Fragmento: pensamento do professor Aragão, quando completou 90 anos.

Pensamento emitido pelo professor Aragão quando completou 90 anos:

 “Agradecer a Deus ter nascido brasileiro, pernambucano e na Vitória de Santo Antão, cidade à qual dedicou toda a sua vida, solicitando, afinal, que os vitorienses dessem continuidade afetiva e todo apoio ao nosso Instituto Histórico e Geográfico”. – José Aragão.

Pedro Ferrer

A quem interessar possa

Estava em viagem à terra do poeta Gonçalves Dias onde tive oportunidade de visitar os Lençóis Maranhenses e a aprazível cidade de Alcântara.

Ao chegar em casa encontrei um exemplar do jornal “A Verdade”. Aí começa a razão dessas linhas.

Li, na edição de março, do Jornal “A Verdade”, uma crítica do jornalista Ibirapuã Bayma ao livro “História da Vitória de Santo Antão,1983 a 2010” a qual provocou uma justa reação do jornalista João Álvares e que o amigo Bayma teve a delicadeza de publicá-la. Como coordenador do livro sinto-me na obrigação de entrar nesse pagode, ou melhor, nesse forró.

Amigo Ibirapuã, vou tratá-lo sem formalidade. Concordo com você, o livro tem várias, diria mesmo, muitas falhas.

Vamos agora refrescar nossas memórias. O garoto se esqueceu que fazia parte do grupo editorial? Que recebeu alguns capítulos (anos) para escrever e que os devolveu passando a pelota para outro? E que foi Pedro Ferrer, esse seu criado, a rogo de João Álvares, que assumiu o trabalho que você não realizou? Não entro no mérito da sua desistência.

Duas vezes sentei-me com João Álvares e dra. Diva Holanda, para fazermos minuciosa revisão do conteúdo da obra. Graças, a este minucioso trabalho, conseguimos reduzir muitas falhas e injustiças.

Você já pensou como seria importante você não ter desistido? Se há falhas, a culpa é unicamente sua, pois você com sua capacidade de escritor e de jornalista as teria debelado. Foi uma pena, realmente lamentável, não ter contado com você até ao final.

Você fica intimado a participar da próxima edição e aí, e aí, e aí, tenho certeza, que todas os erros e omissões, serão eliminados.

Pedro Ferrer

São duas!

Em janeiro os jornais Globo e Folha de São Paulo publicaram matéria sobre uma britânica que tem duas vaginas. Uma cirurgia poderia remover a membrana extra que separa as duas e ela ficaria apenas com uma. Não sei se o Sosígenes concordaria com tal medida ou decisão. Felizmente a Hazel, nome da privilegiada, decidiu permanecer com as duas vaginas. Mais ainda, ela tem dois úteros e dois colos. A anomalia, (que deveria ser o normal), é uma condição pouco comum e é conhecida como “uterus didelphys”. Ela contou ter perdido a virgindade duas vezes e que seu namorado adora a situação. Recentemente ela recusou 1 milhão de dólares para fazer filme pornô.

Pedro Ferrer

Abelhas

Equilíbrio biológico, cadeia alimentar, biodiversidade, desenvolvimento sustentável são termos técnicos incorporados no dia e usados até pelas crianças que se iniciam nas primeiras letras. É isso, meu amigo, não é que as abelhas estão sumindos! Só faltava essa. Os apicultores de Santa Catarina estão deveras preocupados, com o desaparecimento dos laboriosos insetos. A mesma preocupação tomou conta do  Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Não é só a queda na produção do delicioso e nutritivo mel que preocupa os cientistas e ambientalistas. As abelhas são importantíssimas na polinização das flores, consequentemente fundamentais para a produção agrícola. Estudos recentes admitem, como fator principal do problema, o uso de pesticidas. Mais outras causas são admitidas: parasitas, doenças e a redução do habitat e das fontes nutritivas. Salvar o meio ambiente é uma preocupação de todos.

Pedro Ferrer

Novos Acadêmicos

A Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência que tem como presidenta a professora Severina Andrade Moura, deu posse, no dia 14 de abril, no teatro Silogeu, aos seus novos acadêmicos: Gasparina Pereira de Miranda, Rafael Augusto de Oliveira, Savana Tavares dos Santos e Serafim Lemos que ocuparm as cadeiras vacantes que tem, respectivamente, como patronos: José Augusto Ferrer de Morais, Demócrito de Olinda, Aluísio de Melo Xavier e João Cleofas de Oliveira. Bom público prestigiou a bela solenidade que congregou os intelectuais vitorienses amigos das artes.

Foi uma sessão simples, mas cheia de ardor e vibração. A sessão foi aberta com a execução do Hino Nacional, seguido de rápidas palavras da presidenta. Na sequência, o acadêmico Pedro Ferrer, que teve sua noite de mestre de cerimônia, convidou a acadêmica Lúcia Martins para fazer a apresentação dos novos imortais que subiram ao palco para prestarem o juramento de fidelidade ao estatuto e ao regimento da Academia, seguido da outorga dos diplomas e dos fardões. Empossados, cada acadêmico teve a oportunidade de prestar uma homenagem ao seu patrono e de esboçar sua alegria e satisfação de ingresso na ostentosa Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

Com seu espírito jovial e leve sainete irônico a presidenta prognosticou, em sua elocução derradeira, o sucesso da Academia, que não está inerte, apesar das defecções, sempre lamentadas, de alguns companheiros de início de jornada. Cantou-se, no final, o Hino da Vitória. Um delicioso coquetel foi servido aos presentes. Mereceu destaque a saudação da acadêmica Gasparina Pereira de Miranda ao seu patrono José Augusto Ferrer de Morais.

Pedro Ferrer

Diário de Viagens

As praias do Caribe são realmente bonitas, não chegam a ser a oitava maravilha do mundo, mas que são bonitas,  é uma verdade. Seu maior e principal destaque é a transparência e o azul celestial de suas águas. Nada vi igual até hoje, pelos recantos por onde circulei. Outro ponto de destaque é a rede hoteleira formada de numerosos hotéis de luxo. São vinte quilômetros de avenida costeira só de hoteis. Oferecem uma infra estrutura que estamos longe de atingir.

Não vi mendigos, nem flanelinhas, o que é bem estranho, visto o México carregar problemas sociais idênticos aos nossos. A impressão que fica, é que eles não permitem a circulação de mendigos nas áreas turísticas, escondendo esta chaga social.

Pedro Ferrer

Qualquer semelhança, é pura coincidência.

Leia abaixo o texto publicado no O Lidador de 24 de setembro de 1904, assinado pelo Coronel Manoel Tavares de Lima:

Quando assumi o exercício do cargo de prefeito, encontrei o município em péssimas condições financeiras, por quanto existia naquela época uma dívida passiva de grande importância, do que vos fiz cientes apresentando-vos um mapa demonstrativo de toda ela, o que ainda reproduzo desta vez. Consegui (satisfaz-me em dizer) pagar toda a dívida, que encontrei e manter com seus vencimentos em dia todos os funcionários e empregados do município e ainda fazer algumas obras as quais foram: reparos, caiação e pintura no prédio da prefeitura. Reconstrução das casas que servem nesta cidade de mercados de açúcar e farinha. Calçada reboco, caiação… e outros serviços na cidade¨. – Coronel Manoel Tavares de Lima

Será que qualquer semelhança, é pura coincidência?

Comentários sobre o Carnaval – Parte 03

Imagem Ilustrativa - R7

O sábado de Zé Pereira, dia 17, foi marcado por um temporal, melhor, um dilúvio. Mesmo com todo o aguaceiro, os foliões que prestigiavam o desfile do “É Tesão”, não arredaram o pé. A chuva prolongou-se com menos intensidade pelo domingo. Na segunda feira,  o sol já deu as caras. A terça foi brilhante com a “Girafa” e o “Marias e Lampiões”. Três pontos chamaram-me a atenção neste carnaval: o espírito ordeiro do povo (ninguém invadiu ou pisou os canteiros da praça da Matriz), a grande participação da massa e as diversas opções de lazer colocadas nas ruas pelos clubes e a prefeitura. Esta teve a fantástica ideia de colocar uma bandinha arrodeando a praça da Matriz, quebrando o silêncio e o marasmo. Continuamos a achar que a prefeitura deveria chegar mais perto dos clubes tradicionais da noite: “O Camelo”, “O Cisne” e “O Leão”. O primeiro saiu miseravelmente. Um trapo. Nem de longe lembrou o  fausto e o luxo de outrora. O Cisne, um pouquinho menos ruim.  “O Leão”, tão desanimado, nem chegou a rugir. Se a prefeitura deseja recuperar o carnaval das Alegorias e dos Bichos tem que sentar, conversar e abrir seus cofres. Os clubes noturnos, especialmente os três citados, incluiria ainda os “Ursos Branco e Preto”, necessitam de maior apoio por parte da municipalidade para recuperarmos o brilho e o fascínio dos nossos carnavais. Será um trabalho lento, gradual, a longo prazo. Finalizando. O fracasso da noite de abertura que pairava como um espectro, foi varrido e exorcizado. O carnaval 2012 suplantou as expectativas.  Parabéns aos organizadores.

Pedro Ferrer

Leia também:
Primeira Parte dos Comentários sobre o Carnaval
Segunda Parte dos Comentários sobre o Carnaval 

Comentários sobre o Carnaval – Parte 02

Dia 17 de fevereiro recebi alguns exemplares do “Jornal da Vitória”. O professor Ivan Lemosnovicht estava aqui em casa na ocasião. Juntos, lemos as matérias. O professor indaga se a matéria é mesmo sobre a abertura do carnaval da nossa Vitória. Leiam o que deixou registrado nosso caro professor moscovita: “atordoado e à cabeça a mil, tenho sob os olhos, o “Jornal da Vitória”, edição fevereiro, do amigo José Edalvo, que tece rasgados elogios à abertura do carnaval/2012, com uma referência às qualidades e méritos, no mínimo esdrúxula, a alguns membros da equipe do burgomestre Elias Alves de Lira. Fico pasmo com o profuso e imensurável linguajar. Nem tanto ao mar, nem tanto à praia. Somos mortais e limitados. Que conclusões tirarão, sobre a abertura do carnaval 2012, as futuras gerações, ao pesquisarem no acervo do IHGCSA, a história do nosso carnaval? Ou será que Edalvo sonhou está no País das Maravilhas e vislumbrou todo aquele encanto?

Uma última observação antes de encerrar esta nota: é difícil, muito difícil, fazer jornalismo  independente em uma cidade do interior.

Pedro Ferrer

Leia também a primeira parte dos Comentários sobre o Carnaval por Pedro Ferrer. Clique aqui.

Comentários sobre o Carnaval – Parte 01

Tivemos, dia 11, às 20 horas, a abertura do carnaval/2012, com desfile e baile municipal. O desfile saiu da rua Imperial e o baile ocorreu na praça da Matriz, frente e lateral esquerda do templo católico. Foi na verdade, meus queridos, uma festa do faz de conta.

Público reduzido. Pouca participação. Meia dúzia de gato pingado aplaudia outra meia dúzia, de oportunista, postos em cima de um palco. Políticos foi o que não faltou: o deputado derrotado André de Paula, Mano Holanda, Novo da Banca e outros. Tentaram fazer da abertura do carnaval um palanque político. O tiro saiu pela culatra. O desânimo contaminou até os aliados do prefeito. Ah! O secretário de Cultura também se fez presente. Pouco a pouco ele sai dos bastidores. Ficou um bom tempo por trás das cortinas. De vez em quando, botava a cabeça de fora, olhava o movimento e avaliava se valia o sacrifício de reaparecer.

Não vou carregar muito nas tintas, mas sobre a qualidade da abertura do carnaval não pode haver duas opiniões. Fraca e decepcionante. Vitória goza ou gozava por justo título a fama do melhor carnaval do interior pernambucano. Onde ficam, nossa tradição, nossa cultura, nossa história?  Hoje deveria ser um dia de gala para nossa festa maior, mas os homens gestores não pensam assim. Insisto muito nesta tecla. Não vou cansar.

Pedro Ferrer

Espetáculo cômico e dramático

Mal passou o primeiro mês e já deu para perceber que enfrentaremos um espetáculo cômico e dramático durante o ano.

O carnaval está às portas e os clarins anunciam a chegada do Zé Pereira e do rei Momo. Os vitorienses, protagonistas desse espetáculo, arrumam-se nos bastidores e camarins.

Um a um iremos desfilar perante a vida. Uns erguerão o troféu da vitória, outros, menos avisados ou pouco bafejados pela sorte, chegarão ao final da jornada um tanto quanto estropiados, outros menos afortunados, morrerão. Que papeis nos caberão? Protagonistas  principais, atores de segunda classe, marionetes, palhaços ou mágicos? É bom nos armarmos de tudo, um pouco. Sobretudo de magia e comicidade. Em alguns momentos o povo precisará de mágica para sobreviver ou de comicidade para se iludir.

Teremos, na política, um ano muito difícil. A disputa será renhida. Os prováveis candidatos, Elias e Aglaílson, azeitam suas máquinas e já colocam os blocos nas ruas. Mais uma vez teremos uma eleição polarizada. Não haverá debates. Os temas e problemas que mais atormentam a população ficarão a reboque. Seus anseios não serão atendidos.

Podemos comparar ainda o ano que se inicia a uma viagem de barco. Uma viagem árdua onde é preciso tudo compartilhar. Todos têm direito a usufruir dos bens, por Deus colocados, à nossa disposição. Os políticos ainda não tomaram consciência total da necessidade da partilha,  todavia chegaremos lá. O povo, pouco a pouco vai se politizando, tomando conhecimento de sua força e de seu poder reivindicatório. Apesar deles, amanhã será novo dia.

Pedro Ferrer

Auto das 7 luas de barro.

Professor José Aragão resmungava, esperneava, mas não parava de gritar e conclamar os vitorienses para participarem da vida cultural da cidade. Os diminutos públicos o entristeciam, mas não desistiu. Lutou pertinazmente, por aquilo que ele sempre considerou a seiva da sua vida, e da sua e nossa Vitória de Santo Antão.

“Auto das 7 luas de barro”. Belo espetáculo encenado por uma troupe de Caruaru. Esta peça, que é a biografia do Mestre Vitalino, vem sendo apresentada há 33 anos. Lidera o elenco Sebastião Alves (Sebá Alves) figura por demais conhecida no meio artístico pernambucano.

Quem não assistiu, perdeu, e como perdeu. Texto excelente, boa iluminação, músicas, cenografia, etc,etc,etc. Espetáculo que merecia no mínimo um público de 30 pessoas.

Onde estavam os que promovem ou querem promover as artes na cidade? Dos envolvidos com arte cênica presente apenas o Clayton Santiago. Mais uma vez passamos vergonha.

Não vai deixar de aparecer alguém que diga: mas eu, nem ouvi falar. Cala a boca babaca.

Espetáculo bem divulgado em rádios, em blogs, em carro de sons pelas principais artérias. Porra, duzentos convites distribuídos e apenas duas dúzias de espectadores.

O Instituto promove, se interessa, marca presença na vida cultural da cidade e ninguém aparece. Ninguém, não, tinha duas dúzias de pessoas que sabem fugir da telinha e que têm bom gosto e merecem nosso respeito.

Pedro Ferrer

Ex-ministro e seu irmão, ficam agraciados com o museu do Instituto Histórico

Na última quinta feira (19) tivemos a satisfação de receber a visita do Dr. José Maria Aragão, ex-ministro da República acompanhado do irmão, o também Dr. Sílvio Aragão.

Assim José Maria registrou sua visita:

“A visita ao Instituto Histórico reconforta o vitoriense que vive longe, ao trazer à memória, de forma organizada e técnica, fatos e vultos importantes da História local. A atual gestão do Instituto, liderada pelo professor Pedro Ferrer, está de parabéns pelo belo trabalho de revitalização do Instituto, colocando a serviço das novas gerações com uma preocupação pedagógica de tornar perenes os atos e obras de todos os que, no passado, construiram o que é hoje, a vitória de Santo Antão”.

José Maria Aragão/Sílvio Aragão Melo.
Depoimento registrado no livro de visitas.

Santo Antão

A Igreja Católica no decorrer de sua história atravessou sérias crises tanto teológicas, como morais. Em algumas saiu chamuscada. Chamuscada mas vitoriosa. Vitoriosa, por não ser dirigida por homens, mas sim pelo Divino Espírito Santo. E esse mesmo Espírito intervia nas crises através de sua divina pedagogia. Sabiamente utilizava os próprios homens. Fazia deles, com traumas algumas vezes, é bem verdade, instrumentos de seu magnífico plano, sem agredir, o que o homem tem de mais sagrado, sua liberdade.

No início do cristianismo, por influências do judaísmo e dos sábios gregos, surgiram muitas dúvidas doutrinárias que geraram as primeiras grandes heresias. Para combatê-las, o Divino Paráclito, lançou mão de seus doutores, os grandes padres da Igreja. Era a época da Patrística. Entre muitos temos: João Crisóstomo, Basílio, Inácio de Antioquia, Atanásio, Clemente de Alexandria,  Gregório de Nissa,  Jerônimo, Ambrosio,  Agostinho.

Na obscura Idade Média, novamente a Igreja entra em crise, dessa feita, mais moral que teológica. Entretanto o Espírito de Deus vela por ela. E através dos próprios homens, como Francisco de Assis e Catarina de Sena, encontrou-se a solução.

O mundo evoluiu.  Eis que entramos na efervescência do Renascimento e da Reforma. Mais uma vez o Espírito Santo pedagogicamente vai buscar  Inácio de Loiola, Teresa de Jesus (Teresa de Ávila), Erasmo de Rotterdam, Tomás Moro etc. Personagens cultas, formadoras de opinião, expoentes da intelectualidade cristã. O Pai, com seu carinho, vai ajudando o homem a crescer e os obriga a encontrarem as soluções. Após o Renascimento vem o período Barroco e a Contra Reforma. Nele vamos encontrar  Vicente de Paulo, Bossuet e João Batista de La Salle.

Nos dois últimos séculos despontam, Frederico Ozanam, Charles Péguy, Leão XIII, João XXIII, Pedro Casadálgia e Helder Câmara. Poderíamos citar muitos outros, todavia os mencionados são aqueles que primaram em levar a Igreja a trilhar seu caminho mais original e mais autêntico, a caridade.

E o que tem Santo Antão a ver com essa maravilhosa epopeia da Igreja? Retornemos aos primeiros séculos. Santo Antão foi contemporâneo de alguns dos Santos Padres.

Os Santos Padres, é importante frisar, nasceram num marco teológico que foi se originando a partir do Novo Testamento e são os detentores do legado da Igreja apostólica. Legado que tinha como principal opção, os pobres e os oprimidos.

Alguns dos Santos Padres da Igreja, como é o caso de Agostinho, que tinha dois anos de nascido quando Santo Antão morreu, receberam forte influência da carismática figura que era Santo Antão. Sua contagiante personalidade irradiou-se por muitos séculos.  Seu exemplo de fé, de desprendimento, de amor aos pobres marcaram, não só Santo Agostinho, o principal doutor da patrística latina, mas uma multidão de monges. Santo Antão com sua vida contemplativa solidificou e expandiu a prática monástica. Vale registrar a considerável marca que nosso PADROEIRO imprimiu na vida de Atanásio, um dos Santos Padres. Atanásio, quando jovem, atraído pela vida ascética, foi viver ao lado de Santo Antão que levava uma vida austera e contemplativa no deserto. Um dia, Alexandre, o Bispo de Alexandria, cidade egípcia que fica às margens do Mediterrâneo, visitando Santo Antão, conheceu Atanásio. Convidou-o para ir assessorá-lo em Alexandria e o ordenou diácono. Nessa época surgiu o arianismo, heresia que negava a divindade de Jesus Cristo. Essa doutrina causou muitos estragos entre os cristãos da época. Silenciosamente, pedagogicamente, “sem querer, querendo”, o Divino Espírito chamou Atanásio, que se tornou o cruzado da divindade de Jesus Cristo. Assumiu a causa, defendeu bravamente a ortodoxa doutrina, atraindo para si muitos inimigos.

Mais tarde, Atanásio, que foi canonizado após sua morte, enlevado pelo exemplo de Santo Antão, resolveu escrever lhe a biografia. Biografia essa, que tornou Santo Antão mais conhecido, difundindo seu exemplo, colaborando para propagar e solidificar a vida monástica.

Pedro Ferrer

Instituto Histórico e Geográfico agora com sistema de segurança

O Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão, guardião dos principais acervos, talvez únicos da cidade, constituído pelo museu, silogeu, salão nobre, biblioteca e arquivos históricos e literários que falam da nossa história, da nossa tradição e da nossa cultura vem de instalar um eficiente sistema de segurança que consiste em câmaras e alarmes estrategicamente instalados, monitorados pela “WR SEGURANÇA – 24 HORAS”.

À moderna exposição das peças do seu rico acervo, foi fundamental agregar-se um eficiente sistema de segurança a fim de se evitar o desaparecimento de objetos importantes relacionados com nossa história, como já ocorrido no passado.

 Pedro Ferrer

Mais uma do deputado Henrique Queiroz.

Mais uma do deputado Henrique Queiroz. Está fazendo escola. O dr Henrique veio no dia 23/12 a público, defender o pagamento do “auxilio moradia”. Pagamento indecente feito pela Assembleia Legislativa aos ex-deputados que exerceram mandato entre 1994 e 1997.

Deputado Henrique Queiroz, a decisão pode até ser legal, já que seguiu uma determinação do STF, todavia é indecente. Os “nobres” políticos deveriam saber distinguir o que é legal e o que é moralmente correto. Senhores de tantas regalias e privilégios não tem um mínimo de escrúpulo de sugar mais e mais. E tem gente na fila querendo ser político.  De quebra, para desviar a atenção do público de mais esta mazela, o deputado faz “caiga” em cima do presidente da OAB.

Pedro Ferrer

 

Linda, simpática, inteligente e sobretudo responsável.

Linda, simpática, inteligente e sobretudo responsável. É Manuelly, filha de Brivaldo Pereira dos Santos e Maria José de Morais Santos. Seus avós paternos são Manoel Pereira dos Santos  e Maria Vicente dos Santos, avós maternos, Otávio e Severina Pereira. Para os que não se ligaram ao nome, Brivaldo é aquele simpático e dedicado funcionário do nosso Instituto Histórico. Manuelly foi aluna laureada  ou seja, melhor rendimento acadêmico da turma de Odontologia/2011 da UFPE. Quer mais? Manuelly Pereira de Morais Santos foi aprovada em duas seleções de Mestrado: Saúde da Criança e do Adolescente e Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPE.

Pedro Ferrer

Soltando o verbo

Ilustração: http://aposentadosolteoverbo.org/

A praça da matriz foi reaberta aos vitorienses em estilo chateau neuf.  Apesar do atraso e de outros contratempos, o burgomestre Elias Lira está de parabéns. Passeei, esquartejei-a e dissequei-a em todos seus detalhes e nuanças. Até mesmo a caixa d´água, que foi alvo de minhas críticas jocosas, não ficou tão dantesca como me pareceu anteriormente.

E quais são os contratempos?  os bares, meu irmão. Não é que eu seja contra os bares, nem poderia ser, visto minha família viver da cachaça. Sou radicalmente contra bares nas praças. Recentemente Sosígenes Bittencourt, neste mesmo blog, insistiu nessa mesma tecla: praça não precisa de bêbados nem de barracas para vender bebidas alcoólicas.

Passada a euforia da inauguração vamos às mais prementes necessidades da população: trânsito, saneamento e educação, que são empurradas com a barriga pelos gestores.

Nosso trânsito é um caos e ninguém mexe uma palha para melhorá-lo. Por que Vitória não utiliza faixa azul? Por que o prefeito não reabre a rua que borda a praça da Bandeira, que passa em frente ao prédio da antiga farmácia Estado que pertence ao senhor Rochinha?  E as motos?  Não há disciplinas, nem planejamento. Aliás,  nem é bom falar das motos, a coisa não tem jeito mesmo.

Saneamento: fonte de enfermidades. Os bairros pobres só conhecem saneamento de ver na TV e nas promessas de campanha.

Educação. Não quero falar do ensino. Vou falar de comida. Chegam-nos queixas que a escola do Outeiro muitas vezes só serve bolachas na merenda. Será verdade? Manda o responsável pela merenda chegar de surpresa e dá uma olhadela no cardápio dos alunos. Quem fez a queixa? Os alunos ao visitarem o Instituto Histórico. Aliás, o responsável por esse blog ficou de averiguar a veracidade e até ao momento nada apresentou.

Tome paima.

Pedro Ferrer

Óculos de Lampião, rei do cangaço, são roubados do museu de Serra Talhada.

Estive nos dias 26 e 27 de novembro, sábado e domingo, na cidade de Serra Talhada, onde participei, como ouvinte, do encontro de Poetas do Vale do Pajeú. O encontro teve lugar em uma área coberta contígua ao Museu do Cangaço.

O museu ocupa um pequeno espaço da antiga estação ferroviária. Está constituído por dois cômodos de 50 m², cada um. Logo na entrada, nos deparamos com um stand de vendas de souvenirs sobre a região e o tema do cangaço. Seguem, no  mesmo espaço, a distribuição da  maior parte do acervo,  com ênfase ao tema  cangaço e uma homenagem ao rei do baião, Luís Gonzaga.

As peças do museu, que não são muitas, estavam mal distribuídas, com pouca ou nenhuma proteção. Os visitantes podem acessá-las e manuseá-las com facilidade. Na entrada não há controle de bolsas e os painéis dificultam a vigilância dos funcionários. O espaço pequeno e as peças mal distribuídas e pouco protegidas,  facilitam a ação dos inescrupulosos.

Que o acontecido em Serra Talhada nos sirva de alerta. Nosso museu já foi vítima, no passado, da ação dos larápios. Sua fragilidade contrariava nosso saudoso mestre José Aragão.

Na última reforma incitada, a diretoria preocupou-se com a proteção do acervo. Instalou vitrines que inibem o ímpeto e a curiosidade daqueles visitantes mais ansiosos, que não conseguem ver e observar, sem tocar.

No início do ano, dia 2 de janeiro, retomaremos a adequação do nosso espaço e acervo e reforçaremos nossa segurança com novas câmaras e alarmes.

 Pedro Ferrer

FAINTVISA entrou no cacete

FAINTVISA entrou no cacete. O MEC, devido ao baixo conceito atingido pela faculdade,  reduziu o número de vagas do curso de Farmácia da nossa pioneira. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União. Os jornais anunciam que a entidade não se conforma com a medida. Para os dirigentes há uma grande injustiça e que eles irão recorrer na justiça. Fui professor do curso de Farmácia da FAINTVISA e por diversas vezes fui escolhido, pelos alunos, como o melhor professor do período. Bem conheço o problema. A solução está bem pertinho, basta querer ver. Com um pouquinho de senso crítico, seus dirigentes, que são inteligentes e capazes saberão encontrar a solução. Primeiro passo é deixarem de mirar o próprio umbigo. Esqueçam esta conversa de justiça e mãos à obra. A melhor propaganda é a qualidade do ensino.

Pedro Ferrer