Instituto Histórico do Moreno – por Nozinho Neto.

Instituto Histórico de Moreno, completa um ano de fundação. Sob a coordenação do presidente Flávio Torres, e contribuição do também membro professor Felipe Cruz, o Instituto Histórico e Geográfico do Moreno, comemorou seu primeiro aniversário no dia 11 do mês em curso. A solenidade se deu na Câmara Municipal de Vereadores da cidade, onde se deu algumas homenagens, entre elas aos institutos da Vitória de Santo Antão e do Jaboatão dos Guararapes. Desejos votos de parabéns e vida longa a esse sodalício.

Jose Joaquim da Silva Neto (Nozinho Neto).

 

 

A copa roubada – @historia_em_retalhos.

Não é de hoje que regimes ditatoriais utilizam o esporte como uma ferramenta de propaganda política.

Neste nosso último retalho sobre a história das Copas, falaremos do mundial de 1978, vencido pela Argentina.

Até hoje, pairam fortíssimas suspeitas de que houve uma grande armação envolvendo os generais argentinos, com a complacência da FIFA, presidida pelo brasileiro João Havelange.

Em 1978, o país vizinho vivia uma sangrenta ditadura sob o comando do general Jorge Videla.

BR e ARG chegaram à semifinal do torneio e, como se igualavam em pontos, o saldo de gols seria o critério definidor da vaga na final.

O Brasil enfrentaria a Polônia e os argentinos iriam para o confronto com o Peru.

Em cima da hora, a FIFA mudou o horário da primeira partida, fazendo com que o Brasil tivesse que enfrentar a Polônia três horas antes do segundo jogo, de sorte que os anfitriões saberiam exatamente quantos gols precisariam fazer no Peru.

O Brasil bateu os poloneses por 3 a 1.

A ARG teria que vencer por mais de 3 gols.

O livro “Como eles roubaram o jogo” (D. Anthony) relata que o general Videla chamou o oficial da Marinha Carlos Lacoste e deu-lhe uma ordem: “garanta o resultado contra o Peru!”.

Lacoste contactou três oficiais que acompanhavam a seleção peruana e ofereceu entre 30 e 50 toneladas de trigo da ótima colheita que a Argentina fizera naquele ano.

Aí vem o detalhe: o Peru também vivia sob uma ditadura, comandada por Francisco Bermúdez.

Para o ditador peruano, o trigo seria muito mais importante do que um jogo, no qual a sua seleção já estava desclassificada.

Ou seja: o resultado não mudaria em nada o destino do Peru naquela copa.

Em 2018, Velásquez, ex-jogador do Peru, declarou que seis companheiros “se venderam”, incluindo o goleiro Ramón, que era argentino de nascimento.

Com todo o esquema montado, a Argentina fez sem muito esforço o largo placar de 6 a 0, classificando-se para a final e sagrando-se campeã do mundo.

O Brasil voltou com o honroso 3.° lugar, invicto e com a qualificação de campeão moral daquele torneio.

A quem interessar, recomendo “A Glória Roubada”, de Edgardo Martolio.

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Hexa – uma copa misturada……..

No contexto de uma “ressaca” eleitoral acirrada e polarizada, que ainda segue, aqui e acolá, mantendo alguns “focos de incêndios antidemocráticos”  de maneira geral, o brasileiro ainda não entrou no clima da sempre tão aguardada Copa do Mundo.

Copa do Mundo em novembro/dezembro………..? Muito estranho mesmo!  Responsável em “acender” o sentimento verde/amarelo nos torcedores canarinhos com campanhas publicitárias, músicas e demais recursos da comunicação de massa, a grande mídia nacional – até agora – não “encaixou” algo que tenha caído no gosto popular.

Outra coisa curiosa nessa pré-campanha de Copa do Mundo foi o mau uso político da camisa da nossa seleção brasileira. Isso deixou e deixará sequelas em parte dos torcedores que se mostram refratário a sua utilização como elemento de união nacional, algo quase obrigatório nesses momentos de campeonatos promovidos pela poderosa FIFA.

Tomara que os brasileiros, doravante,  encontrem  o “melhor ritmo” para curtirem essa Copa do Mundo em meio a tantos eventos com fortes simbologia, tais como: Black Friday, Papai Noel, Festividades Natalinas, confraternizações, Reveillon etc……

Brasil, em meio a tido isso, rumo ao HEXA!!!

Momento Instituto Histórico – Colégio Potencial

Tudo que é bom, pede Bis! O Colégio Potencial voltou a visitar o nosso museu na manhã da última sexta-feira! Desta vez, o colégio trouxe 43 alunos para vivenciarem esta incrível experiência.

E você ainda não agendou uma visita? Tá esperando o que? Entra em contato através do nosso Whatsapp (81 8880-1744). Estamos te esperando de portas abertas!

Instituto Histórico da Vitória 

Dia Nacional da Consciência Negra – por @historia_em_retalhos.

Aos 40 anos de idade, em 20 de novembro de 1695, na mata fechada entre as Serras da Barriga e Dois Irmãos, era morto Zumbi dos Palmares, líder quilombola símbolo da resistência negra no Brasil.

Decapitado e salgado, para retardar a putrefação, a sua cabeça foi entregue ao governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, que ordenou a exposição de seu cadáver, como troféu, no pátio frontal da Igreja do Carmo, no Recife, para acabar com a lenda da imortalidade e servir de prova da consumação do massacre no Quilombo dos Palmares.

Por ser negro, não foi autorizada a entrada de seu corpo no templo, ficando os seus restos mortais expostos no pátio, até a completa decomposição.

A saga de Zumbi pela liberdade começou cedo.

Neto da princesa Aqualtune, trazida do Congo, e sobrinho do líder Ganga Zumba, o menino, que ganhou o nome de Zumbi em homenagem ao deus da guerra, nasceu livre na Serra da Barriga, atual município de União dos Palmares/AL.

Em 1630, quando Pernambuco vivia sob o domínio holandês, as fugas dos escravos intensificaram-se e Palmares, cercado de paliçadas, cresceu, chegando a ter mais de 20 mil habitantes, que sobreviviam da agricultura.

Em 1675, tropas de Manuel Lopes atacaram o quilombo, sendo Zumbi baleado duas vezes.

Resistiu e começou a virar lenda.

Discordou do tio Ganga Zumba, em 1678, quando este aceitou o acordo proposto pelo governador de Pernambuco, para transformar Palmares em uma vila.

O tio morreu, envenenado, e Zumbi assumiu o comando do quilombo e da luta pela liberdade dos negros.

Em 1691, à frente de mais de mil homens, Domingos Jorge Velho invadiu o mocambo do Macaco (sede do quilombo).

Ferido, Zumbi fugiu para Porto Calvo.

Dandara, a guerreira com quem teve três filhos, foi presa, preferindo a morte, jogando-se de um precipício.

Cada vez mais acuado, Zumbi entricheirou-se na Serra Dois Irmãos, porém, delatado pelo antigo companheiro Antônio Soares, foi morto.

Zumbi morreu, mas a sua luta permanece mais viva do que nunca.
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Professor Adão Barnabé – 53 anos de saudade……

Hoje –18 de novembro de 2022 -, exatamente hoje, realçamos os 53 anos da morte do eterno professor Adão Barnabé. Assim sendo, abaixo, reproduzimos homenagem prestada pelo Jornal O Arauto,  ocorrida no ano de 1971, por ocasião da passagem dos dois primeiros anos da sua partida.

No dia 18 do corrente, completou dois anos da passagem desta vida para a eternidade do inesquecível “gentleman” prof. Adão Barnabé dos Santos Cavalcanti. Não cessamos de recordar a figura profundamente humana do intelectual, artista, poeta e magnifico professor de inglês.

Faleceu no mês dedicado aos mortos, quando as almas sensíveis choram seus entes queridos. Porém a mais alvissareira e confortadora esperança é que existe uma vida após a morte. Os que crêem  nesta verdade e que tem fé no Salvador haverão de se encontrar na vida eterna. Esta foi a experiência do Rei Davi quando faleceu o seu filho que estava doente: “Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de mim e continuará viva a criança?  Porém, agora que é morta, porque jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim”. ( II Samuel 12:22,23)

A vida começa com a morte. Aquêle que vive em Deus sabe que viverá para sempre. Temos, portanto, a esperança de gozamos ainda do convívio de Adão Barnabé  que foi excelente pai, bom esposo, ótimo colega e companheiro.

Ele conhecia profundamente as sagradas escrituras. Possuía a Bíblia Sagrada em vários idiomas. Acreditava nas verdades reveladas e em Deus.  A nossa esperança é que êle esteja com Deus, a quem êle chamava de “ O Bom Deus”.

Neste mês de segundo aniversário de sua partida para o além  túmulo, prestamos justa homenagem àquele que merece toda nossa admiração.

Editorial do Jornal O Arauto. 

ABELARDO DA HORA – por Marcus Prado.

CERTO DIA, numa entrevista de jornal, perguntei ao saudoso amigo ABELARDO DA HORA autor dessa escultura: ABELARDO de onde veio a inspiração dessa escultura, que parece um poema, como aquele de Pablo Neruda “Mulher, teria sido teu filho, para beber-te o leite dos seios como de um manancial, para olhar-te e sentir-te a meu lado e ter-te no riso de ouro e na voz de cristal.”

ABELARDO : VEJO o teu ato de criação tão belo, como o que ANÍBAL MACHADO construiu no seu romance , que virou filme : VIAGEM AOS SEIOS DE DUILIA?

ABELARDO: Eu colocaria como legenda na tua obra de arte um poema de certo grande poeta que conheci em Lisboa, Alexandre Manuel Vahía de Castro O’Neill de Bulhões; “Sei os teus seios. Sei-os de cor”,

A foto é de minha autoria, para o meu livro O TIGRE ANFIBIO.

Marcus Prado – jornalista. 

 

Um Rei e a ditadura – por @historia_em_retalhos.

Ídolo do Atlético Mineiro, o craque Reinaldo sempre comemorava os seus gols de braços erguidos e punhos cerrados, reproduzindo o gesto do movimento Panteras Negras, que lutava contra o racismo nos EUA.

O ato incomodava a ditadura militar brasileira.

Convocado para a Copa de 1978, aos 21 anos, o atacante foi explicitamente “recomendado” a não fazer o gesto durante a competição.

Antes do embarque para a Argentina, o general Ernesto Geisel reuniu-se com os jogadores e a comissão técnica.

Ao ver Reinaldo, o ameaçou em tom imperativo: “quem cuida da política é a gente, você cuida de jogar futebol”.

Naquela copa, a Argentina estava mergulhada em uma sangrenta ditadura e toda a seleção brasileira era comandada por militares, desde o técnico, Cláudio Coutinho, até o presidente da CBD, Heleno Nunes.

Mas o Rei tinha uma personalidade forte e não costumava curvar-se ao autoritarismo.

No dia 03 de junho, o Brasil estreava na competição contra a Suécia.

A seleção saiu perdendo, mas, com um gol de Reinaldo, empatou a partida.

Após um breve momento de hesitação, não teve jeito: Reinaldo repetiu o gesto e ergueu o punho cerrado (foto).

O camisa 9 protagonizava um ato de resistência política em pleno solo argentino, em uma ditadura que matara milhares de pessoas, não seguindo a “recomendação” que recebera no Brasil.

Por sua altivez, Reinaldo pagou um preço alto.

Sem explicações, foi sacado do time e não voltou mais, sendo substituído por Roberto Dinamite.

Anos mais tarde, revelou que recebera durante aquela copa um envelope com informações sobre a Operação Condor, uma aliança entre ditaduras sul-americanas para perseguir opositores.

Atônito e sem reação, entregou o documento ao amigo Gonzaguinha, assim que retornou ao Brasil.

A perseguição ao craque foi impiedosa.

Passou a sofrer todos os tipos de ataques e linchamentos morais, inclusive, quanto à sua sexualidade.

Quatro anos mais tarde, Telê Santana não o levou para a Copa de 82.

O Rei terminou a carreira, precocemente, aos 29 anos.

Uma coisa, porém, é certa: jamais conseguiram calá-lo.

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CONVERSANDO BESTEIRA – por Sosígenes Bittencourt.

Um dia, eu voltava de Caruaru, de manhãzinha, depois de uma noitada com duas amiguinhas e haver adormecido no Hotel Continental, quando percebi que dirigia por outra estrada. Aí, interpelei um matuto: – Aqui, vai pra onde?
Aí, o matuto: – Vai pra Campina Grande!
Aí, eu engrenei uma marcha a ré e fui procurar Encruzilhada, uma cidadezinha do tamanho de uma encruzilhada. Lá, eu comi uma carne de sol com macaxeira tão gostosa que me danei a conversar besteira. Uma delas foi assim: – Você sabe por que a mulher do burro é uma besta?
Aí, as meninas: – Sei não, mestre.
Aí, eu: – Porque, quanto mais burro, mais besta ela fica.
Abestalhado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Momento Instituto Histórico – Escola Mundo Encantado.

Alunos do ensino fundamental da Escola Mundo Encantado vieram conhecer o nosso museu. O interesse despertado nas escolas em conhecer o nosso IHGVSA demonstra a sede por conhecimento cultural e histórico de nosso povo. Venha você também nos visitar e proporcionar essa experiencia para seu alunado!

Instituto Histórico da Vitória.

A República e o militarismo – por historia_em_retalhos.

“Liberdade, liberdade!
Abre as asas sobre nós”

O samba-enredo campeão da Imperatriz Leopoldinense, em 1989, homenageou os 100 anos da proclamação da República no Brasil.

Porém, eu trago hoje a seguinte indagação: teria sido a proclamação da nossa República um ato épico e revolucionário?

Com toda a vênia, entendemos que não.

Em verdade, a própria monarquia brasileira já apresentava sinais de esgotamento.

Apesar de ter a simpatia de boa parte da população, Dom Pedro II estava doente e desgastado.

Comprou briga com o alto clero da Igreja Católica, ao manter-se aliado à maçonaria, bem assim bateu de frente com alguns setores do Exército, com a aplicação de penas de censura.

Paralelamente, crescia a classe média formada por profissionais liberais e comerciantes, que reivindicavam maior participação nos assuntos políticos.

Para além dessas questões, porém, dois pontos foram fulcrais.

Primeiro, que, com a assinatura da Lei Áurea, os barões do café, insatisfeitos com a perda da mão de obra escrava, também se sentiram traídos pela coroa.

Segundo, o descontentamento dos militares, desde o fim da Guerra do Paraguai, que se consideravam injustiçados e buscavam tomar mais espaço no poder.

O mais intrigante, todavia, é que a República foi proclamada pelo marechal Deodoro da Fonseca, monarquista convicto e de lealdade declarada a Pedro II, a quem devia, inclusive, favores.

Como a gota d’água, espalhou-se que o governo tinha ordenado a prisão de Deodoro.

Convencido de que esse boato seria verdadeiro, Deodoro juntou as tropas e proclamou a República em 15 de novembro de 1889.

E assim nasceu a nossa República: uma intervenção militar, sem nenhuma participação popular.

Para o historiador Frank D. McCann, “a intervenção militar na política e na sociedade é sinal de fraqueza tanto do Estado como da sociedade”.

Sobral Pinto também faz uma análise interessante.

Segundo ele, o fato de a nossa República ter sido proclamada por militares os faz sentirem-se, até hoje, como os verdadeiros “donos da República”.

Vale a reflexão.

Valeu, gente!

Um bom feriado a todos!
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