O palanque em Vitória também vai rachar em 2018………

Passados poucos mais de trinta dias das eleições municipais as movimentações, aos olhos dos eleitores, cessaram. Mas isso não quer dizer que a temperatura na cabeça dos atores políticos, sobretudo no comando dos grupos, arrefeceram.

Correntes ideológicas hegemônicas no país, cada qual ao seu estilo, expõe e tentam disseminar  números, dados e informações para reforçar suas posições. Por outro lado cientistas políticos, alguns deles  à serviço dos financiadores ocultos, procuram minimizar o raciocínio lógicos em detrimento aos  interesses dos patrões. Tudo isso, faz parte do eterno jogo do poder.

Em Pernambuco o PSB, partido do governador e do reeleito prefeito da Capital, Paulo Câmara e Geraldo Júlio, respectivamente, venceu a batalha da vez. Manteve-se absoluto no Estado. Mas em função da falta de um quadro político com dimensão nacional, face ao precoce e repentino desaparecimento do ex-governador Eduardo Campos, a sigla continua sofrendo de uma espécie de “anencefalia reversível”.

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Com interlocução na estância maior da agremiação partidária, mas sem espaço na província, o advogado Antônio Campos, neto de Arraes, tal qual a Marília (de mesma carga genética), em função da derrota sofrida na recente disputa pela prefeitura de Olinda, parece que não vai querer abrir mão do seu quinhão, no espólio político deixado pelo avô, em favor do sobrinho,  João Campos, filho de Eduardo e Renata, antecipadamente, ungido  para ser “o cara” nas eleições 2018.


Se as insatisfações se aprofundarem e a turma do “deixa-disso” não entrar rapidamente na parada, para reverter à situação, certamente, as forças alternativas do estado irão, legitimamente, se aproveitar e procurarão recompor os espaços, antes, sob seus domínios e que lhes foram subtraídos pelas inúmeras variantes  da macro e micro política.

Mesmo faltando dois anos para as eleições gerais (2018) e sem ao menos  os recém-eleitos prefeitos haverem tomado assento, nas suas respectivas cadeiras, em Brasília, a Operação Lava-Jato e seus desdobramentos será o fio condutor do próximo desenho geopolítico nacional.

Já no nosso torrão, Vitória de Santo Antão, maior cidade da Zona da Mata, dificilmente as três maiores forças políticas marcharão com o mesmo candidato a governador, como ocorreu na última eleição, em 2014. Os partidos dos quais Elias Lira, José Aglailson e Henrique Queiroz fazem parte já estão se alinhando, nacionalmente, numa sintonia que, inevitavelmente, não caberia no arco de aliança do atual governando Paulo Câmara,  candidato à reeleição. Claro, com a exceção do seu próprio partido (PSB).

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Portanto, possivelmente, em 2018, na Republica da Cachaça haveremos de ter uma disputa mais “animada”, como antes, quando os deputados estaduais locais, concorrendo em coligações diferentes,  disputavam, verdadeiramente,  os votos dos nativos, pois, para quem não sabe, em 2014, quem votou em Joaquim Lira, ajudou Aglailson Junior. Quem votou em Aglailson Junior, ajudou a eleger Henrique Queiroz e quem sufragou o voto no deputado Henrique Queiroz,  ajudou eleger o Joaquim Lira. Ou seja: estavam todos no mesmo barco. Estavam todos na mesma corda de caranguejo, como bem diz os pernambucanos.

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