Ao tomar conhecimento, ontem (05),  da morte da atriz Beatriz Segall, aos 92 anos, inevitavelmente, mentalmente, dei um pulo para trás em trinta anos. Lá, no final da década de 1980, em função do estrondoso sucesso da telenovela global – Vele Tudo – houve uma semana que no país inteiro não  se falava outra coisa:  quem matou Odete Roitman?

Lembremos, contudo, o peso da televisão na vida dos brasileiros……Nessa época não havia redes sociais muito menos inúmeros games à disposição no celular. Aliás, nem telefone era coisa para classe média. Orelhão era o caminho natural das pessoas……

Pois bem, nesse burburinho todo, em uma roda de amigos – onde se indagava sobre o assassino da referida vilã – eu cheguei a questionar: por mais que essa  artista fique famosa no dia que ela morrer de verdade não poucos irão falar……

Não sei por qual motivo,  mas gravei esse papo, ocorrido lá em 1988. Eis que, trinta anos depois, vivenciei o dia do anuncio da partida da renomada atriz Beatriz Segall.  Tem coisas que a gente grava……..

A vida tem dessas coisas: tem gente que faz um sucesso danado em vida, mais morre de maneira discreta. Já tem outras pessoas  que vive de maneira discreta e quase invisível, mas, por conta da sua morte, é notícia e interfere na vida dos que ficaram vivos………..