Confessor que mesmo acompanhado o noticiário político local, estadual, nacional e até internacional não conhecia nada dessa Ministra dos Direitos Humano do governo do presidente Michel Temer. Muito menos que a eminente Luislinda Valois é desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça da Bahia e que é filiada ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Nada disso eu sabia até a mesma aparecer na mídia nacional em função da sua atrapalhada, atinente aos seus pleitos salariais. Antes de tudo, gostaria de dizer que se “espremer” com força, essa senhora ainda chega a ser parente minha. Seu sobrenome – VALOIS – oriundo da França, é o mesmo da família da minha mãe. Aliás, aqui na Vitória tem muita gente dessa mesma origem.
A senhora Luislinda Valois, a coitadinha, queria receber salário de R$ 61.400,00 por mês, quando o teto máximo permitido é de R$ 33.700,00. Nesse caso em tela, pior do que o seu pedido no ordenado, foram suas colocações para justificar o pedido. Entre outra coisas, disse ela:
“Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo.”
Após a polêmica gerada ela ainda emendou:
“O Brasil está sendo justo comigo? Como é que eu vou comer? Como é que vou beber? Como é que vou calçar?”
E ainda completou:
“É cabelo, é maquiagem, é perfume, é roupa, é sapato, é alimentação. Se eu não me alimentar, eu vou adoecer e aí vou dar trabalho para o Estado.”.
Com todo respeito a senhora Luislinda Valois – “minha parente” – acredito que a mesma não tem “miolo” para ocupar um cargo de Ministro de Estado. O pior ainda é saber que essa senhora é magistrada aposenta. Saber que uma pessoa que usa de rasas argumentações para justificar um pedido “fora da lei”, era uma pessoa e que a união lhe reservava o direito de julgar os procedimentos alheios.
Portanto esse episódio é mais a jogar luz no nosso sistema político falido, cujos os cargos de maior relevo, aqui e acolá, são ocupados por pessoas despreparadas, sem a menor capacidade de entender a liturgia da função que exerce, mesmo que lhe sobre diplomas, títulos e “notório saber”.
Concluo dizendo: se isso aconteceu na Esplanada dos Ministérios, imagina nas administrações estaduais e nas mais de cinco mil prefeituras, espalhadas pelo nosso Brasil continental?