Prêmio Pedro Ferrer de Cultura – por Pedro Ferrer.

Os cães ladram e a caravana passa…

Passados dez dias da entrega do Prêmio Pedro Ferrer de Cultura na sua primeira edição. Gostaria de tecer algumas considerações.

Primeiro, que, o prêmio leva meu nome por sugestão de seu idealizador o professor Claudemir Coelho. Como falei no meu discurso de agradecimento, torno a repetir, sinto-me lisonjeado, bastante lisonjeado, ao ver o meu nome sendo utilizado em tão nobre causa. Existem pessoas que revestidas por uma falsa modesta, ou até mesmo por não reconhecer-se dentro de sua área de influência, questionaram a escolha do nome como se eu estivesse com isso querendo me promover. Ora, com quase 80 anos de vida isso não é mais prioridade para mim, no entanto, reafirmo: AS HOMENAGENS DEVEM SER FEITAS AINDA EM VIDA!!

E eu contribui ao longo de minha vida, e ainda contribuo muito para à educação e cultura de um modo em geral. Da presidência do Conselho Federal de Biologia à Criação e presidência da ADUFEPE (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco) de onde fui professor, Da co-fundação da Faculdade de professores da Vitória ao Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão, foram “muitas emoções”, como cantou Roberto Carlos. Olho para o meu passado e admiro a vida que soube fazer. Sim, qualquer um com a condição privilegiada que tive poderia fazer, mas há tantos que têm, por que não fazem? Não sou o supra sumo das artes em Vitória, sei que existem pessoas tão bem mais preparadas, envolvidas e engajadas nesta luta quanto eu. A questão não é sobre ter e sim sobre ser. Mas nessa vida nós estamos, nunca somos.
A repercussão em tono do evento foi muito positiva, para quem colocou em cheque a escolha dos homenageados solicito encarecidamente que olhe para alguma foto em que conste os 12 escolhidos e avalie bem, longe de falsas amarras. Desafio aos críticos de plantão, olhar em cada um deles e não ver a ”cara” do povo da Vitória, “De uma gente que rir quando deve chorar e não vive apenas aguenta…” a face de quem realmente faz a cidade.

Enfim, ninguém pode negar que diante do trabalho desenvolvido pelo grupo que está à frente do Instituto Histórico não tenhamos propriedade para escolher os homenageados/as. Se bem, que, por falta de atenção ou por mau caratismo mesmo, muitos não entenderam que a proposta é que o prêmio torne-se uma celebração anual, logo, quem eventualmente não tenha sido agraciado neste ano poderá ser nos próximos. Até porque só será escolhida uma pessoa e/ou Instituição por categoria. No mais, com a certeza de que não se pode agradar a Gregos e Troianos despeço-me grato e preparado para a luta que não é fácil, mas torna-se necessária quando temos um ideal.

Professor Pedro Ferrer

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