24 horas de Política: não há espaço na cabeça de “suas excelências” para outros temas…..

Por mais que estejamos submersos num dos maiores desastre de Pernambuco –  com mais de 100 mortes –, por ocasião das chuvas dos últimos dias, na qualidade de população,  seria pura ingenuidade imaginar que os políticos estejam realmente preocupados com as famílias enlutadas e/ou desalojadas/desabrigadas.

Vereadores, deputados, prefeitos, governadores e presidente, de maneira geral, só pensam em política –  24 horas por dia. É contraproducente  imaginar noutra direção.  Por mais que seja duro e espantoso para boa parte dos afetados e população geral.

Em ritmo de pré-campanha, faltando poucos meses para um novo encontro dos eleitores com as urnas, “suas excelências” – com raríssimas exceções – se utilizam das catástrofes – e nessa não foi diferente – para investir na melhor cena para o seu personagem político,  perante o seu  público alvo,  principalmente através das redes sociais –  cada dia com ferramentas mais diversificadas.

Apenas a título de exemplo pontual, por assim dizer,  não podemos conceber como algo razoável, dentro daquilo que chamamos de bom senso, a mais recente  descortesia e  troca de farpas  entre o senhor presidente da República, Jair Bolsonaro com  o governador do estado de Pernambuco, senhor Paulo Câmara.

Com efeito, os dois apadrinhados, Danilo Cabral e Anderson Ferreira, ambos,  pré-postulantes ao Palácio do Campo das Princesas, em ato continuo, se aproveitaram do fato  para materializar mais uma cena  de campanha,  desenhada pelos seus marqueteiros, ou seja: repercutir o aprofundamento da polarização nacional no sentido de drenar o mesmo sentimento nacional –  já posto –   para seus respectivos projetos de poder estadual.

Tudo é feito e realizado de uma maneira tão “natural” que os eleitores, coitado,  nem percebem…. Para os políticos, como já falei, de maneira geral, o quê menos importa é a real situação dos fatos. O que eles realmente querem é levar  vantagem em cima de tudo!

Para concluir –  com enchente ou sem enchente –  possivelmente teremos mais uma  campanha presidencial “vazia”. Isto é: sem o menor conteúdo programático ou mesmo sem debater os verdadeiros problemas do Brasil. Como por exemplo: um redenho da habitação popular no País…. Viva a Democracia!!!

 

 

 

Live – Vestibular do Instituto Federal de Pernambuco (Vitória) – com Clécio Gomes e Otávio Santos.

Na  live de hoje, produzimos conteúdo atinente ao processo seletivo para o Instituto Federal de Pernambuco – Campus Vitória.   

Nesse contexto, o diretor de ensino,  Clécio Gomes,  realçou a importância da Instituição, ao longo das décadas, no processo de transformação de vidas, sobretudo das famílias estabelecidas na Zona Rural. O professor Otávio Santos, na sua fala,  explicou o passo a passo de como os jovens podem participar do processo seletivo 2022.

ASSISTA AQUI A LIVE COMPLETA.

As fortes chuvas apenas escancaram os problemas…….

Há dias, em função das fortes e constantes chuvas,  o povo de Pernambuco  segue em estado de alerta, sobretudo no Recife, na Região Metropolitana e Zona da Mata (Norte/Sul). Adensadas e espremidas numa parte relativamente pequena do território do Leão do Norte, praticamente metade da população pernambucana vive na Região Metropolitana.

Por lá, entre tantos outros, os graves problemas da moradia ganham contornos que emolduram a chamada “tempestade perfeita”, no sentido do empréstimo das cenas da vida real para adornar  qualquer  trailer de um filme de terror.

Exibindo as maiores taxas de desigualdade social, o Recife e adjacências testemunham, desde os “sobrados e mocambos” , o contraste das moradias do seu tecido social. De um  lado, os prédios  de alto padrão. Do outro, em maior número, palafitas, favelas e cortiços nos morros.

Entre o recente fogo nas palafitas (Pina) e o excesso das   águas  nos morros,  uma certeza: a indiferença das autoridades para mudar as regras desse trágico  jogo perverso cuja vidas humanas são apenas folhas secas ao vento. 

Pois bem, na nossa “aldeia’ – Vitória de Santo Antão –,  que também ostenta graves problemas sociais, “São Pedro e Santo Antão”, em parceria, resolveram apenas lembrar quem realmente manda no pedaço são eles. Apesar dos transtornos, principalmente nas áreas ribeirinhas, a cidade “ficou de pé”.  Bem diferente de eventos semelhantes, ocorridos em anos anteriores.

Vale lembrar que mesmo com os alertas das fortes chuvas,  com bastante antecedência, pouca coisa ou quase nada,  de maneira antecipada,  foram  realizadas.

É bom que se diga que a velha e costumeira desculpa, usada pela imprensa e por praticamente  todos os governantes,  nesse pontual episódio, não pode ser empregada: “choveu mais do que o previsto”.

Não! Dessa vez o alerta foi emitido com bastante antecedência e como já falei, pouco ou quase nada foi realizado de maneira prévia, justamente porque não temos essa tradição de planejar, de se prevenir para esse tipo de evento. Isso vale para o Recife, para Jaboatão, Vitória e etc. Restou-nos, apenas,  aprender com os próprios erros…..

Nesse turbilhão de problema, não devemos deixar de sublinhar o sentimento de solidariedade das pessoas nas comunidades em que a tragédia ganhou contornos mais acentuados.  Tanto no resgate –  pela falta da estrutura governamental –  quanto à assistência humana, por assim dizer.

De resto, acredito que esses últimos acontecimentos, possivelmente tenham  sido os mais documentados da história das nossas enchentes. Aliás, é possível dizer que as emissoras de televisão, em seus telejornais, em se tratando  de imagens da tragédia propriamente dita, apenas reproduziram cenas gravadas IN LOCO pela população, através dos seus celulares. Lembremos que o inverno 2022, na nossa região, está apenas começando……

Live – Vestibular do Instituto Federal de Pernambuco (Vitória) – com Clécio Gomes e Otávio Santos.

A LIVE  amanhã, terça-feira (31), às 17h., será sobre o  vestibular do Instituto Federal de Pernambuco (Escola Agrotécnica) – Vitória.

Com inscrições até o próximo de 12 de junho, o processo seletivo da instituição (IFPE) está disponibilizando de 120 vagas para os cursos de Agricultura, Agroindústria e Zootecnia.

Para dialogar conosco e repassar todas as informações necessárias, receberemos o diretor de ensino, Clécio Gomes e o professor Otávio Santos.

LIVE – Vestibular do Instituto Federal de Pernambuco (Vitória).

Convidados:  Clécio Gomes e Otávio Santos. 

Dia: terça-feira, 31 de maio, às 17h.

Transmissão: Blog do Pilako.

https://youtube.com/shorts/ctW3p0ngBQw?feature=share

Vereador tem que ganhar bem mesmo……..

Amanhã, sábado, 28 de maio de 2022, deveríamos  todos celebrar a passagem de um momento marcante na história do nosso lugar, ou seja: os 210 anos da instalação da então Vila de Santo Antão.

Além de tantas outras e importantes transformações, a materialização do pelourinho e da câmara de vereadores  seriam, por assim dizer,  as duas mais salientes representações desse novo tempo.  Estamos falando de um tempo em que éramos todos dependentes e vinculados ao Rei de Portugal. O tempo dos reis, felizmente,  já passou….

Na atual conjuntura democrática em que vivenciamos, no Brasil, cabe às câmaras legislativas, nas três esferas, representar o “Poder do Povo”. É nesse espaço (legislativo), plural por natureza, no meu modesto entendimento, que devemos depositar nossas esperanças para alcançarmos a tão sonhada justiça social, ou mesmo à “utópica” (mas sempre buscada)  liberté, égalité e fraternité.

Repercutiu negativamente nas redes sociais e grupos de whatsapp(s), desde ontem (26), o debate acalorado na nossa Câmara de Vereadores realçando o aumento dos próprios salários pelos parlamentares. Vale salientar: para a próxima legislatura.

Se bem observado, a questão vai muito mais além do “muito ou pouco”, do decente ou indecente, da hipocrisia ou do interesse próprio…..De maneira geral, o orçamento nas câmaras e assembleias  são folgados. Por lá, não existe crise financeira. O “bocado” deles é certo e sobra com força! A prova é tanta que  volta e meia os nobres legisladores  estão sempre criando artifícios para “meter a mão no dinheiro alheio”.

Com efeito, nessa verdadeira cortina de fumaça, não se discuti o verdadeiro papel do vereador na sociedade. Em se tratando das terras antonenses, $10 mil, $12 mil, $20 mil ou mesmo $50 mil não é a questão. O problema reside  quando o senhor vereador abre mão do poder que lhe é  conferido pelo povo, nas urnas, e passa a ser um “vereador mecânico”, ou seja: apenas assina e ratifica o que nem leu ou  mesmo nem tomou conhecimento. Faça um  teste simples: quando encontrar um vereador na rua, peça a ele para explicar as entrelinhas de um determinado projeto. O desastre é certo!!!

É nessa hora que o vereador, caso  ganhasse apenas R$ 100,00 (cem reais) por mês, comete o pior de todos os seus “pecados”, causando assim  um  prejuízo  monumental a todos os munícipes, não só apenas aos que o elegeram. Salário de vereador não é o  “X” da questão.  O verdadeiro prejuízo aos cofres do município se configura  justamente quando o vereador abre mão da sua vital função em benefício financeiro próprio, através de acordos realizados “na calada da noite”.  Fica, então,  a pergunta; quantos dos nossos vereadores estão cumprindo  sua verdadeira missão?

Parabéns ao Poder Legislativo da Vitória pela passagem dos 210 anos de atuação….

“Caminhão de Gás” – historia_em_retalhos,

Este é o “Caminhão de Gás” ou “Vagão de Gás”, método de extermínio utilizado pela Alemanha nazista.

Ao entrarem nos veículos, as vítimas eram gaseadas com monóxido de carbono, até a morte.

Foi muito utilizado no campo de concentração de Chełmno, até a criação das câmaras de gás.

No Brasil, no último dia 25.05, Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi morto asfixiado dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal, em Sergipe.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a morte de Genivaldo foi provocada por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.

Que país é esse?
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Live – “Maio Antonense” – “Os 210 anos da instalação da Vila de Santo Antão”– com Igor Cardoso e Pedro Ferrer.

Na 3ª e última live, dentro da segunda edição do Projeto “Maio Antonense” – o mês azul e branco – recebemos o professor Pedro Ferrer e doutor Igor Cardoso.

No nosso bate papo, que teve como tema “Os 210 anos da Instalação da Vila de Santo Antão”, nos concentramos na chamada linha do tempo, ou seja: Brasil Colonia/Império, povoado, freguesia, vila e cidade.

Na qualidade de profundo conhecedor da matéria,  em questão, o doutor Igor, entre outros esclarecimentos, realçou sobre o contexto histórico,  na perspectiva da autonomia política do povoado quando mesmo ascendia à categoria de vila. Já o professor Pedro Ferrer colaborou na questão do nosso gentílico, ou seja: sermos antonenses de verdade!!!

ASSISTA AQUI A LIVE COMPLETA.

Noite do dia 26 de maio de 1969 – por historia_em_retalhos.

Na noite do dia 26 de maio de 1969, era sequestrado no bairro do Parnamirim, Recife, o padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, assessor direto do arcebispo de Olinda e Recife Dom Hélder Câmara.

Na manhã do dia seguinte, 27, o corpo do padre foi encontrado na Cidade Universitária, com marcas de espancamento, queimaduras, cortes profundos e três ferimentos produzidos por arma de fogo.

Era clara a motivação do crime: calar Dom Hélder Câmara.

O país vivia o pior período da repressão, conhecido como “anos de chumbo”, intervalo compreendido entre a assinatura do AI-5 (13.12.1968) e o início do Governo Geisel (15.03.1974).

Dom Hélder era uma personalidade internacionalmente reverenciada, integrando a linha da Igreja Católica que se opunha à ditadura militar, ao lado de outros clérigos, como Dom Paulo Evaristo Arns, Frei Beto e Frei Tito.

Um eventual atentado contra a vida do próprio arcebispo provocaria o clamor da comunidade internacional, desnudando, para o mundo, o regime autoritário brasileiro.

Era preciso evitar essa exposição, buscando-se um meio indireto.

A vida do jovem padre Henrique, aos 28 anos, foi, então, escolhida para esse fim.

Após o reconhecimento do corpo, o velório foi realizado na matriz do Espinheiro.

A censura impediu a imprensa de divulgar o fato.

Nos arredores, um numeroso aparato policial intimidava quem desejasse aproximar-se.

Mesmo assim, dezenas de sacerdotes e uma multidão de pessoas seguiram a pé até o cemitério da Várzea, enfrentando a presença ostensiva das forças policiais.

À porta do cemitério, Dom Hélder pediu à multidão que deixasse que apenas a família adentrasse, conclamando os presentes a promoverem um silêncio profundo.

Anos depois, declarou o Dom da Paz: “era um silêncio que gritava”.

O hino da Campanha da Fraternidade “Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão” virou um símbolo daquele trágico acontecimento, marcando a resistência à ditadura no Recife.

Na foto 1, chamo a atenção para a presença do combativo padre Reginaldo Veloso, atrás de Dom Hélder, no lado direito, falecido no último dia 19, aos 84 anos.

#ditaduranuncamais
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“Maio Antonense” – “Os 210 anos da instalação da Vila de Santo Antão”– com Igor Cardoso e Pedro Ferrer.

A terceira e última live da 2ª edição (2022) do  Projeto “Maio Antonense” – o mês azul e branco -, acontecerá amanhã, quinta-feira (26), às 17h.

Com o tema “Os 210 anos da instalação da Vila de Santo Antão” iremos construir um conteúdo realçando, entre outros aspectos, à transformação ocorrida no nosso lugar, assim como as diferenças entre freguesia, vila e cidade.  

Para dialogar conosco convidados o doutor Igor Cardoso, membro do Centro de Estudo de História Municipal e do presidente do Instituto Histórico da Vitória, professor Pedro Ferrer. .

LIVE – Maio Antonense – o mês azul e branco.

Tema: “Os 210 anos da instalação da Vila de Santo Antão”

Convidados:  Igor Cardoso e Pedro Ferrer. 

Dia: quinta-feira, 26 de maio, às 17h.

Transmissão: Blog do Pilako.

https://www.youtube.com/shorts/0gYwJI9fBU0

A histórica cheia de 1975 – por historia_em_retalhos.

Há 47 anos, 80% do município do Recife esteve debaixo d’água, naquela que é considerada a pior tragédia geográfica da história da cidade.

107 mortos, milhares de desabrigados.

A expansão urbana desordenada fez a natureza recobrar o seu espaço, retomando áreas antes ocupadas pelas quatro principais bacias hidrográficas da cidade: Capibaribe, Beberibe, Pina e Tejipió.

Por terra, o Recife ficou incomunicável com o restante do país por dois dias. 😱

Nesta ocasião, surgiu a famosa frase: “No Recife, o que não é água, foi água ou lembra água”.

E como se não bastasse, ainda criaram uma fake news.

No dia 21 de julho de 1975, espalhou-se o boato de que as barragens de Tapacurá e Margot Fonteyn haviam rompido-se, gerando um clima de desespero na cidade.

Houve registro de pessoas que morreram de ataque no coração, diante da aflição com a falsa notícia.
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Momento Instituto Histórico da Vitória – Artur Andrade.

O Engenheiro Civil Artur Andrade exalta a importância do Instituto História em elevar as pessoas que fizeram parte da história e que colaboraram direta ou indireta para a construção do nosso município, ressaltando a importância dessa nova geração em conhecer o museu e descobrir as maravilhas representa em cada peça exposta.

Instituto Histórico – assessoria. 

Leopoldo Nachbin, centenário de um gênio pernambucano – por Marcus Prado.

O centenário de nascimento do cientista e matemático pernambucano Leopoldo Nachbin (1922-1993), ainda não foi devidamente lembrado, deveria ter sido um dos pontos altos do nosso calendário cultural, se o Recife fosse mais justo com a memória dos seus grandes vultos do passado. Na cidade não há sequer uma rua com o nome dele.

Sabe-se que, no primeiro ano do curso de engenharia, ainda jovem, Leopoldo resolveu um dos teoremas considerados insolúveis desde a mais alta Antiguidade. E que imediatamente foi chamado à Sorbonne para explicar o processo numa série de palestras, tornando-se de imediato conhecido e respeitado nos meios acadêmicos da Europa e dos EUA.

A sua área de atuação era principalmente Análise Matemática e trabalhou, no Brasil, em instituições sediadas na cidade do Rio de Janeiro e em Brasília.  No exterior, esteve em diversas universidades. Em 1967, foi-lhe oferecida uma posição acadêmica permanente na University of Rochester, USA. Ao aceitar, ele ganhou uma George Eastman Professorship, posição que foi criada especialmente para ele. Foi o primeiro matemático brasileiro, ainda muito jovem, de fama internacional.

Integrante de numerosas associações científicas do Brasil e de outros países, com livros publicados e traduzidos em outras línguas, foi o primeiro matemático a receber o Prêmio Moinho Santista, criado para projetar grandes nomes das Ciências, Letras e Artes do Brasil por suas realizações acadêmicas e intelectuais. Em 1982, recebeu o Prêmio Científico Bernardo Houssay, da Organização dos Estados Americanos (OEA), sendo novamente o primeiro matemático a quem este prêmio foi conferido. Em 1983, foi eleito membro da recém-fundada Academia de Ciências da América Latina.

Antes da fama, como professor na Universidade de Paris, integrou a geração de ouro da ciência e da cultura pernambucana, com notória repercussão no resto do país, até nos centros acadêmicos do exterior. Figurou no que podemos chamar  panteão pernambucano das  glórias do saber cientifico, ao lado, (para citar apenas  os das  Ciências Exatas, da Terra e Engenharias) de José Leite Lopes, Gilberto Osório de Andrade, Rachel Caldas Lins, Mário Schenberg, Luiz de Barros Freire, João de Vasconcelos Sobrinho,  Joaquim Maria Moreira Cardoso, Jaime de Azevedo Gusmão, Ricardo de Carvalho Ferreira, Ruy Luís Gomes, Paulo José Duarte, Sebastião Simões Filho, Don Carlo Borghi, Fernando de Souza Barros, Roberto Burle Marx,  Zeferino Rocha. Nas Ciências Biológicas e Saúde: Aluízio Bezerra Coutinho, Nelson Ferreira de Castro Chaves, Fernando Jorge Simão dos Santos Figueira, Augusto Chaves Batista, Ulysses Pernambucano de Mello Sobrinho, Ageu de Godoy Magalhães, Naíde Regueira Teodósio, Oswaldo Gonçalves de Lima, Dárdano de Andrade Lima, Mario Lacerda, Renê Ribeiro, Frederico Simões Barbosa, Adonis Reis Lira de Carvalho, Suely Lins Galdino, Amaury Domingues Coutinho, Salomão Kelner.

É indiscutível a marca deixada por essa geração de cientistas na inteligência brasileira. Jamais, que eu saiba, com o passar dos anos, numa só década, houve no Recife uma geração com tamanha força de influência e prestígio, aqui e fora do país. Aníbal Fernandes , de quem Leopoldo foi aluno, dizia, para quem quisesse ouvir, que ele seria um dos maiores matemáticos de sua geração.

Poucos sabem que, na sua juventude, no Recife, Leopoldo Nachbin e Clarice Lispector mantiveram um pacto de amizade que iria durar a vida inteira. Um especial querer bem, parecido com aqueles grandes vultos que construíram o livro As Grandes Amizades, de Raïssa Maritain. A bela judia e filósofa Raïssa, de Jacques Maritain, (vultos sempre lembrados no Recife,  no Centro Dom Vital, leia-se Luiz Delgado e Nilo Pereira). Não era namoro, era a “necessidade do outro”, como diria Gustavo Corção. Ambos se protegiam diante das perplexidades do mundo e seus mistérios, dos paradoxos da vida, quando tudo era novidade, surpresa, descoberta, desejo. Os dois eram vistos todo dia na mesma sala do colégio recifense da Rua da Aurora, o diretor os chamava de “impossíveis”, e saiam juntos, de bonde, passeando pelas praças e ruas da cidade. O Recife, nessa época, nos arredores da Boa Vista, tinha um ar sonolento, quando ainda se ouvia, mesmo à distância, o carrilhão do Diario de Pernambuco. Leopoldo era estoico e aristocrático, impetuoso. Clarice, filha de um caixeiro viajante, não podia conter o seu transbordamento de brincalhona. Um vivia para o outro.

Estavam destinados a serem amigos para sempre.  Os dois carnavaleavam a vida.

Foram anos de meninice no Recife, que Clarice dizia ter sido os mais felizes de sua vida, vividos nas ruas da Aurora, da Imperatriz, da União, da Saudade, nas praias de Olinda, um tempo que iria plasmar a alma de dois jovens que se recusavam envelhecer, num permanente traço lúdico. Clarice, em uma crônica, mostra a admiração que tinha por Leopoldo. A partir daí, dizer mais de Clarice e Leopoldo é mesmo que não dizer nada.  Ou quase nada. O tempo passou, Clarice e Leopoldo tomaram o seu destino, mas nunca se perderam de vista. Uma amizade, porém, muito diferente, a de Clarice, ucraniano-pernambucana, dedicada ao escritor Lúcio Cardozo, homossexual, com quem deixou-se cair de mãos abertas, uma experiência afetiva descrita por ela “como um corcel de fogo”, uma rajada de emoções.

Marcus Prado – jornalista

Hérika Araújo: o desafio agora é para a Câmara Federal….

Na noite da última sexta-feira (20), no plenário da Câmara de Vereadores da Vitória, aconteceu um evento político carregado de muito simbolismo. É ponto pacífico –   na atual conjuntura do nosso tecido social –  que os espaços  das mulheres nas atividades  políticas precisam ser ampliados. Inclusive, para tanto,  vários mecanismos legais vem sendo colocados em prática. À obrigatoriedade da destinação dos  30% dos recursos partidários às candidatas é um bom exemplo.

Nesse contexto os partidos políticos estão buscando, através das lideranças  femininas espalhadas em todas regiões do País, ampliar seus respectivos “raio de atuação”. Assim sendo, o PDT – Partido Democrático Trabalhista -, em Pernambuco, no referido ato, reafirmou sua confiança na produtora cultural antonense  Hérika Araujo, apostando mais uma vez no seu nome, dessa vez  como pré-candidata e deputada federal. Na ocasião, ela também tomou posso como membro do AMT – Movimentos de Mulheres, Ecotrabalhismo, Meio Ambiente e Juventude.

Cercada pelos  familiares e das pessoas simpáticas a sua postulação, a mesma conseguiu reunir representação de várias “tribos”. Emoldurando o ato político, a professora que lhe encaminhou nas primeiras letras fez a leitura do seu currículo. A sobrinha, a pequena Rebeca (9 anos),  formalizou o anuncio da  sua pré-candidatura. Desejo para a amiga Hérika Araújo, nesse novo desafio, boa sorte!