Eleitores de mais de cinco mil e quinhentos municípios brasileiros, no próximo domingo (02), estarão exercendo seu direito de votar. Eleição municipal, diferentemente das eleições gerais, tem um ingrediente diferente, ou seja: tudo acontece bem pertinho de eleitor. Matematicamente, indiscutivelmente, o voto do eleitor na escolha do seu prefeito e do seu vereador (principalmente) tem mais peso, é mais decisivo.

Com as recentes mudanças na legislação eleitoral, o tempo oficial das  campanhas ficaram mais curto, ou seja: saíram de 90 para 45 dias. Inicialmente, a proposta tinha como principio deixa-las mais baratas, o que necessariamente não aconteceu. O não financiamento por pessoa jurídica, na prática, nas campanhas municipais, mostrou-se ineficaz, uma vez que esse tipo de transação financeira está muito distante da realidade da esmagadora maioria dos postulantes, sobretudo os das cidades médias e pequenas.

Na minha modesta opinião, acredito que a eliminação do guia eleitoral televisivo, dedicado às  candidaturas de vereador, tenha prejudicado os candidatos menos conhecidos, ou seja: prejudicou a tão sonhada renovação, sobretudo nas cidades maiores.

Não obstante a Justiça Eleitoral haver feito muito “barulho”, ao  estipular,  este ano,  limites de gastos na campanhas eleitorais para prefeito e vereador em todo Brasil, mais uma vez o chamado “caixa dois” reinou em praticamente 98% das campanhas eleitorais municipais, como bem disse,  em recente delação premiada, o marqueteiro João Santana. Daqui da nossa polis, enviamos um sonoro  recado aos técnicos do TSE e TREs: NADA MUDOU.

Espero, contudo, ser surpreendido nas chamadas prestações de contas eleitorais. Afinal, alardearam que muitos candidatos seriam eleitos nas urnas,  mas  não seriam diplomados e, consequentemente, não tomariam assentos nos seus respectivos tronos. Estou pagando pra ver…