele, esse termo vinha de “obrigação”. Por isso, preferia dizer “agradecido” e, no lugar de “por favor”, optava pela expressão “por gentileza”. O profeta Gentileza era um empresário de transportes quando, no início da década de 1960, um circo pegou fogo em Niterói, vitimando centenas de pessoas dois dias antes do Natal. Naquele dia, ele disse ter ouvido “vozes” mandando largar o capitalismo e todo apego material. O futuro profeta pegou, então, um de seus caminhões e partiu rumo a Niterói. Durante anos, fez das cinzas e das marcas do incêndio no chão uma plantação de flores e passou a pregar nas barcas Rio-Niterói, deixando para sempre uma marca na cidade.

O profeta também pintou mensagens de paz, amor e gentileza nas pilastras do viaduto do Caju – o lugar mais cinza, feio e sem vida da cidade do Rio de Janeiro. A avenida que vai do cemitério até a rodoviária ficou marcada com seus dizeres inesquecíveis pintados em preto, verde e amarelo em um fundo branco. As mensagens foram pintadas no alto para serem lidas pelas pessoas mais humildes que chegam de ônibus da baixada e de Niterói. Muitos estranham a forma singular de sua escrita e não a entendem até hoje, mas ele escrevia muitas palavras de forma diferente. Amor com um R só era material. Já com três Rs (“amorrr”) tinha uma simbologia distinta – um R era do Pai, o outro, do filho e o último, do Espírito Santo. Gentileza foi pintando as dezenas de pilastras da avenida e acabou por promover uma das maiores intervenções urbanas de arte na cidade do Rio de Janeiro. Certo dia, as “autoridades” mandaram cobrir todo o trabalho do profeta com tinta cinza. Só a partir desse momento, a sociedade reagiu. Aqueles que pensavam que apenas Gentileza gostava de ler as próprias mensagens se enganaram: pessoas de destaque se levantaram contra a violência das autoridades de apagar seu trabalho artístico.

Hoje, Gentileza é o nome da praça da rodoviária, que fica bem ao lado de sua arte restaurada. Sua vida virou filme, livro e tese em faculdades. Uma Organização Não Governamental (ONG) foi criada no Rio e passou a ser chamada de Rio de Gentileza. A Escola de Samba Grande Rio fez de

Gentileza seu enredo através das mãos de Joãozinho Trinta. Mas, talvez, a homenagem mais famosa ao profeta seja a música Gentileza, de Marisa Monte. ”

Link: música Gentileza, de Marisa Monte. Homenagem ao profeta Gentileza. https://www.youtube.com/watch?v=Rr4W_wF0nso

Wedson Garcia é ator e diretor de teatro com bacharel em Administração Pela Faculdade Metropolitana do Recife. Estudante do curso de licenciatura plena em história da Universidade Estácio. Contribui para o desenvolvimento teatral da cidade de Vitória de Santo Antão, estando a frente do Núcleo de Pesquisa Cênica de Pernambuco.
Contato: wedsongarcia@hotmail.com

Zezé do Forró canta “Querida” de Aldenisio Tavares

Do novo CD de Zezé do Forró, ouça a música QUERIDA, de autoria Aldenisio Tavares.

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Aldenisio Tavares