Uma boa mensagem. Um bom exemplo de história de vidas compartilhadas……

Republicado por um jornal da capital, recentemente, tomei conhecimento de uma matéria do famoso e respeitado “The New York Times” na qual realçou um fato curioso que ocorreu no interior da Alemanha, lá do outro lado do Atlântico.

Não irei dar-me ao trabalho de escrever as palavras em alemão – dá um trabalho danado. Irei, contudo, apenas narrar o fato:

Em um vilarejo agrícola do interior da Alemanha, com cerca de 1.500 habitantes existia, há 60 anos,  uma cervejaria que serviu e atuou como ponto de convergência da comunidade. Foi lá, por exemplo, nas festas e datas comemorativas, que muitas crianças e jovens se conheceram, depois namoraram e se casaram. Muito deles, atualmente, refazem com os netos o mesmo que fizeram com os filhos, ou seja: continuam frequentando o mesmo ambiente.

Eis que o dono do estabelecimento, um senhor com quase 90 anos e fundador  da cervejaria que foi seu ponto laboral a vida inteira, dormindo, fez a viagem sem volta. Sem sucessor natural para o negócio, o mesmo foi fechado. Economicamente inviável, na visão das grandes redes do gênero, o negócio acabou ficando sem serventia para a comunidade.

Tocados pela ideia do pertencimento, os moradores da localidade,  numa espécie de cooperativa,  assumiram o negócio abrindo o capital da empresa para investidores externos sem perder o controle administrativo, muito menos as características e  o formato da atividade de fim da cervejaria que,  majoritariamente, era ser voltada e direcionada  aos eventos e necessidade da convivência dos moradores locais.

Moral da história: todos os dias o “mundo real” nos inclina a pensar  que o que  é meu,  é apenas meu! O que pertence aos outros é problema  deles……Mas, afinal, como poderemos construir o tão sonhado nosso?

Dividir o que nos pertence sem que, necessariamente, eu leve o meu pedaço para casa é, imagino, ser um dos  grande desafios  da humanidade  nesse  alvorecer do século XXI.  O drama humanitário das migrações está na ordem do dia, sobretudo  nas cabeças pensantes do capitalismo,  tendo em vista à  nova revolução industrial em curso, diga-se de passagem:  em estado  avançado………..

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