Certa vez disse o importante pensador alemão do século XIX, Friedrich Nietzsche: “Aquilo que não me mata, só me fortalece”. Na qualidade de consumidor e vivendo na “Era da Comunicação”, permeada pelos primeiros efeitos colaterais da chamada “pós-revolução industrial”, sinto-me a vontade para expressar o meu descontentamento com uma empresa, da qual fui cliente fiel, por mais de duas décadas.
Não lembro exatamente o ano, mas tenho a absoluta certeza que faz mais de vinte anos. Estava eu folheando a revista playboy, que fui assinante por um bom período, quando , das suas paginas emergiu uma provocante e inteligente peça publicitária. Avistei e manipulei um encarte bem colorido e chamativo que sugestionava ao leitor curioso rasgar aquele envelope. Dentro dele – dizia ainda a peça publicitária – havia algo que jamais seria esquecido.
Não pestanejei. Abri, conforme sugestão, e lá dentro encontrei um lencinho perfumado. O cheiro me conquistou. Era o lançamento nacional do perfume que atende pelo nome de “Quasar”, da linha do Boticário. No outro dia dirigi-me a uma loja da marca, no Shopping Center Recife, e comprei. Depois do primeiro frasco nunca mais deixei de usar. O aroma do referido perfume, para os que me conhecem, tornou-se uma espécie de cartão de visita nosso. Aprendi até, na astrologia, o que vem a ser a palavra “quasar”.
Aviso: o último dia que usei foi ontem (28). Acabou o conteúdo da minha última unidade. Não mais comprarei.
Não posso dizer, sob qualquer ponto de vista, que o produto perdeu qualidade ou status, não! Muito pelo contrário. Continua sendo um excelente produto (pelo menos para mim). Deixei de ser consumidor da linha BOTICÁRIO por outro motivo.
Descobri – por experiência própria – que a referida empresa não tem o menor interesse em investimentos publicitários em promoções culturais locais. Segundo fui informado, quando muito, o BOTICÁRIO fornece apenas um desodorante ou um sabonete para ser usado em sorteios, em algum evento promocional.
Muito bem, cada empresa, através de suas pesquisas e estudiosos do departamento de marketing, resolve investir e usar sua verba publicitária da maneira que mais lhe convier. Entendo perfeitamente!! Mas, na qualidade de consumidor, também tenho o direito de tomar decisões sem pedir licença a quem quer que seja.
Dessa forma, contudo, concluo dizendo que encerrei “meu caso de amor” à primeira vista (cheiro) com o perfume “Quasar”, da linha BOTICÁRIO. Nunca mais irei comprar qualquer produto da linha da aludida empresa. Aos vitorienses, apenas, sugiro reflexão. A decisão é de cada um…