Não me canso de falar: BRINCAR NA SAUDADE NÃO É UMA QUESTÃO DE IDADE. É SIM! UMA QUESTÃO DE SENSIBILIDADE MUSICAL. Desfilam conosco pessoas de todas as tendências, no entanto, indiscutivelmente, todas elas estão intimamente ligadas pelo apurado gosto musical.
No quesito música, quer seja no carnaval ou não, estamos todos empobrecidos. A produção da música popular brasileira caminha para o fundo do poço. Há quem diga que chegamos. Mas, infelizmente, todos os dias, ainda estamos conseguindo piorar… Lamento por essas gerações!! Não terão do que ter saudade.
Assim sendo, nesse contexto, registramos uma bonita cena ocorrida no desfile da SAUDADE quando, da varanda da Pousada Matriz, uma foliã (idosa) interage, dançando e cantando, com o artista Elaque Amaral. SAUDADE DOS VELHOS CARNAVAIS E DAS BOAS MÚSICAS. Veja o vídeo:
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Não é todo dia que estamos dispostos a tomar banho de chuva. Quando criança até que estamos mais propensos, mas, depois de adultos, as coisas mudam um pouco de figura. Pois bem, por incrível que pareça, a inesperada chuvarada, ocorrida no meio do desfile da SAUDADE, para os foliões foi uma das melhores coisas que poderia ter acontecido – palavras deles. Na qualidade de produtor do evento, não comungo da mesma opinião. Certamente, se ali estivesse na qualidade de brincante compartilharia desse mesmo sentimento.
A operação logística para cobrir um trio elétrico em pleno movimento não é uma tarefa das mais fáceis. Em virtude da rapidez com que a chuva caiu a primeira providencia foi cobrir com lonas os equipamentos eletrônicos. Para depois, em local seguro e parado, realizar o procedimento padrão. Ou seja: colocar a ferragem e cobrir com a lona apropriada toda superfície do trio. Tudo isso de maneira articulada, para que não haja interrupção na apresentação artística. Em alguns momentos, o Elaque Amaral cantou sozinho, segurou na capela e no gogó… não deixou a peteca cair… Realço, também, o profissionalismo e o empenho de toda equipe técnica do trio Asas da América… os caras são feras…
Bem!!! Passado todo sufoco, onde corremos o sério risco de encerramos o desfile no bairro do Livramento, São Pedro aliviou a barra e encerrou a chuva. Com todo esse atropelo sanado, porém, surge outro problema: terminarmos a festa dentro do horário previsto pelo TAC – Termo de Ajustamento de Conduta.
Literalmente, tivemos que apressar o passo!!! Corremos no limite máximo… e chegamos ao ponto final faltando apenas nove minutos para o horário limite. Os foliões, alheios a tudo isso, deram um show!! Após a chuva, não se intimidaram nem foram pra casa. Mesmo molhados e encharcados brincaram e se divertiram com mais animação. São por essas e outras que falamos: NA SAUDADE, A GENTE BRINCA MELHOR!!
A Companhia dos Monges em Folia é uma das agremiações carnavalescas mais criativas do nosso carnaval. Sua diretoria, formada por pessoas inteligentes e comprometidas, desenvolve um lado filosófico curioso. O “Monge Mago”, o Rivaldo, roqueiro apaixonado e antenado nas coisas do mundo, “viaja”, todos os anos, para incrementar a troça.
Não bastasse seu horário de saída curioso – 21h32 – “Os Monges” também promove, todos os anos, uma espécie de batismos dos novos “mongeano”. Pois bem, em 2018, os agraciados com a honraria foram os carnavalescos Fernando Teixeira, Josimar Cavalcanti e Regis Souza.
Sobre a essas três novas aquisições para “Os Monges”, o amigo folião, Jerônimo, que goza de da estreita amizade dos “batizados” disse-nos que, agora, a troça vai ter que redobrar a bebida. Veja o vídeo:
Dizem os mais velhos que quando os diretores de clubes e carnavalescos em geral questionavam o então prefeito da Vitória, Doutor Ivo Queiroz, sobre à falta de iluminação pública no carnaval vitoriense, dizia ele: “Ou meu filho… como é que você quer que os carros alegóricos da noite realcem?”
Pois bem, o tempo passou, os carros alegóricos em nosso carnaval estão cada vez em menor numero, mas a escuridão parece ser uma mal crônico. Não obstante a prefeitura haver realizado na semana pré-carnavalesca alguns reparo na iluminação regular, o corredor da folia, mais uma vez, ficou escuro. Não houve reforço. Aliás, até alguns postes do Pátio da Matriz estavam com lâmpadas apagadas.
Já com relação à ornamentação não podemos dizer a mesma coisa. Não obstante o carnaval 2018 ser “muito em cima”, a mesma foi aplicada com “uma certa” antecedência, o que favorece o clima de carnaval na cidade e proporciona visibilidade ao nosso entrudo.
Evidentemente que a ornamentação – há muito tempo – não corresponde à estatura do carnaval antonense – nossa festa maior. Pelo menos para mim fica claro, que na nossa cidade existe artistas talentosos e com capacidade para avançar nessa seara, mas, para que isso aconteça, se faz necessário de mais investimento por parte da prefeitura.
Por mais um ano tive o privilégio de participar do camarote exclusivo do amigo Cornélio. Localizado em pleno corredor da folia – Praças 3 de Agosto e Restauração – o mesmo nos proporciona uma vista privilegiada da festa, sobretudo da passagem das agremiações.
O amigo Cornélio, ao lado dos seus pais – “Seu” Marcos e professora Letice – são especialistas em receber bem. Com um acolhimento de primeira qualidade, uma vista privilegiadíssima e comida e bebida passando da conta só posso dizer que já estou me candidatando a ser convidado, novamente, para o carnaval 2019… Valeu Cornélio!!!!
Desde criança me acostumei a encontrar INGÁ no carnaval. Não importa a data do entrudo. Seja em fevereiro ou em março. O Ingá sempre aparece, sendo oferecido pelos comerciantes ambulantes. Esse ano não foi diferente. Por mais de uma vez deparei-me com a oferta do fruto. Nas paredes da minha memória o Ingá tem tudo haver com o carnaval.
Depois do recesso das festividades do final do ano e dos movimentos do Rei Momo aconteceu, na manhã do último domingo (18), no Prédio do Sobradinho – sua sede – a primeira reunião ordinária da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.
Sob a coordenação do novo presidente, professor Serafim Lemos, o encontro serviu para discutir a pauta administrativa interna, assim como prospectar as atividades para o ano de 2018.
Homem negro: se o sol – nessa ansiedade bruta
de quem quer e não pode, – o teu corpo procura,
com o instinto cruel de te vender na luta,
a queimar, ainda mais, a tua pele escura…
Se resistes ao sol, nessa heroica disputa,
fertilizando a terra estéril, seca e dura,
esta cor a tingir a tua carne impoluta
é a rija encrustação de tua rude bravura.
Nem o branco encoraja e nem o negro assombra.
Tanto nos vale a luz, quanto nos vale a sombra.
Desta cor morrerás e morrerás exangue
na luta, que nos dá, pelo teu maior gosto,
a flor que floresceu do suor do teu rosto,
e o fruto que nasceu do vigor do teu sangue!…
(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 23).
Através de uma live, na página oficial da SAUDADE no Facebook, concluímos na tarde do domingo (18) o “Primeiro Concurso de Adereço de Cabeça” da SAUDADE. De antemão, agradeço a todos os envolvidos. Aos participantes, aos que votaram na internet, à comissão julgadora, assim como toda equipe envolvida no processo – Pronto Placas, Tia Lú – sobretudo ao amigo Adriano, proprietário do Barretus Studio.
O principal objetivo foi alcançado!! Tornamos o desfile da SAUDADE mais bonito e carnavalesco, por assim dizer… Todo processo se deu de maneira transparente e com muita seriedade. Eis ai, portanto, as vencedoras nas três categorias:
Aproveito também para agradecer aos foliões que, mesmo sem participar da disputa, entrou clima desfilou com seu adereço, tornando assim a noite mais bonita e lúdica. Nesse primeiro participaram diretamente da sessão de fotografias mais de sessenta pessoas, o que nos dá um indicativo que a ideia foi boa e deverá, nos próximos anos frutificar. Agradeço, mais uma vez, a todos os envolvidos.
Carnaval também um espaço para paixões. Mesmo está correspondendo o time do “Tricolor do Arruda”, o famoso “Santinha”, continua arrebatando os corações. Em pleno carnaval registrei um torcedor – atualmente sofredor” – em cima da sua bicicleta, todo enfeitado e, ainda por cima, fazendo barulho, com um monte lata velha…. .Veja o Vídeo:
Desde a chegada ao poder do então governador Eduardo Campos que Pernambuco vem adotando, nas mais diversas regiões do Estado, os chamados “Polos de Carnaval”. Muito bem, para as cidades que não tem tradição carnavalesca, esse formato de festa pode até ser interessante, mas, para alguns municípios que tem cultura própria, ou seja, que tem um carnaval secular, como é o caso da nossa Vitória de Santo Antão, a introdução desse formato de festa, a médio e longo prazo, não soma em nada, muito pelo contrário: enfraquece o modelo que já se tem!!.
Para os “descarnavalizados” ficou provado, mais uma vez, que o “Quartel General do Frevo” da Vitória de Santo Antão é a Praça Duque de Caxias. Apoteose momesca no Pátio de Eventos Otoni Rodrigues é coisa de quem não sabe conjugar o verbo “brincar”, no sentido carnavalesco.
Pois bem, mesmo não acompanhando os movimentos festivos “na Duque”, todos os dias, pude observar, nas vezes que em que estive presente, que o nível do repertório carnavalescos dos respectivos conjuntos musicais, ficou a desejar. Lembremos, porém, que é o próprio Governo do Estado que investe nessas bandas para desfigurar o nosso maior patrimônio musical – FREVO.
Com relação ao palco “na Duque” presenciei, na noite da terça (13), por ocasião do desfile do Clube dos Motoristas “O Cisne”, uma cena lamentável. O senhor “Marreta”, artista consagrado na nossa região, ignorar o desfile, pelo corredor oficial da folia, de um dos mais tradicionais clube da nossa cidade.
Faltou, mais uma vez, no palco, uma coordenação profissional e proativa. No meu modesto entendimento, as atrações principais do nosso carnaval são as agremiações locais que, sob uma ação articulada poderiam, muito bem, interagir com os artistas do palco. Nunca, porém, serem ignoradas. Portanto, segue uma nota próxima de zero, para o “senhor Marreta”.
Concluo dizendo que a Praça Duque de Caxias é, e sempre foi, o termômetro do nosso carnaval. Precisa-se entender que a verdadeira apoteose do nosso carnaval configura-se no cruzamento/passagem das nossas agremiações pelo referido local.
Na noite do domingo de carnaval registramos, no Pátio da Matriz, um movimento “não carnavalesco”, promovido por um grupo de jovens evangélicos. Como não poderia deixar de ser, de forma ordeira e organizada o grupo promoveu uma peça teatral, aliás, bem criativa. Eis aí, portanto, uma prova que o carnaval é festa democrática e com espaço para todas as manifestações.
O comandante do Baby Alegria avisou: Desfile do Baby, agora, só no dia das crianças (12 de outubro). Pois bem, lá trás a Agremiação Carnavalesca Baby Alegria desfila no domingo de carnaval. Mais adiante, passou a desfilar no domingo antes do carnaval. Esse ano, porém, o seu presidente, Charles Romão, anunciou que “O Baby”, doravante, só vai pra rua no dedicado a criançada, ou seja: 12 DE OUTUBRO – DIA DAS CRIANÇAS – FERIADO NACIONAL. Veja o vídeo:
Não obstante estarmos empenhados e focados no desfile da nossa agremiação (SAUDADE), ocorrido na noite da segunda-feira de carnaval, estivemos, na medida do possível, observando o carnaval antonense como um todo. Dentre as várias atribuições da prefeitura, determinada pelo TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – podemos dizer que, no tocante à limpeza das vias públicas, pertencentes ao “Circuito Oficial da Folia”, o serviço transcorreu de maneira satisfatória.
Independente do volume de pessoas acompanhando uma troça, após sua passagem, a sujeira fica. As latinhas de alumínio, é bem verdade, são “caçadas” pelo pessoal da reciclagem, mas nem tudo é reaproveitado. De modo que, entre os desfiles das agremiações, o pessoal da LOCAR entrava em cena e deixava tudo limpo, novamente. Olhe aí um serviço que funcionou bem, no nosso carnaval!!!
Na tarde do “domingo (18) da ressaca” registramos alguns foliões resistentes, se divertindo no Pátio da Matriz. Salve engano, até porque não acompanhei em detalhes, ontem (18), as agremiações carnavalescas, “Ricos Por Um Dia” e “O Tocador Quer Beber”, foram pra rua, fazer suas respectivas festas. Veja o vídeo:
Concluo as postagens atinentes aos desfiles das agremiações antonenses com a nossa – A SAUDADE. De antemão peço desculpas aos diretores das agremiações não registradas, afinal, como já falei em postagem anterior, nesse carnaval, em função das minhas atividades carnavalescas, faltou-me “pernas” para acompanhar tudo, da maneira que desejava.
Com relação a participação da nossa agremiação – A SAUDADE – podemos dizer que, ao final, deu tudo certo! Não obstante sermos surpreendidos, no meio da festa, por uma repentina tempestade, onde fomos obrigados a empreender um esforço descomunal, para só assim continuarmos com o desfile, encerramos nossa apresentação dentro do horário previsto pelo TAC – Termo de Ajustamento de Conduta –
Nesse contexto, contudo, expressamos os nossos mais sinceros agradecimentos, sobretudo aos foliões que, de maneira impressionante, não se intimidaram com a chuvarada e se mantiveram firmes, brincando até o fim. Deixo aqui, também, um duplo voto de aplausos: equipe técnica do trio Asas da América e todo grupo da Orquestra Super Oara, pela entrega e profissionalismo.
Aos patrocinadores, deixamos o MUITO OBRIGADO DE SEMPRE. A minha equipe, que junto comigo, veio trabalhando, há meses, renovamos nosso preito de gratidão. Aos vendedores, deixamos um reconhecimento da sua importância no contato com os foliões. À toda equipe da logística – distribuição de bebidas, cordeiros e seguranças – fica a certeza da renovação da imprescindível parceria.
Concluo, porém, realçando o sucesso do nosso “Primeiro Concurso de Adereço de Cabeça” que agregou um novo visual ao desfile e promoveu um belíssimo espetáculo. Em breve, estaremos postando fotos e detalhes dos vencedores, assim como o nosso já tradicional “Vídeo Institucional”. Forte Abraço em Todos!!!
