Clarice Lispector e Leopoldo Naschibin – por Marcus Prado.

Clarice Lispector e Leopoldo Naschibin: “Os impossíveis do Recife”
“(…) São sorrisos felizes, nós sorríamos (..)” José Rodrigues de Paiva: “O breve fulgor do tempo”.

Um menino e uma menina que chupavam balas na sala de aulas fazendo barulhos viveram um tempo maravilhado no Recife, na mesma cidade, na mesma época (1927-1930), estudantes das mesmas escolas (Escola João Barbalho/Ginásio Pernambucano), bancas de estudo sempre juntas: Clarice Lispector (1920-1977) e Leopoldo Naschibin (1922-1993). Embora dotados de inteligência invulgar, detentores das melhores notas nas classes por onde passavam, tornaram-se conhecidos pelas traquinagens e ruídos que construíam sempre juntos. Acontece que as professoras e os diretores desses colégios colocavam sempre nas cadernetas de disciplina a sentença sem pena: “eles são impossíveis!” Quando se encontravam, já adultos, havia uma senha no aperto de mãos e nos abraços: “Os impossíveis”. Clarice, às vezes “chorona” na escola, tinha necessidade do ombro do colega que não faltava, também, nos instantes em que o lúdico ia ao quase inimaginável. Numa crônica de Jornal, depois publicada no livro “Todas as Crônicas” (2020), Clarice conta como conheceu Nachbin, uma amizade que não ficaria perdida nas dobras do tempo e dos ventos da memória. Um dia após se conhecerem, eram “os dois impossíveis da turma”.

Apesar de dois anos mais novo, ele se tornaria seu protetor, conta a escritora no texto, intitulado “As grandes punições”, sobre o seu “mau comportamento”. “Passamos o ano ouvindo nossos dois nomes gritados pela professora – mas, não sei por que, ela gostava de nós, apesar do trabalho que lhe dávamos. Separou nossos bancos inutilmente, pois Leopoldo e eu falávamos lá o que falávamos em voz alta, o que piorava a disciplina da classe. Depois passamos para o primeiro ano primário. E para a nova professora também éramos os dois alunos impossíveis. Tirávamos boas notas, menos em comportamento.” As impressões da infância de Clarice no Recife e nas praias de Olinda, até os 15 anos, ”os mais felizes da sua vida”, são as que mais aparecem em seus contos, obra-prima em nosso idioma,

Os dois se separaram no quarto ano do primário, quando Clarice mudou de escola e se reencontraram no Ginásio Pernambucano. “Foi como se não nos tivéssemos separado. Ele continuou a me proteger.” Juntos até quando saiam roubando flores dos jardins das casas de classe alta do bairro da Boa Vista. Clarice Lispector seria considerada uma das escritoras mais importantes do Brasil, traduzida em vários idiomas e a inspirar numerosas teses acadêmicas. Leopoldo Nachbin seria mundialmente conhecido no campo da matemática avançada. Ficou conhecido pelo “Teorema de Nachbin” e teve uma trajetória marcada por ineditismos. Foi professor em renomadas universidades pelo mundo, com destaque para o Institut des Hautes Études Scientifiques (IHES), as Universidades de Paris VI, Chicago, Oxford, Lisboa e Pisa. Deviam. errar de propósito para serem os “impossíveis da turma”. O filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard (1813-1855), quando jovem estudante, não fez por outra. Foi também um “impossível” na sala de aula.

Marcus Prado – jornalista

Meu Título de Cidadão Vitoriense – Antonense……..

Na noite da sexta-feira (08), aconteceu,  no Plenário da Câmara de Vereadores da nossa cidade a Sessão Solene em que fui condecorado com o Título de Cidadão Vitoriense (Antonese). Com aprovação unânime pelo conjunto do parlamento, a indicação foi do vereador Doutor Saulo Albuquerque.

Em minha fala, na tribuna da Casa Diogo de Braga,  procurei  dividir o tempo em quatro momentos distintos: inicialmente, expliquei  como Doutor Saulo tomou conhecimento que  eu não havia nascido em Vitória. Num segundo momento, revelei nossas raízes familiares, partindo do meu trisavô materno, “Senhor” do Engenho Arandú (século XIX). Na terceira parte, fiz um rápido retrospectivo da minha relação com a cidade, desde os temos de criança. E para fechar, lancei, ao parlamento, uma semente, num sentido da geminação do um gentílico (Antonense) único e  sintonizado com a história do nosso lugar. Veja, aqui, o evento completo:

https://www.youtube.com/live/Mug3xaIHc-A

Diante dos familiares, das pessoas amigas e de alguns atores políticos locais, agradeci pela consideração,  em dividir, comigo,  aquele momento único. Amanhã, postarei, na íntegra, aqui no blog, o meu discurso.

“A República é filha de Olinda” – por @historia_em_retalhos.

“A República é filha de Olinda”.

Quem nunca despertou atenção para este verso do hino de Pernambuco?

A história explica!

10 de novembro de 1710.

Há exatos 314 anos, no Senado de Olinda (correspondente à Câmara de Vereadores atual), o militar, político e senhor de engenho Bernardo Vieira de Melo (foto) fazia ecoar “o primeiro grito da República” do Brasil e das Américas.

A data é de inegável importância histórica, mas traz consigo controvérsias.

Aconteceu no contexto da chamada Guerra dos Mascates, conflito marcado pela rivalidade entre senhores de engenho “brasileiros” (de Olinda) e comerciantes “portugueses” (do Recife).

A decadência do preço do açúcar no mercado internacional levou a aristocracia rural olindense a endividar-se com os comerciantes (mascates) do Recife, que detinham o monopólio do comércio em Pernambuco.

Fala-se que, criando a República, Vieira de Melo buscava, em verdade, ver-se livre de suas dívidas.

É bem possível (e até provável) que essa tenha sido a sua motivação, porém, independente dessa circunstância, o fato é que o brado foi um ato concreto e pioneiro, sendo considerado precursor dos movimentos libertários no Brasil.

E o detalhe: isso aconteceu cerca de 70 anos antes da Revolução Francesa e 60 anos antes da Independência dos EUA.

É por essas e outras que agora você vai lembrar deste ato de vanguarda a cada vez que ouvir o toque do hino de Pernambuco.

“A República é filha de Olinda!”

Bom domingo, gente!
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Título de Cidadão Vitoriense – hoje, às 19h, na Câmara de Vereadores.

Hoje, sexta-feira (08), às 19h,  estarei sendo agraciado, no Plenário da Câmara de Vereadores da nossa cidade, com um Título de Cidadão Vitoriense.  A referida honraria, que foi uma indicação do vereador Doutor Saulo e aprovada pelo conjunto dos parlamentares, é um reconhecimento bastante expressivo.

Todos nós, filhos e filhas do casal,  Zito e Anita, não nascemos em Vitória de Santo Antão. Uma fatalidade, por assim dizer, ocorrida em 1956,  fez nossos pais tomarem tal decisão.

Por ocasião da nossa fala, na tribuna da Câmara, hoje, irei relatar, entre outras coisas, nossas origens familiares, começando a partir do meu trisavô materno. Segue o convite oficial: estejam todos convidados para a Solenidade.

Por que Rua Quarenta e Oito? – por @historia_em_retalhos.

E qual a relação desta via com o mangueboy Chico Science?

Vamos lá!

A designação “48”, gente, é uma referência direta ao ano de 1848, ano em que eclodiu, no Recife, a famosa Revolução Praieira, há exatos 176 anos, em 7 de novembro de 1848.

Na área onde hoje passa a rua, um grupo de revolucionários costumava reunir-se no local conhecido como “Sítio do Feitosa”.

Tudo começou com a criação do chamado “Partido da Praia”, de inspiração liberal e federalista, em contraposição ao controle do poder local nas mãos das duas famílias dominantes: os “Cavalcanti” e os “Rego Barros”.

Do lado destes últimos, os conservadores, também chamados de “gabirus”, estava o Diário de Pernambuco.

Do lado dos praieiros, o Diário Novo, cuja tipografia ficava na Rua da Praia (daí a origem do nome).

Em suma, os praieiros queriam uma nova Constituinte.

Lutavam pelo voto livre e universal, pelo fim dos latifúndios, pela liberdade de imprensa e pela extinção do poder moderador, além da nacionalização do comércio varejista, que estava nas mãos dos portugueses.

A gota d’água para a eclosão do movimento foi a destituição do presidente da província, Chichorro da Gama, que combatia o poder dos gabirus.

Contando com aproximadamente 1.500 combatentes, os praieiros decidiram atacar o Recife.

No confronto, perderam 500 homens.

O governo central, então, propôs anistia para pôr fim ao movimento, o que não foi aceito.

Os líderes Borges da Fonseca e Pedro Ivo decidiram resistir, sendo derrotados em 1849 e 1850, respectivamente.

A derrota dos praieiros representou uma demonstração de força de Pedro II, que, após 1850, experimentou um período de estabilidade política e econômica.

Assim como a Rev. de 1817, que recebeu a influência da Rev. Francesa, a Praieira também teve a inspiração daquele país. 🇫🇷

Em 1848, acontecia na França a chamada “Primavera dos Povos”, que deu origem à 2ª República Francesa.

Mas… e o mangueboy?

Em 1994, o nosso Chico Science compôs a canção “A Praieira”, trazendo o fato histórico ao conhecimento da juventude.

É por essas e outras que eu “vou lembrando a revolução”!

Valeu, moçada!
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Vida Passada… – Pelino Guedes – por Célio Meira

O eminente fundador da Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, narra um historiador, nasceu, em 1858, na antiga vila de També de Nossa Senhora do Destêrro, no extremo norte do Estado de Pernambuco. Chamou-se Pelino Joaquim da Costa Guedes. Deixando, na juventude, o torrão nativo, o jovem tambeense para a capital do Estado de São Paulo, onde se matriculou na Faculdade de Direito, recebendo, depois de um curso brilhante, a carta de bacharel.

Pertenceu à imprensa paulista. Filiado às correntes caudalosas da abolição da escravatura negra e da propaganda republicana, colaborou Pelino Guedes, informa Sebastião Galvão, no  “República”, e mais tarde, na “Gazeta da Tarde” e no “Ipiranga”, dando mostras de um espirito vivo e penetrante. Exerceu, também, na gloriosa terra bandeirante,   o magistério. Ensinou o vernáculo, na cátedra da Escola Normal. E, no Rio de Janeiro, anos depois, a cadeira de pedagogia.

Mereceu, Pelino, a honra de ser o secretário de José Joaquim Seabra, ministro do Interior e Justiça, no governo do Conselheiro Rodrigues Alves, iniciado a 15 de novembro de 1902. E deixando o elevado posto de confiança de secretário do preclaro baiano, que é uma relíquia da República e da Pátria, conquistou, pelo caráter e pela inteligência, o cargo de diretor da secretaria do Ministério da Justiça.

Jornalista, professor e poeta, publicou,  Pelino Guedes, “Nuvens Esparsas”. Foi o livro de versos se sua mocidade. Era na poética, um emotivo. Há, na sua lira, influência de Castro Alves. Celebrizou-se sua poesia A Vida e o Túmulo, em oitavas veementes, destacando-se o verso:  – Da sepultura no marmóreo chão -, que é o último, repetido, de todos as estrofes. Dedicou-se, também, esse ilustrado filho da tristonha També, às pesquisas históricas, traçando a biografia do marechal Carlos Machado Bittencourt, o intimorato e malogrado ministro da guerra do presidente Prudente de Morais.

A fundação daquela Faculdade, na terra carioca, foi, porém, a glória de Pelino Guedes, falecido numa cidade de Minas Gerais, no dia 1º de fevereiro de 1919, na véspera do seu aniversário natalício. Completaria, no dia seguinte, 61 anos de idade.

Está gravado, o nome desse nortista, na história do magistério do Distrito Federal e de São Paulo. E Também, sem grave injustiça, não pode esquecê-lo. Haverá, na terra tambeense, uma rua, ou uma escola municipal, que relembre, à geração nova, o nome, a vida e a obra  de Pelino Guedes? Se não há, é chegado o tempo da reparação.

Povo que não conhece seu passado, não tem direito ao respeito dos homens do futuro.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Corrida Studio Full Body 2024 – Festa da Saúde!

Aviso Importante!

Informamos que o prazo para inscrições na Corrida Studio Full Body 2024 se aproxima do seu término.

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Não perca a oportunidade de participar deste evento incrível!

Assessoria. 

Antônio Cícero e a tragédia grega clássica – por Marcus Prado.

“Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio” (Albert Camus)

A morte da italiana Eluana Englaro, que estava em coma havia 17 anos, em fevereiro de 2009, a morte da poetisa pernambucana Tereza Tenório, Musa da Geração 65, que esteve em coma durante mais de 5 anos (dizem que a sua respiração era quase inaudível); a morte assistida do escritor e acadêmico da ABL, Antônio Cícero deixando o país consternado, é um assunto que conduz à antiga polêmica sobre a prática de morte assistida do paciente em estado terminal.

Nos países essencialmente católicos existe uma crença onde se diz que Deus determina o nascimento, a vida e a morte, e que uma pessoa não terá o direito de interromper esse fluxo natural.

O método é proibido na maioria dos países, assim como tem inspirado numerosos debates nos meios acadêmicos e jurídicos do mundo inteiro. Muitas situações que, no passado, eram tipificadas como ilícitos penais, hoje já não o são mais. No Brasil, essa prática não é tipificada, apenas aludida no Código Penal como crime de assassinato com pena de reclusão.

Santo Agostinho no seu livro “Cidade de Deus” argumenta que o suicídio é simplesmente outra forma de homicídio e que, portanto, também é proibido.

Na Antiguidade, antes do surgimento do Cristianismo, ajudar alguém a ter uma ‘morte boa’ era algo permitido e até corriqueiro. Na “Comédia”, do divino Dante Alighieri, os suicidas são punidos no sétimo círculo do Inferno.

Segundo Shai Joshua Lavi escreve no livro “The Modern Art of Dying” (“A Moderna arte de morrer”), “a palavra eutanásia passa a não mais significar apenas ‘boa morte’, mas sim o que os médicos poderiam fazer para assegurar uma boa morte. […] A lei do leito de morte mudou da religião para a medicina”. O ato de pôr termo à própria vida, no sentido de provocar a morte de alguém para o libertar de uma doença incurável, extremamente dolorosa, debilitadora e irreversível, foi referido pelo professor Martinho Soares na sua erudita tese de doutorado “Eutanásia e suicídio na cultura clássica greco-romana” (Universidade Católica Portuguesa – Porto. Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra).

Ele cita a “Ilíada”, de Homero, sobejamente conhecida. “Efetivamente, não é o além-túmulo que atrai heróis da Ilíada, mas antes uma boa morte como apogeu de uma boa vida e a fama subsequente. Daí a importância de um funeral condigno, que perpetuasse a gloriosa memória do herói”. Do mais antigo dos tragediógrafos, Ésquilo, chega-nos pela boca de uma das personagens de “Prometeu Acorrentado”, tragédia inspirada na mitologia grega, a sentença: «Mais vale morrer de uma só vez do que ser infeliz todos os dias».

Marcus Prado – jornalista

Título de Cidadão Vitoriense: fui condecorado!!!

Por  iniciativa  do vereador Doutor Saulo, com aprovação do plenário da Casa Diogo de Braga, na próxima sexta-feira, às 19h, estarei sendo condecorado com o Titulo de Cidadão Vitoriense (Antonense).

Na ocasião, no espaço que terei para fazer os devidos agradecimentos, estarei justificando  os motivos pelos quais,  meus irmãos e eu, não nascemos em Vitória, bem como, através de pesquisa,   revelando nossas raízes (ancestralidade) antonenses.

Sintam-se todos convidados!!!

Serviço:

Evento: Título de Cidadão Vitoriense.

Local: Câmara de Vereadores da Vitória.

Dia e Hora: sexta-feira, 08/11 – às 19h.

1ª Corrida de rua promovida pelo Centro Hospitalar Santa Maria.

No sentido de celebrar as campanhas nacionais  de prevenção de saúde, referente ao mês rosa e o novembro azul,  câncer de mama e próstata, respectivamente, o Centro Hospitalar Santa Maria promoveu, na manhã do feriado do sábado (02), uma corrida e caminhada de rua.

O evento congregou  atletas amadores e “iniciantes” na atividade física, além de vários  profissionais da área. Com concentração no pátio do estacionamento da referida unidade de saúde, a  concentração teve inicio às  5h, e a largada às 6h. Eis ai, portanto, uma boa iniciativa da direção do hospital.

A Menina Sem Nome – por @historia_em_retalhos.

23 de junho de 1970, Praia do Pina, Recife, Pernambuco.

Há 54 anos, o corpo de uma menina de aproximadamente oito anos era encontrado com o rosto coberto de areia e as mãos amarradas para trás.

Cruelmente assassinada, nunca se soube absolutamente nada sobre ela.

Nem pai, nem mãe, nenhum parente ou amigo apresentou-se ou procurou pela menina.

Por mais que a polícia tenha buscado informações, encontrou culpados, mas jamais desvendou a identidade da vítima.

Em 29 de junho, foi encontrado um suspeito, a pessoa em situação de rua Geraldo Magno de Oliveira, que confessou o crime.

Mais tarde, Geraldo negou e disse que foi forçado a confessar, após ser torturado pela polícia, que teria esmagado os seus órgãos genitais.

O detalhe é que os exames constaram que não houve violação sexual.

A menina foi enterrada no Cemitério de Santo Amaro, em 3 de julho de 1970, e milhares de pessoas foram até o local acompanhar o seu enterro.

Desde então, pessoas dos mais diversos lugares passaram a considerá-la uma santa, realizadora de milagres.

Passaram a atribuí-la graças alcançadas, como cura de doenças e conquistas materiais (compra de uma casa, por exemplo), de forma que a sua sepultura recebe milhares de devotos, sendo uma das mais visitadas da cidade do Recife no dia de finados.

A Menina Sem Nome passou a ser uma espécie de “santa-não-canônica” devido aos pedidos feitos pelo povo em seu túmulo, um tipo de santificação popular.

Também é comum os devotos deixarem doces, brinquedos e outras lembranças em seu túmulo.

Incrivelmente, o Cemitério de Santo Amaro (maior do Recife) tem quase 30 mil sepulturas, mas o da menina é o mais visitado.

A quem interessar, recomendo o documentário “Menina Sem Nome”, de Adriano Portela (2007).

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Pacto nacional contra o crime organizado: antes tarde do que nunca…….

Na qualidade de morador de uma das cidades mais violenta do País e a segunda do Estado de Pernambuco – Vitória de Santo Antão -,  segundo indicadores oficiais, recebo, com alegria e esperança, a notícia de que o presidente Luís Inácio da Silva  convocou autoridades para promover um “mutirão” pela segurança nacional, com foco no combate ao crime organizado.

Melhor assim! Vale lembrar que para enfrentar problemas complexos não existe solução fácil. Há quem pense que violência urbana se controla apenas estimulando a polícia a “abrir fogo”  na direção dos bandidos.

Outra coisa importante, que podemos inferir desse “movimento” do governo,  é que existe uma convergência contra a qual nenhuma autoridades graduada desse País poderá  mais fugir: o crime organizado no Brasil é uma realidade viva, mutante e atuante.

Com efeito, o presidente e os governadores  deveriam começar pedindo desculpas à população pelo fracasso momentaneamente, por haver perdido essa batalha e  também pelo  recuo  em muitos combates, sobretudo no sentido da ausência de políticas púbicas básicas em algumas áreas, essas, assumidas e conduzidas pelo “braço social” dos traficantes e milicianos.

Espero que esse “pacto nacional” não seja mais um “balão midiático”, para inviabilizar  o ingresso de outros atores políticos no cenário nacional, visando 2026,  tendo como plataforma o combate à violência: lembremos que até pouco tempo existia aspirante ao cargo de  governante que falava  de maneira convicta: vamos  “atirar na cabecinha”.

Para encerrar, após ler algumas matérias na imprensa sobre a iniciativa nacional, que elencou vários eixos de atuação, chamou minha atenção à ausência da palavra “presídios”, pois,  é lá, como já se sabe, que acontece a graduação e a pós-graduação no mundo do crime organizado. A Esperança é chama que não se apaga!!!

Corrida Studio Full Body 2024 – Festa da Saúde!

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Assessoria. 

Vida Passada… – Luiz Delfino – por Célio Meira

Na velha Desterro, de Santa Catarina, ao tempo da monarquia, e que é, hoje, a formosa e moça Florianópolis, na República, nasceu, no ano de 1834, Luiz Delfino dos Santos. Era menino, quando Alvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire, escreve um escritor baiano, andavam descuidado, em latitudes diferentes, na mesma quadra, risonha e alegre, da primeira infância. E, aos 17 anos e idade, ingressou, Luiz Delfino, na Faculdade de Medicina, no Rio de Janeiro, conquistando, em 1857, a carta de doutor. Coube-lhe  a honra de dizer, aos mestres, e aos companheiros, no dia da colação de grau, palavras de reconhecimento, de fé, de alegria, e de saudade.

Diplomado, começou a vida áspera da clínica. Não morreu, felizmente no médico ilustrado, o famoso poeta brasileiro, para quem o coração de ritmo excelente, aritmico, era, sempre, “um pássaro que salta, que não repousa, que não dorme noite e dia”. Foi, na verdade, Luiz Delfino, um sonetista primoroso. Tinha, informa Heitor Moniz, no dizer de José Veríssimo, o “requinte da expressão”, e “vôos épicos”, no alto julgamento do mestre Coelho Neto.

Alheios às agitações políticas que procedera a apopéia da República, surgiu, Luiz delgado, empunhando o termômentro e a lira, ao lado de Antônio Justiniano Esteves Junior e de Raulino Hora, na cadeira de senador, por Santa Catarina, na Constituição de 1890. Assinou, narra um biógrafo, a Carta Magna em 24 de fevereiro de 91. E quando se extinguiu, ao fim de três anos, o mandato do povo, Luiz Delfino, indiferentes às lutas partidárias, regressou, de alma feliz e de coração em festa, ao consultório, e ao Parnaso, onde corre, e canta rumorejante, a eterna fonte de Castália.

Não quis pertencer, afirmam historiadores, o mavioso poeta do “Algas e Musgos”, o cantor do “Angustia do Infinito” e do “Atlante Esmagado”, à companhia amável dos 40 da Casa de Machado de Assis. Tinha horror à imortalidade, na terra. Contentava-se com a imortalidade verdadeira, no além-túmulo.  Assistiu, tranquilo, na torre de marfim de seu lirismo, que enternece, à evolução natural das escolas literárias, e viveu encantado, com o andar do tempo, romântico e parnasiano, os encantos da vida, e as belezas do mundo.

E morreu velhinho, e sereno, aos 76 anos de idade, no dia 31 de janeiro de 1910. Adormeceu, nesse dia, no maravilhoso sono de todas as renuncias coberto de rosas vermelhas, o fulgurante cantor do “Rosas Negras”.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

AVLAC comemorou a passagem dos seus 19 anos de fundação.

Na tarde do sábado (26) a AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – promoveu reunião festiva para a passagem dos 19 anos de fundação da instituição. O evento ocorreu no Teatro Silogeu José Aragão Bezerra Cavalcanti.

Na programação, além da posse de 3  novos acadêmicos e apresentações musicais, a acadêmica Valdinete Moura proferiu palestra no contexto  do Centenário do ilustre antonense Osman Lins. Veja o vídeo.

O tradicional corte do bolo e o “parabéns pra você”, logo após o ato solene, ocorreu nas dependências do Instituto Histórico. Ao final do evento o presidente da AVLAC, professor Serafim Lemos, parabenizou a participação dos membros e agradeceu  aos convidados a presença.

“Coração-de-estudante” – por @historia_em_retalhos.

Poucas pessoas sabem, mas o título do clássico “Coração-de-estudante” de Milton Nascimento e Wagner Tiso é uma referência à flor Ceropegia woodii, popularmente conhecida como coração-de-estudante ou coração-de-mãe, nativa da África do Sul.

O nome da planta vem do fato de que em cada nó, ou em cada região de brotação, há duas folhas em formato de coração (foto).

Com profunda sensibilidade e inspiração, Milton e Wagner lançaram a canção em 1983, com uma letra que evoca a liberdade e a fé na juventude.

Tudo começou quando Wagner Tiso criara a sua melodia para o documentário Jango, que narrava a trajetória política do ex-presidente João Goulart.

Após o lançamento do filme, Bituca escreveu a letra inspirado nas lembranças do velório do estudante Edson de Lima, morto pelos militares em 1968.

Pronto.

Daí em diante, rapidamente, a música difundiu-se pelo país e foi abraçada pelos jovens que lutavam pelo fim da ditadura, tornando-se o “hino da redemocratização”.

“Mas renova-se a esperança
Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor, flor e fruto”

“Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo”

“Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração, juventude e fé”, canta Milton Nascimento.

Em sua apresentação mais inesquecível, milhares de pessoas entoaram a canção em coro no Rio de Janeiro, no auge do “Diretas Já”, marcando toda uma geração.

O mesmo aconteceu durante o clima de comoção que tomou conta do país após a morte de Tancredo Neves.

Hoje, 26.10.2024, este monstro da MPB @miltonbitucanascimento chega aos 82 anos.

Folhas, coração, juventude e fé.

Muita luz na tua estrada @miltonbitucanascimento!
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PITÚ amplia presença no mercado internacional exportando para o Paraguai.

Cachaçaria pernambucana é líder na exportação de cachaça

A PITÚ, indústria de aguardente genuína do município de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata de Pernambuco, e que tem presença em países de todos os continentes do mundo, expande ainda mais o alcance no mercado internacional exportando a tradicional cachaça branca, a PITÚ Gold e a PITÚ Mel para o Paraguai. Hoje, a PITÚ produz e comercializa cerca de 100 milhões de litros de cachaça por ano e parte desse montante é destinado ao mercado externo. Os números a consagram como líder em exportação do produto.

A meta da cachaçaria pernambucana, que se mantém entre as 20 marcas de bebidas destiladas mais produzidas no mundo, é alavancar as vendas fora do Brasil apresentando ao novo mercado do Paraguai as mais diversas formas de se consumir cachaça.

“A cultura do Brasil no geral é muito consumida no Paraguai e isso se reflete também quando o assunto é cachaça. Estamos animados com a nova parceria de distribuição no país, que vem acompanhada por algumas ações de fortalecimento da marca no mercado paraguaio”, ressalta Maria Eduarda Ferrer, gerente de marketing da PITÚ.

Na Europa, a PITÚ comanda o mercado e tem a Alemanha como o país líder em consumo. Outros países do Velho Continente, também importantes para a marca, são: Áustria, Grécia, Espanha, Suíça e Bélgica. Nos demais continentes a PITÚ também está presente em alguns países, como: Canadá, África do Sul, Estados Unidos e México.

Sobre a PITÚ – A Engarrafamento PITÚ, fundada em 1938 por Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Moraes e José Ferrer de Moraes, é referência nacional quando o assunto é cachaça. Sendo uma das maiores indústrias de aguardente do Brasil e com 85 anos de história, é a cachaça mais consumida nas regiões Norte e Nordeste, e a vice-líder do País. A fábrica da PITÚ está localizada no município de Vitória de Santo Antão (PE), na Avenida Áurea Ferrer de Moraes S/N, onde é possível também conhecer um pouco da trajetória da empresa por meio do acervo do seu Centro de Visitação, que reúne histórias e relíquias da marca genuinamente pernambucana.

A PITÚ está em sua quarta geração de gestores e mantém investimentos contínuos em inovação tecnológica, programas de sustentabilidade e ações de marketing, que garantem a qualidade do produto e refletem no posicionamento da marca diante do segmento.

Características do produto – A PITÚ é uma aguardente de cana pura, transparente, de sabor marcante e teor alcoólico de 40%. O produto é comercializado em garrafas retornáveis de 600 ml, garrafas de 965 ml e latas de alumínio com 350 ml, 473 ml, 710 ml. Os mais recentes lançamentos que, assim como a branquinha, já tomam conta do País, são a PITÚ Mel e Limão, a PITÚ Amarelinha e a PITÚ Remix – linha ice com teo alcóolico mais baixo que traz os sabores limão, abacaxi com coco e a PITÚ Cola, comercializados em latas de 269ml. Também faz parte do portfólio da PITÚ as envelhecidas Premium – a PITÚ Gold e Extra Premium – a Vitoriosa. A PITÚ tem, ainda, a bebida mista de cachaça com limão – PITÚ Limão, a bebida alcoólica mista à base de noz de cola – PITÚ Cola e a vodka Bolvana.

Colégio Diogo de Braga promoveu o 26º ENCONTRA….

Na condição de convidado, na manhã de hoje (25), participei da abertura oficial do 26º ENCONTRA – Encontro de Conhecimentos Tradição -, promovido pelo Colégio Diogo de Braga, localizado no bairro do Livramento.

O referido evento teve inicio às 8h e segue até o final da tarde, com exposição de trabalhos e apresentações artísticas, envolvendo direção, professores, alunos e comunidade.

Enriquecendo o momento de troca de conhecimentos e aprendizado, que teve como tema principal “INVENÇÕES QUE MUDARAM O MUNDO”,  a  badalada e premiada  Banda Marcial do Colégio Municipal 3 de Agosto ditou o tom solene e festivo.

Já catalogado como um dos eventos mais relevantes no sentido da promoção do conhecimento em nossa cidade o “ENCONTRA” carrega na sua essência as digitais da renomada professora Jadenise Macêdo e do qualificado gestor Emmanuel Macêdo, como bem fez questão de destacar, por ocasião da sua fala, o jornalista José Edalvo.

 

Em tempos de tantas informações disponíveis, muitas das quais descartáveis e com curto prazo de validade, promover ações que possam realmente transformar vidas será sempre um desafio gigante. Parabéns aos organizadores do 26º ENCONTRA – Encontro de Conhecimentos Tradição.

 

Maguila – por @historia_em_retalhos.

Maguila, estrela do boxe brasileiro, morre aos 66 anos.

Pugilista sofria de condição semelhante ao Alzheimer (ETC- encefalopatia traumática crônica), comum entre atletas da categoria por causa dos golpes sofridos na cabeça.

Na sua simplicidade, Maguila deu lições a vários doutores por aí de que a soberba e o preconceito não levam ninguém a lugar algum.

Sem anel no dedo, mas com a força dos seus punhos, José Adilson Rodrigues dos Santos conquistou o Brasil.

Descanse em paz, campeão.

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