Projeto sustentável leva o estudante vitoriense Marcus Matheus para os EUA.

Orientados pela professora de geografia do Colégio Militar do Recife, dois alunos (Marcus e Rento) desenvolveram um projeto totalmente sustentável que visa, inicialmente,  despoluir as águas dos  córregos do grande Recife.  Com mais de 10  premiações o projeto, agora, será fruto de apreciação na maior feira do gênero do Mundo, que acontecerá na cidade de Nova York, EUA.

O melhor dessa notícia, por assim dizer, é que um dos alunos envolvidos nesse projeto sustentável, promissor e já bastante premiado é um vitoriense. O jovem Marcus Matheus é nosso conterrâneo e merece todos os aplausos da comunidade antonense. Nesse contexto, desejamos o BOA SORTE para o Marcus, lá, na Terra do Tio Sam.

Veja a reportagem completa aqui: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/ne2/video/estudantes-do-recife-criam-projeto-que-ajuda-na-limpeza-dos-canais-11675767.ghtml

Tiro de Guerra – Solenidade – Boina Verde-Oliva e aposição de Braçais.

Após uma marcha de 8km, iniciada hoje, a partir  das 5h, os atiradores do nosso Tiro de Guerra foram recebidos na sede do TG  por familiares. O evento marcou a conclusão da primeira fase do ano de instrução.

 Após concurso interno para escolha dos auxiliares de instrução da turma 2023,  vinte atiradores foram promovidos à função de monitor.  Na ocasião, todos os atiradores receberam a Boina Verde-Oliva do Exército Brasileiro.

A Solenidade foi comandada pelo Chefe da Instrução do TG 07-004, S.Ten Wagner Pereira Barbosa.

 

PARATY – por Marcus Prado.

Estando em Paraty, gosto de fotografar à noite, atento ao mais ínfimo do cotidiano da cidade quando dorme, quando a flama do sol está longe de aquecer o céu nublado. Fiz essa Foto numa madrugada de Junho, a estação mais fria do local. Nessa rua morava a divina atriz de Teatro, Maria Della Costa, fui hóspede mais de uma vez de sua famosa pousada. Recordo-me do que ela dizia. Suas palavras davam frescor à alma.

Marcus Prado – jornalista. 

Flávio José apenas expôs o desmonte em curso……

Em recente acontecimento, ocorrido no palco do Parque do Povo, na cidade paraibana de Campina Grande, em que o renomado cantor nordestino,  Flávio José,  confirmou  o encurtamento do tempo do seu show em detrimento ao alongamento da apresentação da  atração musical seguinte –   um artista estranho à gênesis do forró –  apenas ratifica o que vem acontecendo  há várias décadas, ou seja:  o desmonte silencioso em curso da nossa principal e mais popular manifestação cultural.

Os festejos juninos, evento religioso e profano num só tempo, é uma espécie de perpetuação da satisfação do povo nordestino em comemoração à chegada das chuvas invernosas, no sentido da perspectiva da boa colheita e de um alento à seca que sempre castigou a região. Fé aos santos do mês de junho e o apego inegociável às suas raízes foram, por assim dizer, os principais ingredientes da construção, ao longo de tempo,  dessa mais pura manifestação popular chamada São João do Nordeste.

Diz o ditado: “ não se deve fazer cama para os outros deitar”. As nossas festas juninas viraram um grande negócio. Desfigura-las no contexto musical, dando espaço avantajado e sequenciado aos grupos de pagode, ao axé, às voláteis duplas sertanejas e até ao alienígena som eletrônico é simplesmente  sepultar os artistas regionais. É deixá-los, apenas, como moldura de uma obra em que os mesmos já foram protagonistas  em todos os seus quadrantes.

E o  pior dessa verdadeira inversão de valores, vale sublinhar, é que os artistas do lado rico do País (Sudeste e Centro-Oeste) que estão se apresentando no São João do Nordeste, além de muito dinheiro,  estão ampliando  exponencialmente seus horizontes artísticos justamente no lado empobrecido do País  financiados, ironicamente,  pelos pacos recursos públicos que deveriam alavancar a cultura nordestina. Ou seja:  além de “roubar” a cena musical e subtrair o quinhão financeiro dedicados à cultura nordestina estancam, de maneira impiedosa,  o processo de renovação  dos novos talentos que estão  brotando na região do Rei do Baião.

No meu modesto entendimento, certamente há de haver um grande movimento sincronizado por trás de toda essa megaestrutura, possivelmente “lubrificado” pelo lamaçal da sempre vantajosa corrupção,  perpetrado pelos senhores políticos, diga-se: boa parte dos governadores e dos prefeitos da Região do Nordeste.

Basta observar, por exemplo, a grade de apresentação para “suas majestades de fora”, isto é:  são milimetricamente pensadas  para o encaixe nos programas de televisão,  produzindo assim vantagens de toda ordem financeira. Racional seria se toda essa “ginástica logística” fosse para produzir e projetar,  ao grande público nacional,  os festejos locais (regionais) e, em ato contínuo,  os  verdadeiros artistas e “donos” da programação  junina. Diga-se: as atrações musicais nordestinas!

Pois bem, na música composta por João Silva e J.B. Aquino, gravada, entre outros, pelo Trio Nordestino, Luiz Gonzaga e Elba Ramalho,  intitulada de “Pic Plic Plá”, a mesma, ao seu tempo, vislumbrava um futuro privilegiado para o forró, dizendo: “ele veio do fundo dos quintais, hoje é maioral dos palhações, tá valendo milhões….Tá valendo milhões…..O forró tá valendo milhões…..”

O tempo passou….  E como a vida é dinâmica e muita vezes o sistema é perverso, os milhões que deveriam ser investidos no  forró para  alimentar, no bom sentido da palavra,  os artistas que  fizeram de suas respectivas vidas um verdadeiro sacerdócio à música genuína da sua região, infelizmente, são “cancelados” no seu próprio terreiro (São João). Portanto, ao mesmo tempo, no sentido figurado e real, lembremos do poeta Flávio Leandro:  “Eu não quero enchentes de caridades. Só quero chuvas de honestidade…………..” Viva o São João do Nordeste!!!

 

2ª Edição do Forró do ETSÃO…..

Com sua sequência interrompida pelos impedimentos sanitários provenientes da COVID-19, aconteceu, na noite do último sábado (03) a 2ª Edição do Forró do ETSÃO. O evento dançante contou com três atrações musicais: Trio Pé de Serra, Jorge Neto e Aninha e a Banda Brucelose.

Assim como na primeira edição, a versão forrozeira promovida pela Agremiação Carnavalesca ETSÃO ocorreu na Casa de Eventos “Espaço de Ouro”. Juntamente com a sua diretoria, na qualidade de presidente da agremiação, o sempre animado Elminho comandou a festa. O próximo encontro do ETSÃO com os seus fãs, agora, será nas ruas da Vitória,  no sábado do Carnaval 2024…

 

Cidadão Vitoriense: Monsenhor Maurício foi bastante festejado!

Em evento realizado nas dependências do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, ocorrido na noite da sexta (02), o Monsenhor Maurício Diniz foi condecorado com duas honrarias: Título de Sócio Benemérito do IHGVSA e Título de Cidadão Vitoriense.

Bem prestigiado pela comunidade católica local, políticos de várias cidades e também diversas  representações  culturais,  o evento  apenas ratificou  que  a passagem do padre Maurício pela nossa cidade (2015/2021), em particular pela Paróquia Matriz de Santo Antão, foi frutífera e agradou a “gregos e troianos”.

Visivelmente satisfeito, o Monsenhor Maurício foi bastante solicitado para fotos e abraços. Desde a sua chegada ao Teatro Silogeu até à saída dos últimos convidados seu semblante era de alegria e a certeza do dever cumprido,  em terras antonenses.

A proposta da condecoração pela Câmara de Vereadores foi uma indicação do parlamentar Saulo Albuquerque, popularmente conhecido por Doutor Saulo. Doravante, brindemos! O paraibano Maurício Diniz também é pernambucano de Santo Antão….

 

Flávio José – por @historia_em_retalhos.

Aos 71 anos de idade, tocando em seu estado natal, Flávio José, um dos maiores forrozeiros do país, passou por um constrangimento diante do público presente no Parque do Povo, em Campina Grande/PB, no último dia 02.06.2023.

Durante o evento, o sanfoneiro afirmou que a culpa não era sua por ter que diminuir o seu repertório e reclamou da desvalorização dos artistas nordestinos.

Isso mesmo.

O show do caboclo sonhador foi encurtado em meia hora, para que o sertanejo Gusttavo Lima tivesse a sua apresentação adiantada e começasse antes da previsão inicial, suprimindo tempo do show de Flávio.

É difícil não dar razão ao desabafo do sanfoneiro de Monteiro.

O sol nasce para todos e não se trata, aqui, de restrição a qualquer tipo de estilo musical.

Porém, algumas perguntas ficam no ar:

– não fossem Flávio José e a sua geração, bem como todos aqueles que os precederam, haveria São João de Campina Grande?

– é justo e respeitoso cercear-se o microfone de um artista de 71 anos cuja carreira é marcada por sucessos que difundiram a Paraíba para o Brasil e para o mundo?

– o que irão pensar as novas gerações de sanfoneiros ao verem o grande Flávio José, inspiração de muitos, ser preterido, em sua terra natal, por Gusttavo Lima?

Para a nossa reflexão.

Um bom final de domingo a todos.
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Enchente de 2005: há exatos 18 anos Vitória estava mergulhada no caos!!!

Para quem saiu de casa hoje, 02 de junho, debaixo de sol forte, céu azul e tempo firme, certamente não se recordou da tragédia ocorrida justamente no  dia  02 de junho 2005 em nossa cidade, exatamente há 18 anos. A enchente de junho de 2005 ficou catalogada na história do nosso município como um dos piores acontecimentos coletivo já registrado.

Apenas para termos uma ideia do caos, por assim dizer, outro fato similar, antes anotado como o pior  das últimas décadas, conhecido como “a cheia de 75”, na qual Vitória foi terrivelmente atingida, registrou-se no mês de julho daquele ano (1975)  precipitações pluviométricas de 436mm. Em junho de 2005 o índice foi de 621,7mm. Apenas nos dias 02 e 03 de junho a nossa cidade foi “castigada” com 250mm, segundo dados oficiais.

Devido ao grande volume d’água alguns bairros  da cidade ficaram  inundados  de maneira rápida. Parte da periferia, sobretudo às áreas ribeirinhas, tiveram casas destruída,  causando o maior número de desalojados e desabrigados da sua história.

 O setor produtivo também foi duramente atingido. O comércio do centro da cidade ficou totalmente paralisado com a fúria das águas. Lavouras destruídas e as agências bancárias com muitos equipamentos submersos. Serviço de fornecimentos de água potável também foi danificado e etc, além de pontes destruídas, tal qual à cabeceira da Ponte do Galucho.

Além da ocupação de vários espaços públicos (escolas) pelos desabrigados, uma rede de solidariedade foi criada em vários segmentos da sociedade – Igrejas, clubes de serviço, órgãos  governamentais, entidades classistas e etc, na tentativa de atenuar os efeitos da tragédia. Registremos, porém, que a cidade demorou   para entrar “nos trilhos” e voltar à “vida normal”.

Essas escassas linhas, evidentemente, não tem a pretensão de narrar fielmente o cotidiano da tragédia. Tem,  sim, o sentido pedagógico de “disparar o gatilho” da memória, fazendo com que as pessoas que vivenciaram os fatos citados relembrem os acontecimentos assim como informar, mesmo que superficialmente, aos mais jovens.

Para concluir deixo algumas perguntas no ar: o que aprendemos com os relembrados acontecimentos? Quais medidas que foram tomadas,  no sentido da prevenção de novas tragédias?  Será que estamos trabalhando para evitar ou atenuar danos por chuvas fortes em nossa cidade?

Monsenhor Maurício – Cidadão Vitoriense….

Após longo pastoreio do sempre lembrado Padre Renato da Cunha Cavalcanti, encerrado com o seu falecimento, chegou à Vitória,  para substitui-lo, após período exitoso na vizinha cidade de Moreno, o Monsenhor Maurício Diniz.

A Matriz de Santo Antão da cidade da Vitória de Santo Antão, vale sublinhar, é um espaço de poder religioso por muitos desejado.  Ao longo das décadas em que esteve como timoneiro Padre Renato formatou gerações de religiosos e fiéis sintonizados com o seu jeito de ser, mas a vida é dinâmica e, convenhamos,  o tempo se encarrega de transformar quase tudo, inclusive ideias e conceitos.

Em um processo de continuidade e ruptura, simultaneamente estabelecidos,  em momento singular da histórica do catolicismo em nosso torrão,  a chegada do Monsenhor Maurício à Paróquia de Santo Antão, por assim dizer,  “animou” a vida religiosa da cidade.

Portador de um carisma singular, com seu jeito matuto e detentor de uma cultura geral invejável o Monsenhor Maurício agradou a “gregos e troianos”. Ao passo que avançou nas questões administrativas da paróquia interagiu em 360 graus com a  comunidade antonense.

Nesse contexto , por tudo isso e muito mais,  o paraibano que serviu ao exército brasileiro e queria ser arqueólogo, mas que entregou seu destino ao sacerdócio, na próxima sexta-feira (02), por indicação do vereador Doutor Saulo, será condecorado com o Título de Cidadão Vitoriense. Parabéns para o Monsenhor Maurício Diniz.

Serviço:

Sessão Solene – Título de Cidadão Vitoriense.

Local : Teatro Silogeu – Matriz.

Dia: sexta-feira – 02 de junho.

Horário: 19:30h

Domingos do Teclado – O Rei do Munguzá…..

Com criatividade e muito esforço, o amigo Domingos“Rei do Múnguza” –  continua chamando  a atenção da clientela para o seu produto, através das músicas de sua autoria. Além de compositor e comerciante,  também é cantor e produtor musical.

Registro – 2014

Sua simpatia e animação chamou minha atenção há mais ou menos uma década quando, naquela ocasião, produzimos uma matéria, aqui, no Blog do Pilako.

Recentemente, no Pátio da Matriz, reencontrei-o. Disse-me que passou uma temporada “no Goiás” e que o vídeo que fizemos, lá atrás, o projetou bastante, fazendo com que ele ficasse mais conhecido e, consequentemente, incrementasse suas vendas. Segue, portanto, o mais novo CD com  mais músicas  do Domingos do Teclado – o famoso Rei do Munguzá.

Veja o vídeo aqui:

Missão Cultural à Casa Rosa – Caruaru….

Em mais uma “missão cultural” o grupo intitulado por “Corriola da Matriz”, no último sábado (27), aterrissou na Capital do Agreste, ou seja: “no País de Caruaru”. Por lá o São João e o forró já estão na ordem do dia.

Por sugestão, conhecemos a chamada “Casa Rosa”. Um prédio antigo, localizado dentro da famosa “Feira de Caruaru” que antigamente, entre outras utilidades, também foi matadouro público, mas que foi, há dois anos, totalmente requalificado para servir de polo gastronômico. Eis aí, portando, um bom exemplo – prático – para ser aplicado em alguns dos nos nossos prédios históricos, hoje desfocados das melhores serventias.

“Tá de Chico?” – por @historia_em_retalhos.

O que significa essa expressão utilizada para indagar à mulher se ela está menstruada?

Na verdade, a frase não se refere a nenhum Francisco.

Em Portugal, “Chico” é sinônimo de “porco” (motivo pelo qual temos em nosso vocabulário a palavra “chiqueiro”).

Ou seja, trata-se de uma forma infeliz e pejorativa de associar a menstruação à sujeira.

Em pleno século 21, ainda são muitas as crenças e ideias equivocadas sobre o assunto, que é cercado por preconceito e desconhecimento.

Na Índia, por exemplo, algumas pessoas acreditam que as mulheres menstruadas ficam amaldiçoadas durante esse período, o que as impede de entrar na cozinha (sob o risco de contaminar os alimentos), dormir na própria cama, sentar-se à mesa com a família e sair de casa.

Em nosso país, o triste preconceito é agravado por um fenômeno social terrível: a pobreza menstrual.

Jornal, pedaços de pano ou papel, folhas de árvores, plástico, miolo de pão, etc. são usados de forma improvisada no lugar de um absorvente para conter o fluxo menstrual.

Dados da ONU apontam que, no mundo, uma em cada dez meninas falta às aulas durante o período menstrual.

No Brasil, esse número é ainda maior: uma entre quatro estudantes já deixou de ir à escola por não ter absorventes.

Com isso, perdem, em média, até 45 dias de aula, por ano letivo, como revela o levantamento “Impacto da Pobreza Menstrual no Brasil” (Fonte: Agência Senado).

Combater o flagelo da pobreza menstrual está na ordem do dia.

Do contrário, é como consentirmos que o ato natural de menstruar torne-se mais um fator de exclusão e desigualdade entre os gêneros.

28 de maio é o Dia Internacional da Dignidade Menstrual.

Um domingo de paz a todos.
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Padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto – por @historia_em_retalhos.

Na noite do dia 26 de maio de 1969, era sequestrado no bairro do Parnamirim, no Recife, o padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, assessor direto do arcebispo de Olinda e Recife Dom Hélder Câmara.

Na manhã do dia seguinte, 27, o corpo do religioso foi encontrado na Cidade Universitária, com marcas de espancamento, queimaduras, cortes profundos e três ferimentos produzidos por arma de fogo.

Era clara a motivação do crime: calar Dom Hélder Câmara.

O país vivia o pior período da repressão, conhecido como “anos de chumbo”, intervalo compreendido entre a assinatura do AI-5 (13.12.1968) e o início do Governo Geisel (15.03.1974).

Dom Hélder era uma personalidade internacionalmente reverenciada, integrando a linha da Igreja Católica que se opunha à ditadura militar, ao lado de outros clérigos, como Dom Paulo Evaristo Arns, Frei Beto e Frei Tito.

Um eventual atentado contra a vida do próprio arcebispo provocaria o clamor da comunidade internacional, desnudando, para o mundo, o regime autoritário brasileiro.

Era preciso evitar essa exposição, buscando-se um meio indireto.

A vida do jovem padre Henrique, então, aos 28 anos, foi escolhida para esse fim.

Após o reconhecimento do corpo, o velório foi realizado na matriz do Espinheiro.

A censura impediu a imprensa de divulgar o fato.

Nos arredores, um numeroso aparato policial intimidava quem desejasse aproximar-se.

Mesmo assim, dezenas de sacerdotes e uma multidão de pessoas seguiram a pé até o cemitério da Várzea, enfrentando a presença ostensiva das forças policiais.

À porta do cemitério, Dom Hélder pediu à multidão que deixasse que apenas a família adentrasse, conclamando os presentes a promoverem um silêncio profundo.

Anos depois, declarou o Dom da Paz: “era um silêncio que gritava”.

O hino da Campanha da Fraternidade “Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão” virou um símbolo daquele trágico acontecimento, marcando a resistência à ditadura no Recife.

Passados 54 anos, a memória do padre Henrique permanece viva, inspirando todos aqueles que lutam pela causa dos direitos humanos neste país.

#ditaduranuncamais
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Magno Martins: uma mal comparação com Cleofas….

Em recente postagem do tarimbado e experiente jornalista e blogueiro Magno Martins,  na qualidade de antonense, observei uma pitada e injustiça. Antes, porém, devemos realçar os predicados do sertanejo da pequena cidade de Afogados da Ingazeira que com o seu talento,  sua ousadia e coragem rompeu as barreiras de uma das regiões mais pobres do estado de Pernambuco para brilhar na imprensa estadual e nacional,  além da várias obras literárias com relevantes conteúdos. Magno Martins, indiscutivelmente, é uma referência na imprensa, sobretudo na digital.

Pois bem, quando o referido  jornalista – Magno Martins – produziu no seu blog conteúdo em que cita o ilustre político vitoriense João Cleofas de Oliveira de maneira “menor”, como uma espécie de “pé-frio”,  apenas reproduziu um informação  sem o devido cuidado de ressignifica-la.  No embate político quase tudo é dito, mas aos olhos do tempo, sobretudo àqueles  que escreve  para as próximas gerações que certamente será fonte de pesquisa,   “penerar” algumas informações antes de apenas reproduzi-las, seria de bom tom.

Por exemplo: se somar o currículo político de todos os políticos citados na referida postagem do Magno, mesmo assim ainda será menor do que a trajetória do velho João Cleofas de Oliveira. Da Vitória de Santo Antão, terra que cedeu dois governadores a Pernambuco – José Rufino Bezerra  e Gustavo Krause – o João Cleofas foi e ainda é o maior de todos os políticos. Aliás, se somar todas as obras dos políticos vitorienses que ainda estão vivos, mesmo assim ainda serão aquém das produzidas por Cleofas que aliás  ainda hoje estão servindo à população.

Para não me alongar muito transcrevo a introdutória do Livro “Perfil Parlamentar”, evidenciando a vida política do João Cleofas, escrita pelo jornalista Carlos Sinésio: “A trajetória política do ex-ministro da Agricultura e ex-presidente do Senador e do Congresso Nacional, João Cleophas de Oliveira, que perdurou por mais de 50 anos, é, certamente, uma das mais ricas da história de Pernambuco no século XX”.

Portanto, caro Magno Martins, concluo esse “pitaco”  no seu  conteúdo esperando haver contribuído para uma melhor apreciação e esclarecimento sobre a carreira política do antonense João Cleofas. Aliás, não é só você que tem essa “visão desfocada” do ilustre politico. Muitos conterrâneos, infelizmente,  não atentaram ainda  para esse singular patrimônio imaterial da nossa terra. Sem sombra de dúvida, no contexto político, o  Cleofas  foi o maior de todos do nosso torrão – uma espécie de  Pelé e o Gonzaga,  num só tempo….

Joaquim Lira perdeu o “emprego” dos sonhos…….

Em recente disputa por uma vaga de conselheiro do Tribunal de Conta do Estado, ocorrida recentemente na ALEPE, em que o conjunto do eleitorado era formado pelos atuais 49 deputados estaduais sagrou-se vencedor – com 30 votos –  o deputado Rodrigo Novaes. O deputado Joaquim Lira ficou na 2ª colocação com 18 votos e o 3º postulantes (que não era deputado) não conseguiu nenhum voto.

Informações da imprensa geral deu conta de que o deputado antonense, Joaquim Lira, concorreu com  a “carga total’ da governadora Raquel Lyra. Nesse tipo de disputa é comum a “caneta” do Palácio do Campo das Princesas falar mais alto, mas, dessa vez, mesmo ela cheia de tinta, falhou. Fica-nos, então, pelo menos duas dúvidas:  a governadora está sem prestígio ou o candidato por ela apoiado foi fraco?

Ao que parece, esse seria o espaço político dos sonhos para o jovem advogado Joaquim Lira, isto é: emprego vitalício (com bom salário e estrutura), prestígio em todo estado e ainda se livraria de uma vez por todas do varejo da política partidária.

Melhor dizendo: em ano eleitoral,  entre outras “obrigações”, não precisaria mais participar dos  eventos promovidos pelas igrejas (noite de maio, cultos,  procissão e etc),  não precisaria participar de funeral de quem nunca  conheceu e até mesmo ter que participar de bingos promovidos por candidatos a vereador sem a menor expressão politica.

Aliás, segundo os seus próprios aliados dizem, ele detesta a figura do vereador, não tem o menor “saco” para interagir com esses atores políticos. Talvez, por isso, venha caindo de votação nas últimas eleições, tanto em Vitória como na computação geral no estado.

Pois bem, mas o curioso dessa disputa cujos eleitores estavam apenas circunscritos à Casa de Joaquim Nabuco é que, segundo divulgação da imprensa da capital, os outros dois  deputados com domicílio eleitoral em Vitória, Henrique Filho e Aglailson Victor, sufragaram o seu nome, isto é: votaram em Joaquim.

 Ou seja: em Vitória eles são “inimigos”, mas  lá, na ALEPE,  são “amiguinhos”.

Já para o prefeito Paulo Roberto a não ida do deputado “aliado”  Joaquim Lira para o TCE se configurou numa péssima notícia. Entre outras circunstâncias políticas/administrativas, o prefeito que, segundo informações mais atualizadas,  já havia colocado o seu filho no “aquecimento” para disputar uma vaga de deputado estadual, no próximo pleito,  nessas alturas,  foi obrigado a retornar com  o  mesmo para o banco de reservas.

Concluo, dizendo:  a recente derrota do Joaquim, para as pessoas que não gravitam na orbita da politica local, nem fede nem cheira……

 

 

Tina Turner – por @historia_em_retalhos

Tina Pepper, personagem interpretada por Regina Casé na novela Cambalacho (1986), era uma homenagem a Tina Turner, rainha do rock’n roll mundial que faleceu, hoje (24/05/2023), aos 83 anos.

Anna Mae Bullock, nome real da cantora, nasceu em uma família pobre dos Estados Unidos.

Aos 15 anos, foi abandonada pelos pais.

Nos anos 60 e 70, viveu um relacionamento abusivo com Ike Turner, dependente químico, aparecendo diversas vezes com o olho roxo e o lábio inchado em público.

Mas a cantora não esmoreceu.

Adotou um estilo próprio com roupas ousadas e cabelos loiros espetados.

Em 1984, lançou o álbum “Private Dancer”.

O hit “What’s love gotta do with it” teve ascensão meteórica e ajudou Tina a vender mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo.

O álbum seguinte foi “Break every rule”, com o qual a cantora fez a maior turnê de sua carreira.

No Brasil, fez história, entrando para o livro dos recordes, ao reunir 184 mil pessoas no Maracanã em uma única apresentação.

No início dos anos 90, lançou a música “The best”, que chegou a ser tema de alguns atletas, dentre eles, o brasileiro Ayrton Senna, que subiu no palco ao lado da diva.

Rock’n roll de luto na data de hoje. 🖤

Salve Tina Turner.
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Nota de Falecimento: Carlos Freire – “Carlos da Gráfica”.

Girafa - terça-feira do Carnaval 2023

Girafa – terça-feira do Carnaval 2023

Na manhã de hoje (24/05/2023) recebemos a notícia da morte repentina do empresário Carlos Freire, também conhecido por “Carlos da Gráfica”. Amigo dos amigos, Carlos era diretor do nosso Instituto Histórico,  exercendo a função de tesoureiro.

De bem com a vida, ele era figura carimbada no nosso carnaval e gostava, também,  de participar de todo tipo de manifestação festiva. Perdemos um amigo de convivência próxima….

Velório: a partir das 9h – Instituto Histórico da Vitória 

sepultamento: às 16h. 

Professora Gasparina: Patrimônio Vivo da cidade de Pombos!!!

Boa de papo, sempre que encontro com a professora Gasparina gosto de ouvi-la. Sincera na essência,  ela continua tocando a vida com mesmo entusiasmo dos tempos juvenis. Conhece todas as “vielas e becos” da história da vizinha cidade de Pombos. Aliás, não custa dizer que os livros contendo  a história da terra do abacaxi é de sua autoria.

Para concluir essas despretensiosas linhas, me atrevo a dizer  que a soma da representatividade das figuras nacionais do Pelé, Luiz Gonzaga e Ayrton Senna,  em relação ao Brasil, é  a mesma quando falamos da professora Gasparina em relação à cidade de Pombos.

Professora Gasparina: é um verdadeiro Patrimônio Vivo da Cidade de Pombos!!!

Mujica e o penico de flores – @historia_em_retalhos.

Nos anos 60, José Pepe Mujica foi um dos líderes do grupo guerrilheiro Tupamaros, sendo preso em 1972, após ser alvejado com seis tiros (várias das balas ainda estão dentro de seu corpo).

Dos treze anos como prisioneiro da ditadura uruguaia, esteve onze na solitária.

Durante anos, a sua mãe pediu aos militares que permitissem ao seu filho ter um penico na cela.

Mas os oficiais negavam o pedido.

Em 1976, Mujica viu da janelinha de sua cela, no quartel onde estava preso, que no pátio ocorria um coquetel para civis da alta sociedade.

Imediatamente, gritou:

– “Estou fazendo xixi nas calças! Estou trancado aqui como um animal e nem sequer me deixam urinar! Senhores, senhoras, gostariam de fazer xixi nas calças?”

Os gritos tiveram efeito, pois os civis entenderam que, “apesar de subversivo”, o prisioneiro tinha direito a um urinol.

Desta forma, os militares concederam-lhe um penico.

Nove anos depois, a democracia voltou e Mujica saiu da prisão.

Nas últimas semanas, havia tido licença para usar o banheiro do corredor das celas.

E, assim, utilizou o penico para um outro fim.

Ao sair pelos portões da prisão, todos puderam ver Mujica carregando o penico, dentro do qual havia plantado flores.

Esta grande figura latino-americana faz, hoje, dia 20 de maio de 2023, 88 anos.

Salud, Pepe!

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