Síndrome do Pânico: O tratamento

blog 14 junhoDando continuidade à postagem anterior trago de uma maneira sucinta como precisamos fazer no tratamento da síndrome do pânico. Observando nossa cultura, o medicamento entra como fator primordial e não é visto como um recurso auxiliar durante as crises. O medicamento não estrutura a pessoa para sentimentos de capacidade, potência e estados internos maduros. O medicamento também não retira o medo durante o estado de pânico, optar por um tratamento em conjunto com a psicoterapia é uma maneira eficiente de tratamento durante a síndrome do pânico.

O tratamento menos eficiente é optar apenas pela medicação, pois as possibilidades de recaídas são enormes, mascara o sofrimento ao invés de enfrentar e realmente ajudar a pessoa a superá-lo. Pesquisas recentes comprovam tratamento da síndrome do pânico sem ajuda medicamentosa, fazendo uso apenas de uma boa psicoterapia. A necessidade de se sentir bem é uma conquista que precisa superar obstáculos enormes durante o tratamento psicoterapêutico, o sentimento de desamparo e fragilidade precisam dar espaço para sentimentos satisfatórios, conectados a forças internas superando as dificuldades com isso dando abertura para um crescimento pessoal e excluindo pensamentos e sentimentos de inferioridades. Crescer psicologicamente é a arma ideal para os males da alma, assim como para a síndrome do pânico.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo CRP02.14558

Síndrome do Pânico

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A leitora Ana Paula solicitou como tema a Síndrome do Pânico, vamos dialogar sobre este assunto que vem crescendo a cada dia, A síndrome do pânico estar alicerçada na ansiedade, podendo ser caracterizada como um transtorno psicológico, apresentando-se em situações estranhas pelo corpo, são reações adversas, as pernas tremem, dificuldade para engolir, o grau de ansiedade torna-se maior, ocorre também o medo de sair de casa e consequentemente não ir trabalhar. Em muitos casos estas pessoas são encaminhadas para um clínico, como os exames não detectam absolutamente nada considerando resultante daquele comportamento, aplica-se um medicamento para que durma e pronto. Está tudo errado.

As ocorrências nas crises de pânico variam de pessoa para pessoa, tremores, formigamentos, falta de ar, dificuldade para engolir, sensação de irritabilidade podem surgir com frequências. Então, quando isto ocorre o que se faz? Nas crises de pânico a ansiedade é fator principal e rapidamente apresenta quadros interpretativos sempre com finalidades negativas, “Vou morrer”, “Vou ficar louca”, quando a crise passa fica a sensação e espera de uma nova crise, para que todo este conflito não tome maiores dimensões o ideal é dar início ao processo de acompanhamento psicoterapêutico. A vulnerabilidade e expectativa são intensas e agudas, com isto um quadro de fantasia se instala, podendo ocorrer a qualquer momento uma nova crise de pânico, que na verdade nada mais é que um intenso ataque de ansiedade. As causas mais comuns mostram que após eventos conflitosos como doença, morte, separação conjugal, crise profissional podem desencadear a síndrome do pânico, estes fatores vão depender do nível de estresse e grau de vulnerabilidade de cada pessoa.

O tratamento, este será nosso tema na próxima sexta-feira.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo CRP02.14558

Ouvindo o Silêncio

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Você já parou para ouvir o silêncio? Até perece gracejo, mas ouvir o silêncio é uma necessidade, quando praticamos estamos visitando nosso mundo interior. Na cultura em que vivemos fica difícil imaginarmos o silêncio, parece impossível abandonar o barulho, a agitação na qual vivenciamos. O silêncio não é apenas a inexistência do ruído, o silêncio, está em nós, na nossa consciência, ou seja, é uma ação de julgamentos de atos realizados ou a serem realizados, é o senso de responsabilidade e de como percebemos as coisas.

O silêncio de certa maneira é assustador, é você está mais próximo de si, é, a alma em sintonia mais “aberta”, ficando audível ao silêncio.

E o que necessariamente é o silêncio? Podemos responder de duas maneiras. Temos o silêncio externo, o que conhecemos como ausência de ruídos e o silêncio interno, são as atitudes onde governamos a nós mesmo de maneira onde ficamos integrado e completo com nossas ações e pensamentos.

O filosofo Krishnamurti coloca na prática do silêncio interno a ação do homem como fonte de luz própria. Se estivermos nos escutando, rejeitando toda a estrutura da sociedade, dos prazeres, dos conflitos, estamos sós, ou seja, silenciosamente consigo.

Segundo os pensamentos do mesmo filosofo, se você está em silêncio, pode falar de dentro deste silêncio, embora para dialogar neste silêncio seja preciso começar a viver experiências e tomar conhecimento dos pensamentos mais internos, deixando-o levar a conflitos e explosões.

A importância da prática do silêncio interno possibilita o desenvolvimento de pensamentos, reflexões e consequentemente, ideias. A grosso modo, o silêncio interno seria um projeto para a construção de comportamentos mais maduros. Vale a pena ouvir este silêncio.

Até próxima semana.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo CRP02.14558

Eles são Preconceituosos

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Nas últimas semanas relatos de pessoas publicas a cerca da homossexualidade estão causando curiosidades, com isto motivando a sociedade a alvejarem suas opiniões contra os conceitos destas pessoas. Vivemos em democracia, portanto temos o direito de nos expressar, desde que estas expressões não maltratem o outro, não agrida em sua maneira de pensar e agir no mundo.

Quando coloco alvejar, visualizo parcela da sociedade reprovando estas opiniões e conceitos. Estou lendo e escutando discursos colocando-o como preconceituosos a fala destas pessoas públicas a cerca da homossexualidade. Uma opinião formada antes de conhecer o objeto, um relato antecipado, atitude baseada em crenças, manifestações emocionais e discriminatórias, pensamento sobre coisas, grupos sociais ou situações com embasamento infundido, tudo isso é preconceito. Seria isto mesmo o que uma parcela considerável da população quer dizer?

Nenhuma representação social surge de apenas uma pessoa, estas representações influenciam comportamentos e assim apresentam movimentos coletivos, neste caso o preconceito povoando nações é visto sob aspectos das mais diversas manifestações sociais, mas a espécie humana de tão rica não carece de preconceitos ela simplesmente se faz presente, a espécie humana não se enquadra em questões de opções, simplesmente se faz presente, a espécie humana é relativa a algo que está acima da essência, se encontra em seu fenômeno de existência.

Nota: Nesta segunda-feira, 9 horas, estarei no programa de Debates: Assunto do Dia, exibido pela Rede Brasil, canal 14, abordando o tema: Motivação Profissional.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo CRP02.14558

Depressão, como evitar?

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Esta é uma pergunta intrigante, ao mesmo tempo parece fácil, mas realmente é bastante complexa, pois envolve situações individuais e consequentemente subjetivas. A cada dia escutamos cada vez mais relatos de sentimentos negativos com traços ou realmente tristezas depressivas, prevenir esta doença ainda é o melhor tratamento. Os desafios e envolvimentos com a agitação do cotidiano acabam distanciando a pessoa de si mesmo, é como se a vida estivesse escapando das mãos tornando-os impotentes, com isto, não tem organismo que suporte.

Precisamos de um equilíbrio mínimo e necessário para nosso dia-dia, e quem diz qual o mínimo e o necessário é seu organismo, seu corpo, o processo metabólico a absorção e os gastos de energia muitas vezes são sinalizados no corpo como dor muscular, irritação, falta de sono, a depressão nada mais é que a decorrência de um organismo agredido, cansado.

Mais o que pensei em trazer aqui não foi o que é, ou como fazer com a depressão, e sim como evitá-la. O primeiro passo é procurar um equilíbrio para a sua vida, prestar mais atenção no gosta de fazer e evitar o que não lhe dá prazer, seus pensamentos precisam está onde seu corpo está. Combine seus horários com você, adote um horário para acordar, para as refeições, para dormir (e dormir bem, afinal o sono trabalha no caminho oposto a depressão), adote horários para caminhar, para ler, para escutar música e para ficar com as pernas para o ar.

Alimentação saudável previne gastos desnecessários de energia na hora da metabolização. Banhos demorados com sabonetes de sua preferência evitam estresses, a água tem efeito relaxante. Evitar atritos é altamente importante na prevenção da depressão, brigas, discussões demoradas onde pode se observar que não terá um resultado plausível é melhor deixar de lado.  Recolha-se para você mesmo, procure atividades que lhe traga prazer como: caminhar, desenhar, escutar aquele cd que está parado na estante, vai lhe fazer um bem enorme, até vasculhar a vida dos famosos para ver quem está namorando com quem na internet é um ótimo passatempo depois de um dia de cobranças.

Até próxima sexta-feira.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo CRP02.14558

Sobre comportamento infantil de Difícil Convivência (Última parte)

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Trago o último elemento influenciador nos comportamentos de crianças com difíceis convivências, as “danadinhas”. As Interações de fatores se apresentam como forças sintomáticas nas ações comportamentais, as interações e relações da criança com o mundo alteram, moldam padrões. Passagens durante a infância pode-se tornar um emaranhado de situações confusas quando deparadas com outros grupos. A vida escolar coloca a criança em competições, regras, limites e ações que por muitas vezes não fazem parte do seu cotidiano. Por exemplo, as inquietações de uma criança sedentária que não gosta de educação física, mas por exigência da escola ela precisa frequentar as aulas, esta interação juntamente com as influencias familiares e sociais pode compor e contribuir a seu modo comportamentos complexos em algumas crianças. São atitudes amparadas na fala do pai, mãe, grupos de amigos, professores, que por muitas vezes são ações vista isoladamente. Ocorrem interpretações das mais variadas quando alguém chega e diz: “Vou com você para a aula de educação física” ou “Você vai virar uma bola se não frequentar as aulas de educação física e vai ficar com nota baixa”. As interações de fatores é o pano de fundo dos comportamentos infantis.

Próxima semana: Depressão: como evitar? 

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo CRP02.14558

Sobre comportamento infantil de Difícil Convivência (Parte 3)

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Em se tratando de referencia às influências formadoras e modeladoras do comportamento, a família aparece na principal influência. Os comportamentos paternais desde o nascimento da criança têm efeitos profundamente importantes. Podemos observar em casos de rejeição dos pais durante o nascimento do filho, geralmente são apresentados comportamentos de difíceis convivências. A não importância das atividades com relação ao desenvolvimento da criança permite que os padrões infantis tornem-se altamente complexo.

O relacionamento desorganizado entre os pais afetam a criança, e ocorrem problemas do âmbito comportamental com profundos atritos e desarmonias. É comum numa criança com difícil convivência um histórico de desarmonia familiar, como combinações pai-madrasta, assim como, crianças que vivem com a mãe. O modelo do lar afeta o comportamento da criança, ainda mais que as ideias de seu grupo de amigos. A disciplina grosseira, perniciosa, se relaciona com comportamentos delinquentes, é preciso cuidado e reflexão enquanto mãe e pai na educação da criança, como tínhamos dialogado no texto anterior, fatores hereditários têm suas influências, mais ainda a rotina e convívio familiar.

Até próxima Sexta-Feira com a última parte do texto.

Cleiton Nascimento
Psicólogo CRP02.14558

Sobre comportamento infantil de Difícil Convivência (Parte 2)

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Dando continuidade a última postagem, precisamos iniciar nossa compreensão com relação ao comportamento da criança de difícil convivência pelo fator primordial, observando os limites e capacidades de desenvolvimento do indivíduo no processo de hereditariedade. Qualidades são fixadas no momento da concepção, exercendo influências decisivas no comportamento. Não vamos discutir se a hereditariedade é mais ou menos determinante com relação ao ambiente externo, também não vamos considerar separadamente. Os atributos da hereditariedade são fatores significantes.

Considerando um destes atributos, podemos colocar como exemplo a formação física da pessoa, mecanismo estabelecido na hereditariedade. Uma criança considerada alta, estando acima da media pode encontrar facilidades em algumas atividades como em competições, por outro lado, seu tamanho pode ser alvo de comportamento alheio dos mais variados, com isto, esta característica hereditária interage com o ambiente produzindo reações comportamentais.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos apontam a possibilidade de que alguns elementos do comportamento e maneira de adaptação em situações físicas possam basear-se em influencias hereditárias. Não apenas o físico é herdado, mas até as ações de comportamento tem uma pequena base hereditária. Podemos dizer: “Sou um pouco papai, sou um pouco mamãe”, não apenas fisicamente, mas também como conduta nos padrões de comportamento.

Próxima semana: A família e o contexto social e cultural como mais um importante fator de influencias no comportamento de crianças com difícil convivência.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Sobre Comportamento Infantil de Difícil Convivência

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Senti falta das duas semanas que não foram possíveis às publicações, mas hoje trago um texto que por extenso dividi em três partes. Vamos dialogar sobre fatores influenciadores no comportamento infantil como: hereditariedade, influências orgânicas, familiares, culturais e sociais. Iremos discutir também algumas relações de tratamento e ações a serem tomadas as crianças consideradas de difíceis convivências.

Existem personalidades diferentes para cada criança, por esta razão para cada caso um olhar. Como devemos lidar? Não com generalização de comportamentos, mas os temas que vamos discutir podem ser úteis. Não vamos ficar explicando atitudes, mas um breve resumo relacionado ao comportamento de crianças de difícil convivência será oferecido e discutido neste espaço nas próximas semanas.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Reflexão

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“É escutando pessoas que aprendo, é escutando pessoas que vivo construções interpessoais. Escutar é uma satisfação, mesmo que esta escuta seja o silêncio, pois sempre encontramos sentidos no silêncio ou ruido de qualquer que seja o universo da pessoa”.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Psicossomática é uma doença?

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Depois de realizados exames e sem diagnósticos médicos que aponte uma doença, o que realmente é a manifestação apresentada pelo corpo como: dificuldades gastrointestinais, problemas dermatológicos, dores pelo corpo, entre outros. A frase: “Você não tem nada, é coisa da sua cabeça”, deixa evidente que neste caso apresenta-se um quadro de doença psicossomática, seja de origem orgânica ou biológica a pessoa está inserida em um contexto onde muitas vezes apresentam-se como situações estressantes, colocando o outro na impossibilidade de agir de resolver determinado conflito.

Conviver em constante estresse faz com que algumas pessoas desenvolvam manchas na pele geralmente em um mesmo lugar, tenham palpitações aceleradas no coração, entre outras manifestações apresentadas pelo corpo. Uma vez diagnosticado doença psicossomática é altamente importante dar-se início a um tratamento psicoterapêutico, o medicamento ameniza, mas não cura. A psicoterapia vai amadurecer a pessoa apresentando novas maneiras de enfrentar o contexto no qual está inserido. O ambiente no qual frequentamos fala muito de nossa vida e saúde mental.

É um fator psicológico, mas dói no corpo? A dor e enfermidade existem sim, fatores comportamentais e emocionais se envolvem e geralmente nestas interpretações as situações se canalizam para uma determinada área do corpo, é como ele estivesse falando, mas é uma linguagem diferente, por esta razão incompreensível. É o corpo “dizendo” que não está suportando determinada situação, é o corpo apontando, sinalizando que algo de errado está acontecendo e você não ainda não percebeu.

Até próxima sexta-feira.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Que as comemorações da chegada do novo ano sirvam de trampolim para um portal de Saúde e Paz..

calendario

Para mim 2012 fica marcado como um ano de grandes acontecimentos, entre eles a possibilidade de semanalmente aqui com vocês dividir e dialogar o que mais gosto e sei fazer: psicologia. A cada nova postagem uma conquista em cada comentário um crescimento. Que venha em Paz o ano que vem.

Feliz 2013.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Sobre Um sentimento e Desejo

imagem para blog em 14 de dezembro 2012

Muito vem se comentando da diversidade sexual, homofobia, homossexualidade e “cura” gay. Mas cura? E se trata de doença ou algum distúrbio? A homossexualidade já não é classificada como doença deste os anos 90, então fica descartada a palavra cura em nosso discurso. O que vamos trazer para este espaço é a ferramenta principal na prática profissional do psicólogo, a escuta.

Não podemos recusar atendimento a quem procura ajuda, seja homo ou hetero. E quando surgirem demandas que apontem para conflitos psíquicos relacionados à orientação sexual, o que faz o psicólogo? Como foi dito anteriormente vamos discutir a escuta psicoterapêutica. É certo que estarei adaptando a linguagem para o blog.

Na resolução do CFP – Conselho Federal de Psicologia a proibição é evidente quanto à adoção de ações coercitivas tendentes a curas e nas expressões de concepções que consideram a homossexualidade doença distúrbios ou perversão. Em minha opinião é utópico psicoterapias que convertam hetero em gay, assim como gay em hetero. Se fossemos caminhar pelo campo da opção as pessoas optavam pela aceitação social.

Mas a dúvida é: não chega ou não chegou até o momento em meu consultório hetero reclamando da orientação sexual que vive, mas temos escutado com frequência a insatisfação de pessoas reprovando sentimentos e desejos sexuais por pessoas do mesmo sexo. Continuar a escutar estes conflitos, caminhando com o outro por onde lhe for permitido não é errado, não fere o código de ética profissional. O ser humano é muito grande e subjetivo, quem poderá falar contra a vontade da pessoa que vive um amadurecimento humano, quem vai dizer que a preocupação em procurar ajuda e priorizar a construção saudável de sua saúde mental não está ou não é eficaz? Quem pode ir contra a pessoa que está à procura de si mesmo?

Nesta escuta o fundamental é o psicólogo está centrado na pessoa que está ali na sua frente, o que provavelmente são sentimentos que não lhe agradam, fere a alma. Uma escuta plena e porque não epistemológica, ajuda o outro a entender-se, compreender-se, seja qual for à nomenclatura. Em suma, como estrutura principal o profissional psicólogo precisa apossar de si a certeza de quem lhe procurou não está interessado em resoluções e fundamentalismos, visa sofrer menos, se conhecer mais.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Psicologia no DIVÃ

Reprodução Rede Globo

Inspirado no livro homônimo da escritora Martha Medeiros, Divã – dirigido por José Alvarenga Jr. (de Os normais – O filme) – Traz Mercedes, uma mulher de 40 anos que vive às voltas com as alegrias e desafios da sociedade contemporânea. Com dois filhos, ela procurar uma psicoterapia. Esta experiência transforma o cotidiano de Mercedes. Na terapia questiona seu lado profissional e seu casamento.

Sou fã de filmes nacionais, sabemos que temos no mínimo duas linguagens em se tratando da sétima arte aqui no Brasil, os filmes “fast-food” aqueles que montam um elenco, roteiro, produção e gravação do filme em prazos rapidíssimos para estrear nas férias, e os filmes mais pensados, mais bem preparados.

Sabemos que Divã se enquadra nos filmes “fast-food” mas o telespectador não perde em aprecia-lo, trata-se é um bom filme. O longa passa por dois momentos interessantes, um deles Mercedes vive uma perda, e o filme toma outra roupagem. O livro do qual foi baseado o filme não tive a oportunidade de ler, mas acredito que a mensagem passada tão declaradamente seja semelhante à conversa que a protagonista Mercedes apresenta no filme. Para ver, pensar e se divertir.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Uma análise psicológica do filme “Campeão”

Para esta semana trago uma análise psicológica do filme: Campeão, dirigido por Russel Mulcahy, uma produção australiana apresentada numa visão psicológica.

O filme Campeão retrata uma história verídica sobre um jovem que supera barreiras para chegar aos seus objetivos. Austrália, anos 50 e 60, Tony (personagem principal e filho caçula) vira campeão de natação e por muito pouco não competiu nas Olimpíadas de 1964. Grande parte do filme gira em torno da relação do pai (alcolista) e seu filho mais novo. O filho mais velho Harold segue a linha dominador, mas claramente observa-se que este comportamento não o leva a lugar nenhum na vida. Considerado uma “marica” Tony mostra inúmeros exemplos durante a exibição da película, que é quem possui o verdadeiro talento no esporte.

Dirigido por Russell Mulcahy, Campeão é uma prova de que com garra o homem é capaz superar grandes dificuldades. Sinteticamente analisando o filme numa visão psicológica pudemos considerar que Tony fazia parte de um contexto conflitante, sua família, mas especificamente seu pai o rotulava e influenciou um de seus irmãos e ser adversário nas piscinas.

Sua Mãe era o seu único refugio. Num terreno baldio encontravam-se para longas conversas transformando aquele lugar em um espaço terapêutico, escutava e não era rígida nos conselhos, sua mãe o apoiava nas circunstâncias mais delicadas, com este comportamento nos remetemos à importância do outro em nossas vidas, nos dando suporte nos momentos mais difíceis.

Não podemos “atirar” pedras no pai de Tony possivelmente sua história de vida entra como pano de fundo em seu atual comportamento. É lógico que não seremos passivos nas ações reais, a raiva é possível e sentimentos diversos tomam conta de qualquer pessoa naquela situação.

Inúmeros estímulos negativos estiveram presentes, a figura de seu pai, a traição de seu irmão quando treinava e competiu sem terem nenhuma comunicação previa, afinal, tinham um “pacto” de amizade enorme os comprimentos entre eles eram inéditos, com a traição findou-se.

A motivação é um comportamento ativo intencional dependente de fatores internos assim como externos, Tony apresenta isto quando motiva este caminho dedicando-se aos estudos e no esporte, a realização e o crescimento pessoal é possível mesmo num contexto estressante, conflitante. Precisaremos de certa sensibilidade para entender a “ignorância” no outro, como fez Tony, mas jamais desistir dos nossos sonhos.

Próxima semana análise de outro filme.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

Reflexão

Penso que é possível agora ver claramente por que razão não existe filosofia, crença ou princípios que eu possa encorajar ou persuadir os outros a terem ou a alcançarem. não posso fazer mais do que tentar viver segundo a minha própria interpretação da presente significação da minha experiência, e tentar dar aos outros a permissão e a liberdade de desenvolverem a sua própria liberdade interior para que possam atingir uma interpretação significativa da sua própria experiência.

Por Carl Rogers – Tornar-se Pessoa, pg. 39).

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

A Relação Bipolar com a Sexualidade, Depressão e Genética

Dando continuidade ao tema, o transtorno bipolar coloca a pessoa em situações comportamentais críticas, com isto agravando suas ações e atitudes, podemos destacar o comportamento sexual, geralmente exacerbado, característica marcante no transtorno bipolar, o aumento da libido atenua a prática sexual com isto parceiros são frequentes, assim como quadros de doenças sexualmente transmissíveis.

O transtorno bipolar tem origens genéticas com causas desconhecida, sabe-se que em alguns casos o transtorno bipolar é desencadeado mais cedo, isto dar-se por algumas condições estressantes vivenciadas. O diagnóstico é realizado pelos sintomas comportamentais como: alterações do humor, que vai da euforia a depressão grave.

Durante a depressão a ideação suicida é frequente, isto ocorre por acreditar não sentir mais energia para realização de suas atividades. São fantasias repetitivas de impotência frente a sua vida. O suicídio pode ser concretizado caso o quadro da depressão agrave.

Até próxima sexta-feira.

Leia a primeira parte deste Artigo:
Bipolar: que comportamento é este?

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558