Curiosidades Musicais: Jorge Ben Jor

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Jorge Duílio Lima Meneses (Jorge Ben Jor), nasceu no Rio de Janeiro, 22 de março de 1945. No seu estilo musical característico possui diversos ritmos como: Rock, Samba, SambaRock, Bossa Nova, Jazz, Funk, Maracatu e Hip Hop. Influenciou o sambalanço e foi regravado e homenageado por muitos das novas gerações da música brasileira.

Jorge Ben ficou conhecido com a música “Mais que nada” e logo depois mais uma explosão com o sucesso “Chove Chuva”. Duas músicas que não tinha nada com o samba nem a Bossa Nova. Os puristas achavam que era muito moderna. Era difícil para os músicos da época acompanhá-lo.

Carioca de Madureira, mas criado no Camtumbi, Jorge Ben queria ser jogador de futebol e chegou a integrar o time infanto-juvenil do flamengo. Mas acabou segundo o caminho da música.

Aos dezoito anos, ganhou um violão de sua mãe e começou a se apresentar em festas e boates, tocando Bossa Nova e Rock and Roll. No início dos anos 60 apresentou-se no Beco das garrafas, que se tornou um dos redutos da Bossa Nova. Em 1963, ele subiu no palco e cantou “Mas que nada” para uma pequena plateia, que incluía um sucesso da gravadora Philips. Dois meses depois, era lançado o primeiro compacto de Jorge Bem, que inclui ainda “Por causa de você menina”, no mesmo ano lançou o primeiro LP, Samba Esquema Novo, acompanhado pelo conjunto de Samba Jazz Meireles e os Copa Cinco.

Em 1968, Jorge Bem foi convidado para o programa Divino, Maravilhoso que Caetano Veloso e Gilberto Gil fazia na Tupi. Ele também participou d “O Fino da Bossa” comandado por Elis Regina e da Jovem Guarda de Roberto Carlos. Nessa época, Jorge Bem obteve enorme sucesso com “Cadê Tereza?”, “País Tropical”, “Que pena” e “Que Maravilha”, alem de concorrer com “Charles, Anjo 45” no festival internacional da canção da TV Globo, em 1969. Na década de 1970, venceria este festival com “Fio Maravilha”, interpretada por Maria Alcina. País Tropical também teve êxito na voz de Wilson Simonal.

Foi em 1989, que ele mudou o nome artístico de Jorge Ben para Jorge Benjor, logo depois alterado para Jorge Ben Jor. Na época, foi dito que a mudança teria sido provocada pela numerologia, mas o mais plausível é que tenha ocorrido para evitar confusões com o músico americano George Benson, Jorge Bem estava começando a se tornar muito conhecido nos Estados Unidos na época. Com importância na música brasileira Jorge Bem incorpora elementos novos na suingue e na maneira de tocar violão, trazendo muito Rock,Soul e Funk Norte-americano e ainda com influencia Árabes e Africanas, que vieram através de sua mãe nascida na Etiópia.

Músicas que faz de Jorge Ben Jor um grande artista: Chove Chuva, País Tropical, Mas que nada, Por Causa de Você Menina, Fio Maravilha, Que Maravilha, Aquele Abraço, Santa Clara Clareou, A Banda do Zé Pretinho, Cadê Tereza, Charles, Anjo 45 e tantas outras.

“Mas Que Nada” foi seu primeiro grande sucesso no Brasil e também é uma das canções em Língua Portuguesa mais executadas nos Estados Unidos até hoje.

MAS QUE NADA

Hu há, há, há, há, hi

Oooô lariá laiô obá obá obá
Oooô ooô ooô lariá laiô obá obá obá

Mas que nada
Sai da minha frente eu quero passar
O samba está animado
Que eu quero é sambar
E esse samba que é misto de maracatu
É samba de preto velho
Samba de preto tu
Mas que nada
Um samba como esse tão legal
Você não vai querer que eu chegue no final

Oooô lariá laiô obá obá obá
Oooô ooô ooô lariá laiô obá obá obá

Mas que nada
Sai da minha frente eu quero passar
O samba está animado
O que eu quero é sambar
E esse samba que é misto de maracatu
É samba de preto velho
Samba de preto tu
Mas que nada
Um samba como esse tão legal
Você não vai querer que eu chegue no final

Oooo lariá laiô hobá hobá hobá
Oooo ooô lariá laiô hobá hobá hobá

leo

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais: RENATO E SEUS BLUE CAPS

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O “embrião” do conjunto Renato e Seus Blue Caps são os três irmãos da família Barros: Renato, Paulo Cezar e Edson (Ed Wilson). No final dos anos 50, influenciados pelo gosto musical da família, e pelo Rock´n Roll de Elvis, Litle Richard e Bil Halley, os rapazes começaram a imaginar que poderiam participar de programas de Rádio, fazendo mímica das músicas de sucesso, algo que era bastante comum naquela época. Após uma apresentação desastrosa na Rádio Mayrink Veiga, no programa “Hoje é dia de Rock”, de Jair Taumartugo, passaram a se dedicar à música ao vivo. Até aí não havia sido formado um conjunto e haviam adotado o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade”, numa alusão ao bairro em que foram criados, no Rio de Janeiro. Logo se juntaram aos irmãos barros os amigos Euclides (Guitarrista) e Gélson (Baterista) e o saxofonista Roberto Simonal (irmão do cantor Wilson Simonal).

Já com o nome de Renato e seus Blue Caps, inspirado em Gene Vicent, o grupo se apresentou no mesmo programa, tocando e cantando “Be Bop a Lula”, e obteve o primeiro lugar da semana e posteriormente, o prêmio do melhor do mês. Ainda em 1960 gravaram o primeiro disco de 78 rotações, pela gravadora ciclone, em que acompanhavam o grupo vocal “Os adolescentes”. Após uma participação no programa do Chacrinha, na TV Tupi, foram contratados pela Copacabana, onde lançaram dois 78 Rotações e dois Lp´s, em 1962 (Twist) e 1963, sendo que o estreante Toni foi o baterista neste segundo LP.

Em 1962, Edwilson parte para a carreira solo, e Erasmo Carlos, então secretário de Carlos Imperial, assume o posto de Crooner. Foi em 1963 que Renato e Seus Blue Caps teve o primeiro vínculo com a CBS, o grupo acompanhou Roberto Carlos nas gravações de Splish Splash e Parti na Contra Mão. Em 1964, graças à insistência de Roberto Carlos e Rossini Pinto, o grupo é contratado pela CBS, lançando um compacto duplo. A banda no começo de 1965, a gravadora CBS resolve, finalmente lançar mais um LP do conjunto. Em janeiro daquele ano, Renato Barros fez, sem muitas pretensões, a versão em português para a música “I Should Know Better”, dos Beatles, que recebeu o nome de “Menina Linda”. Logo a música entra nas paradas de sucesso, e projeta Renato e Seus Blue Caps em todo o país.

E a banda atinge o ápice de sua popularidade no final de 66, com o lançamento do LP “Um Embalo com Renato e Seus Blue Caps”. O disco de maior sucesso e vendagem na carreira do conjunto. Entre 1965 e 1969, foram lançados 6 Lp’s, todos atingindo altos índices de vendagem e execução em rádio.

Em 1974, a banda passa a cantar também com o vocalista Ivanílton, que mais tarde seria conhecido nacionalmente como (Michael Sullivan). É possível constatar a passagem marcante de Michael Sullivan pelo grupo, ouvindo os Lp’s de 1974 e 1976 (10 anos de Renato…). O primeiro ano da década de 80 trouxe como lançamento mais um compacto simples pela CBS, e no ano seguinte, mais um LP da banda, que tinha, entre as novidades, uma faixa com a participação de Zé Ramalho. A música, “Mr Tambourine Man”, versos para o clássico dos anos 60, foi a música de trabalho, e teve até direito a Clip exibido no Fantástico, da Rede Globo.

De 1983 a 1987 o conjunto ficou sem gravar, até que a volta aos lançamentos fonográficos se deu na Continental, com o LP “Batom Vermelho”, um sucesso de vendas e de execução, que trouxe o grupo novamente à mídia. Em 1995 a banda participou da coletânea 30 anos da Jovem Guarda.

Já em 2000, os Blue Caps participam de 3 Cds promocionais em homenagem a Roberto Carlos, e no final de 2001, o esperado disco ao vivo é lançado pela Warner, junto com mais 5 faixas inpeditas.

Vale destacar que Renato e Seus Blue Caps, jamais deixou de excursionar pelo país e realizar shows e apresentações.

Ex-integrantes

Paulo Cezar Barros, Carlos Coparroni, Ed Wilson, Roberto Simonal, Cláudio, Ivan Botticelli, Erasmo Carlos, Toni, Carlinhos, Mauro Motta, Pedrinho, Ivanílton, Scarambone e Marquinhos.

Fonte: Site oficial Renato e Seus Blue Caps.

MENINA LINDA

Ah! Deixa essa boneca, faça-me o favor
Deixe isso tudo e vem brincar de amor
De amor, hei hei hei de amor
Oh! Meu bem
Lembre que existe por ai alguém
Que tão sozinho, vive sem ninguém
Sem ninguém, sem ninguém
Menina linda eu te adoro
Menina pura como a flor
Sua boneca vai quebrar
Mas viverá o nosso amor
Oh! Meu bem
Deixa essa boneca, faça-me o favor
Deixe isso tudo e vem brincar de amor
De amor, hei hei hei de amor
Oh! Meu bem
Lembre que existe por ai alguém
Em
Que tão sozinho, vive sem ninguém
Sem ninguém, sem ninguém
Menina linda eu te adoro
Menina pura como a flor
Sua boneca vai quebrar
Mas viverá o nosso amor

leo

 

Leo dos Monges

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Curiosidades musicais: Martinho da Vila

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Nasceu no sábado de um chuvoso carnaval, em 12 de fevereiro de 1938, em duas barras no Rio de Janeiro.

Um dos maiores sambistas do Brasil, até hoje, Zé Ferreira ou simplesmente (Martinho da Vila).

Aos quatro anos mudou-se com a família para Serra dos Pretos Forros, que ficava na Zona Carioca conhecida como boca do mato. Filho de Dona Tereza e Josué Ferreira, seu pai um misto de agricultor assalariado e guarda-livros em fazendas do estado do Rio, transferia-se para a Capital achando que a condição de vida iria melhorar. Mas puro engano. Na cidade do Rio a família só fazia piorar, mesmo com todos trabalhando, com suas quatro irmãs, o menino fazia a faxina em casa de família, limpava caixas de gorduras, vendia estrume para adubação – só não gostava era de engraxar sapatos – recorda Martinho. Josué Ferreira via a miséria de seu lar com crescente desespero. Até que não suportou mais e se matou.

Quando garoto, Martinho desenvolveu um profundo sentimento religioso. Não perdia uma missa e aceitava com prazer a ideia de se tornar padre.

Já na adolescência, o futebol de Várzea começou a afastá-lo da igreja. Autor da marchinha da torcida do clube, acabou ingressando na ala de compositores da escola de samba Aprendizes da Boca do Mato.

Filho de lavradores da fazenda Cedro Grande, em Duas Barras no Rio. Quando se tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser homenageado pela prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia nascido estava à venda. Não hesitou em comprá-la e hoje e o lugar que chama de “Meu off-Rio”. Logo tornou-se um dos mais respeitados artistas brasileiro, além de um dos maiores vendedores de disco no Brasil, ultrapassando a marca de um milhão e meio de copias com o CD Tá Delícia, Tá Gostoso, em 1995.

Contudo, tornar-se compositor profissional não era sua meta. Terminando o primário, ele procura o SENAI para fazer o curso de Mecânica, “Eu achava bonito andar todo sujo de graxa”. Pelas aptidões demonstradas, foi induzido a tornar-se auxiliar de química industrial, habilitando-se a trabalhar em farmácias, laboratórios e perfumarias.

Durante o serviço militar, designaram-no para a farmácia. Novos cursos levaram-no a ser promovido a Cabo e depois a Sargento. Um amigo conseguiu-lhe uma transferência e durante dez anos Martinho seria Sargento Digilógrafo do Ministério da Guerra. Abandonou o exército em 1970, quando deu baixa para se tornar cantor profissional.

Anália Mendonça, foi a primeira mulher de Martinho. Deu-lhe três filhos, Martinho, Analimar e Mart’nália  e inspiração para composições de sucesso, como Iaiá do Cais Dourado (Samba-enredo da Unidos de Vila Isabel, em 1969). Martinho separou-se de Anália e adotou por companheira Lícia Maria Maciel Caniné, com quem teria mais dois filhos: Juliana e Antonio João Pedro. Lícia ajudou a vencer a insegurança, insistiu até convencê-lo a licenciar-se do exército e dedicar-se apenas a sua carreira artística.

– Ela me deu um nó do caramba. O Marcus Pereira deu uma tremenda força, mas foi Ruça que comprou minha carreira.

“Ruça” é o apelido carinhoso que Lícia recebeu por seus cabelos loiros, “descorados”.

Pai de oito filhos e avô de sete netos, Martinho conservou o estado civil de solteiro até conhecer a jovem Clediomar Corrêa Loscano que é conhecida como Cléo e Martinho a chama de Preta Pretinha, 33 anos mais jovem que ele. Sua carreira artística surgiu no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu com a música “Menina Moça”. O sucesso veio na ano seguinte,na quarta edição do mesmo festival, lançando a canção “Casa de Bamba” um dos clássicos de Martinho. O primeiro disco, lançado em 1969, intitulado Martinho da Vila incluindo, além de “Casa de Bamba”, obras primas como “O pequeno Burguês”, “Quem é do Mar não enjoa”, “Pra que dinheiro”…

Sua história de prêmios está no Rico acervo na sua cidade natal Duas Barras, em sua carreira musical ganhou em 1991 o prêmio Shell de Música Popular Brasileira.

Também envolvido nos enredos da escola, criou o “Kisomba a Festa da Raça”, que está entre os mais memoráveis da história dos desfiles, e garantiu para a Vila Isabel em 1998 seu consagrado Título de campeã do Grupo Especial.

Além de cantor e compositor, Martinho é escritor e autor de nove livros.

O Pequeno Burguês

Gravado em 26 de maio de 1969. Inspirado num problema que estava atingindo seu amigo Xavier, que fazia faculdade de Direito em Niterói.

Definitivamente conhecido o pequeno Burguês:

“Felicidade passei no vestibular

Mas a faculdade é particular”

Foi Xavier, um amigo recém formado em Direito, que inspirou o samba:

– A gente fez uma vaquinha para comprar o Anel dele, mas no dia da festa de formatura, nada de convite. Todo o mundo começou a achar que ele tinha virado Burguês, não queria mais falar com pobre, depois eu descobri que não, que ele estava mesmo é duro. Nem participou da festa de formatura…

O PEQUENO BURGUÊS

Felicidade!
Passei no vestibular
Mas a faculdade
É particular
Particular!
Ela é particular
Particular!
Ela é particular…

Livros tão caros
Tanta taxa prá pagar
Meu dinheiro muito raro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar…

Morei no subúrbio
Andei de trem atrasado
Do trabalho ia prá aula
Sem jantar e bem cansado
Mas lá em casa
À meia-noite
Tinha sempre a me esperar
Um punhado de problemas
E criança prá criar…

Para criar!
Só criança prá criar
Para criar!
Só criança prá criar…

Mas felizmente
Eu consegui me formar
Mas da minha formatura
Não cheguei participar
Faltou dinheiro prá beca
E também pro meu anel
Nem o diretor careca
Entregou o meu papel…

O meu papel!
Meu canudo de papel
O meu papel!
Meu canudo de papel…

E depois de tantos anos
Só decepções, desenganos
Dizem que sou um burguês
Muito privilegiado
Mas burgueses são vocês
Eu não passo
De um pobre coitado
E quem quiser ser como eu
Vai ter é que penar um bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado…

leo

 

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Curiosidades Musicais: MILTON NASCIMENTO

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Nasceu no Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1942. Filho de Maria do Carmo Nascimento, uma empregada doméstica, que foi mãe solteira. Faleceu de tuberculose antes da criança completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó. Uma das filhas do casal para o qual sua mãe trabalhava propôs adotar Milton, a avó concordou. Fora acolhido por Minas Gerais. O casal Lília Silva Campos e seu marido, Josino Brito Campos.

Numa especial cortesia das massas andorinhas, fabricadas com ovos frescos e a melhor farinha, a ZYV-36, Rádio Clube de Três Pontas, está apresentando… Você pede a música, um programa onde quem manda é o ouvinte! E dando prosseguimento à seleção de hoje, vamos atender ao pedido de Neusa Imaculada, da Rua XV de Novembro. Neusa quer ouvir Desafinado, música esta que dedica ao Jorginho da Caldeira como prova de sincera afeição…

Talvez Neusa Imaculada tivesse mesmo bom gosto, mas o mais provável é que ela nem existisse: o “ouvinte” que mandava no programa era o próprio DiscJockey, que desandava a ouvir seus João Gilbertos e seus Henrys Mancinis.

Além de trabalhar como radialista e estudar num curso técnico de contabilidade, o dono do programa tocava violão e cantava no Luar de Prata, um conjunto vocal “Assim na base dos Platters americanos”, segundo ele. Já em avançada adolescência, precisava de dinheiro para “pagar o cinema e as biritas”.

Ademais, no ambiente da rádio, ele estava “em casa”, seu pai era o diretor da estação.

Vivia em clima doméstico: Seu pai era o professor de matemática, bancário que se formou em eletrônica e que seria ainda radioamador. E mesmo na música, cantando no Luar de Prata, levava o respaldo do lar (sua mãe fora aluna de Villa-Lobos), ou seja, o rapaz seguia na vida cantando com o apoio da família adotiva. Também conhecido pelo apelido de Bituca, por causa do bico que fazia quando era contrariado.

Gravou a primeira canção, Barulho do trem, em 1962. Em Três Pontas (MG), integrava ao lado de Wagner Tiso o grupo W’S Boys, que tocava em bailes. Mudou-se para Belo Horizonte para cursar Economia, onde tocando em bares e clubes noturnos, começou a compor com mais frequência; datam dessa época as composições, Novena e Gira Girou (1964), ambos com Márcio Borges.

Tem como parceiros e músicos que regravaram suas canções, nomes como: Wayne Shorter, Peter Gabriel, Sarah Vaughan, Pat Metheny, Gal Costa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina.

Já recebeu 5 prêmios Grammy. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997.

Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África.

Entre outros sucessos destacam-se: Maria, Maria (1978, com Fernando Brant) e a interpretação de Coração de Estudante (Wagner Tiso), que se tornou o Hino das Diretas Já (Movimento sócio-político e reivindicação por Eleições diretas em 1984) e dos funerais de Tancredo Neves (1985). Posteriormente, a Canção da America que versa sobre a amizade, foi o tema do fundo dos funerais de Ayrton Senna (1994).

Em 2010 Milton foi o homenageado do Festival internacional do Corais (FIC) de Belo Horizonte. No encerramento do Festival Milton esteve presente e recebeu uma homenagem de mais de mil vozes que cantaram uma composição de Fernando Brant e Leonardo Cunha “A Voz Coral” feita especialmente para o homenageado.

Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant) do LP Odeon nº 3869 de 1975. A gravação original é do próprio Milton, com arranjo de Luis Eça e foi feita em 1967 na Codil.

Com essa composição, Milton lançou sua voz e seu violão numa trilha até então pouco explorada na música popular: A toada do centro do país (“A música que soa como o carro de Boi de nossa terra”, no dizer de Márcio Borges), usada numa hábil fusão com elementos do jazz ouvindo em Trespa (Três Pontas) e da Bossa Nova da noite Belo-Horizontina.

O êxito da composição, segunda colocada no (FIC) de 1967, fixou de vez o nome de autor recém-chegado de Belo Horizonte, nos grandes centros do país. E foi ainda Travessia com uma letra bilíngue e rebatizada Bridges, que lançou Milton no mercado Americano.

Travessia

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar

leo

 

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Curiosidades Musicais: VINICIUS DE MORAES – por Léo dos Monges

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Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes (Vinicius de Moraes). Nasceu no Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913. Faleceu no Rio, 09 de julho de 1980, se vivo estivesse completaria cem anos no dia 19 de outubro de 2013.

Poeta essencialmente lírico, o que lhe renderia a alcunha de “poetinha”. Notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador de uísque, conhecido também por ser um grande conquistador.

Vinicius teve no campo musical como seus maiores parceiros: Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.

Filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes e Lidia Cruz. No fim da década de 1920 Vinicius de Moares produziu letras para dez canções, nove delas parcerias com os irmãos Tapajós. Sua primeira como letrista veio em 1928, quando compôs com Haroldo “Loira ou Morena”, gravada em 1933 pela dupla de irmãos. Vinicius teve publicado seu primeiro livro de poema, O Caminho para a Distância, em 1933 e lançou outros livros de poemas. Nessa década, foram também gravadas outras canções de sua autoria, como: Dor de Uma Saudade, O Beijo que Você Não Quis Dar, Canção da Noite e Canção para Alguém.

O ano de 1958 marcaria o início de um dos movimentos mais importantes da música brasileira a Bossa Nova. A pedra fundamental do movimento veio com o álbum “Canção do Amor Demais”, gravada pela cantora Elizeth Cardoso, além da faixa-título o antológico LP contava ainda com outras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom como “Luciana”, Estrada Branca, Outra Vez e Chega de Saudade.

“Chega de Saudade” foi uma canção fundamental daquele movimento, especialmente porque o álbum de Elizeth Cardoso contou com a participação de um jovem violonista, que com seu inovador modo de tocar violão, caracterizado por uma batida, marcaria definitivamente a Bossa Nova e a tornaria famosa no mundo inteiro a partir dali. O nome deste violonista é João Gilberto.

CHEGA DE SAUDADE

Quando garoto, fazia concertos de piano para os meninos de sua vizinhança. A garotada não sabia, porém, que o instrumento – uma pianola – tinha um recurso automático que executava sozinho as canções. Vinicius apenas simulava a interpretação das peças.

Vinicius+de+Moraes+vmoraes7Fez seu primeiro poema aos 9 anos. Dedicou-o para uma menina chamada Cacy, por quem estava apaixonado na época, recebeu dos amigos o apelido “poetinha”. Formou-se em Direito em 1933. Também estudou inglês na Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Casou-se nove vezes a primeira foi (Tati) Beatriz Azevedo de Melo, em seguida foram, Regina Pederneiras, Lila Maria Esquerdo e Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita Abreu Rocha, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria e Gilda de Queiroz Mattoso. Em 1943, iniciou sua carreira diplomática ao entrar no Itamaraty. Foi vice-cônsul em Los Angelis (EUA) e atuou nos consulados da França e do Uruguai. Após a edição do Ato Institucional nº 05 (AI5), que deu poderes amplos à Ditadura dos Militares, todos os diplomatas brasileiros homossexuais e que tinha fama de festeiros foram aposentados compulsoriamente. Vinicius foi um deles, que de volta ao Brasil, fez questão de declarar “Eu sou um Bêbado!”.

Junto com o compositor Baden Powell, Vinicius se trancou em seu apartamento em 1962 para escrever músicas. Eles ficaram lá por duas semanas. Compuseram cerca de 20 músicas e beberam três caixas de uísque.

Vinícius de Moraes 05Ao lado de Antonio Maria, Vinicius atravessou a noite bebendo num bar em Copacabana, ao raiar do dia, foram ver o nascer do dia na calçada da praia e ficaram observando várias pessoas ali se exercitando uns correndo, outros caminhando e por alguns minutos ficaram os dois olhando e Vinicius falou para Antonio Maria, amigo vamos fazer pacto. Nunca mais iremos fazer nenhum tipo de exercício exagerado.

Morreu aos 66 anos. No dia anterior, um repórter lhe perguntou se estava com medo da morte. “Não, meu filho. Eu não estou com medo da morte. Estou é com saudades da Vida”.

Em parcerias ao longo de sua carreira Vinicius compôs várias músicas entre elas, A Arca de Noé, A Benção-Bahia, A felicidade, Água de Beber, Apelo, Aquarela, Arrastão, Berimbau, Canto de Ossanha, Carta ao Tom, Cavalo-Marinho, Chega da Saudade, Coisa Mais Linda, Eu Sei que Vou te Amar, Garota de Ipanema, Insensatez, Marcha da Quarta-feira de Cinzas, Minha Namorada, Onda Anda Você, Regra três, Tarde em Itapoá…

Garota de Ipanema, uma das canções mais conhecidas de mundo. Sentados no Bar Veloso, Tom Jobim e Vinicius de Moraes encantaram-se com a beleza da jovem Hellô Pinheiro, que passava por ali rumo à praia de Ipanema. E fizeram a música em homenagem a ela. Composta em agosto de 1962, foi lançada somente em março de 1963, tornando-se o maior sucesso da Bossa Nova. Originalmente a música chama-se “Menina que passa”.

GAROTA DE IPANEMA

Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
No doce balanço, a caminho do mar

Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, porque estou tão sozinho
Ah, porque tudo é tão triste
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor

leo

 

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Curiosidades Musicais: MOACYR FRANCO

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Moacir de Oliveira Franco, Moacyr Franco, nasceu em Ituiutaba – MG, em 05 de outubro de 1936.

Começou sua carreira nos anos 60 no programa (Praça da Alegria) interpretando o personagem (Mendigo) e ainda nos anos 60, tornou-se campeão de vendas com o disco (Compacto Simples). Durante dois anos, quando gravou a marchinha “Me dá um dinheiro aí”.

Na década de 70,Moacyr sofreu um grave acidente automobilístico, prejudicando muito sua carreira. Moacyr gravou vários discos. Fez um enorme sucesso com a música balada nº 7, onde ele faz uma homenagem ao fantástico jogador de futebol, Manoel Francisco dos Santos ou simplesmente Mané Garrincha. Moacyr também compôs várias músicas no estilo sertanejo de grandes sucessos como: Dia de Formatura com Nalva Aguiar, Seu Amor ainda é Tudo, Ainda Ontem Chorei de Saudade e Se Eu Não Puder te Esquecer com João Mineiro e Marciano.

Em 1979, Moacyr explodiu em todo país com o sucesso “Turbilhão”, a música mais tocada no Carnaval daquele ano.

Apresentou vários programas na TV entre eles: A Mulher é Um Show, Moacyr Franco Show, Concurso de Paródias e Moacyr TV, na rede Globo. Atuou nos humorísticos Meu Cunhado, com Ronald Golias, Ô… Coitado!

Atua hoje na Praça é Nossa com o personagem caipira e homossexual Jeca Gay no SBT.

Com o programa Moacyr Franco Show, revelou vários artistas, entre eles o seu próprio filho Guto Franco. Em 2012, foi premiado com o Troféu Menina de Ouro como coadjuvante no Cinema Paulínia com o personagem delegado no filme “O Palhaço” de Selton Mello.

A canção “Me Espere Até Amanhã”, foi composta por Moacyr Franco em homenagem a sua companheira Daniela Franco. Hoje vivem separados.

Com 53 anos de carreira, Moacyr divide seu tempo entre TV, Cinema e Shows.

Nos seus shows o artista relembra seus grandes sucessos como: Eu Nunca Mais Vou Te Esquecer, Eu Te Darei Bem Mais, Milagre da Flecha, Coração Sem Juiz, Me Dá um Dinheiro Aí, Pedágio, Balada nº 07, Balada Das Mãos, Distante dos Olhos, Carta na Mesa, Ainda Ontem Chorei de Saudade, Seu Amor Ainda é Tudo…

Cantor, compositor, humorista, apresentador de TV, político, ator e autor, este é Moacyr Franco.

Balada nº 07 (Mané Garrincha)

Sua ilusão entra em campo no estádio vazio
Uma torcida de sonhos aplaude talvez
O velho atleta recorda as jogadas felizes
Mata a saudade no peito driblando a emoção

Hoje outros craques repetem as suas jogadas
Ainda na rede balança seu último gol
Mas pela vida impedido parou
E para sempre o jogo acabou
Suas pernas cansadas correram pro nada
E o time do tempo ganhou

Cadê você, cadê você, você passou
O que era doce, o que não era se acabou
Cadê você, cadê você, você passou
No vídeo tape do sonho, a história gravou

Ergue os seus braços e corre outra vez no gramado
Vai tabelando o seu sonho e lembrando o passado
No campeonato da recordação faz distintivo do seu coração
Que as jornadas da vida, são bolas de sonho
Que o craque do tempo chutou

Cadê você, cadê você, você passou
O que era doce, o que não era se acabou
Cadê você, cadê você, você passou
No vídeo tape do sonho, a história gravou

leo

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais: Paulo Diniz

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Paulo Diniz, nasceu em Pesqueira – PE, em 24 de janeiro de 1940. Orfão de pai, dos 12 aos 16 anos trabalhou numa fábrica de doces da sua cidade.

Iniciou sua carreira no Recife, trabalhando como Crooner e baterista em casas noturnas. Ainda no Recife, trabalhou como locutor e ator na rádio. Depois foi morar no Ceará para trabalhar como ator. Em 1964, foi para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar na Rádio Tupi como locutor. Durante algum tempo, chegou a ser locutor esportivo. E nessa época passou a compor com mais frequência. Sua primeira gravação foi em 1966 com a música O Chorão. Em 1967, passou a conviver com Paulinho da Viola, Caetano Veloso e outros artistas. Em 1970, laçou o LP “Quero Voltar para a Bahia”, onde também se destaca a música “Um Chopp para Distrair”, ambas de sua parceria com Odibar. A música “I Want to GO back to Bahia” é uma homenagem a Caetano Veloso, que estava exilado em Londres. No ano seguinte gravou (Paulo Diniz) no qual fez sucesso com “O meu amor Chorou” e “Pingos de Amor”.

Ao longo de sua carreira, musicou vários poemas de poetas Brasileiros, entre eles, Carlos Drummond de Andrade “E Agora José?”, Manoel Bandeira “Vou-me Embora pra Pasárgada”, Gregório de Matos “Definição de Amor”, Jorge de Lima “Essa Nega Fulô” e Augusto dos Santos “Versos Íntimos”.

Suas músicas foram gravadas por vários interpretes, entre eles, Fagner, Simone, Emílio Santiago, Clara Nunes, Elizeth Cardoso… entre 1987 a 1996 por motivo grave de saúde, não gravou nenhum disco. Em 1997, morando no Recife, retornou sua carreira parcialmente recuperado, até pouco tempo, Paulo Diniz continuava fazendo shows, mesmo em cima de uma cadeira de rodas, pois uma doença o tornou paraplégico. Porém o vozeirão continuava intacto.

A informação que tenho é que Paulo Diniz hoje mora em Boa Viagem.

Um Chopp para Distrair

Ela passou,
Deixando um sorriso no chão
Deu um banho de beleza nos meus olhos
E aí começou o verão
Mil cores pintando o painel
Copacabana…

Ela parou,
Na loja de discos e escutou
A canção que eu fiz pra ela
A minha mensagem de amor
É tudo que eu tenho pra dar
Chorei de amor,
Eu sei, chorei de amor
E um chopp pra distrair…

Um chopp pra distrair,
Um chopp,chopp, pra distrair..

leo

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais: Odair José

Aí amigo Moisés Sales, Odair José a seu pedido.

Odair José de Araújo, nasceu em Morrinhos no Estado de Goiás em 16 de Agosto de 1948.

Odair começou seu interesse pela música aos 10 anos, aprendendo a tocar piano, gaita e violão de ouvido.

E começou sua carreira ainda na adolescência como Crooner e a compor na década de 70. Sua música teve influência da música caipira americana.

Em 1972, sua música (Cristo quem é você), foi gravada por ele e arranjo de Zé Rodrix e participação do grupo Som Imaginário. Cinco anos depois, em 1977, fez um Ópera-Rock na música (O Filho de José e Maria), chegando a ser comparado com o Bob Dylan Brasileiro.

Odair desponta na música popular brasileira na década de 70 em menos de 10 anos, ele já havia vendido 66 milhões de cópias. Suas músicas mantinham forte apelo popular, por abordar temas polêmicos para uma sociedade ainda reprimida pelo Regime Militar. Ainda nos anos 70, no seu estilo brega, causou uma grande polêmica com as músicas (Uma Vida Só), pelo seu refrão “Pare de tomar a pílula”, esta música foi censurada pelo Governo Brasileiro, que entendia que a música fazia propaganda contra a distribuição da pílula para o controle da natalidade e também na canção “Deixa Essa Vergonha de Lado”, música que Odair José deu total apoio à empregada doméstica, profissão que em 1970 não era legalizada e Odair ganhou o apelido de (O Terror das Empregadas).

Odair, também fez muito sucesso com as músicas: Eu Vou Tirar Você Deste Lugar, Assim Sou Eu, Na Minha Opinião, Essa Noite Você Vai Ter que ser Minha, A Noite Mais Linda do Mundo, Foi Tudo Culpa do Amor, Cadê Você e Tantas outras.

A música Cadê Você composta por Odair José em 1970 explodiu na Mídia em 1990, interpretada pela Dupla Leandro e Leonardo e também por Roberta Miranda.

Odair foi casado com a cantora Diana, teve com ela uma filha, Clarice, mas seu casamento durou pouco, pois a relação dos dois era muito conturbada.

Odair continua fazendo sucesso com seu estilo musical que o consagrou, até hoje.

EU VOU TIRAR VOCÊ DESSE LUGAR

Olha, a primeira vez que eu estive aqui
Foi pra me distrair
Eu vim em busca de amor

Olha, foi então que eu te conheci
Naquela noite fria
Nos seus braços os problemas esqueci

Olha, da segunda que eu estive aqui
Já não foi pra me distrair
Eu senti saudades de você

Olha, uhhh, eu precisei dos seus carinhos
Eu me sentia tão sozinho e já não podia mais te esquecer

Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não me interessa o que os outros vão pensar (2x)

Eu sei que você tem medo de não dar certo
Acha que o passado vai estar sempre perto
E que um dia eu vou me arrepender

E eu quero que você não pense em nada triste
Porque quando o amor existe
O que não existe é tempo pra sofrer

Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não me interessa o que os outros vão pensar (2x)

leo

 

Leo dos Monges

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CURIOSIDADES MUSICAIS: A HISTÓRIA DAS AVE MARIAS

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A Ave Maria é uma oração da Igreja Católica de saudação a Maria. Foi escrita originalmente em Latim, baseada do Evangelho de Lucas. Com o passar dos anos, ela foi traduzida para vários idiomas. As Ave Marias mais conhecidas são: com a melodia criada pelo Francês Charles Gounod (Ave Maria de Gounod), cantada em Latim e com a melodia do Austríaco Franz Peter Schoubert (Ave Maria de Schoubert) cantada em Alemão.

Vários outros compositores escreveram música para o texto da Ave Maria; entre eles o alemão Johann Sebastian Bach, o italiano Giuseppe Verdi e o também italiano Giacomo Puccini.

A Ave Maria de Gounod/Bach é uma das composições mais famosas e gravadas sobre o texto em Latim de Ave Maria, escrito pelo compositor Charles Gounod em 1859. Ele escreveu Ave Maria usando como base a harmonia e a textura do prelúdio nº 1 em Dó Maior do livro I de O Cravo Bem Temperado, composta por Bach, cerca de 137 anos antes. Gounod adiciona um compasso de modo a suavizar a mudança rápida da harmonia do prelúdio.

Primeiramente escreveu uma melodia sobre o prelúdio de Bach, a qual deu o nome de meditação, Gounod uniu o texto de Ave Maria a esta melodia e dedicou a sua namorada. Conhecida como Ave Maria de Gounod, deveria ser também conhecida com Ave Maria de Gounod e Bach. A curiosidade é que Bach é um dos principais compositores protestante da História. Gounod no final de sua vida se dedicou a música religiosa, chegando a compor o Hino do Vaticano. A música é então uma parceria entre um protestante e um católico.

A popular canção católica Ave Maria de Franz Schoubert, na verdade, originalmente, não tinha a letra do Ave Maria em Latim. A letra faz menção à uma canção do poema épico popular de Walter Scott (A Dama do Lago), em uma tradução alemã por Adam Storck e portanto, faz parte do Liedrzyklus Vom Fraulein Vom See (Ciclo de canções para A Dama do Lago), de Schoubert em 1825. A letra refere-se a Ellens Gesang III (a terceira canção de Ellen – Hino à Virgem). As palavras de abertura e o refrão da música de Ellen, o Ave Maria, pode ter levado a ideia de adaptação da melodia de Schoubert como uma definição para o texto integral da tradicional oração católica Ave Maria. A versão latina do Ave Maria é agora tão frequentemente usada com a melodia de Schoubert que levou ao equívoco de se pensar que originalmente a melodia foi feita para o Ave Maria.

Ave Maria de Schoubert – na voz de Helene Fischer

leo

 

Leo dos Monges

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Curiosidades musicais: Terry Winter

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Thomas Willian Standen (Terry Winter), nasceu em 08 de maio de 1941.

Surgiu no início da Jovem Guarda, Terry não fez parte, apresentava-se no Programa de Auditório, Alegria dos Barros na Tv Excelsior, produzido por Geraldo Blota. Conhecido como Tommy Stander, ele abria os programas cantando em português, e o programa era ao vivo.

Fez sucesso com canções gravadas por cantores como: Nilton Cesar “Ao Mundo vou Cantar”, em 1966 e Ronnie Von “Pequeno Príncipe”, em 1967 e também aos seus discos “O Quente”, RCA 1966 e “A Varanda”, RCA 1967.

Começou a cantar nos anos 60 em português e adotou Terry Winter na Década de 70, na época que muitos artistas faziam passar por estrangeiros, fez muito sucesso cantando suas próprias composições, como: You’ll Noitice Me e Summer Hollyday. Filho de Maria Thereza Standen e Charles Walter Standen, brasileiro, filho e neto de inglês. A família de seu pai firmou-se na cidade de Penedo subdistrito de Rezende (RJ), onde passou grande parte de sua infância, estudou em Colégio Inglês, além de falar muito bem o português e o inglês.

Terry Winter, participou de vários programas de televisão. Ganhou disco de ouro, platina, troféus de programas como: Chacrinha, Silvio Santos, Barros de Alencar, Bolinha, Almoço com as Estrelas. Ficou diversas vezes em primeiro lugar no programa semanal “Globo de Ouro” exibido pela globo. Na década de 80, participou no programa da Xuxa na Globo, Gugu no SBT, Vídeo Show, em outros.

Os lojistas começam a pedir um LP de Terry Winter, e assim, Thomas lança seu primeiro LP. Sua música fez um grande sucesso. “Summer Hollyday” em 1972. O Maestro Lemke fez os arranjos e os Carbonos fizeram a base, e em apenas uma só noite Terry foi ao Estúdio para colocar a voz. Summer Hollyday fez sucesso em 42 países, vendeu mais de três milhões de cópias.

O sucesso de Terry e de outros grupos Hits Brasil que despontam atrai a atenção da Revista Veja, que faz algumas reportagens sobre ao assunto. Luis Nassif entrevista Terry em uma pensão na Rua Rodrigues Alves. Terry o recebe com naturalidade, fala das suas músicas e de seus planos, mas tem medo de revelar que é brasileiro e isso venha a ser mal interpretado pelo público, levando seu sonho água abaixo.

Terry passa a ser perseguido por repórteres e sua verdadeira identidade é revelada no Programa Silvio Santo. O programa inicia com Terry falando em inglês e tem o auxilio de um intérprete.  Após o intervalo, a entrevista continua em português normalmente e as colegas de trabalho do Silvio Santos não entendem nada. Mas este fato é bem recebido pelo público e finalmente descobrem que Terry Winter é de fato brasileiro, filho e neto de britânicos.

Terry sofria desde criança de Bronquite Asmática e durante a vida toda foi muitas vezes socorrido e cuidado por sua esposa Mirian. Numa manhã de Agosto de 1998, ele teve uma crise e passou mal e com a demora do resgate ele sofreu um derrame. Após 32 dias de internação, contraiu uma pneumonia e veio a falecer e, 22 de setembro, aos 57 anos. Foi sepultado em 23 de setembro de 1998 no cemitério campo grande no bairro de Interlagos.

Summer Hollyday

On a summer day (On a summer day) I met you
Summer Holliday (Summer Holliday) One of few

All my life I wondered all lonely
You were so dumb just like me
For when we met it was only
Meant to be just for me (Just for me, Uh, Uh, Uh, Uh
You were just meant for me)

By the river side (By the river side)
By a shady tree
You just laughed and cried (You just laughed and cried)
Loving me

Now through life I’ll never be lonely
Life has been so good to me
For when we met it was only
Meant to be just for me (Just for me, Uh, Uh, Uh, Uh
You were just meant for me)

On a summer day (On a summer day) I met you
Summer Holliday (Summer Holliday) One of few

All my life I wonder all lonely You were so dumb just like me
For when we met it was only
Meant to be just for me (Just for me, Uh, Uh, Uh, Uh
You were just meant for me)

leo

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais: MORRIS ALBERT

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Mauricio Alberto Kaisermann (Morris Albert), nasceu em São Paulo em 07 de Setembro de 1951, começou sua carreira na década de 70, catando e tocando em vários conjuntos. Lançou em 1973 a música Feelings em seu primeiro LP. Esta música fez muito sucesso, na época chegou a vender mais de 300 mil cópias no Brasil, América Latina e Estados Unidos. Entre alguns cantores que gravaram Feelings estão: Frank Sinatra, Johnny Mathis, Sarah Voughan, Ray Cannif, Paul Mauriat e outros.

Em 1975, o sucesso chega nos Estados Unidos, nas paradas Norte Americana permaneceu por cerca de 32 semanas e dez semanas nas paradas inglesas, chegando a ganhar o primeiro (Gold Award). Uma versão em Castelhano gravada pelo autor com o título sentimentos, vendeu mais de 20 mil cópias de uma tiragem no México e valeu ao autor um disco de ouro. Feelings foi ainda a faixa título de um LP gravado pelo autor nos Estados Unidos, onde lhe conferiram um disco de ouro; e na Inglaterra obteve um disco de prata.

Morris Albert ficou famoso por seu sucesso de “Feelings”, e “She’s My Girl” e outras músicas que compôs em inglês.

Em 1978 gravou She’s My Girl de sua autoria. Participou de programas de televisão, como nos Trapalhões na Tv Tupi, quando eram colocados quadros musicais com quadros cômicos. Um dos quadros mais engraçados foi a tradução para português de Renato Aragão para Feelings, chamada por ele de “Filho”.

Feelings, fez também parte da trilha sonora das novelas Chamas da Vida na Rede Record em 2008 e Corrida do Ouro na TV Globo em 1974.

Por exigência da Gravadora, Copacabana Beverly Discos Mauricio Alberto Kaisermann, teve que adotar o nome Morris Albert. Vive atualmente na Itália.

Em 1988, 13 anos após Feelings explodir como sucesso mundial, a Suprema Corte da Califórnia, nos Estados Unidos, declarou oficialmente que a música Feelings de Morris Albert é um Plágio da música “Pour Ti” composta pelo francês Loulou Gasté em 1956, o que não tira o mérito de Morris Albert.

As músicas de Morris Albert foram gravadas por mais de 6000 artistas ao redor do mundo em mais de 20 línguas e dialetos. As músicas ultrapassam mais de 160 milhões de discos, vendidos em mais de 50 países.

Feelings

Feelings,
Nothing more than feelings,
Trying to forget my
Feelings of love.
Teardrops
Rolling down on my face,
Trying to forget my
Feelings of love.
Feelings,
For all my life I’ll feel it.
I wish I’ve never met you, girl;
You’ll never come again.
Feelings,
Wo-o-o feelings,
Wo-o-o, feel you again in my arms.
Feelings,
Feelings like I’ve never lost you
And feelings like I’ll never have you
Again in my heart.
Feelings,
For all my life I’ll feel it.
I wish I’ve never met you, girl;
You’ll never come again.
Feelings,
Feelings like I’ve never lost you
And feelings like I’ll never have you
Again in my life.
Feelings,
Wo-o-o feelings,
Wo-o-o, feelings again in my arms.
Feelings…

leo

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais: Benito di Paula

Foto: Divulgação.

Foto: Divulgação.

Uday Veloso (Benito di Paula), nasceu em Nova Friburgo – RJ, em 28 de novembro de 1941.

Um dos grandes nomes da canção nacional. Na década de 60 foi Crooner de boates do Rio de Janeiro e depois continuou tocando na noite paulistana.

Começou sua carreira pela gravadora Copacabana no início dos anos 70. Seu estilo musical é conhecido como (Samba Jóia), ao combinar o samba tradicional com piano e arranjos românticos e jazzísticos.

Seu primeiro LP “Benito de Paula” em 1971, foi censurado por trazer a música “Apesar de Você” de Chico Buarque.

O segundo também não teve sucesso, mas foi no terceiro LP que ele estourou nas paradas “Um Novo Samba”, tendo nele a música Retalhos de Cetim.

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Autor de inúmeros sucessos como: Retalhos de Cetim, Charlie Brown, Vai Ficar na Saudade, Se Não for Amor, Mulher Brasileira e tantas outras.

Nos anos 70, chegou a disputar a venda de discos com Roberto Carlos, e também chegou a compor duas músicas para Roberto “Quero ver você de perto” e “Amanheceu”.

“Eu costumo compor músicas pra mim, mas compor pra Roberto foi muito difícil”.

Benito chegou a fazer sucesso internacional, como no México, Japão, Estados Unidos e principalmente na America Latina.

Lançou em 2010 pela EMI Music seu primeiro DVD, gravado na casa Vivo Rio. O show aconteceu no Oásis, nele traz Retalhos de Cetim, Sanfona Branca, Charlie Brown…

Uday Veloso (Benito di Paula), vale lembrar que nos anos 70 e 80, ele foi uma espécie de Zeca Pagodinho.

Compôs centenas de músicas que se transformaram em sucessos nacionais e internacionais, interpretadas por ele e por outros cantores como: Roberto Carlos, Maria Bethânia, Alcione, Orquestra de Paul Mauriat etc.

Em 1975, comandou o programa (Brasil Som 75), na TV Tupi de São Paulo.

Benito sempre se apresentou com Piano de Cauda e sua indumentária que incluía, smoking, casaca, bigodão, pulseiras, colares e anéis.

Seu nome Uday é de origem indiana e significa (Chefe da Tribo).

Perguntado: Uday, e o seu nome artístico, de onde surgiu?

O Benito surgiu porque eu era radiotelegrafista. Papai é aposentado da Leopoldina, era ferroviário, então ele achou por bem que eu fosse radiotelegrafista. Nessa época foi inaugurada em Friburgo uma Boate dentro de um hotel, para os hóspedes, paulistas na maioria. O dono que já faleceu, era um engenheiro Português, Dr. Alfredo Mota.

Graças a ele eu conheci Caymmi e Jânio Quadros. O hotel dele era muito bem frequentado, de maneira que ele achava que meu nome não era audível. Aí ele falou: “Você é um rapaz tão educado, tão elegante, você é sempre bem-vindo, Bem-vindo, bedito, Benito, bonito”… Aí pintou o Benito e eu falei… “Bom já que Benito é italiano, então vamos botar o Di Paula logo”. E fui pra São Paulo, cantar nas cantinas.

Retalhos de Cetim

Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
Minha escola estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei.

leo

 

 

Leo dos Monges

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Curiosidades musicais: Lupicínio Rodrigues

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Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre em 16 de setembro de 1914. Filho de Abigail e Francisco Rodrigues (Seu Chico).

Seu Chico funcionário da Escola de Comércio (anexa a Faculdade de Direito de Porto Alegre), Seu Chico podia garantir para o filho uma infância pobre, mas sem grandes dificuldades. Quando Lupicínio fez cinco anos, o pai comprou-lhe uma cartilha e levou-o para o Liceu Porto-Alegrense. O menino ficou pouco tempo na escola.

– Olha, o senhor leva seu filho para casa e traz quando ele completar sete anos. Já faz uma semana que ele está aqui, mas até agora não quis saber de prestar atenção à aula. Só quer saber de brincar na classe e cantarolar… Assim não é possível! E lá se foi seu Chico puxando o filho pelas ruas e dando-lhe uns cascudos por ser tão moleque.

Lupe, como era chamado desde pequeno, gostava mesmo era de jogar futebol, torcedor do Grêmio, compôs o hino do clube em 1953: Até a pé nós iremos / para o quer der e vier / mas o certo é que nós estaremos / com o Grêmio onde o Grêmio estiver…

Conforme crescia, Lupicínio mostrava-se cada vez mais interessado na roda de amigos que se reuniam em bares, e ali ficavam bebendo e cantando até a madrugada. E seu Chico dizia: Não quer estudar! Não quer trabalhar! Vai dar pra vagabundo!

Seu Chico resolver tomar providências. Em 1931 apresentou o filho, na época com dezesseis anos incompletos, como voluntário ao exército. A rígida disciplina militar entra em choque com o espírito boêmio do rapaz.

 – Foi público e notório que o soldado 417 faltou à instrução no dia 7 e foi encontrado dormindo no alojamento de outra unidade, na manha do dia 8. Fica por isso detido durante dez dias.

Foi em Santa Maria, no salãozinho do Clube União Familiar, que Lupe cultivou seus primeiros romances. Foi ali que teve início sua história de eterno e incompreendido namoro. No Clube União Familiar, Lupe conheceu Iná, era uma mulata bonita e faceira.

Em 1935, o cabo Lupicínio deu baixa do exército e voltou para Porto Alegre com ideia fixa: conseguir um bom emprego e casar com Iná.

Teve sorte. Seu Chico conseguiu-lhe com emprego de Bedel na Faculdade de Direito da UFRGS.

Escreveu para a noiva contando a novidade e reafirmando os planos para o futuro. Tudo corria bem, mas Iná não era o único amor da vida de Lupe. Havia a música, os amigos, os bares, as serenatas… E isto gerou muitas discussões entre o casal, e Iná tomou uma decisão, rompendo o noivado.

Ela seguiu uma vida de funcionária pública e Lupicínio a boemia, o samba uma carreira vitoriosa de compositor e o grande amor fracassado. Que serviria de inspiração para a maioria de suas músicas. O rompimento com Iná coincidiu com o sucesso de (Se acaso você chegasse) e ambas as coisas levaram Lupicínio para o Rio de Janeiro em 1939, onde ficou seis meses.

– Foi a primeira vez que fui ao Rio. Eu estava muito doente e me meti com uma turma de malandros lá na Lapa. Era o Germano Augusto, o Kid Pepe, Wilson Batista, Ataulfo Alves, aquela turma que tomava mais cachaça do que água e foi aí que eu me curei.

Por lá teve alguns romancezinhos que acabava sempre num novo samba, pois a maioria das letras de Lupicínio fala de mulheres enganadoras, amores fracassados e traições.

Ora é a mulher que partiu e agora volta “Procurando em minha porta o que o mundo não lhe deu”. E Lupe apontando a cadeira vazia diante de sua mesa, concede: “Não te darei carinho nem afeto, mas pra te abrigar podes oculpar meu teto, pra te alimentar podes comer meu pão”.

Mas o amor é um só e Iná volta à sua lembrança fazendo-o exclamar: “Eu preciso esquecer a mulher que me fez tanto mal”. E se encontra com ela acompanhada de seu marido; por “Ciúme, despeito, amizade ou horror”, ele pergunta “Você sabe o que é ter um amor, meu senhor? Ter loucura por uma mulher, e depois encontrar este amor, meu senhor? Nos braços de um outro qualquer”…  (Nervos de Aço).

Lupicínio compôs marchinhas de carnaval e samba canção, músicas de muitos sentimentos, principalmente a melancolia por um amor perdido. Foi o inventor do termo Dor-de-cotovelo, que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo, e chora pela perda da pessoa amada.

Lupe considerava Jamelão como seu melhor intérprete. “O único que mantém integralmente o meu recado”.

Deixou centenas de canções dentre elas: Felicidade, Vingança, Ela disse-me assim, Nervos de Aço, Esses moços pobres moços, Volta, Se acaso você chegasse e tantas outras.

Se acaso você chegasse.

Se acaso você chegasse
No meu chateau e encontrasse
Aquela mulher que você gostou
Será que tinha coragem
De trocar nossa amizade
Por ela que já lhe abandonou?

Eu falo porque essa dona
Já mora no meu barraco
À beira de um regato
E de um bosque em flor
De dia me lava a roupa
De noite me beija a boca
E assim nós vamos vivendo de amor.

leo

 

 

Leo dos Monges

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CURIOSIDADES MUSICAIS: Sergio Bittencourt

Sérgio Bittencourt

Sergio Freitas Bittencourt (Sergio Bittencourt) nasceu no Rio de Janeiro 03 de fevereiro de 1941.

Aos 18 anos, saiu de casa, lutou desde a infância contra a Hemofilia. Faleceu 09 de julho de 1979 aos 38 anos vítima de um enfarte.

Teve sua primeira composição gravada em 1965, “Estrelinha” na voz de Eliana Pittman.

Em 1968, venceu o festival “O Brasil canta o Rio” na TV Record, com a canção “Modinha”, interpretada por Taiguara.

Filho do Genial Jacob do Bandolim, um dos maiores autores de Choros do Brasil.

Sergio trabalhou em jornais, revistas, foi jurado de programas de televisão. Quem não lembra de Um Instante Maestro, A Grande Chance e Programa Flávio Cavalcanti.

Seu grande sucesso “Naquela Mesa”, homenagem feita por ele em morte de seu querido pai, Jacob do Bandolim.

Interpretado por Elizeth Cardoso, Nelson Gonçalves, pelo Maestro Frances Paul Maurian e outros.

Suas grandes composições foram, Naquela Mesa, Modinha, Eu Quero.

Naquela Mesa – na Voz de Nelson Gonçalves,

Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim

leo

 

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais: Dolores Duran

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Adileia Silva da Rocha (Dolores Duran), nasceu no Rio de Janeiro, 07 de junho de 1930.

Gostava de cantar e sonhava em ser cantora famosa. Aos oito anos de idade contrai a Febre Reumática, que quase a levou a morte e que deixou como sequela um sopro cardíaco gravíssimo.

Aos doze anos se escreveu num concurso de cantores, ela cantou muito bem, como uma verdadeira profissional e ganhou o primeiro prêmio no programa Calouros em desfile de Ary Barroso.

Teve uma infância pobre, aos 15 anos perdeu o pai, foi aí que passou a sustentar a família, cantando em programas de calouros e atuando em novelas de rádio.

No final dos anos 40, ela conhece um casal rico e influente: Lauro e Heloísa Pais de Andrade, eles passam a ajudá-la a se tornar uma cantora. Lauro passa a chamá-la de Dolores Duran, por ser um nome fino na época. Este nome é espanhol e dramático que significa dores. Ele é muito forte e traz uma carga de dor e sofrimento intenso e o sobrenome Duran, que quer dizer durante, sempre, intensifica ainda mais, como se não tivesse fim essa dor.

Adileia adotou o nome “Dolores Duran” aos 16 anos, quando assinou contrato com a boate Vogue no Rio de Janeiro. Ela foi chamada para o emprego depois de ganhar um concurso de Boleros. Por ser muito jovem, a cantora teve q falsificar seus documentos para poder trabalhar.

Sem nunca ter estudado língua, aprendeu a cantar em inglês, francês, italiano e espanhol apenas ouvindo músicas.

Em 1955, foi vítima de um infarto, tendo passado trinta dias internada no hospital Miguel Couto. Dolores resolveu não seguir as restrições que os médicos lhe determinaram, agravando os problemas cardíacos que trazia desde a infância, problemas que só se agravaram com o tempo, pois abusava do cigarro, fumava mais de três carteiras por dia e da bebida, principalmente a Vodca e o Uísque. Com isso a depressão passou a marcar sua vida. Mesmo famosa e amada por milhares de fãs, se sentia triste, um vazio lhe tomava conta e com isso buscava refúgio na bebida e no cigarro.

Em 1957, um jovem compositor apresentou a Dolores uma composição dele e de Vinícius de Moraes, tratava-se de Tom Jobim em início de carreira, ao ouvir a melodia Dolores pega um lápis e compôs a letra da canção “por causa de você”. Vinícius ficou encantado com a letra e gentilmente cedeu o espaço a Dolores. Foi revelado, a partir daí, o talento de Dolores para a composição e grandes sucessos como: Estrada do Sul, Ideias erradas, Minha toada, A noite do meu bem, Castigo, Por causa de você, entre outras.

Na madrugada de 23 de outubro de 1959, depois de um show na Boate Little Club, a cantora saiu com seu namorado e com seus amigos para uma festa do Clube da Aeronáutica. Ao sair da festa resolveram fechar a noite bebendo e ouvindo músicas. Aos 29 anos a cantora chegou em casa as sete da manhã do dia 24. Brincou e beijou muito a filha adotiva e diz a sua empregada “não me acorde, estou cansada e vou dormir até morrer”, disse brincando. No quarto, sofreu um infarto fulminante, causado pelo uso excessivo de cigarro e álcool e remédios.

Por causa de você

Ah, você está vendo só
Do jeito que eu fiquei e que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples que você tocou
A nossa casa, querido
Já estava acostumada guardando você
As flores na janela
Sorriam, cantavam por causa de você

Olhe, meu bem
Nunca mais nos deixe, por favor
Somos a vida, o sonho
Nós somos o amor

Entre, meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau
Lhe levar outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre
Não chore, meu bem

leo

 

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais:Altemar Dutra de Oliveira

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Altemar Dutra de Oliveira, nasceu em Aimorés, Minas Gerais, em 06 de outubro de 1940.

Músico autodidata, entrou num programa de calouros da Radio Difusora de Colatina, no Espírito Santo, onde vivia. Venceu o concurso e foi para o Rio de Janeiro aos 17 anos onde passou a trabalhar como crooner. Na cidade maravilhosa, Altemar cantou em boates e chegou a fugir do juizado de menores para não ter sua carreira interrompida.

Interpretando músicas como: Sentimental Demais, O Trovador, Brigas, Que queres tu de mim e várias outras, muitos desses sucessos de autoria de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, é quando Altemar destacou-se no bolero e recebeu carinhosamente o título do Rei do Bolero no Brasil.

Gravou seu primeiro LP pela Tiger, entre o final dos anos 50 e o início da década de 60, tendo como sucessos: Saudade que vem e Somente uma vez.

Por volta de 1963, foi levado por Jair Amorim para o programa Boleros Dentro Da Noite, na Rádio Mundial, e no mesmo ano Joãozinho do Trio Irakitan levou-o para a Odeon, onde foi contratato conseguindo os primeiros lugares nas paradas de sucesso com “Tudo De Mim” de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Tornando-se conhecido em todo Brasil.

Em 1964 gravou Que queres tu de mim, Somos Iguais, Sentimental Demais, e foi com a música Sentimental Demais que ele conquistou inúmeros fãs e o sucesso rendeu o apelido de “O Trovador”.

Dois anos antes de sua morte, o “Trovador” emplacou outro sucesso, Eu Nunca Mais vou te Esquecer, autoria de Moacir Franco que estourou em 1981.

Destacou-se também na América Latina, se apresentando em vários países. Devido ao enorme sucesso na America Latina, gravou o disco com parceria com o cantor chileno Lutcho Gatica considerado “El Rey Del Bolero”.

Cantando em Espanhol, chegou a vender mais de 500 mil cópias na América Latina.

A partir de 1969 passou a conquistar fãs de origem latina nos Estados Unidos.

Apresentava um show para a comunidade Latino americana, no clube noturno “El Continente” em Nova York, quando faleceu aos 43 anos, de derrame cerebral, no dia 09 de novembro de 1983.

Foi casado com a cantora Marta Mendonça, tendo dois filhos, Deusa Dutra e Altemar Dutra Junior, esse também cantor.

“Mais a música que eu gostaria de ser lembrado daqui a 30, 60 ou 100 anos é Brigas”.

BRIGAS – Altemar Dutra

Veja só
Que tolice nós dois
Brigarmos tanto assim
Se depois
Vamos nós a sorrir
Trocar de bem no fim
Para que maltratarmos o amor
O amor não se maltrata não
Para que se essa gente o que quer
É ver nossa separação
Brigo eu
Você briga também
Por coisas tão banais
E o amor
Em momentos assim
Morre um pouquinho mais
E ao morrer então é que se vê
Que quem morreu fui eu e foi você
Pois sem amor
Estamos sós
Morremos nós

leo

 

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais: Milton Carlos

Milton Carlos - Samba Quadrado f

Milton Carlos, cantor e compositor, irmão da compositora Isolda sua grande parceira de várias músicas.

Gravou seu primeiro LP em 1970, nele destacam-se as músicas: Desta vez te perdi, Tudo parou, Eu vou caminhar e Um presente pra ela, parcerias com Isolda.

No seu LP de 1975 (Samba Quadrado), Milton Carlos brilhou com as músicas: Memórias do Café Nice, Eu Juro que te Morreria Minha, Piston de Gafieira, É Mais de Meia Noite, Jogo de Damas, Amanhã é Outro Dia, Contrassenso, Se Alguém Telefonar, Irônica, Amanhecer Chorando por Você, Foi Ela um Tema de Amor e Samba Quebrado.

Em 1976 Roberto Carlos grava dois sucessos dos irmãos: Pelo Avesso e Um Jeito Estúpido de Te Amar.

No início dos anos 70 a dupla já vinha sendo gravados por: Antonio Marcos, Maria Creuza e a Banda Os Incríveis.

Mas foi em 1973 que as suas canções ganharam projeção na voz do Rei Roberto Carlos.

Numa tarde de 1973, durante uma conversa no Estúdio da RCA, Eduardo Araíjo comentou com Milton Carlos que iria à casa de Roberto Carlos mostra-lhe uma composição para ele gravar. E Milton perguntou se Eduardo poderia levar também a sua canção com a irmã Isolda.

 – “Mas o que eu vou ganhar com isso? Perguntou Eduardo brincando. – “Tudo que eu tenho é um fusca, se Roberto gravar minha musica dou meu fusca para você.” E Eduardo levou uma fita com a composição (Amigos, Amigos).

Eduardo Araújo deixou as duas fitas com Roberto e foi passar uma temporada em sua fazenda em Minas Gerais.

Na volta, ligou para o cantor. – “E aí, Roberto, vai gravar minha música ou não vai?” perguntou em tom de brincadeira. – “Dudu, a sua música é bonita, mas eu gostei daquela outra com uma mulher cantando”. – “Mulher cantando?” – “É bicho, aquela que fala de um cara apaixonado por uma amiga”. – “Mas não é mulher, Roberto, é Milton Carlos, um rapaz que tem voz fina”.

Milton Carlos foi uma criança que não teve mudança de voz, ele crescia, mas sua voz continuava infantil e com tempo feminina. E isso chamou a atenção das gravadoras. E o que poderia ser uma coisa negativa se tornou em positiva.

Milton faleceu em um acidente de carro na via Anhanguera em São Paulo, aos 23 anos na noite de 20 de outubro de 1976, quando vinha de Jundiaí para São Paulo, no Passat do cantor viajava sua noiva a também cantora Mariney Lima que também faleceu e o empresário Genildo Oliveira que escapou com vida. Sua morte provocou grande repercussão na imprensa, especialmente na mídia Paulista.

Samba Quadrado

Eu fiz um samba quadrado pra você sentir
Que quanto maior a distância
Maior é o fim
Eu fiz da rua escura
Pedaço de lua pra te iluminar
Eu fiz de versos mais rimas
Palavras e cismas
Pra te chatear
Eu fiz samba quadrado pra você voltar
Eu fiz da viola a desculpa
Pra me consolar
Eu fiz do ontem o hoje
E do hoje o amanhã
Pra te ver aqui
Mas é bem melhor
Para o mundo eu chorar
Pra você eu mentir
Lourinha, gotinha d’água
Lourinha da minha mágoa

leo

 

 

Leo dos Monges

Botão RSB

Curiosidades Musicais: Noel Rosa

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Noel de Medeiros Rosa (Noel Rosa), nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de dezembro de 1910 e faleceu no Rio no dia 04 de maio de 1937.

Um dos maiores nomes da música popular brasileira, criado no bairro carioca de Vila Izabel, filho de Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Marta de Medeiros Rosa.

Noel Rosa nasceu de um parto muito difícil, que incluiu o uso de Fórceps pelo médico obstetra como medida para salvar as vidas da mãe e do bebê, o qual lhe causou fratura e afundou o maxilar inferior provocando também paralisia parcial no lado direito do seu rosto. Enfim, era até um defeito pequeno para um parto tão difícil e talvez, com o tempo, ele se recuperasse naturalmente.

Mas o defeito do rosto acentuava-se à medida que o menino crescia. Aos seis anos, quando já aprendia as primeiras letras com a mãe, foi operado, o mesmo aconteceu seis anos depois, mas a ortopedia da época não conseguiu nada.

E foi no Colégio São Bento, onde se matriculou em 28 de dezembro de 1923, que o menino de treze anos, ganhou o impiedoso apelido de “queixinho”.

O melhor que se pode dizer de Noel Rosa é lembrar que, enquanto que para a maioria dos artistas populares a fama acaba um dia após a morte, a dele só começou dez anos depois.

Em 1931, Noel entrou para Faculdade de Medicina no firme propósito de ser médico, porém o talento musical falou bem mais alto.

Noel teve ao mesmo tempo várias namoradas e foi amante de muitas mulheres casadas.

Casou-se em 1934 com uma moça da alta sociedade, Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci (Juraci Correia de Araujo) a prostituta do Cabaré, sua amante de longa data.

O rapaz magrinho e acanhado falou para o violoncelista Homero Dornelas:

– Homero, você sabe, eu não conheço música e queria que você escrevesse um samba que eu fiz hoje.

O músico sentou ao piano e pediu que o rapaz cantasse o samba.

– Agora vou minha conduta

– Eu vou pra luta, pois eu quero me aprumar

– Vou tratar você com força bruta…

Homero interrompeu:

– Repete a primeira frase

– Agora vou mudar minha conduta…

– Espera aí Noel, este samba não pode ser publicado!

– Ora essa, por quê?

– Porque isso não é samba, é o Hino Nacional!

E tocou no piano os primeiros compassos do Hino, surpreendendo o sambista: – ouviram do Ipiranga as margens plácidas…

– Ué, mas é a mesma melodia, e agora?

– É simples, basta uma ligeira modificação no encadeamento melódico e o samba já fica outro.

(Diálogo reproduzido por Almirante)

E ali mesmo Dornelas trocou algumas notas, dando a forma definitiva ao samba (Com que Roupa), era o final de 1929.

Contam que essa música ele se inspirou quando ia sair com os amigos de farra, e a mãe dele escondeu suas roupas e os amigos: vamos Noel e ele com pressa perguntou “com que roupa eu vou?”.

Autor de várias músicas como: Palpite Infeliz, Pra que Mentir, Feitiço da Vila, Feitiço de Oração, Gago Apaixonado, Três Apitos, Conversa de Botequim, Com que Roupa e tantas outras.

Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas na época, destacam-se: Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.

Com que Roupa?
Noel Rosa

Agora vou mudar minha conduta
Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com a força bruta
Pra poder me reabilitar

Pois esta vida não está sopa
E eu pergunto: com que roupa?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?

Agora eu não ando mais fagueiro
Pois o dinheiro não é fácil de ganhar
Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro
Não consigo ter nem pra gastar

Eu já corri de vento em popa
Mas agora com que roupa?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?

Eu hoje estou pulando como sapo
Pra ver se escapo desta praga de urubu
Já estou coberto de farrapo
Eu vou acabar ficando nu

Meu terno já virou estopa
E eu nem sei mais com que roupa
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?

leo

 

 

Leo dos Monges

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Curiosidades Musicais: Petrucio Amorim

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Petrúcio Antonio de Amorim, nasceu em Caruaru – PE, no Bairro do Vassoural.

Aos nove anos de idade juntava sons e palavras e fazia suas primeiras canções.

Com doze anos já sonhava tocar suas músicas nas emissoras locais.

Em 1979 participou do 2º Encontro Latino Americano de Folclore, realizado em Caruaru. Petrúcio concorreu com três músicas, com as quais vence o festival. Os prêmios foram entregues por Luiz Gonzaga, a partir desta data tudo mudou quanto aos incentivos e elogios.

Sua primeira música gravada por Azulão (Confissão de um Nordestino) era o inicio da realização de um sonho.

Em 1981, Petrúcio conhece Jorge de Altinho, que começava sua carreira de intérprete e que assinou duas músicas de Petrúcio (Disfarce e Confidências) em seu LP “Meu Cantar”.

Em 1984, recebeu um convite da gravadora Polygran. Gravou seu primeiro LP, com o título “Doce Pecado”.

O primeiro CD chega em 1995, com o título de “15 Anos de Forró”, contendo participação de alguns artistas da mídia pernambucana, como: Cristina Amaral, Maciel Melo, Leonardo…

“Meu Cenário” é uma das músicas de trabalho que lhe renderia mais de 40 regrevações. No mesmo ano Flávio José estoura com “Meu Mungunzá”, que virou “Tareco e Mariola”.

Em 1996, Petrúcio recebeu em Caruaru a grande homenagem, o “São João Petrúcio Amorim” e Flávio José emplaca mais um sucesso do poeta “Filho do Dono”.

Dois anos mais tarde, Petrúcio gravara o CD “Fim de Tarde” que contém a regravação de “Anjo Querubim”, a música mais regravada de todo o seu repertório.

Petrúcio já colecionava vários sucessos em sua carreira como: Confidências, Devagar, Anjo Querubim, Estrela Cadente, Foi bom te amar, Menino de Rua, Tareco e Mariola, Filho do Dono, Meu Cenário e tantas outras.

Sucessos gravados por vários artistas como: Jorge de Altinho, Flávio José, Santana, Cristina Amaral, Adelmário Coelho, Marinês, Falamansa, dentre muitos outros.

Anjo Querubim
Petrúcio Amorim

Fiz você pra mim
Meu brinquedo
Meu anjo querubim
Meu segredo
Guardado só pra mim
Meu amor mais louco

Até de tanto amar
Fiz também algo
Pra gente ninar
Uma criança
Pra gente adorar
Tudo no sufoco

E você não gosta mais de mim
Vem dizer que eu não soube dar amor
E achar que a vida é mesmo assim
Cada um leva o barco sofredor

Meu baião
Coração
Arranca essa dor do meu peito pra eu não chorar
Meu baião
Coração
Arranca essa dor do meu peito pra eu não chorar

Comprei sururu, camarão
Fiz batida de caju
Dancei rumba e até maracatu
Pra te fazer feliz
Fui até natal
Salvador, paraíba, bacabal
Em belém você quase passou mal
E eu te fiz feliz

E você não gosta mais de mim
Vem dizer que eu não soube dar amor
E achar que a vida é mesmo assim
Cada um leva o barco sofredor

leo

 

 

Leo dos Monges

 

 

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Curiosidades Musicais: LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO (LUIZ LUA GONZAGA – GONZAGÃO)

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Nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, num casa de barro batido na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe a 12 km de Exu. Filho de Ana Batista de Jesus (Mãe Santana) e Januário José dos Santos; batizado em Exu em 05 de janeiro de 1913.

Compositor e cantor brasileiro, conhecido como o Rei do Baião.

Januário trabalhava na roça e nas horas vagas tocava acordeão e também consertava o instrumento. Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras.

Mesmo seguindo carreira no sudoeste do Brasil, manteve-se fiel as suas origens, consagrado pelo Baião. A música emblemática de sua carreira “Asa Branca”, composta em 1947, tendo como parceiro Humberto Teixeira.

Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso, Fagner, Elba Ramalho, Dominguinhos, entre outros.

Antes dos dezoito anos, Luiz conhece Nazarena, por quem se apaixona e com que namora as escondidas. Rejeitado pelo pai da moça Coronel Raimundo Deolindo que ameaçou-o de morte, foi tirar satisfação da desfeita com um faquinha após uns gole de cana, e leva uma tremenda surra de sua mãe Santana, revoltado foge de casa para o Crato no Ceará, onde ingressou no Exército como soldado Nascimento. Durante nove anos, viajou por vários estados brasileiros sem dar notícias a família.

Em 1936, em Juiz de fora, Minas Gerais Luiz aprendeu tocar sanfona de 120 baixos, com o soldado Domingos Ambrósio e a partir daí começou a se interessar pela área musical.

Em 1939 Luiz Gonzaga dá baixa das forças armadas na cidade do Rio do Janeiro, estava decidido a se dedicar a música na então capital do Brasil.

No programa de Ary Barroso, foi aplaudido executando vira e mexe. Foi a sua primeira música gravada em disco.

Na Rádio Nacional, conheceu o acordeonista Pedro Raimundo, que usava trajes típicos da sua região. Daí surgiu a ideia de apresentar-se vestido de vaqueiro, figurino que o consagrou como artista. E foi na Radio nacional que o radialista Paulo Gracindo divulga seu apelido “Lua” por causa do seu rosto redondo e rosado.

Em 1945 uma cantora de coro chamada Odaléia (Léia) deu a luz a um menino no Rio de Janeiro, Luiz Gonzaga mantinha um caso a meses com ela, iniciado quando ela já estava grávida. Sabendo que sua amante seria mãe solteira, assumiu a paternidade, adotando a criança e deu-lhe seu nome, Luiz Gonzaga nascimento Junior (Gonzaguinha).

E em 1946 voltou pela primeira vez para Exu Pernambuco, e reencontrou seus pais, Januário e Santana, que havia anos que não sabiam nada sobre o filho. O reencontro com seu pai é narrada em sua composição (Respeita Januário) com parceria com Humberto Teixeira.

Em 1948 casou-se pela primeira vez com Helena Cavalcanti. O casal permaneceu até o fim da vida de Luiz Gonzaga.

Não tiveram filhos, por Helena não poder engravidar, mas adotaram uma menina a quem batizaram de Rosa.

Em 1980, em Fortaleza (Ceará), depois de ser atropelado pelos seus fãs e por fiéis da igreja, Luiz Gonzaga canta para o papa João Paulo II. Recebe do sumo Pontífice a expressão “Obrigado Cantador”

Luiz Gonzaga (o Rei do Baião) morreu no dia 02 de Agosto de 1989 no Hospital Santa Joana, no Recife.

No dia 13 de dezembro, Gonzaguinha, Fagner, Elba Ramalho, Dominguinhos, Joãozinho do Exu e Joquinha Gonzaga cantam a meia noite Parabéns para Luiz Gonzaga, em um show realizado em Exu. Nesse dia, pela manhã, foi inaugurado em Exu por Dominguinhos e Gonzaguinha o Museu do Gonzagão.

Asa Branca
Luiz Gonzaga

Quando olhei a terra ardendo
Com a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Por farta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

leo

 

 

Leo dos Monges