Renato, Leandro e a Copa de 1986 – por @historia_em_retalhos.

Em 1986, Renato Gaúcho era um dos grandes jogadores do futebol brasileiro e Leandro um lateral incontestável.

O gaúcho já tinha levado o Grêmio ao topo do mundo, brilhando também com grandes atuações na seleção brasileira.

Mas, para a Copa do México daquele ano, Telê Santana cortou os dois.

Finalmente, o que aconteceu?

Essa história, até hoje, é narrada como um caso raro de solidariedade entre jogadores de futebol.

A seleção preparava-se para a copa na Toca da Raposa, em Belo Horizonte.

Telê era um treinador rígido, que cobrava disciplina dentro e fora de campo.

Renato, por sua vez, era um grande ponta direita, mas também era conhecido pelas “noitadas”.

Em BH, Leandro e Renato saíram para uma farra.

Voltaram já de madrugada, contrariando as ordens de Telê.

Era comum, nessa época, pular-se o muro da concentração e aí entra o detalhe que definiu toda essa história: Leandro não conseguiu pular o muro, porque tinha medo de altura.

Mandou Renato ir, mas o atacante não foi, em cumplicidade ao amigo.

Fez questão de entrar com Leandro pela porta da frente.

Os seguranças, com ordens para contar a Telê se alguém chegasse depois da hora, cumpriram as suas funções.

Tempos depois, a decisão de Telê foi a de que ambos teriam sido desonestos pela fuga e acabaram cortados da seleção.

Em determinado momento, o técnico ainda chegou a amolecer e a voltar atrás na decisão, perdoando Leandro.

Todavia, em retribuição à solidariedade de Renato, Leandro não se juntou à delegação que viajou ao México.

Zico e Júnior ainda chegaram a ir na casa do lateral, que lhes informou que a decisão não tinha volta.

Telê acabou priorizando a geração de 82, a qual, todavia, já não gozava da mesma condição física e técnica para enfrentar o calorão do México.

A pergunta que fica, até hoje, é a seguinte: com o grande lateral e com Renato Gaúcho jogando o “fino da bola”, no auge da forma física e técnica, teria a sorte do Brasil sido diferente naquela copa?

O que você acha?

Este é considerado o corte mais polêmico da história da seleção brasileira.
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Vitória: candeeiro, luz elétrica e agora energia solar na palma da mão – ROV SOLAR.

foto ilustrativa

Por ocasião da chegada da “luz elétrica” em nossa cidade, exatamente há 100 anos – 15 de novembro de 1922 – os prognósticos dos “entendidos de então” era que a “luz do querosene”,    consumida em larga escala pela população, seria rapidamente substituída pela moderna lâmpada elétrica. Contudo, na prática, não foi isso que aconteceu na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão.

Durante toda primeira e parte da segunda metade do  século XX a população dos bairros periféricos da nossa cidade, ao enoitecer, recorriam as famosas vendas das esquinas para reabastecer os seus velhos companheiros – candeeiro – com o líquido salvador das trevas da escuridão, ou seja: o querosene.

Virada essa página,  com a chegada ao tão sonhado século XXI, finalmente, a população de baixa renda se conectou aos benefícios da energia elétrica. Estimulados ao consumo de equipamentos eletroeletrônico o consumidor – indústria, comercio etc -,  de maneira geral, passou a conviver com um alto custo desse serviço e, em alguns casos, com o fantasma do chamado apagão. Vivenciamos várias crises energéticas e sucessivos programas, no sentido da redução do consumo – períodos com horário de verão e tal.

Pois bem, por imperiosa necessidade que apontam na direção do futuro novas fontes de energia renováveis surgiram no mundo e também –  por tabela – no Brasil. Inicialmente com um alto custo – fora da realidade da classe média tupiniquim -, de um tempo para cá  a energia solar virou uma realidade para expressiva parcela dos consumidores. E o que é melhor: sem chance de retroceder.

Nesse contexto, Vitória de Santo Antão, que no passado foi uma das primeiras cidades do interior de Pernambuco a efetivar sua energia elétrica, em breve  (março 2023) irá inaugurar o mais moderno parque solar do nosso estado. Com investimento privado e com tecnologia israelense a construção segue a todo vapor.

Os benefícios desse grande empreendimento, sintonizados com as melhores práticas de sustentabilidade do planeta,  será compartilhado com todos os consumidores – sejam eles comercial e/ou residencial. Isto é:  para os que possuem fatura mensal na ordem de R$ 600,00, sem qualquer investimento na instalação, poderão alcançar, em suas respectivas faturas, uma redução de 25%. Para tanto, o consumidor deverá apresentar suas contas e se associar ao projeto que é gestado pela ROV SOLAR.

Se no passado, há exatos 100 anos, em nossa polis, os benefícios da moderna energia elétrica levou mais de meio século para contemplar,  satisfatoriamente os munícipes antonenses, hoje, no raiar da 3ª décadas do século XXI,  o conjunto de oportunidades da luz solar encontra-se na palma da sua mão. Para tanto, basta acesse a página da ROV SOLAR e ter mais informações.

 

Olinda/PE era incendiada e saqueada pelos holandeses – por @historia_em_retalhos.

Em 24 de novembro de 1631, há exatos 391 anos, a cidade de Olinda/PE era incendiada e saqueada pelos holandeses, que haviam invadido Pernambuco no ano anterior.

A cidade, considerada de difícil defesa, ficou em ruínas por conta do fogo.

Ao todo, foram 24 anos de domínio holandês.

Olinda é uma das mais antigas cidades brasileiras.

Foi fundada como povoado em 1535, por Duarte Coelho, e elevada a vila, em 12 de março de 1537.

Foi também a primeira capital de Pernambuco.

Em 1676, foi transformada em cidade e, em 1837, perdeu de vez o título de capital de Pernambuco para o Recife.

Foi declarada, em 1982, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco.
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Camões e Os Lusíadas, de J. Nabuco: reedição de uma obra esquecida – por Marcus Prado – Jornalista

Creio que seria sugestiva e pertinente uma história, ainda não escrita, da presença de Pernambuco e dos pernambucanos na história da Academia Brasileira de Letras, desde a sua fundação (1897), com Joaquim Nabuco, (o primeiro convidado por Machado de Assis, o Nabuco britânico e contundente nos debates e nas discussões, nas cortes internacionais, na campanha da abolição, na Embaixada em Washington, com seu estilo rebuscado e elegante) até os nossos dias, com José Paulo Cavalcanti Filho, o mais recente dos “imortais” nascidos aqui.

Nesse 30 de novembro, essa história se amplia e enriquece de modo especial com o lançamento, na sede da ABL, no Rio de Janeiro, da obra pouco conhecida, “Camões e Os Lusíadas”, de Joaquim Nabuco, numa iniciativa da Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco/Fundaj. Para se ter uma ideia, a primeira edição, hoje uma raridade, traz a marca dos exatos 150 anos (Thypographia do Imperial Instituto Artístico), exigindo do seu novo editor, o escritor Mário Hélio, o esforço competente de atualização ortográfica, sendo dele, também, além de erudito prefacio, dezenas de notas de rodapé, as “notas do editor”, e do estudo introdutório, de Antônio Campos, presidente da Fundaj. Sem os dois, a presente edição não cumpriria os seus objetivos: Como um jovem de apenas 23 anos foi capaz de construir uma obra com tamanho vigor sobre o poeta máximo do nosso idioma, o grande sistematizador da passagem do Português arcaico para o Português moderno, autor do maior poema épico da língua portuguesa, publicado em 1572.

Todos sabemos dos complexos problemas linguísticos que cercam uma obra como a de Camões, mas Nabuco soube intuir e perceber a essência do Os Lusíadas, no que é manifesto na natureza dessa obra. Seria nessas páginas que afloram, aqui e ali, passagens breves, mas suficientes para nos transmitir um modelo de comportamento, o seu feitio lapidar muito delineado, para a vocação futura do escritor. (Aos 19 anos já se tornaria conhecido com o polêmico panfleto O Povo e o Trono). Não sei que fontes de pesquisas estavam ao dispor de Nabuco para realizar um trabalho que ainda hoje surpreende por suas virtudes de análise crítica, para a época, avançada, e consistência de detalhes de forma límpida e cristalina. Sabe-se apenas que, nos seus 20 anos, era visto como um sagaz leitor na biblioteca do Gabinete Português de Leituras do Rio de Janeiro.

Se este livro não esteve presente na melhor bibliografia do seu tempo brasileiro sobre Os Lusíadas, (sua modernidade atemporal) não por limitações, falta de méritos, maturidade, mas pela sorte, que não teve, dos cuidados editoriais só alcançados depois de 150 anos.

Não duvido que essa nova publicação do livro de Joaquim Nabuco, inteiramente preservada, não deixará de ser, a partir de agora, parte integrante da bibliografia camoniana em nosso País, que teve noutro mestre pernambucano, um dos seus mais celebrados estudiosos, o meu saudoso amigo Leodegário Amarante de Azevedo Filho, ele que foi ensaísta e filólogo, professor titular e emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Não deixará de figurar, a partir dessa edição, da rica camoniana brasileira que conta com nomes como Antônio Houaiss, Antenor Nascentes, Augusto Magne, Celso Cunha, Gladstone Chaves de Mello, Gilberto de Mendonça Teles, Cleonice Berardinelli, Segismundo Spina, Sílvio Elia, Sousa da Silveira.

Por fim, vale ressaltar a paixão camoniana de Joaquim Nabuco quando de sua famosa palestra, no dia 10 de junho de 1880, no Gabinete Português de Leitura, durante o 4º Centenário da morte de Camões, cerimônia que contou com a presença do Imperador D. Pedro II e S.M. a Imperatriz.

Marcus Prado – Jornalista

Vestibulandos pobres – por @historia_em_retalhos.

A história de Alcides do Nascimento: o jovem negro e periférico que se tornou um símbolo para vestibulandos pobres.

Filho da ex-catadora de lixo Maria Luiza do Nascimento, Alcides conseguiu ser aprovado em primeiro lugar da rede pública no vestibular da UFPE para o curso de biomedicina (2007).

A Rede Globo captou ao vivo o momento em que mãe e filho comemoravam emocionados a divulgação da lista dos aprovados.

Foi uma linda cena de superação pessoal, protagonizada por dois atores que costumam ocupar espaços subalternos em um país marcado pelo passado perverso da escravidão.

A luta incansável da ex-catadora para educar o seu filho chegou a ser matéria do Fantástico.

Maria Luiza puxava a sua carroça para garantir a alimentação de Alcides, que almoçava a quentinha levada pela mãe encostado na parede de uma biblioteca do Recife.

Porém, essa história de vitória nas adversidades terminou em um final terrível.

O triunfo heróico de Alcides e de sua genitora foi violenta e covardemente interrompido.

Em 05 de fevereiro de 2010, o criminoso João Guilherme Nunes, detento fugitivo da Penitenciária de Itamaracá, procurava por um vizinho de Alcides, na comunidade onde moravam, a Vila Santa Luzia, no bairro da Torre.

Não localizou o vizinho e indagou a Alcides por seu paradeiro.

Alcides não soube informar.

Nas palavras do próprio João, “para não perder a viagem”, matou Alcides com dois tiros na cabeça, em frente à casa onde residia.

João foi condenado a 25 anos de prisão.

A mãe de Alcides processou o estado de Pernambuco, invocando a omissão do ente público em seu dever de garantir segurança.

Após 7 (sete) anos, o TJPE negou o pedido de indenização de Maria Luiza.

Alcides foi morto aos 22 anos e estava prestes a se tornar um biomédico.

Particularmente, foi uma das histórias de superação e dor mais trágicas que já vi na vida.

Alcides do Nascimento dá nome à Escola Técnica Estadual de Camaragibe/PE e à biblioteca do Campus IFPE do Cabo de Santo Agostinho/PE.
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Instituto Histórico do Moreno – por Nozinho Neto.

Instituto Histórico de Moreno, completa um ano de fundação. Sob a coordenação do presidente Flávio Torres, e contribuição do também membro professor Felipe Cruz, o Instituto Histórico e Geográfico do Moreno, comemorou seu primeiro aniversário no dia 11 do mês em curso. A solenidade se deu na Câmara Municipal de Vereadores da cidade, onde se deu algumas homenagens, entre elas aos institutos da Vitória de Santo Antão e do Jaboatão dos Guararapes. Desejos votos de parabéns e vida longa a esse sodalício.

Jose Joaquim da Silva Neto (Nozinho Neto).

 

 

A copa roubada – @historia_em_retalhos.

Não é de hoje que regimes ditatoriais utilizam o esporte como uma ferramenta de propaganda política.

Neste nosso último retalho sobre a história das Copas, falaremos do mundial de 1978, vencido pela Argentina.

Até hoje, pairam fortíssimas suspeitas de que houve uma grande armação envolvendo os generais argentinos, com a complacência da FIFA, presidida pelo brasileiro João Havelange.

Em 1978, o país vizinho vivia uma sangrenta ditadura sob o comando do general Jorge Videla.

BR e ARG chegaram à semifinal do torneio e, como se igualavam em pontos, o saldo de gols seria o critério definidor da vaga na final.

O Brasil enfrentaria a Polônia e os argentinos iriam para o confronto com o Peru.

Em cima da hora, a FIFA mudou o horário da primeira partida, fazendo com que o Brasil tivesse que enfrentar a Polônia três horas antes do segundo jogo, de sorte que os anfitriões saberiam exatamente quantos gols precisariam fazer no Peru.

O Brasil bateu os poloneses por 3 a 1.

A ARG teria que vencer por mais de 3 gols.

O livro “Como eles roubaram o jogo” (D. Anthony) relata que o general Videla chamou o oficial da Marinha Carlos Lacoste e deu-lhe uma ordem: “garanta o resultado contra o Peru!”.

Lacoste contactou três oficiais que acompanhavam a seleção peruana e ofereceu entre 30 e 50 toneladas de trigo da ótima colheita que a Argentina fizera naquele ano.

Aí vem o detalhe: o Peru também vivia sob uma ditadura, comandada por Francisco Bermúdez.

Para o ditador peruano, o trigo seria muito mais importante do que um jogo, no qual a sua seleção já estava desclassificada.

Ou seja: o resultado não mudaria em nada o destino do Peru naquela copa.

Em 2018, Velásquez, ex-jogador do Peru, declarou que seis companheiros “se venderam”, incluindo o goleiro Ramón, que era argentino de nascimento.

Com todo o esquema montado, a Argentina fez sem muito esforço o largo placar de 6 a 0, classificando-se para a final e sagrando-se campeã do mundo.

O Brasil voltou com o honroso 3.° lugar, invicto e com a qualificação de campeão moral daquele torneio.

A quem interessar, recomendo “A Glória Roubada”, de Edgardo Martolio.

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Hexa – uma copa misturada……..

No contexto de uma “ressaca” eleitoral acirrada e polarizada, que ainda segue, aqui e acolá, mantendo alguns “focos de incêndios antidemocráticos”  de maneira geral, o brasileiro ainda não entrou no clima da sempre tão aguardada Copa do Mundo.

Copa do Mundo em novembro/dezembro………..? Muito estranho mesmo!  Responsável em “acender” o sentimento verde/amarelo nos torcedores canarinhos com campanhas publicitárias, músicas e demais recursos da comunicação de massa, a grande mídia nacional – até agora – não “encaixou” algo que tenha caído no gosto popular.

Outra coisa curiosa nessa pré-campanha de Copa do Mundo foi o mau uso político da camisa da nossa seleção brasileira. Isso deixou e deixará sequelas em parte dos torcedores que se mostram refratário a sua utilização como elemento de união nacional, algo quase obrigatório nesses momentos de campeonatos promovidos pela poderosa FIFA.

Tomara que os brasileiros, doravante,  encontrem  o “melhor ritmo” para curtirem essa Copa do Mundo em meio a tantos eventos com fortes simbologia, tais como: Black Friday, Papai Noel, Festividades Natalinas, confraternizações, Reveillon etc……

Brasil, em meio a tido isso, rumo ao HEXA!!!

Momento Instituto Histórico – Colégio Potencial

Tudo que é bom, pede Bis! O Colégio Potencial voltou a visitar o nosso museu na manhã da última sexta-feira! Desta vez, o colégio trouxe 43 alunos para vivenciarem esta incrível experiência.

E você ainda não agendou uma visita? Tá esperando o que? Entra em contato através do nosso Whatsapp (81 8880-1744). Estamos te esperando de portas abertas!

Instituto Histórico da Vitória 

Dia Nacional da Consciência Negra – por @historia_em_retalhos.

Aos 40 anos de idade, em 20 de novembro de 1695, na mata fechada entre as Serras da Barriga e Dois Irmãos, era morto Zumbi dos Palmares, líder quilombola símbolo da resistência negra no Brasil.

Decapitado e salgado, para retardar a putrefação, a sua cabeça foi entregue ao governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, que ordenou a exposição de seu cadáver, como troféu, no pátio frontal da Igreja do Carmo, no Recife, para acabar com a lenda da imortalidade e servir de prova da consumação do massacre no Quilombo dos Palmares.

Por ser negro, não foi autorizada a entrada de seu corpo no templo, ficando os seus restos mortais expostos no pátio, até a completa decomposição.

A saga de Zumbi pela liberdade começou cedo.

Neto da princesa Aqualtune, trazida do Congo, e sobrinho do líder Ganga Zumba, o menino, que ganhou o nome de Zumbi em homenagem ao deus da guerra, nasceu livre na Serra da Barriga, atual município de União dos Palmares/AL.

Em 1630, quando Pernambuco vivia sob o domínio holandês, as fugas dos escravos intensificaram-se e Palmares, cercado de paliçadas, cresceu, chegando a ter mais de 20 mil habitantes, que sobreviviam da agricultura.

Em 1675, tropas de Manuel Lopes atacaram o quilombo, sendo Zumbi baleado duas vezes.

Resistiu e começou a virar lenda.

Discordou do tio Ganga Zumba, em 1678, quando este aceitou o acordo proposto pelo governador de Pernambuco, para transformar Palmares em uma vila.

O tio morreu, envenenado, e Zumbi assumiu o comando do quilombo e da luta pela liberdade dos negros.

Em 1691, à frente de mais de mil homens, Domingos Jorge Velho invadiu o mocambo do Macaco (sede do quilombo).

Ferido, Zumbi fugiu para Porto Calvo.

Dandara, a guerreira com quem teve três filhos, foi presa, preferindo a morte, jogando-se de um precipício.

Cada vez mais acuado, Zumbi entricheirou-se na Serra Dois Irmãos, porém, delatado pelo antigo companheiro Antônio Soares, foi morto.

Zumbi morreu, mas a sua luta permanece mais viva do que nunca.
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Professor Adão Barnabé – 53 anos de saudade……

Hoje –18 de novembro de 2022 -, exatamente hoje, realçamos os 53 anos da morte do eterno professor Adão Barnabé. Assim sendo, abaixo, reproduzimos homenagem prestada pelo Jornal O Arauto,  ocorrida no ano de 1971, por ocasião da passagem dos dois primeiros anos da sua partida.

No dia 18 do corrente, completou dois anos da passagem desta vida para a eternidade do inesquecível “gentleman” prof. Adão Barnabé dos Santos Cavalcanti. Não cessamos de recordar a figura profundamente humana do intelectual, artista, poeta e magnifico professor de inglês.

Faleceu no mês dedicado aos mortos, quando as almas sensíveis choram seus entes queridos. Porém a mais alvissareira e confortadora esperança é que existe uma vida após a morte. Os que crêem  nesta verdade e que tem fé no Salvador haverão de se encontrar na vida eterna. Esta foi a experiência do Rei Davi quando faleceu o seu filho que estava doente: “Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de mim e continuará viva a criança?  Porém, agora que é morta, porque jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim”. ( II Samuel 12:22,23)

A vida começa com a morte. Aquêle que vive em Deus sabe que viverá para sempre. Temos, portanto, a esperança de gozamos ainda do convívio de Adão Barnabé  que foi excelente pai, bom esposo, ótimo colega e companheiro.

Ele conhecia profundamente as sagradas escrituras. Possuía a Bíblia Sagrada em vários idiomas. Acreditava nas verdades reveladas e em Deus.  A nossa esperança é que êle esteja com Deus, a quem êle chamava de “ O Bom Deus”.

Neste mês de segundo aniversário de sua partida para o além  túmulo, prestamos justa homenagem àquele que merece toda nossa admiração.

Editorial do Jornal O Arauto. 

Um Rei e a ditadura – por @historia_em_retalhos.

Ídolo do Atlético Mineiro, o craque Reinaldo sempre comemorava os seus gols de braços erguidos e punhos cerrados, reproduzindo o gesto do movimento Panteras Negras, que lutava contra o racismo nos EUA.

O ato incomodava a ditadura militar brasileira.

Convocado para a Copa de 1978, aos 21 anos, o atacante foi explicitamente “recomendado” a não fazer o gesto durante a competição.

Antes do embarque para a Argentina, o general Ernesto Geisel reuniu-se com os jogadores e a comissão técnica.

Ao ver Reinaldo, o ameaçou em tom imperativo: “quem cuida da política é a gente, você cuida de jogar futebol”.

Naquela copa, a Argentina estava mergulhada em uma sangrenta ditadura e toda a seleção brasileira era comandada por militares, desde o técnico, Cláudio Coutinho, até o presidente da CBD, Heleno Nunes.

Mas o Rei tinha uma personalidade forte e não costumava curvar-se ao autoritarismo.

No dia 03 de junho, o Brasil estreava na competição contra a Suécia.

A seleção saiu perdendo, mas, com um gol de Reinaldo, empatou a partida.

Após um breve momento de hesitação, não teve jeito: Reinaldo repetiu o gesto e ergueu o punho cerrado (foto).

O camisa 9 protagonizava um ato de resistência política em pleno solo argentino, em uma ditadura que matara milhares de pessoas, não seguindo a “recomendação” que recebera no Brasil.

Por sua altivez, Reinaldo pagou um preço alto.

Sem explicações, foi sacado do time e não voltou mais, sendo substituído por Roberto Dinamite.

Anos mais tarde, revelou que recebera durante aquela copa um envelope com informações sobre a Operação Condor, uma aliança entre ditaduras sul-americanas para perseguir opositores.

Atônito e sem reação, entregou o documento ao amigo Gonzaguinha, assim que retornou ao Brasil.

A perseguição ao craque foi impiedosa.

Passou a sofrer todos os tipos de ataques e linchamentos morais, inclusive, quanto à sua sexualidade.

Quatro anos mais tarde, Telê Santana não o levou para a Copa de 82.

O Rei terminou a carreira, precocemente, aos 29 anos.

Uma coisa, porém, é certa: jamais conseguiram calá-lo.

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Momento Instituto Histórico – Escola Mundo Encantado.

Alunos do ensino fundamental da Escola Mundo Encantado vieram conhecer o nosso museu. O interesse despertado nas escolas em conhecer o nosso IHGVSA demonstra a sede por conhecimento cultural e histórico de nosso povo. Venha você também nos visitar e proporcionar essa experiencia para seu alunado!

Instituto Histórico da Vitória.

A República e o militarismo – por historia_em_retalhos.

“Liberdade, liberdade!
Abre as asas sobre nós”

O samba-enredo campeão da Imperatriz Leopoldinense, em 1989, homenageou os 100 anos da proclamação da República no Brasil.

Porém, eu trago hoje a seguinte indagação: teria sido a proclamação da nossa República um ato épico e revolucionário?

Com toda a vênia, entendemos que não.

Em verdade, a própria monarquia brasileira já apresentava sinais de esgotamento.

Apesar de ter a simpatia de boa parte da população, Dom Pedro II estava doente e desgastado.

Comprou briga com o alto clero da Igreja Católica, ao manter-se aliado à maçonaria, bem assim bateu de frente com alguns setores do Exército, com a aplicação de penas de censura.

Paralelamente, crescia a classe média formada por profissionais liberais e comerciantes, que reivindicavam maior participação nos assuntos políticos.

Para além dessas questões, porém, dois pontos foram fulcrais.

Primeiro, que, com a assinatura da Lei Áurea, os barões do café, insatisfeitos com a perda da mão de obra escrava, também se sentiram traídos pela coroa.

Segundo, o descontentamento dos militares, desde o fim da Guerra do Paraguai, que se consideravam injustiçados e buscavam tomar mais espaço no poder.

O mais intrigante, todavia, é que a República foi proclamada pelo marechal Deodoro da Fonseca, monarquista convicto e de lealdade declarada a Pedro II, a quem devia, inclusive, favores.

Como a gota d’água, espalhou-se que o governo tinha ordenado a prisão de Deodoro.

Convencido de que esse boato seria verdadeiro, Deodoro juntou as tropas e proclamou a República em 15 de novembro de 1889.

E assim nasceu a nossa República: uma intervenção militar, sem nenhuma participação popular.

Para o historiador Frank D. McCann, “a intervenção militar na política e na sociedade é sinal de fraqueza tanto do Estado como da sociedade”.

Sobral Pinto também faz uma análise interessante.

Segundo ele, o fato de a nossa República ter sido proclamada por militares os faz sentirem-se, até hoje, como os verdadeiros “donos da República”.

Vale a reflexão.

Valeu, gente!

Um bom feriado a todos!
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Uma crônica, uma fotografia e várias histórias………

Navegando nas esquecidas águas da historiografia local, nesse final de semana, acabei ressignificando um registro fotográfico que possuo há mais de 5 anos – inclusive já postado aqui no blog,  noutra ocasião.  Lendo uma crônica do ex-prefeito Manoel de Holanda, escrita há mais de meio século, descobri que a garotinha da (desta) fotografia é a imortal da AVLAC  – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – Marie Cavalcanti.

Pois bem, por ocasião da comemoração do jubileu de prata do nosso Colégio Municipal 3 de Agosto, em que ocorreu uma justa homenagem póstuma ao professor Adão Barnabé (seu pai), a referida crônica, nas entrelinhas, realça o descerramento da fotografia “feito por sua filha pequenina”. Automaticamente: matei a charada.

De pronto, recortei o texto e enviei para a colega acadêmica Marie. Quase que no mesmo instante a mesma respondeu-me: “que maravilha.  Lendo pela primeira vez”. Indagada se lembrava do dia respondeu que sim, dizendo possuir a fotografia do referido dia comemorativo e que iria me enviar.

Resumo da ópera: um texto que retrata passagem importante da vida de uma pessoa – ignorado por ela mesma (Marie) – foi “descoberto”. Para mim, além da alegria do  enriquecimento do acervo afetivo da colega, um registro fotográfico “mais robusto”. Pesquisa histórica as vezes é assim: a gente vai beber um copo com água e encontra um oceano…..

Assembleia Constituinte – por Siga: @historia_em_retalhos.

Na madrugada do dia 12 de novembro de 1823, há exatos 199 anos, temendo que o poder da Assembleia Constituinte ameaçasse o seu reinado, Dom Pedro I ordenou que o Exército invadisse o plenário.

O brigadeiro José Manuel de Morais entrou à frente de sua tropa, com um decreto em mãos.

Assinado pelo imperador, o texto dizia:

“Havendo eu convocado como tinha direito de convocar a Assembléia Geral no ano próximo passado (…) Hei por bem, como imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembléia e convocar uma outra”.

O episódio ficaria conhecido como a “Noite da agonia”.

Os membros da Assembleia, que se preparavam para redigir a primeira Constituição brasileira, resistiram por horas, mas não conseguiram evitar a dissolução do grupo.

Muitos deputados, incluindo o Patriarca da Independência, José Bonifácio, foram presos e depois deportados.

Dias depois, o imperador reuniu dez cidadãos de sua confiança.

A portas fechadas, escreveram a primeira Constituição do Brasil independente, publicada no ano seguinte.
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Fonte: @ronaldohistoriador

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REI DO MARACATU PERAMBUCANO DE BAQUE SOLTO – por Marcus Prado.

REI DO MARACATU PERAMBUCANO DE BAQUE SOLTO, o mais antigo de PE. Pedi que ele se concentrasse por instantes, pensamento voltado para as suas entidades de outros planos, antes de entrar na brincadeira, e assim permaneceu. Me deu a oportunidade única de uma imagem fotográfica num MARACATU. Dedico essa foto ao saudoso amigo RÊNÊ RIBEIRO (Fundaj) e à memória do antropólogo ROGER BASTIDE. Foto de Marcus Prado batida hoje na Fundaj.

Marcus Prado – jornalista. 

“Curiosidades Antonenses” foi o título da palestra de hoje no IFPE – Campus Vitória.

Com robusta programação que incluiu palestras, apresentações culturais, minicursos e oficinas  a 1ª Semana das Graduações do IFPE  – Campus Vitória de Santo Antão teve inicio na última segunda-feira (07) e seguiu até hoje, sexta-feira (11). O evento, segundo os organizadores, cumpriu sua missão com êxito.

Tendo como tema “Curiosidades Antonenses”,  fui convidado pela referida instituição para proferir palestra de encerramento do evento.  Com a “casa cheia” e um público majoritariamente formado por jovens nos propomos apresentar uma “cidade pouco conhecida”, ou seja:  o seu passado, algumas curiosidades na chamada “linha do tempo” e como dialogar com tudo isso nos dias atuais. 

Lastreada em 12 fotografias e um pequeno filme de 57 segundos de duração “navegamos” por 60 minutos,  no sentido da importância dos monumentos e pelas circunstâncias em que os prédios históricos foram construídos. Com linguagem simples e objetiva, de maneira geral, procuramos aproximar as pessoas da rica história local. Acredito haver contribuído positivamente com o evento e para o possível despertar da plateia, no chamado pertencimento.