O inesperado apoio de Alceu Valença a Joaquim Francisco – por @historia_em_retalhos.

O inesperado apoio de Alceu Valença a Joaquim Francisco na eleição para governador de 1990.

O ano era 1990.

Um ano antes, caía o Muro de Berlim e o Brasil elegia Fernando Collor, pelo voto direto, após 21 anos de ditadura.

O rescaldo do período ditatorial ainda reverberava de uma maneira muito forte na sociedade brasileira, gerando um clima intenso de polarização.

Como em um pastoril, cada um escolhia o seu cordão.

Ou você rechaçava as forças políticas que deram apoio à ditadura, ou você estava com elas.

Joaquim Francisco, então prefeito do Recife, almejava o Campo das Princesas e era o candidato do PFL, o partido que havia surgido de uma dissidência do PDS, o sucessor da ARENA, agremiação que dera sustentação ao regime militar.

Além disso, havia sido prefeito biônico da capital, entre 1983 e 1986, o que não era bem visto pelas novas forças políticas pós redemocratização.

Do outro lado, estava Jarbas Vasconcelos, candidato do partido que fazia oposição à ditadura, o PMDB, e crítico declarado do regime militar.

Inexplicavelmente, um grupo de artistas, com Alceu Valença à frente, que incluía, entre outros, o compositor Carlos Fernando, manifestou o seu apoio ao candidato do PFL, contrariando, digamos assim, a histórica relação de ligação política existente entre a classe artística e a esquerda.

A cor da campanha de Joaquim Francisco era o amarelo, que acabou se tornando um verbo.

Alceu Valença “amarelou”, dizia-se na época.

A casa do cantor foi pichada e, de fato, Alceu foi muito pressionado, diante de um ato considerado, até então, injustificável.

Joaquim acabou sagrando-se vencedor daquele pleito, valendo-se, dentre outras razões, do distanciamento entre Jarbas e Arraes, o qual saiu do PMDB e foi candidato a deputado federal pelo PSB.

33 anos depois, até hoje, não se sabem, ao certo, as razões que levaram àquele apoio de Alceu a Joaquim.

Porém, é importante o registro: em uma democracia, o cidadão é livre para escolher os seus candidatos.

Como cidadão livre que era, o nosso Maluco Beleza tinha o direito de apoiar quem ele quisesse, a despeito da aparente incoerência que a atitude demonstrou.
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Ensaio de rua do Clube Urso Branco.

Na noite do sábado (28), após concentração na sua sede, localizada no bairro da Mangueira, a Agremiação Carnavalesca Urso Branco “ganhou” as  ruas centrais da cidade para mostrar aos foliões que já está com tudo pronto para o carnaval 2023.

Por ocasião da passagem pelo “Largo da Estação”, nossas lentes registraram toda vibração e a boa música pernambucana, executada pela Orquestra Ciclone. Veja o vídeo.

O tempo é das prévias carnavalescas……

Na noite da sexta (27), a partir da Praça Diogo de Braga, local escolhido para concentração, as agremiações carnavalescas “O Pereirinha”, “Os Depravados”, ” O Mijo Dela” e o “100 Noção”, em conjunto,  promoveram sua pérvia  carnavalesca.

Em desfile pelo Pátio da Matriz, nossas lentes registraram toda animação e entusiasmos dos foliões, na sua expressiva maioria formados por grupo de jovens. Veja o vídeo.

José Múcio e a eleição de 1986 – por @historia_em_retalhos.

A eleição de 1986 para o governo de Pernambuco foi marcada pela previsibilidade, com a vitória tranquila de Miguel Arraes sobre José Múcio Monteiro.

Mesmo assim, à época, com apenas 38 anos, Múcio foi tido como um “derrotado vitorioso”, porque viria a ser, depois, 5 vezes deputado federal, ministro das relações institucionais e presidente do Tribunal de Contas da União.

O PFL, sucessor da Arena e do PDS, tinha três nomes para o pleito: o primeiro era Gustavo Krause, que, sabendo da dificuldade da eleição, não quis entrar na disputa.

O segundo, Joaquim Francisco, que havia sido prefeito do Recife e voltaria a ser, dois anos depois, em 1988.

Porém, o partido preferiu lançar o jovem José Múcio, que havia sido vice-prefeito e prefeito de Rio Formoso.

Então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães renunciou ao mandato para disputar o Senado e tinha amplo favoritismo naquela disputa.

Roberto desejava ser senador constituinte.

A chapa do PFL tinha, além de José Múcio, Roberto Magalhães e Margarida Cantarelli, que tentavam o Senado.

O inusitado, todavia, aconteceu.

Roberto dormiu senador e acordou sem mandato, pois Arraes deu aos seus dois candidatos ao Senado, Mansueto de Lavor e Antônio Farias, 1.280.388 e 1.204.869 votos, respectivamente.

Franco favorito, então, com 70 anos de idade, Arraes era tido como o novo, o candidato dos jovens e da esquerda, enquanto Múcio era o candidato dos mais velhos e conservadores.

Esse paradoxo demonstrava o quanto Miguel Arraes era uma figura icônica em Pernambuco.

A campanha não teve muitas surpresas, com Arraes confirmando o seu favoritismo.

Muitos acreditavam, porém, que José Múcio poderia vir a ser governador de Pernambuco no futuro.

Essa possibilidade nunca aconteceu.
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Praça da Restauração ou Praça do Pirulito – por @historia_em_retalhos

Esta é a Praça da Restauração ou Praça do Pirulito, como é popularmente conhecida.

Fica na Rua Jardim, no bairro de São José, e é tida como a menor praça do Recife.

Apesar de mal conservado, este minúsculo logradouro guarda uma importância histórica muito grande: foi exatamente aí que, em 27 de janeiro de 1654, aconteceu a rendição das tropas holandesas, com a entrega das chaves do Recife, pondo-se fim ao período de domínio da Companhia das Índias Ocidentais no Nordeste brasileiro.

Reflexo direto das derrotas nas batalhas do Monte das Tabocas (1645), Casa Forte (1645) e Guararapes I e II (1648 e 1649), as condições da rendição foram aprovadas pelo general Francisco Barreto de Meneses e pelo tenente general Siegemundt von Schkoppe.

Por esta capitulação, os batavos comprometeram-se a entregar não só o Recife e a Mauritzstad (bairro de Santo Antônio), mas, também, os fortes que ainda ocupavam na Ilha de Itamaracá, na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Ceará.

O tratado definitivo de paz entre Holanda e Portugal, por mediação da Inglaterra, foi firmado em Haia, em 06 de agosto de 1661.

Em Olinda (foto 2), temos a Rua 27 de Janeiro (mais conhecida como “ladeira da Pitombeira” 🎺), nome dado também em alusão à data histórica.

Sabias dessa?

Se não, compartilha!
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Acertando o passo com as prévias carnavalescas…..

Segura a onda que o carnaval da Terra das Tabocas já começou – segue prévias desse final de semana…

Sexta-feira (27):

Depravados +100 Noção + Mijo Dela + Pereirinha. Com Orquestra de Frevo, a partir das 20h – Praça Diogo de Braga (Matriz).

Ccred Folia – Mc(s) e Orquestra de Frevo, a partir das 20:30h, na Praça Dom Luís de Brito (Matriz).

Sábado (28):

Clube Urso Branco – Orquestra Ciclone, a partir das 19h, ensaio de rua – ponto de partida, na Sede – bairro da Mangueira.

Clube Abanadores “O Leão” – Orquestra Venenosa, a partir das 19:30h, ensaio de rua – ponto de partida – na Sede – bairro da Matriz.

Domingo (29):

Os Pé de Cana – Grupo de Reboliço e Orquestra Venenosa, a partir das 10h – DLUCIA CONVENIÊNCIA –  Praça Leão Coroado.

Francisco José Lins do Rego Santos – por @historia_em_retalhos.

Em 25 de janeiro de 2002, era assassinado o promotor de Justiça Francisco José Lins do Rego Santos.

Chico Lins, como era conhecido, foi morto, aos 43 anos, em razão das investigações que comandava para combater a adulteração de combustíveis no estado de Minas Gerais.

O crime aconteceu na hora do almoço, em um movimentado cruzamento de Belo Horizonte, quando o promotor deslocava-se para o trabalho.

Ao parar no semáforo da Rua Joaquim Murtinho com a Av. Prudente de Morais, o carro de Chico Lins foi emparelhado por uma moto com dois passageiros.

A motocicleta avançou e o condutor deu a ordem ao carona: “atira!”

Sete tiros atingiram Chico, que morreu na hora.

O mandante do crime, que conduzia a moto, foi Luciano Farah, dono de uma rede de postos que adulterava combustíveis.

Na época, graças à atuação de Chico Lins, essa rede havia sido proibida de revender combustíveis, depois de constatado que o produto era adulterado e que a empresa sonegava impostos à Receita Estadual.

O atirador foi o soldado Édson Nogueira.

Os dois foram condenados, respectivamente, a 21 e a 23 anos de prisão, estando, ambos, atualmente, cumprindo pena em regime aberto.

Por meio da atuação de Chico Lins, medidas judiciais decretaram a prisão de pessoas envolvidas na máfia e fecharam cerca de 20 postos, havendo, porém, ramificações dessas organizações por todo o Brasil.

Assim, um mês após o homicídio, foi criado o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), recebendo o nome do promotor assassinado.

Apenas após a morte de Chico, muitos MP’s criaram os seus Grupos de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado – os GAECO’s.

Chico Lins era casado com Juliana, com quem teve dois filhos e, até hoje, é lembrado como um exemplo de combatividade a ser seguido.

Era, também, neto do escritor e ex-promotor de Justiça José Lins do Rego (autor dos clássicos “Menino de Engenho” e “Fogo Morto”), de quem Chico herdou o gosto pela literatura, chegando, inclusive, a escrever um livro de poesias (“Inventário da Noite”).

Chico Lins é mais um mártir do Ministério Público brasileiro.
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Mãe Gilda – por @historia_em_retalhos,

Mãe Gilda, vida e morte de luta contra a intolerância religiosa.

Esta é a ialorixá Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda.

Símbolo da luta contra a intolerância religiosa, a ialorixá é fundadora do Ilê Axé Abassá de Ogum, Terreiro de Candomblé localizado nas imediações da Lagoa do Abaeté, em Salvador/BA.

Como todos aqueles que lutam pelo respeito à sua ancestralidade africana neste país, Mãe Gilda sofreu com ataques de preconceito, ódio, intolerância e violência.

No caso dela, custou a própria vida.

Em 1999, teve a sua imagem utilizada no jornal Folha Universal, vinculado à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), com a manchete “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”.

Na época, a reportagem dizia que estava crescendo um “mercado de enganação” no país.

E o pior, com um detalhe sórdido: a imagem de Mãe Gilda aparecia com uma tarja preta nos olhos.

A publicação dessa foto marcou o início de um doloroso, porém importante processo de luta por justiça da família e de todos os religiosos do Candomblé.

Infelizmente, dada a fragilidade do momento, adeptos de outras religiões hegemônicas sentiram-se no direito de atacar diretamente a casa de Mãe Gilda, agredindo-a, verbal e fisicamente, dentro das dependências do terreiro, até quebrando objetos sagrados lá existentes.

Diante desses fatos, com a saúde fragilizada, Mãe Gilda não suportou: o seu estado piorou, sofreu um infarto e ela faleceu no dia 21 de janeiro de 2000.

Custa-nos a acreditar, mas, periodicamente, o busto que foi erguido em sua homenagem dentro do Parque do Abaeté (foto), em Salvador, é alvo de atos de racismo religioso.

O autores desses atos costumam justificar a conduta dizendo que apedrejam “a mando de Deus”.

Racismo religioso é crime.

O primeiro passo para cultuar uma religião é aprender a respeitar as demais.

Desde 2007, celebra-se em 21 de janeiro o “Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa”, em memória de Mãe Gilda.
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Manoel Bezerra de Mattos Neto – por @historia_em_retalhos.

A história de Manoel Bezerra de Mattos Neto: o advogado assassinado por defender direitos humanos.

Há exatos 14 anos, em 24 de janeiro de 2009, Manoel Mattos era morto a tiros de espingarda calibre 12, em uma casa de veraneio, em Pitimbu/PB.

O advogado, que também havia sido vereador em Itambé/PE e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, integrava a Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE, ficando conhecido por denunciar grupos de extermínio com a participação de policiais militares e civis, na divisa entre Paraíba e Pernambuco, região que já foi chamada de “Fronteira do Medo”.

Mattos participou ativamente de duas CPI’s em âmbito estadual e uma em âmbito nacional, sempre denunciando as violações de direitos humanos e anunciando publicamente que corria risco de vida, pedindo proteção.

Além disso, era especialista na defesa de trabalhadores rurais.

Diante das ameaças de morte que se repetiam, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA chegou a conceder, em 2002, medidas cautelares que determinavam que o Brasil deveria garantir a sua proteção.

Infelizmente, não foi suficiente.

Morto covardemente, o jovem advogado perdeu a vida, aos 40 anos, e a sociedade perdeu um militante combativo dos direitos humanos.

Denunciados, dois dos cinco réus acusados de envolvimento no seu assassinato foram condenados.

O sargento Flávio Pereira foi condenado a 26 anos de prisão e José da Silva Martins a 25 anos, em regime fechado.

Um detalhe relevante: este processo traz consigo uma importância histórica.

Foi o primeiro caso no Brasil a ter a federalização concedida.

Em 2010, o STJ autorizou a instauração do Incidente de Deslocamento de Competência, mecanismo previsto na CF, desde 2004, para crimes que envolvam violação de direitos humanos, possibilitando o deslocamento da competência para a Justiça Federal.

Mais adiante, o processo também foi deslocado da JF da PB para a de PE.

Manoel Mattos foi assassinado por defender o uso da justiça em detrimento da violência, por estimular os mais fracos a buscarem os seus direitos e por denunciar grupos de extermínio.

À sua memória, a nossa homenagem no dia de hoje.
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Martin Heidegger – por Marcus Prado.

Foi com emoção que estive a primeira vez ( Janeiro de 1998) na cabana do mais influente filósofo alemão do seu tempo, Martin Heidegger (1889-1976),onde ele viveu em sua busca pelo sentido do ser.

A sua cabana ficou conhecida mundialmente na Floresta Negra (Alemanha).
Sua localização é uma aldeia chamada Todtnauberg, no município de Todtnau, região de Baden-Württemberg muito próximo a Friburgo onde Heidegger era professor.

Ali se estampa um Heidegger com hábitos de um camponês que entre outras coisas, preparava a lenha para uma fogueira, ao redor da qual tinha contato, toda noite, com lenhadores da floresta.

Hoje participo, com orgulho, de um núcleo de estudiosos e leitores de vários países ligados à obra do genial pensador., a Martin Heidegger PHILOSOPHICAL Society.

Marcus Prado – jornalista.

 

10ª Feijoada da ABTV – sucesso total!!!

Mantendo a tradição de abrir os festejos de Momo na República da Cachaça,  há 10 anos, a reunião festiva da ABTV – Associação de Blocos de Trio da Vitória -, intitulada de “Feijoada da ABTV” congregou, no Restaurante Gamela de Ouro, todas as tendências do secular carnaval antonense.

Prestigiada por autoridades, imprensa, artistas, diretores de agremiações e foliões de maneira geral o encontro carnavalesco também serviu para a apresentação do Rei, da Rainha e da Princesa 2023 do carnaval local, patrocinado pela Agremiação “Rei Momo”.

Celebrando os 10 anos da Feijoada e os 25 anos de atuação da ABTV no carnaval da Vitória de Santo Antão a direção sublinhou a passagem de todos os blocos que já foram afiliados – 22 no total –, inclusive,  lembrando os nomes dos diretores de outrora da instituição.  Na categoria homenagem póstuma, o nome do diretor da “GIRAFA” e grande carnavalesco Helder Neri foi uma unanimidade.

No palco, a banda do talentoso Ricardo Rico comandou a festa, recebendo vários artistas que já foram contratados pelos blocos para animar o carnaval. A Orquestra Ciclone, que tem o Maestro Givaldo como expoente, temperou o passo dos foliões mais animados.

A ABTV – Associação de Blocos de Trio da Vitória – é uma entidade sem fins lucrativo que se mantém há mais de 25 anos na nossa cidade e tem,  entre outros objetivos, o dever de fomentar e zelar pela festa maior da nossa cidade, ou seja: O CARNAVAL DA TERRA DE JOSÉ MARQUES DE SENNA. Além de patrocinar individualmente todos blocos da ABTV o Engarrafamento Pitú, desde a primeira edição do evento – Feijoada da ABTV – se configura em patrocinador oficial da nossa “reunião festiva. 

 

 

10ª Edição da Feijoada da ABTV acontece nesse sábado (21).

Mantendo a tradição da última década, acontece nesse sábado, 21 de janeiro, no Restaurante Gamela de Ouro a 10ª edição da reunião festiva promovida pela Associação de Blocos de Trio da Vitória. O evento terá inicio às 11h e contará, além dos foliões, com autoridades, diretores de agremiações, representantes dos mais variados veículos de comunicação e atrações musicais.

Na ocasião, os diretores da ABTV irão destacar os 25 anos de atuação da referida instituição no carnaval antonense e também celebrará uma homenagem póstuma ao carnavalesco Helder Neri. As pulseiras/convites encontram-se nas mãos dos diretores dos blocos afiliados a ABTV – Associação dos Blocos de Trios da Vitória.

Serviço:

Evento: 10ª Edição da Feijoada da ABTV.

Local: Restaurante Gamela de Ouro.

Dia e hora: Sábado (21/01), a partir das 11h. 

Xicão Xukuru – por @historia_em_retalhos.

Xicão Xukuru e a criminalização do direito ao território.

Este é Francisco de Assis Araújo, o Cacique Xicão, mais um mártir da luta da causa indigenista neste país.

Xicão nasceu no sítio Cana Brava, bem no centro do território Xukuru, nos municípios de Pesqueira e Poção, Pernambuco.

Ascendeu ao cacicado, conseguindo mobilizar, de 1989 até 1998, diversas forças em torno da luta do seu povo Xukuru do Ororubá, quando, então, foi assassinado em razão de sua atuação política.

A sua liderança passou a ganhar notoriedade ainda nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte.

Devidamente organizadas, as lideranças indigenistas conseguiram derrubar o inciso V do art. 26, que repassaria aos estados e municípios as terras dos aldeamentos extintos, fragmentando a luta em um nível nacional.

Como principais vitórias, as conquistas hoje consagradas nos arts. 231 e 232 da CF, que são o escudo fundamental dos direitos indígenas.

O cacique tinha algo que despertava a ira de fazendeiros e posseiros: desenvolvia um trabalho de base, conhecia cada uma das 23 aldeias e fomentava a conscientização de seu povo.

Após séculos de apagamento, os Xucurus obtiveram conquistas territoriais importantes, como Pedra D’água, Caípe, Sítio do Meio e Tionante.

Essas conquistas, porém, tiveram, como consequências, ameaças, violência e mortes.

Como um prenúncio do mal que o aguardava, Xicão viu serem assassinados o indígena Everaldo Rodrigues e o procurador da Funai Geraldo Rolim (ambos crimes não resolvidos).

No dia 20 de maio de 1998, os seus inimigos alcançaram o objetivo maior.

Xicão foi morto com seis tiros a queima-roupa, na frente da casa de sua irmã.

O cacique tornou-se mártir e manteve acesa em seu povo a chama da luta pelo território.

Em 2004, a banda Mundo Livre S/A grava a canção “O Outro Mundo De Xicão Xucuru”:

“Numa faixa de terra de 28 mil hectares/ localizada no agreste pernambucano/ habitam cerca de 8 mil seres da espécie humana/ Eles não querem vingança/ eles só querem justiça/ querem punição para os covardes /assassinos de seu bravo Cacique Xicão”

A quem interessar, recomendo “Xukuru – Filhos da Mãe Natureza”. 📚
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Procissão do Glorioso Santo Antão.

A tradicionalíssima Procissão do Glorioso Santo Antão fechou com “chave de ouro” o ciclo de mais uma festividade dedicado ao nosso padroeiro. Comandada pelo Padre Josvilvado, Pároco da Matriz, a “Festa de Santo de Santo Antão” é um dos mais precisos patrimônio da nossa terra que foi  desbravada pelo português de Diogo de Braga em 1626.

No feriado da terça-feira (17) registramos, em vídeo, vários momentos do importante acontecimento religioso.

O inesquecível Zacarias – por @historia_em_retalhos.

Em 18 de janeiro de 1934, nascia, em Sete Lagoas/MG, Mauro Faccio Gonçalves, o inesquecível Zacarias, célebre integrante do grupo “Os Trapalhões”.

O personagem era um tímido e ingênuo mineirinho, que se vestia e comportava-se de modo infantil.

Em razão disso, caiu nas graças das crianças brasileiras que passaram a adorá-lo.

Mauro morreu em 1990, aos 56 anos, deixando uma legião de fãs.

Durante muitos anos, especulou-se que ele teria falecido, prematuramente, de AIDS.

Os seus familiares sempre negaram o boato.

Feliz de quem cresceu ao som daquela risada inconfundível.
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A Guerra do Paraguai – por Pedro Ferrer.

A Guerra do Paraguai era assunto dominante nas rodas políticas e sociais, na segunda metade do século XIX. Girava no país a campanha “Voluntários da Pátria” que visava arregimentar soldados para combater o inimigo. Vitória de Santo Antão não esteve ausente desta campanha. Vários jovens alistaram-se para partir para o campo de batalha com destaque para uma jovem, Mariana Amália do Rego Barreto. Segue a mensagem por ela proferida aos antonenses.

     -É esta a alocução a que ontem nos referimos na notícia que nos foi transmitida da Vitória; a qual alocução foi recitada pela Jovem Heroína Pernambucana D. Mariana Amália do Rego Barreto, no dia 16 de setembro ao povo daquela cidade:

    “Caros patrícios! briosa mocidade vitoriense !

     Aqui tendes a vossa frente a vossa patrícia, em cujo coração predominou tanto o amor da pátria ultrajada, que a obrigou a preferir aos gozos de uma vida tranquila, ao amor paterno, às carícias dos parentes, os rigores, os trabalhos e as fadigas da batalha, ou perseguindo o inimigo com as armas empunhadas, ou cuidando dos feridos nos hospitais de sangue.

            E vós, caros patrícios, a quem adornam as vestes do homem, deixareis de acompanhar, como voluntários da pátria, a vossa jovem patrícia que varonilmente vos vem convidar como voluntaria da pátria? Não certamente: não devo supor em vós tanto desânimo, tanta falta de patriotismo! Eia! vamos, vamos para o Paraguai: vamos unir-nos aos nossos compatriotas que ali nos esperam; vamos unir as nossas vozes, e com eles cantar os hinos em louvor da vitória, que acabam de alcançar contra estes selvagens, que tantos insultos e roubos tem praticado, que tanto tem injuriado a pátria comum!

    O nosso e excelso monarca o Sr. D. Pedro II, despregando-se das delícias da corte, seguindo para o campo da honra, não fez um apelo a todos os brasileiros?

    Certamente que sim.

    Ele Disse: eu cá vou ir vós deveis seguir-me.

     E o que fazemos, meus caros patrícios ?

     Reuni-vos, vinde alistar-vos; marchemos !

     O amor da pátria está acima de tudo: ela exige de nós esse dever.

     A nossa honra está empenhada, é preciso que a resgatemos!

     Mocidade briosa, herdeira de heróis pernambucanos, segui o exemplo desta jovem, vossa patrícia, que ora vos fala; não hesiteis um só momento. Segui-me, vamos acabar para sempre o poder do bárbaro déspota do Paraguai, Inimigo da religião, da honra, da humanidade ; vamos levar a civilização e a liberdade ao mísero povo que jaz mergulhado nas trevas do mais hediondo fanatismo !

      Cumprido, pois este dever, dever sagrado e reclamado, voltaremos triunfantes ao seio da pátria natal, onde cheios da gloria, abraçaremos a nosso pais, parentes e amigos.

       Vitorienses, avante, não vos demoreis; estou a vossa frente, marchemos!

Viva a religião católica romana! Viva o sr D. Pedro II!

Viva a Constituição do Império!,

Viva o Exmo. Presidente  da Província!

Vivam os voluntários da pátria”!

Diário de Pernambuco – ed. 217 – 22 de set. de 1865

Professor Pedro Ferrer – presidente do IHGVSA. 

Parabéns para o Régis do Amendoim!!!

Casualmente, na noite de ontem (15), encontrei-me com o amigo Régis do Amendoim no Pátio da Matriz. Bom de papo e sempre atencioso comigo tomamos assento no espaço organizado pelo pessoal da paróquia para um lanche e papear um pouco. Por feliz coincidência, hoje, segunda-feira, 16 de janeiro de 2023 o homem do amendoim mais famoso da nossa cidade está virando a página de mais primavera.  São 67 anos de muitas histórias. Desde a infância, quando mesmo começou a vender pipoca e amendoim pelas ruas da cidade até os dias atuais, na qualidade de chefe de família e pessoa querida e conhecida nos quatros cantos da Vitória. Parabéns Reginaldo!!!

3ª Corrida de Santo Antão: organização Davi Corredor.

Organizada pelo atleta “Davi Corredor”, na manhã do domingo (15), aconteceu a 3ª edição da Corrida de Rua de Santo Antão. Sintonizada com os festejos alusivos ao padroeiro da cidade – O Glorioso Santo Antão – o evento  iniciou  às 6h do domingo, com a tradicional concentração em frente à Igreja do Rosário, e teve a largada anunciada por volta das 7h.

Com um bom número de atletas inscritos, o evento contou com a participação de atletas de várias cidades do entorna da Vitória. Registramos os vencedores – masculino e feminino – na categoria geral.

Ao final, o amigo “Davi Corredor” demonstrou sua satisfação, no sentido da organização e também na perspectivas da próxima edição, dizendo: “para o ano tem mais…”