Pontos fortes e fracos dos candidatos a prefeito no guia eleitoral.

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Faltando exatamente um mês para o dia 02 de outubro –  domingo em que os eleitores deverão comparecer nos seus respectivos locais de votação – começamos a entender que 45 dias é tempo suficiente para uma campanha eleitoral acontecer, sobretudo nas cidades pequenas  e de médio porte, como nossa.

Passados os quinze primeiros dias da largada oficial da disputa e com apenas uma semana de guia eleitoral no rádio e na TV, podemos dizer que o conteúdo das referidas peças de propagandas ainda estão nas suas fazes embrionárias, ou seja: até agora foi só espuma.

Segundo informações, o candidato a prefeito apoiado pela máquina pública municipal, Paulo Roberto, demonstrou insatisfação à proposta da Justiça Eleitoral em alternar os dias para eventos políticos públicos – dividido pelos cinco postulantes. No atual contexto é compreensível que a coligação que detém o comando da prefeitura fique insatisfeita.

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Apenas a título de curiosidade na eleição municipal de 2008 –  quando o prefeito era Demétrius Lisboa e o mesmo disputava a reeleição – foi o próprio grupo amarelo, por intermédio do aliado histórico e então presidente da ACIAV – Associação Comercial da Vitória, Gildo Espósito, que propôs aos juízes e promotores, através de oficio,  à eliminação dos grandes movimentos políticos aos sábados,  sob a alegação de que “aquela bagunça atrapalhava o comercio”. Naquela ocasião, os contratados e comissionados da prefeitura “marchavam e desfilavam”  com as camisetas e bandeiras vermelhas. Bem diferente do atual contexto.

Outra coisa curiosa, é que nos últimos anos foi o próprio Paulo Roberto – na condição de Secretário Municipal – que, junto com a promotoria da cidade, se socorreu do argumento do pequeno contingente policial do 21ª Batalhão de Polícia, para determinar a diminuição do tempo das festividades carnavalesca – através de um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta.

Pois bem, como é que haveria de ter, agora, policiais suficiente para garantir segurança,  simultaneamente, às famílias\eleitores das cinco coligações da nossa cidade, e ainda cumprir (a polícia) seu papel nas outras cidades que estão na circunscrição do 21ª Batalhão  – que também estão em plana efervescência eleitoral?

Disto isto, gostaria de dizer que  na medida do possível estou acompanhando o pleito local. Até o  presente momento não fui observar nenhum candidato “dançar” nas  praças públicas. Mas, através da TV, do rádio e da internet tenho acompanhado os movimentos.

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A chapa de Zé Catinga – PV 43 – pelo pequeno espaço que tem  na TV, deveria investir em um bordão ou em uma frase de efeito. Com menos de um minuto é  quase impossível desenvolver um raciocínio que consiga “colar” na cabeça do eleitor.

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Na qualidade de atual vice-prefeito da cidade e que até pouco tempo atrás tinha sua imagem colada com o prefeito e Elias Lira e, consequentemente,  na gestão do Governo de Todos, Henrique Filho – PR 22 – ainda não conseguiu encaixar uma  linha consistente  no  discurso.

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Até agora, na minha modesta opinião, Edmo – PMN 33-  está produzindo o  melhor guia.  É bem verdade que o tempo – pouco mais de dois minutos – também  está ajudando. Edmo está conseguindo fazer o tripé da comunicação eleitoral, ou seja: está equilibrando  oba-oba, proposta e pancada.

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A chapa encabeçada por Aglailson Junior – PSB 40 –  ainda não conseguiu transmitir, através do guia eleitoral, uma proposta clara de governo que faça o eleitor entender que a melhor opção, neste momento,  é retirar a tropa de Elias e trazer de volta a sua. À falta de conteúdo de Aglailson Junior e sua inabilidade na arte da comunicação, apesar da longa estrada que já percorreu  na política,  ficam evidentes na hora em que ele vai  tentar passar as mensagens.

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Apesar do grupo amarelo, liderado por Elias Lira, haver juntado a maior quantidade de partidos, Paulo Roberto erra quando concentra o maior tempo do guia  na sua  imagem , isso porque pesa justamente sobre ele a maior rejeição à chapa. No poder há oito anos e sem nada de relevante e consistente para mostrar nas suas área de atuação – esporte, turismo e cultura – Paulo está preferindo mostrar seu novo prédio particular do que as ações que lhe “credenciaram” a ser o candidato do grupo. Apesar de ter  quase a metade do tempo de todo o guia eleitoral (10 minutos) o programa ainda não conseguiu empolgar, refletindo assim, o seu alto grau de rejeição no próprio grupo amarelo.

Portanto, essas são  algumas das minhas primeiras impressões sobre o guia eleitoral dos candidatos que estão disputando a eleição 2016,  na nossa Vitória de Santo Antão. Em breve, na medida do possível, farei alguns comentários sobre outros detalhes da campanha local.

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