“João Rodrigues de Aquino Ferrer de Moraes”……

Na tarde de ontem (17), feriado municipal dedicado ao nosso Glorioso Santo Antão, estava eu esperando à passagem da procissão, pela Praça Diogo de Braga, quando o amigo – conhecidos de todos – João Aquino. Disse-me ele: “Pilako, meu filho, não sei se você tá sabendo! Meu nome agora é João Ferrer de Moraes. Sou filho de José Augusto. Tire aqui uma foto. Eu sentado no banco da casa dele”.

Nessa movimentação encontramos o professor Pedro, irmão do finado José Augusto. Quando mostrei a foto e perguntei-o sobre essa questão – paternidade – respondeu-me: “ é mesmo, ele sentado nesse banco, até que ficou parecido com Zé Augusto……….De pronto, remendou: eu não sei quem tem menos juízo………eu ou Joãozinho”…..

Professor Marcos Paulo: “Pelicano Eucarístico”

SAUDAÇÕES, CARO PILAKO. EM DIVERSAS POSTAGENS DO VOSSO BLOG, COMO DE OUTROS ÓRGÃOS DE NOTÍCIA DA CIDADE, ASSIM COMO NA “BOCA” DE TODOS OS VITORIENSES, VEJO VOCÊ SE REFERINDO A RUA VIDAL DE NEGREIROS COMO A “RUA DA ÁGUIA”, DEVIDO A UMA AVE QUE ENCIMA O PRÉDIO DE UMA LOJA MAÇÔNICA. POIS BEM, AQUELA AVE NÃO É UMA ÁGUIA; É SIM, UM PELICANO. MAIS PRECISAMENTE UM “PELICANO EUCARÍSTICO”, SÍMBOLO CATÓLICO ROMANO TUNGADO PELA MAÇONARIA. AGRADEÇO A ATENÇÃO.

MARCOS PAULO

Pedro Ferrer e as obras de Luiz Ferrer na cidade mineira de Juiz de Fora.

Desde o último sábado (08) o amigo presidente do Instituto Histórico da Vitória encontra-se na cidade do Rio de Janeiro. Com esposa, Ivanete, foi comemorar a passagem dos 80 anos de uma das irmãs que lá reside. Inquieto por natureza aproveitou o Pedoca para dá um pulinho ao município mineiro de Juiz de Fora,  para contemplar e fotografar as três obras de arte, lá eregidas,  confeccionada por seu tio escultor – o artistas Luiz Ferrer .

O Luiz Ferrer – irmão de “Seu” Ferrer – faleceu em 1960, aos 54 anos no auge da sua carreira artística. Seus trabalhos estão espalhados pelo Brasil. Aqui, na Vitória, suas digitais artísticas também estão materializadas  em peças do acervo do Instituto, no monumento da Praça Duque de Caxias e até,salve engano, na primeira peça (um leão) do Clube Abanadores “O Leão” que ornava a entrada principal da sua sede – em cima da marquise.

Em breve, certamente, o professor Pedro Ferrer, tal como fazendo com outros nomes,  fará um trabalho inventariando o conjunto artístico desse antonense que se destacou na sua área de atuação.

Com evento no Restaurante Gamela de Ouro a Liga Vitoriense de Desportos comemorou 30 anos de fundação.

Na noite do sábado (01) o futebol amador vitoriense, sob o comando do atuante Joel Neto há 20 anos, comemorou os 30 anos de fundação da LVD – Liga Vitoriense de Desportos. O evento contou com a  presença de representantes da diretoria do conjunto de times de futebol locais filiados, com representação da Federação Pernambucana de Futebol, fundadores da LVD e convidados.

O encontro comemorativo aconteceu no Restaurante Gamela de Ouro. Oradores se revezaram ao microfone para realçar, entre outras coisas, à importância da Liga para o futebol amador vitoriense assim como para o futebol pernambucano. A figura do anfitrião da comemoração, Joel Neto, foi destacada pela sua liderança e sua capacidade de aglutinação.

Entre sorteios e condecorações, os presentes, ao som do talentoso Rick Anjo, foram convidados aos comes e bebes. Ao amigo Joel Neto, mais uma vez, parabéns pela liderança e pelo evento.

Estouro da Caixa Econômica: o cangaço do mal no século 21.

Num passado não muito distante a sociedade nordestina dividia-se entre o amor e o ódio ao chamado CANGAÇO, tendo na figura do LAMPIÃO ( Virgulino Ferreira ) sua maior expressão. Sob o julgo dos “Coronéis” e “Cobradores de Impostos”, o pobre sertanejo era tratado apenas como engrenagem de produção, mesmo depois da Lei Áurea (1888). Fruto do sentimento da impotência,  surgiu a revolta. Como resposta, nesse sentido, surgiram os grupos de cangaceiros que, entre outras coisas, protagonizaram a chamada justiça com as próprias mãos. A história é dinâmica e devemos sempre olhar às múltiplas interpretações dos fatos.

A chamada “VOLANTE” – uma espécie de grupo policial especializado e treinados com as mesmas técnicas dos cangaceiros – surgiu para combater essa insubordinação social. Ao final, depois de muitas refregas,  lograram êxito e, como todos sabem, as cabeças dos “bandidos cangaceiros” foram exibidas, como troféu,  nas praças das  grandes cidades.

Bom, o tempo passou e estamos vivendo em outro tipo ordenamento social e jurídico, assim como educacional e comportamental, não obstante, ser a natureza humana algo ainda pouco evoluída. A sociedade  planetária, como um todo, infelizmente,  ainda continua padecendo de um grande pacto pela vida, no sentido mais filosófico da frase, bem mais do que como tema de peça publicitária de uma gestão governamental.

Na madrugada de hoje (01) – dia de todos os santos – o nosso Glorioso Santo Antão nos protegeu de um banho de sangue. Bandidos, bem diferentes  na origem e no sentimento dos cangaceiros de outrora, invadiram o mais impostante corredor financeiros e comercial da cidade para  decretar  o terror e “Estado de Sítio” invertido!! Em ação rápida e cinematográfica, explodiram os caixas eletrônicos da agencia da Caixa Econômica Federal.

Para essas quadrilhas  fortemente armadas, com requintes de organização internacional só espiada nos filmes americanos, ao que parece, o céu é limite. Uma coisa é meter bronca numa cidadezinha distante 350 km da capital,  cuja delegacia cochilam apenas dois homens da lei. Outra coisa é “casar e batizar” na Capital da Zona Mata na qual encontra-se em sentinela um Batalhão de Polícia inteiro, um destacamento do Corpo de Bombeiros e sem numero de delegacias especializadas.

Para nós, simples mortais, resta-nos reforçar a fechadura do portão de nossas casas e cerramos  as portas dos nossos pontos comerciais mais  cedo, ainda na claridade do dia. O curioso disso tudo é que o problema não é novo! Não algo inédito! Não obra do acaso! Fica, portanto,  mais uma vez o governador desmoralizado e a policia humilhada.

 Para nós, população, pagadores de impostos de toda natureza, fica  a  triste constatação de  que a tecnologia aplicada aos serviços públicos estão mais ágeis e mais sofisticadas no sentido de separar o bocado certo no suado  e custoso dinheiro que adentra nos nossos bolsos em forma de salário. Que Santo Antão continue nos protegendo………

Segue, abaixo,  vídeo que circulam nas redes cosias.

 

 

Carnaval da vitória, na Vitória, do novo presidente da República, Jair Messias Bolsonaro!!

Com a primeira parcial dos votos, emitida pelo TSE, apontando vantagem segura para o candidato a presidente Jair Messias Bolsonaro, assim como em todo Brasil, os antonenses simpáticos ao seu projeto também ganharam as ruas para comemorar.

O Pátio da Matriz, tal qual como ocorre em vitórias eleitorais locais  e conquista de campeonatos de futebol, foi o mais movimentado. Por lá, a partir da decretação oficial do resultado, muitos fogos e muita zoada!! Eleitores vestidos nas cores da bandeira nacional “ desfilaram”  para exibir a alegria da conquista. Veja o vídeo.

Carros com o som ligado, camionetes com pessoas na caçamba e até um paredão de som  “puxando” um sem números de motoqueiros serviram de mais animação e para os grupos que lá se fixaram para beber e comemorar.

Esses, portanto, foram alguns lances e imagens que marcaram o “carnaval improvisado” dos eleitores do agora Presidente da República Jair Messias Bolsonaro. Doravante, independente de qualquer coisa, devemos baixar a guarda, pacificarmos-nos enquanto Nação e seguir a em frente até porque o novo mandatário precisará do apoio e da paciência de  todos nós para tentar fazer o melhor!!!

Campanha animada na Vitória até o final do “segundo tempo”!!

Nas últimas 48 horas que antecederam o pleito do domingo,  do histórico dia 28 de outubro de 2018, fizemos alguns registros realçando a movimentação espontânea dos antenenses que abraçaram as ideias e vestiram, literalmente, a camisa dos seus respectivos candidatos.

Na noite da sexta (26) aconteceu uma grande movimentação – no formato carreata – nas ruas centrais da cidade, promovido pelos apoiadores da candidatura do presidenciável Fernando Haddad. Registramos a passagem do grupo pelo Pátio da Matriz. Veja o vídeo.

Já no sábado (27) pela manhã, apoiadores das duas candidaturas – Bolsonaro e Haddad –munidos de bandeiras, camisas e panfletos, se posicionaram em dois pontos estratégicos da movimentada Avenida Mariana Amália para  “fazer barulho” na tentativa do convencimento  dos indecisos que por transitavam pelo local.

Na ocasião, gravamos um vídeo com os dois grupos. Ambos se mostravam animados. Veja o Vídeo.

 

Vitória de Santo Antão já vivenciou dias de VERDADEIRO INFERNO!!!

Mergulhando nos arquivos que contam a história dos nossos antepassados, dos vitorienses filhos do eremita Santo Antão, continuo encontrando muitos fatos intrigantes. Acontecimentos, ocorridos há cera de um século e meio, que 99,99% da população atual desconhecem completamente. Se narrados, muita gente vai dizer que é coisa de filme de terror!

Já imaginou famílias inteiras morrendo dentro de casa, de maneira rápida e sem qualquer medicamento ou assistência médica para socorrê-las? Pensar, então, que quando uma criança negra conseguia sobreviver desse verdadeiro holocausto, algumas eram recolhidas por mercadores e vendidas no sertão como escravos?

Com efeito,  espiar  centenas de fogueiras ardendo em fogo alto, dia e noite, para debelar o mal invasor, causador do maior pavor já vivenciado pelos nossos irmãos antonenses, fossem eles ricos ou pobres, brancos ou pretos, instruídos ou analfabetos?

Como mensurar, então, o que se passava na cabeça de uma pessoa que nas suas horas derradeiras se deslocavam para as proximidades das suas covas para não dar trabalho aos seus familiares, no transporte dos seus corpos?

Nesse período, por assim dizer, POR conta dos corpos insepultos, apenas os urubus viveram na fartura……Tudo isso, num só tempo,  aconteceu na nossa Vitória de Santo Antão………..

Uma boa mensagem. Um bom exemplo de história de vidas compartilhadas……

Republicado por um jornal da capital, recentemente, tomei conhecimento de uma matéria do famoso e respeitado “The New York Times” na qual realçou um fato curioso que ocorreu no interior da Alemanha, lá do outro lado do Atlântico.

Não irei dar-me ao trabalho de escrever as palavras em alemão – dá um trabalho danado. Irei, contudo, apenas narrar o fato:

Em um vilarejo agrícola do interior da Alemanha, com cerca de 1.500 habitantes existia, há 60 anos,  uma cervejaria que serviu e atuou como ponto de convergência da comunidade. Foi lá, por exemplo, nas festas e datas comemorativas, que muitas crianças e jovens se conheceram, depois namoraram e se casaram. Muito deles, atualmente, refazem com os netos o mesmo que fizeram com os filhos, ou seja: continuam frequentando o mesmo ambiente.

Eis que o dono do estabelecimento, um senhor com quase 90 anos e fundador  da cervejaria que foi seu ponto laboral a vida inteira, dormindo, fez a viagem sem volta. Sem sucessor natural para o negócio, o mesmo foi fechado. Economicamente inviável, na visão das grandes redes do gênero, o negócio acabou ficando sem serventia para a comunidade.

Tocados pela ideia do pertencimento, os moradores da localidade,  numa espécie de cooperativa,  assumiram o negócio abrindo o capital da empresa para investidores externos sem perder o controle administrativo, muito menos as características e  o formato da atividade de fim da cervejaria que,  majoritariamente, era ser voltada e direcionada  aos eventos e necessidade da convivência dos moradores locais.

Moral da história: todos os dias o “mundo real” nos inclina a pensar  que o que  é meu,  é apenas meu! O que pertence aos outros é problema  deles……Mas, afinal, como poderemos construir o tão sonhado nosso?

Dividir o que nos pertence sem que, necessariamente, eu leve o meu pedaço para casa é, imagino, ser um dos  grande desafios  da humanidade  nesse  alvorecer do século XXI.  O drama humanitário das migrações está na ordem do dia, sobretudo  nas cabeças pensantes do capitalismo,  tendo em vista à  nova revolução industrial em curso, diga-se de passagem:  em estado  avançado………..

Momento Cultural: SONETO DO DESEJO (Poema) – por Luciene Freitas

E foi observando em um espelho alheio

Que vi a imagem, desejada, que não tive.

Busquei por tantas eras consolo, esteio,

Equilíbrio para uma alma, em declive.

Vi naquela figura de santa, tão formosa

Olhos ternos, profundos, infinitos de doçura.

Dos meus vazios o medo, da vida desditosa

O fim, em fortaleza de travas tão seguras.

A mulher ausente, o desconsolado pranto

O desespero, nas noites de busca, traduz

Eu era sombra sussurrando amor, tanto!

Firmes passos, compassados, me induz

A rever a figura, recoberta por um manto,

Esboço difuso, desmanchando-se na luz!

Luciene Freitas é Escritora vitoriense premiada, autora de dezenas de livros,
entre adultos e infantis.

O apoio dos vereadores da Vitória é algo duvidoso!!!

Diz um ditado popular que “eleição é feito mineração, só se sabe depois da apuração”. Na fase de arrumação e até no transcorrer da campanha, para qualquer postulante, os apoios serão sempre bem vindos. Os políticos com mandatos – no caso prefeitos e vereadores –  são os mais cortejados para, na medida do possível e com base nos seu histórico eleitoral, empinarem  as campanhas dos candidatos a deputados, senadores e governador.

No caso da Vitória  de Santo Antão, ao que parece,  os vereadores não estão mais  se interessando em  apoiar candidaturas “de fora”, isso porque seriam automaticamente avaliados,  após o pleito,  pela quantidade de sufrágios por ele “conseguido” para o seu indicado.  Ou seja: o vereador que entrar numa  “embarcação de fora”  seria obrigado a “suar a camisa” para provar que é bom de urna e “entregar a mercadoria que ele  vendeu”.  Correndo o risco,  assim,  de passar por vexame!!

Assim sendo não há a menor dúvida que para os atuais vereadores antonenses a situação mais cômoda, tranquila e segura é  apoiar os candidatos “filho da terra”. O voto que aparecer no seu  respectivos redutos eleitoral, hipoteticamente, seriam os seus. Ou seja: ficariam “bem na fita” de todo jeito!!

Pois bem, em se tratando do recente pleito,  ocorrido no último dia 07 de outubro, parece-me que tanto o grupo do “amarelo” quanto o “vermelho”, diga-se candidaturas de Aglailson Victor e Joaquim Lira,   compraram “Gato por Lebre”.

Seria possível fazer vários tipos de aferição, mas se levarmos  em consideração apenas  o somatório de votos obtidos na eleição de 2016,  pelos vereadores antonenses,  que foram “contratados” pelo deputado Joaquim Lira  percebe-se que ultrapassa a quantidade de sufrágio recebido por ele  em Vitória. Isto é:  a soma dos votos dos vereadores juntos  que lhe hipotecaram apoio consagrou 15.693, no entanto, ao abrir as urnas e contar os votos o Joaquim só obteve 14.333.

Já no caso do “acerto” com  o grupo vermelho, liderando pelo atual prefeito Aglailson Junior,  que aliás juntou mais vereadores do  que  o oponente direto, a “entrega”  dos  votos  foi menor, em relação ao somatório aludido.  Isto é: a soma de todos os  votos dos vereadores  que apoiadores do projeto eleitoral  foi de 17.970,  enquanto que o seu candidato (Aglailson Victor), nesse caso  o  “contratante”,  extraiu das urnas locais um volume bem menor de sufrágios nominais (14.694). Nesse contexto, porém, devemos  levar  em consideração que o Elias Lira e o prefeito Aglailson Junior,  não foram indutores   voto algum para os seus respectivos filhos candidatos.

Na contramão desse raciocínio, por assim dizer, os votos conseguidos pela candidatura do Henrique filho,  na nossa cidade, com apenas o apoio de um vereador (Frazão) foi, digamos,  exponencialmente expressivo em consideração aos dois últimos casos apresentados.

Dentre os tantos apoios espontâneos e outras inúmeras trocas e acertos diversos, ocorridos nessa eleição,  na nossa cidade, podemos exemplificar pelo menos mais dois casos: um, teoricamente,  mal sucedido e o outro exitoso,  do ponto de vista do interesse e da fidelidade.

No primeiro caso, anotamos o pífio desempenho do candidato a deputado federal André de Paula (em Vitória) que recebeu o incondicional apoio dos amigos Ozias Valentim e Décio Filho, juntamente com o vereador Mano Holanda. Com esse grupo o  André conseguiu apenas 540 votos. Na outra ponta, contudo, exemplificamos  à expressiva votação do desconhecido deputado,  Everaldo Cabral,  na nossa cidade, fruto da articulação e do total empenho de um pequeno grupo,  capitaneado pelo cabo empolgado Edinho de Uma.

Como podemos observar, voto não é uma “mercadoria”  fácil. Existem muitas variáveis e inúmeras possibilidades, mas uma coisa é certa: sem empenho e com o apoio só da boca pra fora as coisas ficam ainda muito mais difíceis!!

Victor, Joaquim e Henrique Filho teriam sido eleitos, mesmo sem computar, nas suas respectivas votações, nenhum voto da Vitória de Santo Antão.

Até a proclamação do resultado das  eleições,  ocorrida no último domingo (07),  não havia encontrado ninguém que tivesse  colocado a delegada Gleide Angelo na relação dos eleitos para a Assembleia Legislativa Pernambucana. Ela, em 2018, com a sua votação não só estourou a “boca do balão”: ELA ESTOUROU A FÁBRICA INTEIRA DE BALÃO. Só na nossa Vitória de Santo Antão Gleide obteve 2.560 sufrágios,  dos  mais de quatrocentos mil alcançados em todo estado.

Devemos  realçar, contudo, que essa eleição (2018) foi diferente. Dos vinte e cinco deputados estaduais reeleitos, salve engano, apenas um – Rodrigo Novaes (PSD) – obteve mais voto, em relação à última disputa (2014). Isso é um fato curioso. Ou seja: praticamente ninguém avançou na computação geral.

Na nossa Vitória de Santo Antão,  em 2018,  tivemos um total de oito candidaturas à ALEPE,  carimbadas como “filho da terra”. Foram os seguintes nomes: Aglailson Victor, Joaquim Lira, Henrique Filho, André Carvalho,  Edmo Neves, João Santos, Genário Rocha (Menino do Cavalo) e Carlos Alberto. Do total,  apenas três se elegeram.

O nosso amigo Genario, “O Menino do Cavalo”, certamente deverá continuar na estrada. Se oportunidade tiver deverá candidatar-se novamente a vereança no próximo pleito.

Na categoria de postulações  para cumprir missão partidária, por assim dizer, catalogamos os seguintes concorrentes:   João Santos, Edmo Neves e Carlos Alberto. Sem estruturas financeiras dificilmente teriam condições de avançar. Cada qual desempenhou  seus respectivos compromissos juntos às suas agremiações e certamente  desempenharão papeis importantes no xadrez político local que se avizinha (2016), uma vez que serão proibidas as chamadas coligações partidárias. Já com relação às outras quatro candidaturas,  temos condições de inferir algumas tendências e peculiaridades.

O jovem estudante André Carvalho, no meu modesto entendimento, do ponto de vista político, foi o grande vitorioso da cidade da Vitória. Mesmo ficando numa suplência distante, André, em relação a sua primeira postulação estadual (2014), cresceu sua votação dentro e fora do seu domicilio eleitoral. Em 2014 obteve na cidade da Vitória,  para deputado estadual,  1.392 votos. Agora,  5.991. Já no estado, saltou de 2.086 para 9.087. Nas duas situações multiplicou por quatro seu crescimento.

Vale salientar que a campanha do André Carvalho não contou com somas milionárias de recursos muito menos apadrinhamento político e, mesmo assim, no município,  bateu a votação de Henrique Filho,  e conseguiu mais de 40% da votação do Joaquim Lira e do Aglailson Victor, ambos “filhos” do apadrinhamento e de toda estrutura possível.

Na primeira disputa estadual do ex-vereador e vice-prefeito por dois mandatos,    Henrique Filho, cumpriu bem o seu papel. Montando numa estrutura partidária consistente  e contando com uma “gorda” contribuição financeira do chamado  “fundão” ele seguiu na rota dos dez mandatos consecutivos do seu pai,  deputado Henrique Queiroz Costa.

Se levarmos em consideração a última votação para deputado estadual do seu pai,  na cidade, ocorreu uma diminuição de quase dois mil sufrágios. Mas, independente de qualquer coisa, o grupo “verde” ganha novo fôlego com a sua efetivação na Alepe. Sua juventude e a possibilidade de novas práticas políticas lhe garante a manutenção  do espaço da família no cenário político pernambucano.

Já com relação à reeleição do deputado Joaquim Lira  poderíamos dizer que o mesmo manteve o seu capital  eleitoral estadual praticamente preservado. Mesmo com uma queda de quase 50% na sua principal base eleitoral (Vitória), ele  conseguiu uma boa votação global. É bem verdade que o seu partido avançou no estado e de maneira articulada trabalhou para manter o que já havia conquistado.

No tocante ao seu volume de votos na Vitória de Santo Antão – ao passo que desabou –  o mesmo mostrou força quando  disputou  voto a voto com a candidatura “abençoada”  pela máquina pública local, máquina essa que lhe fez majoritário na eleição de 2014. O grupo “amarelo”, com o resultado do pleito, mostrou que continua vivo para ir buscar a prefeitura de volta.

Não fosse a inimaginável votação da delegada Gleide Anglelo, o atual prefeito da Vitória teria consolidado o seu candidato como o primeiro lugar na coligação  do governador reeleito, Paulo Câmara, o que não é pouca coisa. Aliás, o prefeito deu ao seu filho algo que nunca teve, ou seja: 64.763 votos. Assim como quebrou o tabu local  de nunca haver vencido um candidato “amarelo” na disputa proporcional para ALEPE.

Já com relação à disputa no “seu terreiro” o prefeito Aglailson Junior ficou devendo. Especulava na cidade que a votação de Aglailson Victor por aqui seria bem mais elástica.  Para justificar, adiantou-se um dos  seus aliados mais próximos dizendo-me  que o atual prefeito não cometeu, em relação as finanças da prefeitura, a mesma irresponsabilidade que o seu antecessor, na ocasião  para eleger o  seu filho (Joaquim Lira). Essa justificativa será um bom atenuante na medida em que não houver, nos próximos meses, desligamentos em massa nos chamados cargos de confianças no Palácio Municipal.

Concluímos essas observações,  sobre o mais recente processo eleitoral, envolvendo os candidatos a deputado estaduais e seus atores mais importantes da nossa cidade,  chamando à atenção para dois dados:

Primeiro: os três deputados eleitos  com domicilio eleitoral na terra de João Cleofas de Oliveira – Aglailson Victor, Joaquim Lira e Henrique Filho – teriam sido eleitos, nas suas respectivas coligações, sem que fosse preciso computar nenhum voto da nossa cidade.

Segundo: Mesmo com toda essa “zuada” e movimentação nas ruas, anotamos que mais de 60% do eleitorado vitoriense NÃO HIPOTECOU VOTO EM NENHUM DOS TRÊS CANDIDATOS A DEPUTADO ESTADUAL “ELEITOS POR VITÓRIA”.

Resumo da ópera:  nós, antonenses,  continuamos pensando que eles nos representam e eles continuam tendo a absoluta certeza de que não fomos nós que os colocamos lá………