No ano de 2012, ano de campanha eleitoral para escolha de prefeito e vereadores, amparado na Lei da Transparência (12.527), solicitei do prefeito Elias Lira e do então presidente da Câmara de Legislativa, José Aglailson, as respectivas folhas de pagamentos, constando a relação dos nomes e os valores recebidos pelos funcionários efetivos, comissionados e contratados. Da Câmara, apenas recebi a lista dos funcionários efetivos, salve engano 14 funcionários. Com relação às outras informações, até hoje, estou esperando.
Muito bem, Naquele tempo – 2012- eu já sabia que a “farra” era grande. Na sua reeleição, tal qual fez o folclórico ex-prefeito José Aglailson, em 2004, Elias Lira se “calçou” na folha de pagamento da prefeitura, para ficar sentado mais quatro anos na cadeira de prefeito.
Passado três anos desses acontecimentos, eis que o amigo Elias Martins, através do Blog A Voz da Vitória, escancarou o que todo mundo já sabia, mas que era escondido debaixo de “sete capas”.
Além dos funcionários efetivos da municipalidade (1.837), o prefeito Elias Lira mantém um verdadeiro “exercito” de funcionários contratados (1752) e outros “pelotões” de servidores comissionados (609). Trinta dias após essa divulgação – apelidada pelo amigo Elias Martins de a “lista de lira” – até o presente momento não apareceu ninguém da prefeitura para dizer que a “tal” lista era mentirosa.
De posse dessas informações, contudo, podemos fazer um “sem números” de inferências:
– será que a cidade da Vitória precisa mesmo de mais de 4.200 funcionários na prefeitura, sabendo-se que alguns dos serviços são terceirizados, como é o caso da coleta do Lixo?
– outra coisa: o que esperar de um bando de pré-candidato a vereador que estão pendurados na folha de pagamento da prefeitura, sem que não seja necessário “bater um prego numa barra de sabão” para a coletividade? Qual o procedimento de uma pessoa dessa se, por ventura, sentar-se na cadeira de vereador? Será que ele vai legislar para a coletividade ou vai ser mais um “parasita do poder”, fantasiado de vereador?
Dos políticos profissionais da nossa cidade, já tá mais do que provado, que não devemos esperar muita coisa, eles, inclusive, conseguiram a “proeza” de não ter mais condições morais e éticas de estabelecerem um debate sobre administração pública, pois, os “nossos legítimos” representantes já cometeram as mesmas práticas, os mesmo pecados ficando assim, contudo, impossibilitados de levantarem o dedo para denunciar as mazelas dos adversários. Estão todos no mesmo “barco”, com água suja até o pescoço.
Na Casa Diogo de Braga, órgão constitucionalmente responsável para fiscalizar e denunciar às mazelas do executivo, acredito, não ter ninguém com coragem para dá publicidade à própria folha de pagamento constando à relação de contratados e comissionados vinculados ao Poder Legislativo Municipal, inclusive, dos servidores lotados nos gabinetes dos nobres vereadores sob pena, suponho, de ser impressa listas intermináveis de familiares que não prestam serviço algum na Casa Diogo de Braga. A situação é complicada: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
O que dizer, então, de pessoas “puras” que são funcionários de empresas privadas e recebem pela folha de pagamento da municipalidade? Aliás não são poucos, não são casos isolados. Quando acabar, esses gestores “públicos/privados” querem ser exemplos de moralidades e competência. Desse jeito, todo mundo vira empreendedor de sucessor, dessa forma, toda empresa é próspera, nessa “mamatinha” qualquer um fica rico e “arrotando” dinheiro.
Portanto, para encerrar, gostaria de dizer que o amigo Elias Martins, com suas publicações e questionamentos, sob o ponto de vista da TRANSPARÊNCIA PÚBLICA, nessa legislatura, tem prestado mais serviço à Vitória de Santo Antão que os onze vereadores juntos.
Para encerrar, gostaria de lembrar aos escritores, que deram continuidade à obra do Mestre Aragão, escrevendo a história da Vitória de Santo Antão, que registrem nas próximas paginas que na nossa cidade, os gestores públicos que pilotaram a gestão do Governos de Todos eram muito “bobinhos”, ou seja: eles tinha “dificuldade” em separar o que era publico do que era privado. O curioso é que só quem leva a pior, nesses casos, é poder o público. “Nhenhenhem, tão bestinhas” esse meninos…