Levando-se em conta que o Brasil é um jovem País de pouco mais de 500 anos nossa cidade, Vitória de Santo Antão, nunca esteve tão próximo de completar a incrível marca de 400 anos de história. Foi o português Diogo de Braga que saiu lá da Ilha de Santo Antão, localizada no Arquipélago do Cabo Verde – também então Colônia de Portugal – para junto com sua família fundar o Povoado de Braga – primeiro nome do nosso torrão.
Pois bem, foi em cima das atividades agrícola e agropastoril que a comunidade abençoada pelo Glorioso Santo Antão desenvolveu-se e ficou afamada como importante entreposto comercial da Província de Pernambuco.
Foi entre a segunda metade do século XIX e à primeira metade o do século XX, não mais como Vila de Santo Antão – elevada à categoria de cidade a partir de 1843 – que a cidade começou a ganhar monumentos para homenagear seus vultos, nas mais diversas áreas.
Entre as várias e importantes comemorações, ocorridas em 1926, para marcar o tricentenário de fundação da cidade cujo prefeito, à época, era José Horácio Carneiro Leão, institui-se uma comissão de renomados membros da sociedade local para criar, planejar e executar diversas atividades, dentre as quais a inauguração da Praça Diogo de Braga.
Passados noventa anos e depois de várias reformas, reparos e consertos eis que o prefeito Elias Lira (2016), na reta final da sua pífia e medíocre administração, resolveu dá uma nova feição à referida praça, investimento nela quase cem mil reais (R$ 100.000,00).
Com pouco mais de um mês de reinaugurada, recentemente, estive perambulando por ela (praça). Com relação à restauração do monumento não precisa nem ser um curioso para detectar que o serviço ficou mal feito. A placa fixada no mesmo, com 90 anos de existência, não recebeu sequer um polimento ou mesmo uma pintura para “acender” o que já estava escrito. Ou seja: FIZERAM UMA PREACA.
Apesar de não ser nenhum técnico na área, achei algo desproporcional nos bancos, fixados na mesma. Os refletores e algumas barras de ferro parecem ter sido confeccionadas com materiais recicláveis, o que não chega ser “um crime” desde que constasse no projeto original, o que certamente não foi o caso. Já com relação às caixas coletoras de lixo, parece-me que já estão quebradas ou já foram colocadas de “segunda mão”, uma vez que arames estão adornando as mesmas.
Para encerrar, contudo, espero que em 2026 (se Deus permitir), quando estivermos comemorando os quatrocentos anos de fundação da nossa polis possamos voltar à histórica praça para relembrarmos o feito do nosso Diogo de Braga sem que sejamos obrigados a encarar tanto descaso, desrespeito e “sabedoria” com o dinheiro público.
Se 2026 for ano eleitoral pode ter certeza que nada faltará…
Espero que daqui pra lá os “vaqueiros do povo ” não montem mais a cavalo.