Santo Antão – por Pedro Ferrer

A Igreja Católica no decorrer de sua história atravessou sérias crises tanto teológicas, como morais. Em algumas saiu chamuscada. Chamuscada mas vitoriosa. Vitoriosa, por não ser dirigida por homens, mas sim pelo Divino Espírito Santo. E esse mesmo Espírito intervia nas crises através de sua divina pedagogia. Sabiamente utilizava os próprios homens. Fazia deles, com traumas algumas vezes, é bem verdade, instrumentos de seu magnífico plano, sem agredir, o que o homem tem de mais sagrado, sua liberdade.

No início do cristianismo, por influências do judaísmo e dos sábios gregos, surgiram muitas dúvidas doutrinárias que geraram as primeiras grandes heresias. Para combatê-las, o Divino Paráclito, lançou mão de seus doutores, os grandes padres da Igreja. Era a época da Patrística. Entre muitos temos: João Crisóstomo, Basílio, Inácio de Antioquia, Atanásio, Clemente de Alexandria,  Gregório de Nissa,  Jerônimo, Ambrosio,  Agostinho.

Na obscura Idade Média, novamente a Igreja entra em crise, dessa feita, mais moral que teológica. Entretanto o Espírito de Deus vela por ela. E através dos próprios homens, como Francisco de Assis e Catarina de Sena, encontrou-se a solução.

O mundo evoluiu.  Eis que entramos na efervescência do Renascimento e da Reforma. Mais uma vez o Espírito Santo pedagogicamente vai buscar  Inácio de Loiola, Teresa de Jesus (Teresa de Ávila), Erasmo de Rotterdam, Tomás Moro etc. Personagens cultas, formadoras de opinião, expoentes da intelectualidade cristã. O Pai, com seu carinho, vai ajudando o homem a crescer e os obriga a encontrarem as soluções. Após o Renascimento vem o período Barroco e a Contra Reforma. Nele vamos encontrar  Vicente de Paulo, Bossuet e João Batista de La Salle.

Nos dois últimos séculos despontam, Frederico Ozanam, Charles Péguy, Leão XIII, João XXIII, Pedro Casadálgia e Helder Câmara. Poderíamos citar muitos outros, todavia os mencionados são aqueles que primaram em levar a Igreja a trilhar seu caminho mais original e mais autêntico, a caridade.

E o que tem Santo Antão a ver com essa maravilhosa epopeia da Igreja? Retornemos aos primeiros séculos. Santo Antão foi contemporâneo de alguns dos Santos Padres.

Os Santos Padres, é importante frisar, nasceram num marco teológico que foi se originando a partir do Novo Testamento e são os detentores do legado da Igreja apostólica. Legado que tinha como principal opção, os pobres e os oprimidos.

Alguns dos Santos Padres da Igreja, como é o caso de Agostinho, que tinha dois anos de nascido quando Santo Antão morreu, receberam forte influência da carismática figura que era Santo Antão. Sua contagiante personalidade irradiou-se por muitos séculos.  Seu exemplo de fé, de desprendimento, de amor aos pobres marcaram, não só Santo Agostinho, o principal doutor da patrística latina, mas uma multidão de monges. Santo Antão com sua vida contemplativa solidificou e expandiu a prática monástica. Vale registrar a considerável marca que nosso PADROEIRO imprimiu na vida de Atanásio, um dos Santos Padres. Atanásio, quando jovem, atraído pela vida ascética, foi viver ao lado de Santo Antão que levava uma vida austera e contemplativa no deserto. Um dia, Alexandre, o Bispo de Alexandria, cidade egípcia que fica às margens do Mediterrâneo, visitando Santo Antão, conheceu Atanásio. Convidou-o para ir assessorá-lo em Alexandria e o ordenou diácono. Nessa época surgiu o arianismo, heresia que negava a divindade de Jesus Cristo. Essa doutrina causou muitos estragos entre os cristãos da época. Silenciosamente, pedagogicamente, “sem querer, querendo”, o Divino Espírito chamou Atanásio, que se tornou o cruzado da divindade de Jesus Cristo. Assumiu a causa, defendeu bravamente a ortodoxa doutrina, atraindo para si muitos inimigos.

Mais tarde, Atanásio, que foi canonizado após sua morte, enlevado pelo exemplo de Santo Antão, resolveu escrever lhe a biografia. Biografia essa, que tornou Santo Antão mais conhecido, difundindo seu exemplo, colaborando para propagar e solidificar a vida monástica.

Professor Pedro Ferrer

 

AVLAC – novos acadêmicos…..

Na manhã do domingo (10), em sua sede, localizada no bairro da Matriz, aconteceu mais uma reunião ordinária da AVLAC – Academia Vitorienses de Letras, Artes e Ciência. Além do momento acadêmico, em que cada “Imortal” compartilha informações diversificada, o presidente, professor Serafim Lemos, apresentou informações sobre o acolhimento de novos membros.

Corrida da Vitória: inscrições do 2º lote disponíveis à venda…..

3ª Corrida da Vitória – 28 de abril de 2024. Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h. Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino. Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado Primeira faixa etária: até 39 anos. Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos. Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos. Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos. Quinta faixa etária: dos 70 a mais. OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO! Inscrições on-line: www.uptempo.com.br Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773 Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória. Valor Inscrição: Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00 Kit  – sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00  – 2º LOTE ATÉ O DIA 01 DE ABRIL OU ATÉ ESGOTAR AS INSCRIÇÕES.

Para mais informações: 9.9420.9773

08 de março – por Ronaldo Sotero.

MULHERES DE ESCRITORES
1) Gilberto Freyre – Madalena
2) Machado de Assis – Carolina
3) Eça de Queiroz- Emília de Castro
4) Érico Veríssimo – Mafalda
5) Jean-Paul Sartre- Simone de Beauvoir
6) José de Alencar- Georgiana
7) Osman Lins- Maria do Carmo e Julieta Ladeira
8) D.H.Lawrence – Frieda
9) Jorge Amado – Zélia
10) Graciliano Ramos- Maria Augusta de Barros e Heloísa.
Homenagem às mulheres no seu Dia Internacional. Sem elas, a literatura não teria inspiração e vida.
Texto e seleção:
Ronaldo Sotero.

As encarceradas e o patriarcado – por @historia_em_retalhos.

Dia de domingo.

As filas nos presídios masculinos estendem-se pelo quarteirão, enquanto que nas unidades femininas são raras as presas que recebem visitas.

Abandonadas pelos companheiros e pela família, o esquecimento tem uma explicação: na sociedade androcêntrica em que vivemos, a prisão de um parente homem costuma ser encarada com certa compreensão, mas a da mulher envergonha a família inteira.

No mais das vezes, as mulheres são peças secundárias da engrenagem do tráfico de drogas e, uma vez presas, o abandono é decorrência natural.

Sem as visitas, veem ainda mais dificultada a dinâmica prisional: deixam de receber alimentos, kit’s de higiene etc.

Em verdade, as unidades prisionais foram desenhadas para a população carcerária masculina.

Com muita dificuldade, encontram-se espaços apropriados para gestantes ou mães que amamentam.

Tal disparidade de tratamento tem uma razão histórica: a prisão feminina não surgiu objetivando um ambiente mais digno para as detentas, mas, acreditem, para garantir melhores condições ao homem preso.

Isso mesmo.

A separação deveu-se ao “sofrimento” que a abstinência sexual forçada causaria aos homens.

Por mais absurdo que possa parecer, foi assim que surgiram as primeiras unidades prisionais femininas.

Em síntese, o caráter submisso historicamente associado à mulher, aos olhos da sociedade, não se compatibiliza com a figura de um criminoso, impondo-a, portanto, além da condenação estatal, a condenação social e o peso da culpa.

A sociedade costuma ser impiedosa com a mulher que delinque.

Aos que de mim discordam, peço vênia para dedicar este 8 de março a esta parcela esquecida das mulheres brasileiras.
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2ª Edição do Bloco Banana Mix será no próximo sábado!!!

Em recente encontro com a imprensa local, o vereador Carlos Henrique anunciou a segunda edição do Bloco Banana Mix. o evento irá acontecer  no próximo sábado, dia 09 de março, às 20h e terá como palco a casa de eventos  Espaço de Ouro.

Na ocasião, o vereador apresentou toda equipe envolvida no evento e também elencou os objetivos pelos quais a agremiação carnavalesca foi criada. Entre outras finalidades sinalizou na contemplação dos profissionais que trabalharam no carnaval e não tiveram tempo de brincar.

Na edição anterior,  algumas agremiações que desfilaram no carnaval  2023 foram agraciadas com “troféu destaque”,  nas suas respectivas categorias: Melhor Bloco de Trio, Melhor Bloco de Rua, Melhor Bloco de Alegoria, Melhor Bloco de Open Bar, Melhor Bloco Tradicional e  Melhor Bloco Infantil.

Para 2024, foram anunciadas várias atrações que bem reflete à mistura de ritmos que se propõe o Banana Mix:  D+¨6, Swing do Amor, Banda Sedutora e uma atração surpresa. Eis aí, portanto, mais um opção, pós-carnaval, da nossa Vitória de Santo Antão.

Data Magna do Estado de Pernambuco – por @historia_em_retalho,

Por que o dia 6 de março tornou-se a Data Magna do Estado de Pernambuco?

Na verdade, a importância da data deve-se a um ato de intrepidez, bravura e coragem, que antecipou a eclosão de um movimento revolucionário.

Em outras palavras: o seis de março foi a fagulha que incendiou a Revolução Pernambucana de 1817!

O clima de insatisfação que imperava em PE aumentou, consideravelmente, a partir da vinda da família real para o Brasil, fugida de Napoleão, em 1808.

A presença da Corte no Brasil importou no aumento abusivo da voracidade fiscal, sem nenhuma contrapartida para a província.

Apenas para citar um exemplo: pagava-se em PE um imposto para a iluminação das ruas do RJ, enquanto muitas vias do Recife mantinham-se na completa escuridão.

Foi aí que ambientes de reuniões, como o Seminário de Olinda e o Areópago de Itambé, tornaram-se pontos irradiadores das ideias iluministas trazidas da Europa, envolvendo intelectuais, profissionais liberais, clérigos etc.

Ao tomar conhecimento da conspiração, o governador Caetano Pinto determinou a prisão dos insurgentes.

Em 6 de março de 1817, ao ser-lhe dada voz de prisão, o Capitão José de Barros Lima, o nosso “Leão Coroado”, atravessou a sua espada no brigadeiro português Barbosa de Castro, levando-o à morte.

Apesar da precipitação do ato, ninguém segurava mais!

A revolta espalhou-se pela cidade, incendiando as ruas do Recife!

Foram 75 dias de um governo independente, republicano, com lei orgânica própria, liberdade de imprensa e de credo, separação dos poderes e até bandeira própria, que, mais tarde, em 1917, tornar-se-ia a bandeira oficial de Pernambuco.

Mesmo que de curta duração, por ausência de um anteparo militar, a Revolução de 1817 afetou as fundações do sistema vigente e foi o único movimento insurgente que, efetivamente, conseguiu superar a fase conspiratória e deflagrar, de fato, a tomada do poder.

Não sem razão, foi, intencionalmente, esquecido e apagado pela historiografia oficial, com o objetivo de que o seu exemplo jamais se disseminasse pelo restante do Brasil.

Viva o seis de março!

Salvem os revolucionários de 1817!
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Hoje é feriado – Data Magna do Estado – como foi a participação dos antonenses nesse movimento?

Hoje, dia 06 de março de 2014, por força da lei, estamos sendo  contemplados  com o feriado estadual.  A paralisação é justa e faz todo sentido. Afinal, A Revolução Republicana ou mesmo “A Revolução dos Padres” – como também ficou conhecida – foi um evento importante não só para os pernambucanos, como também para o Brasil e às Américas. Pernambuco tornou-se um País, mesmo que por um período curto (pouco mais de setenta dias).

Na comemoração do centenário desse histórico evento,  ano de 1917, sob o comando do então prefeito Eurico do Nascimento Valois, inaugurou-se na nossa Vitória de Santo Antão a Praça Leão Coroado. O monumento, nela erguido e que dá nome à praça, é uma referência direta ao ato de bravura promovido pelo Capitão José de Barros Lima,  contra o brigadeiro português, após haver recebido voz de prisão.

Muito bem, não obstante nossos antepassados serem referenciados nos livros que contam nossa história, com destaques de bravura e amor à causa, nas mais diversas ocasiões em que se foi preciso guerrear para avançar, tal que a “Batalha das Tabocas” e  a ”Guerra dos Mascates”, no episódio aludido – Revolução Republicana – nossos irmãos antonenses não tiveram participação decisiva. Muito pelo contrário.

Registros históricos nos permite dizer que os administradores da então Vila de Santo Antão preferiram permanecer em “cima do muro”: “Quanto à Vila de Santo Antão, contudo, podemos afirmar que os elementos que a dirigiam dele não participaram, alheando-se, prudentemente, dos acontecimentos até o momento em que, constatado o fracasso da revolução, tiveram oportunidade de manifestar os seus sentimentos de fidelidade a Portugal”.

Na qualidade de pessoa identificada com a história dos fatos realço, inicialmente, minha decepção com a posição dos vitorienses. Confesso, inicialmente,  que essa pesquisa e estudo ainda carece de mais aprofundamento e subsídios,  que justificasse a não adesão dos vitorienses nesse importante movimento,  na então Capitania de Pernambuco

Segue, abaixo, na íntegra, mensagem enviada pelas autoridades locais (vitorienses) da época, ao Governo Interino de Pernambuco, no dia 31 de maior de 1817.

“Ilmos . e Exmos . Srs . do Governo Interino de Pernambuco .

“Banhados de Glória, os nossos corações cheios dos mais vivos sentimentos de amor e fidelidade ao nosso amabilíssimo Monarca e Senhor natural, não cessamos de entoar hinos de louvor ao Senhor Deus dos Exércitos que foi servido livrar-nos do tirano jugo do infame Governo Provisório do Recife, que com a mais negra traição e teimosia, valendo-se do Sagrado Nome do mesmo Soberano, souberam no dia 06 de março, apoderar-se da nossa amada Capital, e tirando a máscara no dia 7, nos subjugaram, usurpando vilmente e com a maior protérvia os sagrados Direitos Natural, Divino e das Gentes, que mandam a amar o Soberano, respeitar os seus decretos, e obedecer todas as suas leis.

“Graças ao Céu sejam dadas que felizmente nos livrou da infame Conspiração que nos oprimiu por dois meses e tantos dias, não prevalecendo os astuciosos enganos de que usaram de promessas de futura felicidade que auguravam e de fingidas e sofisticada liberdade para que os povos mais rústicos lhe dessem crédito e desterrassem dos seus corações o Sagrado nome do amabilíssimo Soberano, que sempre nele reinou, antes servindo aqueles embustes e estratagemas como de materiais combustíveis lançados em fogo ativo que sobem as chamas sem limites fez que o inumerável povo pernambucano, fiel ao seu Soberano, destemido e honrado (uma palavra ilegível) em seus deveres, desprezando os afagos que misturavam os insolentes com ameaças, correram às armas e dispondo-se antes de morrer do que a seguirem tão vil partido, negaram inteiramente obediência ao intruso governo e isto tanto ao Sul, como ao Norte e Centro desta Capitania, sendo esta Vila de Santo Antão uma das primeiras que, zombando dos malvados impostores, inflando o Régio Estandarte no dia 26 de abril próximo passado, quando ainda não havia aqui física certeza da valorosa Tropa de honrado baianos que vinham em nosso auxilio a que a Providencia tem metido nas mãos de VV.SS..

“Este Senado, beijando reverentemente as mãos de VV. SS.., por si e por todos os povos desta Vila e seu Termo, vai novamente ratificar os votos de amor e lealdade ao nosso Augustíssimo Soberano, asseverando-lhe que não há um indivíduo na mesma Vila e Termo que tivesse diferentes sentimentos e fosse capaz de anuir o temerário projeto dos vis assassinos que escandalosamente pretenderam macular o nome dos Pernambucanos. Deus guarde a VV. SS.  Muitos anos. Santo Antão, em Veneração. 31  de maior de 1817”.

Corrida da Vitória: inscrições do 2º lote disponíveis à venda…..

3ª Corrida da Vitória – 28 de abril de 2024. Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h. Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino. Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado Primeira faixa etária: até 39 anos. Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos. Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos. Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos. Quinta faixa etária: dos 70 a mais. OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO! Inscrições on-line: www.uptempo.com.br Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773 Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória. Valor Inscrição: Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00 Kit  – sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00  – 2º LOTE ATÉ O DIA 01 DE ABRIL OU ATÉ ESGOTAR AS INSCRIÇÕES.

Para mais informações: 9.9420.9773

CONVITE – 06 de março – Dia da Revolução Pernambucana de 1817

Você é nosso (a) convidado (a) para a sessão em homenagem aos heróis da Revolução Pernambucana de 1817, a ser realizada nesta quarta-feira (06), às 16h, no auditório do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP).

Na ocasião, serão empossados os novos sócios: o pesquisador Joaquim Pereira da Silva (sócio honorário) e o jornalista Evaldo Costa (sócio efetivo), que será o orador da tarde.

🗓 06 de março (quarta-feira)
⏰️ 16h
📍 No auditório do IAHGP (Rua do Hospício, 130, Boa Vista).

Participe!

André Carvalho: um conjunto de forças políticas apostam no seu nome…..

Em ato com viés político, ocorrido na tarde do sábado (03), nas dependências do Teatro Silogeu, foi lançada a pré-candidatura do atual vereador, André Carvalho, a prefeito da Vitória de Santo Antão. O referido movimento contou com lideranças  nacionais, estaduais e locais, além do público em geral.

Eleito no último pleito (2020) para ocupar um assento na Casa Diogo de Braga,   com votação eloquente, o jovem André Carvalho “inaugurou” no nosso município um novo jeito de fazer política. Qualificado na área da comunicação de massa e sintonizado com as novas ferramentas tecnológicas, o mesmo conseguiu, entre outros,  representar o desejo daqueles eleitores que não  enxergam o assistencialismo  e à captação de sufrágio como moeda  política/eleitoral.

No Poder Legislativo, procurou desenvolver um mandato coerente com aquilo que pautou seu ingresso na política, ou seja: fiscalizar os atos do executivo, propor ações vinculadas às políticas públicas, transparência na atividade parlamentar e etc. Com efeito, no último pleito estadual (2022),  na qualidade de candidato para ocupar um assento na ALEPE, saiu das urnas fortalecido, mesmo sem lograr êxito eleitoral.

Nesse contexto, ampliou o raio de atuação política dialogando com outros atores locais,  não menos importantes: Socorrinho da Apami, o grupo dos Queiroz, representado pelo vereador Carlos Henrique, e com conceituado médico, vereador e ex vice-prefeito da Vitória, Doutor Saulo Albuquerque.

Lastreada por uma forte relação de confiança e respeito mútuo,  com o deputado federal Túlio Gadelha, André conseguiu suplantar o tão pantanoso terreno partidário, proporcionando-lhe, assim,  a tão desejada “segurança eleitoral”. Prova concreta dessa operação, construída ao longo do tempo,  materializou-se  na presença,  no já citado ato, ocorrido no último sábado, da emblemática Marina Silva, figura internacional que, atualmente,  despacha na capital federal,  na pasta do Meio Ambiente.

Serenada a empolgação do lançamento da pré-candidatura ao cargo máximo do Poder Executivo antonense, esse conjunto de forças, liderado pelo André Carvalho, deverá  enfrentar, nas urnas,  o  atual prefeito, Paulo Roberto, que irá buscar sua reeleição que, segundo recente pesquisa que circulou na imprensa, segue com boa avaliação. Lembremos, também, o grupo liderado pelo ex-prefeito Aglailson Junior,   que segue  se movimentando, visando  o pleito que se avizinha.

Portanto, o ato do último sábado –  por assim dizer –  seria um primeiro movimento público, concreto, que ocorre na nossa cidade, visando o próximo pleito municipal (2024),  protagonizado pelo campo oposicionista.

Nos próximos meses de 2024, até o dia “D” da democracia, muitas águas irão passar por debaixo da ponte, no sentido de desenhar o destino,   dos próximos 4 anos (2025/2028),   da terra de Santo Antão.

Roberto Moreira e Eduardo Garrido – por @historia_em_retalhos.

Esquecidos pela grande mídia, os pernambucanos Roberto Moreira e Eduardo Garrido fizeram história no vôlei de praia nacional.

Sim!

Essa dupla precursora foi fundamental para a consolidação da modalidade esportiva no Brasil.

Poucos lembram, mas Moreira e Garrido formaram uma dupla clássica do vôlei de praia na década de 1990, quando o esporte ainda dava os primeiros passos no país.

Foi por causa de atletas como eles que uma atividade tida apenas como diversão transformou-se em uma modalidade olímpica e com praticantes no mundo inteiro.

Nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, o vôlei de praia fez parte como um esporte de exibição.

Pois naquela ocasião Moreira e Garrido sagraram-se vice-campeões, o equivalente à medalha de prata, sendo derrotados pela lendária dupla norte-americana Smith e Stoklos.

No ano seguinte, em 1993, a dupla conquistou a medalha de bronze nos Jogos Mundiais, disputado na Holanda.

Alô, @prefeiturarecife, que tal uma homenagem a esses dois grandes precursores do vôlei de praia, durante os circuitos brasileiro e mundial que acontecerão na cidade agora em março?

#ficaadica 😉
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Corrida da Vitória: inscrições do 2º lote iniciadas…..

3ª Corrida da Vitória – 28 de abril de 2024. Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h. Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino. Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado Primeira faixa etária: até 39 anos. Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos. Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos. Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos. Quinta faixa etária: dos 70 a mais. OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO! Inscrições on-line: www.uptempo.com.br Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773 Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória. Valor Inscrição: Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00 Kit  – sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00  – 2º LOTE ATÉ O DIA 01 DE ABRIL OU ATÉ ESGOTAR AS INSCRIÇÕES.

Para mais informações: 9.9420.9773

Instituto histórico – por Lucivânio Jatobá.

Impossível sair imune de emoções após uma visita ao Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão (PE). Como bem o disse, há anos, o poeta e publicitário inesquecível Dilson Lira: Aquele Instituto “É uma igreja cívica e o altar é a Pátria”! O acervo histórico ali existente é riquíssimo. Encontra-se muito bem dividido e com peças raríssimas. Merece uma visitação por todos os que têm interesse pelo passado, pela História, não apenas do município histórico da Vitória de Santo Antão.
Atualmente, o Instituto Histórico e Geográfico referido, um dos mais importantes do Nordeste brasileiro, tem como Presidente o dr. Pedro Ferrer, meu querido amigo vitoriense de longas datas e de profissão. Este fez daquela Casa sua segunda casa. Vive lá, recebendo visitantes de todos os cantos da Região e do Brasil.
Estive mais uma vez naquele Instituto, e saí , como sempre , emocionado, no mês de abril deste ano ( 2023). A primeira vez que ali estive, ainda um menino aluno do Ateneu Santo Antão, na década de 1950, levado pela professora Maria Aragão, o IHGVSA tinha poucos anos de fundação ; agora já é um setentão. Está mais lindo e fascinante nos dias atuais. Cativa-nos! Emociona-nos! Torna-nos mais ricos em conhecimentos históricos.
Visitem esse Templo de História!
Lucivânio Jatobá – professor 

O ano era 2014 – por @historia_em_retalhos.

Santa Cruz e Paraná disputavam partida válida pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Apesar da distância entre os dois estados, a rixa entre as torcidas das duas equipes existia.

A Fúria Independente, do Paraná, era aliada da Torcida Jovem, do Sport.

A Inferno Coral, do Santa Cruz, tinha aliança com a Império Alviverde, do Coritiba.

Nesse meio das torcidas organizadas, há um costume: torcedores do time da cidade recepcionam os integrantes da torcida aliada de fora, realizando confraternização e acompanhando até o estádio rival.

Neste dia 02.05.2014, depois do encontro com os rubro-negros, com bebida e churrasco, os torcedores do Paraná seguiram para o Arruda para assistir ao confronto com o Santa Cruz.

Mal sabia o jovem Paulo Ricardo da Silva, de 26 anos, o que o aguardava naquela noite.

Paulo era fotógrafo, torcedor do Sport e mantinha vínculo com a torcida organizada do clube.

Pois bem.

Com o fim da partida, deu-se início a uma confusão.

De uma altura de 24 metros, em um ato de profunda covardia, dois vasos sanitários foram arremessados, chegando ao solo com o peso de aproximadamente 350 quilos, cada um.

Paulo foi atingido e morreu imediatamente.

Luiz Cabral, Waldir Pessoa e Everton Filipe foram os responsáveis pelo ato de barbárie.

Em depoimento, Everton afirmou que não queria acertar ninguém, mas Luiz admitiu que jogou a privada para se vingar de uma briga travada com a torcida Jovem, do Sport.

Levados a júri popular, os três acusados foram condenados, em 02.09.2015, por homicídio consumado e por três tentativas de homicídio das pessoas que foram atingidas pelos estilhaços das privadas.

Everton pegou 28 anos e 9 meses, Luiz 25 anos, 7 meses e 15 dias e Waldir, 22 anos e 6 meses de prisão.

Em 2022, o Santa Cruz e a CBF foram condenados, solidariamente, a pagar uma indenização de R$ 1.2 milhão, além de uma pensão, aos pais de Paulo Ricardo.

Em 18.02.2020, há 4 anos, decisão judicial decretou a extinção das organizadas em Pernambuco.

As torcidas Jovem, Inferno Coral e Fanáutico tiveram os seus CNPJ’s cancelados.

O problema, porém, segue mais atual do que nunca.

Qual será a solução❓
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3ª Corrida e Caminhada da Vitória – virada do 1º lote na quinta-feira (29)!!!

3ª Corrida e Caminhada da Vitória – 28 de abril de 2024.
Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h.
Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino.
Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado
Primeira faixa etária: até 39 anos.
Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos.
Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos.
Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos.
Quinta faixa etária: dos 70 a mais.
OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO!
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Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773
Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória.
Valor Inscrição:
Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 85,00
Kit sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 70,00
1º LOTE ATÉ O DIA 29 DE FEVEREIRO

Vida Passada… – Felix Peixoto – por Célio Meira

Aos quinze anos de idade, Felix Peixoto de Brito e Melo, recifense, era alferes, sob o comando do valoroso José de Barros Falcão de Lacerda, nos campos de Pirajá. Regressando ao torrão nativo, ouvindo a palavra inflamada e apostólica de Frei Caneca, e sentido, no espirito, o desabrochar da rebeldia republicana,  informa Pereira da Costa, “o mestre de nós todos”, alistou-se, patrioticamente, nas fileiras dos sonhadores da Confederação do Equador. Derrotado e Anistiado, abandonou a carreira das armas. Ingressou no comercio, e dedicou, aos livros, as horas de suas noites.  Concluiu os preparatórios, matriculou-se no Curso Jurídico de Olinda, e em 1834, obteve a carta de bacharel, na mesma turma de Ângelo Ferraz, o futuro barão de Uruguaiana, de Basílio Torreão, de Pereira da Graça Junior, que seria, mais tarde, o barão de Aracati, de França e Leite, “deportado, em 1842, narra Clovis Bevilaqua, em consequência dos movimentos revolucionários de Minas e São Paulo”,  e de Urbano Sabino Pessoa de Melo, um dos raros historiadores da Revolução Praieira.

Diplomado, seguiu a magistratura, exercendo a judicatura no Brejo da Madre de Deus e no Recife. Deputado pela sua província, de 1836 a 1842, governou, anos depois, a província das Alagoas, revelando-se administrador inteligente e honesto. Quando subiu, ao poder, o gabinete conservador de 29 de setembro de 1848 sob a chefia dos pernambucanos Marquês de Olinda, Felix Peixoto representava Pernambuco, na deputação geral sob a bandeira das hostes liberais. Desencadeada a revolução praieira, o antigo soldado dos combates, na Baia, o integro e sereno magistrado, conta Pereira da Costa, assumiu o comando geral das forças rebeldes, e atacou o Recife. Não obtendo Vitória, refugiou-se nas Alagoas, voltando, depois, a Água Preta, onde se organizou o Diretório da Revolução. Coube a esse intimorato recifense a presidência do Diretório, tendo ao lado,  nos postos de confianças,  informa Rocha Pombo, os praieiros Antônio Afonso Pereira de Morais e Borges da Fonseca . Triunfante o governo da coroa , exilou-se, em Lisboa, esse liberal pernambucano. Foi mais tarde anistiado. E mereceu a nomeação de Cônsul do Brasil, na terra espanhola. Anos decorridos, regressou a pátria para rever amigos e matar saudades.

E estava no Recife, feliz, e na esperança de voltar ao consulado,  quando, na manhã do dia 13 de janeiro de 1878 sentiu doente. Tinha febre. À tarde, sobreveio uma congestão pulmonar, e à noite,  morreu. Desapareceu, aos 71 anos, no dia em que passava o 53º aniversário do arcabuzamento de Frei Caneca, o desditoso companheiro na Confederação do Equador. Adormeceu o ardoroso praieiro, no seio da terra onde nasceu.

Esperava-o, já, na eternidade, Joaquim Nunes Machado, o bravo de Goiana.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reuno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

 

VITÓRIA DE HISTÓRIA – por Ronaldo Sotero.


Em um 25 de fevereiro como hoje, há 64 anos, o avião DC3 da Real Transportes, voo 751, decolava do aeroporto de Campo de Goitacases, a 275 km do Rio de Janeiro, com 4 tripulantes e 22 passageiros, rumo ao aeroporto Santos Dumont.

A bordo estava o jovem João Murilo de Oliveira, filho do vitoriense João Cleofas, ex-ministro de Getúlio Vargas, ex-prefeito de sua cidade natal na década de 1920, Vitória de Santo Antão, ex-senador, ex-deputado federal.

Naquele dia, uma aeronave quadrimotor da Marinha dos Estados Unidos também decolava do aeroporto de Ezeiza, Buenos Aires, Argentina, ao Rio de Janeiro, com 7 tripulantes e 31 passageiros a bordo, entre esses, 19 membros da banda da Marinha dos EUA que viajava a capital do Brasil, ( Brasília só seria inaugurada em abril daquele ano), para participar da recepção do presidente Dwight Eisenhower, que chegara dois dias antes a Cidade Maravilhosa, onde iria assinar com o presidente brasileiro, Juscelino Kubitscheck,( 1902 -1976)a “Declaração de Brasília”, documento que reafirmava a amizade entre os dois países.

Nas manobras de aproximação para pouso, às 13h07, episódio até hoje com versões distintas , as aeronaves colidiram no ar caindo na baía de Guanabara.
Do avião brasileiro morreram todos os ocupantes, incluindo João Murilo. Do americano, 35 pessoas não sobreviveram a queda. A tragédia tirou a vida de 61 pessoas, deixou cinco sobreviventes e repercussão mundial.

Para homenagear a memória do filho, João Cleofas construiu com recursos próprios, o hospital João Murilo de Oliveira, onde centenas de pessoas que ali transitam diariamente não conheçam as origens dessa importante unidade regional de saúde, inaugurada em 10 de janeiro de 1969, em misto de emoção e saudade.

Ronaldo Sotero 

 

As agremiações: o nosso maior ativo carnavalesco……

Sábado, 10/12, às 21:17h

Sem nenhum demérito aos carnavais promovidos pelas cidades pernambucanas, o nosso, o da cidade da Vitória de Santo Antão,  é diferente. Nós temos história, temos pioneirismo e singularidade. Por exemplo: ostentamos 4 clubes de fado. Três “repousando” no Instituto Histórico e um acordado (Taboquinhas), desfilando pelas ruas.

É bem verdade que o carnaval também precisa ser entendido e pensado no conjunto das inevitáveis  mudanças que ocorrem na sociedade, sobretudo pelas mãos e cabeças dos  jovens,  que carrega em si a força própria do dinamismo.

O nosso patrimônio imaterial que se chama “Carnaval da Vitória” precisa ser cuidado,  lapidado e preservado –  tudo  ao mesmo tempo –  para que o mesmo possa melhor se expressar. Só assim teremos a certeza da sua plenitude e singularidade.

Em todas as vezes que tenho a oportunidade de dialogar sobre o nosso carnaval realço que a sua principal força exala das suas mais diferentes agremiações. Foram elas, através dos seus respectivos diretores,  que o tempo cuidou de transforma-los em pó e que mais adiante também transformará os atuais (diretores), que formataram essa história que já dura mais de 140 anos.

 Ainda não consegui  assimilar que o maior investimento com dinheiro público no nosso carnaval seja  direcionado às superestrutura de palcos e atrações, muita vezes não identificadas com os festejos de momo.

Há quase duas décadas, de forma silenciosa e contínua, os então prefeitos de plantão resolveram  investir  nesse modelo de carnaval que em nada engrandece a nossa folia. Muito pelo contrario: a maioria dos diretores de agremiações segue desestimulados e desanimados no processo que,  diga-se de passagem,  é arriscado e trabalhoso. Será que daqui a algum tempo teremos um carnaval apenas com palco montados,  como é a maioria dos festejos  juninos, promovidos pelas prefeituras do nosso estado?

Continuo dizendo: para a manutenção do nosso secular carnaval a apoteose do mesmo tem que ser na rua, com as agremiações e não, artificialmente e onerosamente,  nos palcos como, aparentemente,  desejam os políticos…..

Sábado, 10/02, às 21:42h

Aliás, por falar em palco, ainda não consegui entender o motivo pelo qual a atual gestão, comandada pelo prefeito Paulo Roberto, tenta tirar de cena do carnaval o nosso tradicionalíssimo “Quartel General do Frevo”, ou seja: Praça Duque de Caxias, outrora, espaço mais disputado da nossa festa maior. O Polo Estação do Frevo,  perdoe-me os idealizadores, para o carnaval, sempre me parece um local improvisado. É pequeno e torto,  quando o quesito é visibilidade do palco.

Já o Polo Imperial, o mesmo  deveria  ser riscado do mapa do nosso carnaval. Assim como no ano passado, não teve serventia momesca alguma.

Sábado, 10/02, às 21:45h

Já no quesito “iluminação”, a tão propagada iluminação de “Led” ficou abaixo do esperado para um festejo da importância do nosso carnaval. Não fosse a velha e famosa “gambiarra” – àquelas tiras de lâmpadas – alguns trechos do nosso percurso teriam  ficado por demais comprometidos.

Outra coisa que há tempos os prefeitos  não conseguem ajustar,  condignamente com o tamanho da festa, é à ornamentação carnavalesca local.  Aquelas fitas coloridas não condizem  com o sentimento, muito menos com às  expectativa dos brincantes nativos. Apenas demonstram, eloquentemente, que “qualquer coisa” serve…..

Devemos respeitar a opinião dos que não gostam da referida festa e até mesmo do que  acham que os festejos de momo não deveriam nem existir, mas a verdade é que na historiografia local o carnaval tem espaço dilatado e bem sublinhado, aliás um dos temas mais registrados pelo Mestre José Aragão, face a  sua importância à sociedade local.

Portanto, para encerrar com o tem carnaval 2024, gostaria de dizer que me  sinto no direito de opinar sobre todos esses temas carnavalescos por ser, entre outras coisas, uma pessoa que colabora, participa e se preocupa  com à manutenção do nosso patrimônio imaterial. Com meus modestos entendimentos, espero, de alguma forma, haver contribuído para o melhoramento e engrandecimento do nosso secular carnaval. Até 2025….

Sobre Niemeyer & Burle Marx, Acácio & Janete – por Marcus Prado

AO FAZER minha leitura da revista Zelo (Goiás), deparei-me, há poucos dias, com o destaque nas páginas de Cultura dado ao prestígio internacional de Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx; às linhas curvas do arquiteto e às formas fluidas do paisagista e artista plástico. Burle Marx, conhecido como “o poeta dos jardins”, era de origem pernambucana. Sua mãe, Cecilia Burle, nasceu no Recife, deixou sua memória como pianista e concertista do Teatro de Santa Isabel. O arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer, com os seus mais de 700 projetos ao redor do mundo, surpreende até hoje acadêmicos e leigos com as formas inesperadas, as curvas “infinitas” e um equilíbrio que parece impossível à primeira vista.
Há um diferencial na biografia de Burle Marx: além de ser reconhecido como o mais celebrado paisagista do seu século, no mundo inteiro, tornou-se pintor disputado por galerias de arte não só do Brasil.
A revista destaca em longa matéria sobre a influência dos dois ícones brasileiros na moderna arquitetura e no paisagismo de Miami, cidade que tem sido um lucrativo mercado de construções de vanguarda não só residenciais, a que mais cresce em empreendimentos nos EUA. Este prestigio arquitetônico de Miami, que alia cultura, arte e sustentabilidade, pode ser visto, segundo a revista, em um edifício residencial que está em construção no bairro Brickell e conquistou o primeiro certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) nos Estados Unidos. Sabe-se que foi marcante nesse empreendimento milionário, de imponência arquitetônica, o ideário estético de Niemeyer de um lado e de preservação ambiental e paisagístico de Burle Marx. Em 1943, o paisagista que mais embelezou o Recife (um paisagismo simples e harmônico) participou de uma exposição de arquitetura em Nova York, a “Brazil Builds: Architecture New and Old, 1642-1942”, no prestigiado Museu de Arte Moderna (MoMA). Tornou-se conhecido no Institute of Contemporary Art, Miami – ICA Miami com amostra dos seus projetos de paisagismo, e nas Bienais de Arquitetura e paisagismo desse país.
Outra intenção desse meu breve artigo, é a memoria de dois amigos de Burle Marx: Acácio Gil Borsoi, que completaria em 2024 o seu centenário de nascimento (uma data que não deve passar em branco no Recife) e a divina Janete Costa, que se tornaram grandes colaboradores de Burle Marx, desde a temporada do paisagista no Recife, marco inicial da sua carreira, assinalada pela conquista de prêmios e grandes homenagens como a que lhe foi prestada, nos EUA, no Jewish Museum, (Nova York): “Roberto Burle Marx: Brazilian Modernist”, que reuniu 150 obras do paisagista – de pinturas e esculturas às peças de tapeçaria e joias.

Marcus Prado – jornalista