Política brasileira: sem limites para o fundo do poço!

No mundo político não há limites para o fundo do poço. Não existe nada que não possa piorar. Essa é a situação em que nos encontramos hoje. O Brasil vivencia mais um momento daqueles que ilustrará os livros de história,  nas décadas vindouras.

No mundo atual, vez por outra, a realidade tem chegado à frente da ficção. O ataque às torres gêmeas, ocorridas nos EUA, é um exemplo emblemático. O WhatsApp, algo disponível à vida cotidiana de qualquer pobre mortal, configura-se, hoje,  em um futuro real, nunca antes imaginado pelos produtores ficcionistas.

Pois bem, deflagrado por  elementos de um livro, há mais ou menos uma década, a maioria dos brasileiros foram apresentados, por intermédio do estrondoso sucesso da película cinematográfica “Tropa de Elite”, ao “mundo real” dos morros cariocas.

No filme, apesar das muitas balas e cenas violentas, o ponto central da trama foi à revelação da corrupção generalizada, retratada naquele extrato populacional, sob a égide do aparato policial e estatal.

De maneira singular, o povo brasileiro só “tomou conhecimento” que os serviços públicos nacionais eram indignos – escolas, hospitais, transportes e etc –, por ocasião da realização da Copa do Mundo no Brasil, pois, descobriram, rapidamente, tal qual o de uma injeção intravenosa, que ainda não éramos detentores do tal “Padrão FIFA”, mesmo sendo os “donos da bola” do planeta.

A Operação Lava-jato, há mais de três anos, caminhando a passos largos na estrada da assepsia, daquilo que o escritor Sergio Buarque de Holanda modelou como “O Homem Cordial”, é, indiscutivelmente, um novo ponto de inflexão na história política brasileira. Por mais que o arcabouço jurídico realçasse, com letras garrafais, que todos são iguais perante às Leis, NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS –  o grifo é proposital –  houve tantos figurões presos ou sob suspeição.

Os últimos acontecimentos revelados, envolvendo o atual presidente da Republica Federativa do Brasil, Michel Temer,  se confirmados e tonados públicos, sugerem um novo caminho a seguir. Não devemos, contudo,  sob o guarda-cuva  dos debates acalorados, buscar alternativas novas, que não estejam dentro do protocolo constitucional. Isso, sim! Seria um golpe!

Daqui, da minha  Vitória de Santo Antão – centro do meu mundo – concluo esse “pitaco nacional” dizendo que, diferentemente do filme Tropa de Elite, onde, há dez anos, escancarou-se uma corrupção generalizada latente, no comando do  andar de baixo, agora, o rigor técnico do juiz Sérgio Moro, vem despertando nos mais apáticos brasileiros o acompanhamento  atento –  “online” –  da vida real do andar de cima, ou seja:  dos políticos tupiniquins. E, da melhor forma, isto é:  sem as máscaras das lentes do big-brother frívolo ou da magnifica super produção cinematográfica.

Portanto, aguardemos as cenas seguintes, onde os atores principais e os lideres estarão, simultaneamente, sob o fio da navalha, assim como no paredão da vida real. Avante Lava Jato!!

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