O ônibus sumiu ou não chegou. Inadmissível… – por Pedro Ferrer.

Fieis, membros do Coral da Matriz de Santo Antão, fizeram-me a queixa que segue e pediram me uma publicação.

Última sexta -feira, dia 17, o Coral da Matriz de Santo Antão viajou ao Recife para uma apresentação na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro da Madalena. Sem recursos para viagem, a direção do coral apelou para a Prefeitura. Solicitou um ônibus. Atendidos prontamente. Na hora da viagem chega à Matriz uma “chaleira”. Um ônibus totalmente fechado, com as janelas travadas, sem ventilação. Refrigeração, nem pensar. Aí começou a via sacra dos angelicais cantores. Para completar, o motorista, daqueles abusados que se acham dono, primava em frear constantemente e bruscamente. Os tais freios de arrumação. Enfim chegam à Madalena. O abusado condutor do ônibus “gentilmente” disse:

— Vim trazê-los e retorno com a “chaleira” para Vitória de Santo Antão. Virá um outro ônibus para apanhá-los.

Com todas as deficiências e abusos por que o ônibus não esperou terminar a apresentação?° Desperdício de combustível e desgaste da viatura. Deixa pra lá a “viúva” é rica.

Começa a exibição. Quatro corais se apresentaram. O da Matriz foi o último a cantar. Sucesso na apresentação. Eufóricos, debaixo dos muitos aplausos preparam-se para retornar. Só alegria. Passava um pouco das 21 horas. Atentos da calçada da igreja esperavam a condução.

O relógio implacável disparava. Vinte e duas horas e nada do ônibus aparecer. Telefonemas vários para Vitória de Santo Antão. Ônibus que era bom, nada.

Um primeiro grupo de quatro cantores resolveu alugar um “uber”; setenta reais a corrida. O tempo passava e nada do ônibus chegar. Outro grupo se desespera e resolve também alugar um “uber”; oitenta e cinco reais a corrida.

Um dos membros do coral fora em seu carro e reservou um lugar para a maestrina, senhora com mais de 85 anos. Cansados, a maestrina e mais três cantores embarcam neste carro a caminho de Santo Antão. Mal percorrem 500 metros, a maestrina, arrependida, ordena o retorno à Madalena. Não poderia abandonar os quatro cantores que ficaram na vã esperança do ônibus chegar. Confabulam, trocam ideias e resolvem alugar mais um taxi. Pelo adiantado da hora, passava das 23 horas, o motorista só viria por 130 reais.

O que fazer ? Dois dos cantores não tinham um centavo. A maestrina com uma cantora resolveram pagar o taxi. Chegaram em Vitória de Santo Antão precisamente às 00:15 m. do dia 18. Satisfeitos com a apresentação? Sim.

Valera o sacrifício de representar nossa cidade, porém cansados e revoltados com o descaso do serviço de transporte da Prefeitura local.

Feita a comunicação do desagradável acontecimento, cabe aos senhores gestores tomarem  as medidas que julgarem cabíveis.

Pedro Ferrer. 

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