Do outro lado do Oceano Atlântico, o amigo Pedro Ferrer manda noticia para os conterrâneos Antonenses…

Recebi do amigo e professor Pedro Ferrer informações sobre suas mais recentes andanças no Velho Mundo. Abaixo, segue fotos e o conteúdo dos e-mails que enviou, recentemente. Espero, apenas, que não esqueça o presente prometido, lá da comunidade do Adolf Hitler.

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“Revi Berlim com entusiasmo e curiosidade. Um misto.

Última vez que lá estive o maldito muro comunista estava insolente de pé, separando irmãos e amigos. Conheci Berlim Oriental sem descer do ônibus.  Descida só para visitar os museus. Proibido qualquer contato com os cidadãos. Esse tempo passou. Hoje me penitencio em ter defendido o regime que lá vigorava.

Mas vamos à Berlim. Nestas notas me restrinjo ao lado oriental. Matei a vontade: caminhei da Praça Alexander até à Catedral (Avenida Karl Liebknecht) e da Catedral até ao Portão de Brandenburger. Belas e largas avenidas construídas na época da Guerra Fria. Belas e majestosas. Não podemos negar estes feitos do regime comunista. Visitar a catedral internamente valeu. Ouvir seu belo e enorme órgão de gaitas foi inusitado.  A majestade da Universidade de Humboldt e a torre da TV são atrações que marcam o turista.

Tudo fiz a pé, sem guia e sem companhia de turismo. Palmilhei chão a chão. Obviamente que me dei ao trabalho de ler e de me preparar para este passeio. Não sei, nem me envergonho de dizer, que não digo nem OBRIGADO em alemão.   O inglês, o espanhol e o francês o substituem tranquilamente.

O acesso ao transporte público é facilitado. Falar da organização, limpeza é redundância.

Dois pontos merecem destaque: o antigo prédio da Gestapo e dos órgãos de repressão e tortura do nazismo durante a segunda guerra. Temos duas exposições permanentes, uma interna e outra externa. Através de fotos e cartazes acompanhamos toda a evolução do

social nacionalismo e a chegada de Hitler ao poder máximo. As primeiras conquistas, a perseguição racista, a prisão dos facínoras nazistas. Este setor é conhecido como a TOPOGRAFIA DOS TERRORES.

O outro ponto é a galeria aberta.. Conservaram umas três centenas

de metros do muro .Na sua face leste, artistas de diversas nacionalidades expressaram, através da pintura sua revolta aos regimes totalitários. Amanhã,  volto a falar de Berlim”.

EM OUTRO E-MAIL, COMPLETOU PEDRO.

“Escapou-me dizer que o edifício onde funcionavam a Gestapo e outros órgãos do terror e da tortura nazistas, foram feitos terra rasa. Destruídos. No local, um prédio baixo (pavilhão), onde funciona a  exposição,  referente à chegada do nazismo ao poder, sua evolução e sua queda. Alerta-se a nova geração sobre o grande perigo que paira sobre a sociedade livre e democrática. Em Berlim, tornou-se habitué uma foto na passagem Charlie. Ponto policial de controle entre as duas Berlim. Fica no setor americano. Quando lá estive passei por um fato inusitado.

Na época usava uma grande barba. O policial comunista ao revistar os passageiros questionou a diferença entre minha pessoa e a foto do passaporte. Retiraram-me do ônibus e levaram-me para a cabina do lado soviético. Tudo com a presença de um intérprete e do responsável da excursão. Queriam, porque queriam raspar-me a barba. Resisti e eles terminaram cedendo. Hoje atravessei sem nenhum embaraço. Caminhei livremente pela Berlim Oriental pisando

na marca que resta do antigo muro. Em Berlim visitei ainda o Memorial do Holocausto. No momento encontro-me em Frankfurt.

Daqui sigo para Munique. Regressarei a Berlim onde permanecerei por mais 5 dias. Estarei na nossa Santo Antão para cumprir meu dever e direito cívico: VOTAR”.

O passeio, graças a Deus, está ótimo.

Abração e recomendações ao Gabriel e Soraya.

Pedoca.

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