“Seu” Orlando celebra, hoje, seus 90 anos de vida!!!

Nascido em 06 de setembro de 1933, completa, hoje, “Seu” Orlando, 90 primaveras. Além da celebração da vida, realizada diariamente com bom humor e uma paciência cativante,  ele sempre foi uma pessoa  presente em tudo.

Com um largo sorriso no rosto, algo que já foi incorporou ao seu semblante, quando encontra-se com os amigos mais jovens, arremata: “ainda bem que arrumei essa turma para jogar conversa fora e tomar umas e outras,  de vez em quando. Da minha turma das antigas, para se fazer uma farra, só restou eu”.

Com origem na chamada indústria canavieira, “Seu” Orlando é um ardente  torcedor do Santa Cruz  Futebol Clube. Assim sendo, com todas as forças dos nossos pulmões, renovamos os parabéns pela passagem dos 90 anos de vida de “Seu” Orlando de Souza Leão!! Um verdadeiro Espetáculo…..

EU, A BICO DE CANETA, RETRATADO POR ALMIR BRITO – 1975 – por Sosígenes Bittencourt.

Uma recordação do tempo da boemia saudável, quando podíamos retornar do baixo meretrício, de madrugada, camisa no ombro, a assobiar, baforando um cigarro à lá Humpfrey Bogart. Medo, só de alma do outro mundo, no tempo em que menino não portava arma de fogo, não pitava cannabis sativa, nem namorava nu. O pintor, escultor, violonista e poliglota Almir Brito, no entorno do Grupo Escolar Pedro Ribeiro, anda vivo, no mundo, para contar.

Sosígenes Bittencourt

É A EVOLUÇÃO – por Sosígenes Bittencourt.

Antigamente, no tempo do Maracujá-açu e da Laranja-de-Umbigo, o m(ó)lho de coentro e o limão vinham como presentinho do feirante ao freguês. Hoje, um limão está pelo preço de uma jaca, e você não leva um bago de presente. E sempre houve enchente, sempre houve dilúvio. É que o matuto de hoje quer andar de jeans importada e tênis de marca. Mas, tudo bem, É A EVOLUÇÃO. Afinal, evoluíram em tudo, na bebedeira, na desonestidade, na violência e safadezas carnais. Antigamente, só se queria uma menina, para trabalhar de empregada doméstica, se fosse lá do sítio. Cabisbaixa e donzela. E hoje?
Hortifrutigranjeiro abraço!
Sosígenes Bittencourt

prevenção ao suicídio – por @historia_em_retalhos.

Hoje, inicia-se a campanha brasileira de prevenção ao suicídio.

Mas, qual a razão da escolha do mês de setembro e da cor amarela para marcar a campanha?

Em verdade, a origem de todo esse movimento de conscientização surgiu a partir da triste história de Mike Emme, um jovem americano de apenas 17 anos, conhecido por sua personalidade carinhosa e por sua habilidade com mecânica.

Sozinho, o garoto conseguiu restaurar um mustang 68 e pintou o carro todo de amarelo.

Porém, nem seus pais, nem aqueles que conviviam com Mike, conseguiram perceber os seus sinais de angústia.

Atordoado, em 1994, o jovem tirou a própria vida, disparando um tiro contra a cabeça, na frente de sua casa, no Colorado/EUA, dentro do seu carro, às vésperas de completar 18 anos.

No dia do funeral de Mike, uma cesta de cartões com fitas amarelas presas a eles estava disponível para quem quisesse pegá-los.

Os cartões e fitas foram feitos por amigos de Mike e possuíam uma mensagem:

“Se você precisar, peça ajuda”.

Em pouco tempo, os cartões espalharam-se pelos EUA e começaram a surgir mais e mais cartões com pedidos de ajuda.

Por conta da grande repercussão do caso, a fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que têm pensamentos suicidas a buscarem ajuda.

Em 2003, a OMS decretou que o dia 10 de setembro seria o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e o amarelo do mustang de Mike foi a cor escolhida para representar esta campanha.

A você que me lê e que está passando por um momento de aflição, não desista.

Não fique só nessa luta.

Peça ajuda.
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Raquel Lyra: gestão nova, mas já com cara de cansada…….

Com muito mistério sobre o seu secretariado, a então recém-eleita governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, esticou a corda o quanto pode para anunciar os seus auxiliares do primeiro escalão. Independente dos nomes anunciados todo gestor eleito – presidente, governador e prefeito – tem o direito de escolher sua equipe de ministros, secretários estaduais e municipais, respectivamente.

Ao que parece, com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, podemos raciocinar de duas maneiras: ou ela não soube escolher ou mesmo usou as pessoas para, mais adiante, negociar os mesmos espaços politicamente. Vale lembrar que um “secretariado sem interferências” políticas foi bastante alardeado pelo seu marketing,  como algo novo.

Como em tudo na vida nada é melhor do que o tempo,  para dar-se a verdadeira tonalidade às coisas, o ex-deputado Henrique Queiroz, por exemplo – que no governo do PSB atuava como presidente do ITERPE –  hoje, na gestão Raquel Lyra, ocupa a mesma função: 1X0 para o Queiroz,  que mostrou força e prestigio.

Em apenas oito meses pilotando a sua gestão a governadora já se desfez de cinco auxiliares do primeiro escalão. Inclusive, também  já circula na imprensa,  que mudará de partido.

Para a população em geral, não obstante a tucana não haver cumprido nem o 3º trimestre do 1º ano de governo, sua gestão, fisionomicamente falando, já parece cansada. Sem entusiasmos, algo tão presente na partida de qualquer governo que se prese.

Nessa pisada, no próximo ano, quando haverá eleições municipais, possivelmente a governadora Raquel Lyra será uma eleitora indesejada. Diferentemente do ex-governador Eduardo Campos, que todos faziam questão de se associar, a Raquel ficará meio parecida com o Paulo – aquele que os eleitores o chamava de  “câmara lenta” – onde os prefeitos candidatos à reeleição corriam dele como o diabo corre da cruz.

“Hey Jude” – por @historia_em_retalhos.

Em 30 de agosto de 1968, há exatos 55 anos, uma das canções mais tocadas dos Beatles, “Hey Jude”, era lançada oficialmente no Reino Unido.

Qual a história por trás desse clássico?

“Hey Jude” foi composta por Paul McCartney, mas creditada à dupla Lennon-McCartney e lançada no lado “A” do single Hey Jude/Revolution de 1968.

Tudo teve início quando John Lennon envolveu-se com a artista plástica japonesa Yoko Ono e pediu divórcio de Cynthia Lillian Lennon Charles (foto).

Lennon e Cynthia foram casados por aproximadamente dez anos.

A ideia da canção surgiu em junho daquele ano, em viagem de carro para Weybridge, quando Paul decidiu ir visitar Cynthia e o seu filho Julian (foto).

Como amigo íntimo do ex-casal, o cantor foi dar apoio a ela e ao filho.

Com enorme sensibilidade, McCartney escreveu a canção para Julian, que, à época do divórcio dos pais, tinha apenas 5 anos de idade.

Ou seja, a letra tinha o objetivo de consolar a criança, tanto que, originalmente, era intitulada “Hey Jules”.

É por essas e outras que este lord inglês, ainda hoje, é um mito da música mundial.

Salve Paul McCartney.
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Fonte: @ronaldohistoriador

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Greve de Prefeitura: só é o que faltava…..

Chega a ser risível essa onda de “greve”, alardeada pelas prefeituras, em função da queda das receitas,  vinculadas ao famoso “FPM”. Parece uma jogada ensaiada, ou seja: toda vez que falta um ano para eleição cria-se uma desculpa “genérica” para lastrear a justificativa do que não foi realizado, antes prometido.

Fomos “criados” escutando que o Brasil era um País pobre. É bem verdade que parcela expressiva da população vive em estado de miséria. Ora! Pessoas vivendo em situação vulnerável existem nos quatro cantos do mundo, mesmo nos EUA, que é a nação mais abastarda do planeta. Em nossas terras –  País continental – ainda carregamos a chaga da ocupação extrativista e que por tabela gerou, socialmente falando,  uma das nações mais desiguais da vida terrestre.

Portanto, para nós, moramos no interior do Nordeste brasileiro, “greve” de prefeitura é sinônimo de que os serviços  que sempre foram deficitários, vão piorar ainda mais. O curioso é que em tempos “normais” nenhum prefeito diz que o cofre está cheio de dinheiro. Infelizmente, apesar de todas as desgraças produzidas pelos “homens modernos”, como juros, déficit habitacional e outras mazelas,  ainda somos obrigados a conviver com  “greve de prefeitura”….Só é o que faltava……

A NINFA DA NOITE – por Sosígenes Bittencourt.


Mesura e Galanteios a uma bela amostra do gênero feminino. Um misto de meiguice, elegância e jovialidade. Uma ninfa, das que deve ter visto, o deus pã, ao soprar sua flauta de sete tubos à margem do lago. Sem abusar da hipérbole, ou recitar os tempos do verbo amar, um alumbramento espetacular!
Palmas e muito obrigado !

Sosígenes Bittencourt

Major Eudes: um pequeno testemunho……

Por ocasião do evento ocorrido na noite de sábado (26), em que um conjunto de homenagens foram efetivas na direção do “eterno instrutor” do nosso Tiro de Guerra, Major Eudes, recebi das suas filhas 3 vídeos cujo o conteúdo é justamente a minha fala, em que  realcei alguns pontos da figura emblemática do nosso amigo e instrutor, Major Eudes. Abaixo, portanto, seguem  os três vídeos…

A pintura de Luciano Pinheiro e a esperança em tempos absurdos – por Marcus Prado.

Acha-se em exposição, até o próximo mês de outubro (Galeria Arte Plural – Rua da Moeda – Recife), uma série de 70 novos quadros do pintor olindense Luciano Pinheiro, com a curadoria de Joana D’Arc Lima. A mostra reúne pinturas sobre tela, duratex e madeira, produzidas entre 2020 e 2023, desenhos a bico de pena e nanquim, aquarela, recortes e colagens. Mais uma oportunidade, imperdível, de rever o trabalho de um artista sempre inovador, visto pela crítica e colecionadores exigentes como um dos melhores de sua geração não só de Pernambuco, e que marca a sua presença no cenário de grandes vultos das artes do País. Imperdível, quando se deseja convidar para o melhor do contemporâneo, numa cidade de poucos ensejos como esse no campo das artes.

Imperdível para quem não conhece a trajetória criativa de Luciano Pinheiro, os elementos arquitetônicos da sua arte, a multiplicidade de signos que inventa no âmbito das suas possibilidades de criação, das suas dimensões metafóricas e símbolos. Nesta nova ambiência criada por Luciano percebe-se de imediato que o artista não imita a si próprio para seus apelos à nossa apreciação, ao seu intuito. Não há o chamado “fazimento de semelhanças e imitação”, como invoca para certos pintores a mestríssima Suzan K. Langer no seu clássico Sentimento e Forma.

Delírica Vertigem, titulo da exposição, é um testemunho diarístico vindo de tempos sombrios que escureceram o teto das nossas moradias, deixando a impressão de que o anel solar teria sido levado, por força de Zeus, para outros sistemas de exoplanetas. Foi sob o impacto dessa mancha nefasta e desse pretume fechado que Luciano produziu, solitário, em silêncio, os quadros dessa exposição (A lembrar o Canto XXI da Divina Comédia, de Dante – A vala dos corrutos. (…) “Eu olhava mas nada via a não ser as bolhas de piche que a fervura levantava)”. Não foi uma fuligem que tampou a luz sobre o país, mas uma nuvem negra monumental, uma tempestade do nada. Mas, Luciano resistiu pela ética, com a força do seu talento, cumpriu o seu papel de artista solidário. A pintura de Luciano é um manifesto, o desejo de um novo tempo, como Albert Camus nos diz sobre a esperança em tempos absurdos e hostis. “A vertigem é o desassossego dos tempos sombrios vividos e ainda ameaçados de hoje”, disse Luciano, em conversa comigo.

Delírica Vertigem é uma bela página diarística que o pintor escreveu com a força das cores, uma atitude que tenta reinventar a alegria. Com a sua pintura, o artista apresenta um arco que, como na Odisseia, de Homero, caminha para um novo amanhecer. Para “a delícia lírica da criação repleta de sentimentos e emoções”.

Bruce Altshuler, diretor da Zabriskie Gallery, NY, um dos afamados curadores de arte dos EUA, além de crítico nessa especialização (tenho lido seus comentários na famosa Art In America, uma prestigiada revista de vanguarda dos EUA), define a curadoria hoje como “a ascensão do curador como criador”, para tanto não há espaço para simples iniciados. Durante horas, na montagem dessa amostra, vi como Joana D`Arc de Lima, a curadora da exposição, conduzia o seu trabalho, dialogando, em parceria com o pintor e equipe de produção. O seu olhar indagador sobre cada peça, detalhe por detalhe. Assim como ouvidos atentos para a escolha, com Luciano, do ambiente sonoro da exposição (ele amante da música instrumental), com a marca de clássicos do Jazz: Nina Simone, Chet Baker, Ella Fitzgerald, Milles Davies, Dave Brubeck. Impecável, o espaço disponibilizado pela Arte Plural, famosa desde a sua fundação pelo rigor seletivo de sua pauta.

Tenho para mim que a grande pintura, a sua abundância interior, seja qual for a sua época, é feita também para ser ouvida. Cada grande pintor é também um executante. Luciano Pinheiro, na abundante textura de sua obra (foi vista, no começo, na casa dele, pelo genial cientista e crítico de arte Mario Schenberg), tem o seu “repertório adequado” como diria Suzanne K. Langer no citado Sentimento e Forma. Uma pintura livre de emoções confusas, que tem respiração sonora, entra na superfície tênue da música. Por fim, o desejo de ver, em forma de livro, o que já foi dito sobre a pintura de Luciano Pinheiro pelo professor Eduardo Bezerra Cavalcanti, na obra de detalhada prospecção crítica: Luciano Pinheiro – Figuração e paisagem, infelizmente inédita.

Marcus Prado – jornalista