Carnaval e São João Vitoriense: PAULO ROBERTO E ELIAS LIRA FRACASSARAM.

São Joao e artistas

Já passando dos primeiros dias do mês de julho entramos, definitivamente, na segunda metade do ano em curso (2016). Apesar da alardeada “crise financeira” por que passa o País, sobretudo os municípios no nosso estado, os festejos juninos financiados com dinheiro publico transcorreram em “céu de brigadeiro”.

Recentemente a grande mídia repercutiu que artistas pernambucanos denunciaram um esquema de propina – na base de 50% – onde os mesmos seriam obrigados, para subirem e  tocarem em alguns palcos de cidades pernambucanas teriam que   “colaborarem” com a “caixinha” da corrupção. “Verso errado” neste setor, não é novo e em ano de eleição ele  funciona com mais força.

Muito bem, voltando aos festejos propriamente dito, Caruaru, como sempre,  é o município pernambucano campeão, apesar de também ter sido alvo da chamada “agenda negativa”,  em função do polêmico cachê do Safadão.

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Foi na vizinha cidade do Limoeiro, com praticamente metade da nossa população e arrecadação, que o São João mais cresceu. Lá, o dinheiro apareceu e a mídia compareceu. Na Mata norte, foi quem comandou a festa.

Na cidade que é conhecida como o  “Portal do Sertão do Moxotó“, Arcoverde, a prefeita Madalena Brito,  logo após a festa,  com  “crise e tudo”, através da imprensa   realçou  os números positivos da movimentação financeira na chamada economia formal e informal.

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Mas, na minha opinião, foi da maior cidade do Sertão, Petrolina, que veio os melhores exemplos de festas populares promovidas com o  dinheiro público.  Lá, o prefeito Julio Lóssio,  além de realizar o mais  “longo” São João do Estado, eliminou os “atravessadores” e negociou diretamente com os artistas.

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Montou no próprio pátio de eventos um gabinete para a secretária municipal de finanças e pagou, no ato do show, o cachê dos artistas sem nenhuma “gordura”. Também veio de Petrolina a inteligente parceria com os proprietários de estrutura (palco, som, camarotes, barracas e etc) onde os mesmos bancaram a montagem  da festa em troca da exploração na venda de camarotes, espaços publicitários e comerciais. Toda este planejamento e transparência fez com que os cofres municipais da cidade das carrancas  economizassem   6 milhões de reais. Ou seja, por lá, todos ganharam: prefeitura, iniciativa privada e principalmente a população. Parabéns ao prefeito Julio Lóssio que, após oito anos de gestão,  deixa um legado para cidade sertaneja.

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Pois bem, já na nossa cidade, Vitória de Santo Antão, mesmo após oito consecutivos da gestão do Governo de Todos o que enxergamos (2016) foi um péssimo exemplo de planejamento e falta de respeito com a população. Para se ter uma ideia da “torre de Babel Junina“, há  três dias da noite de São João a população ainda não sabia qual artista se apresentaria  na “magrinha” programação junina na Terra em que o Rei do Baião, Luis Gonzaga, deixou seu coração.

Desde o primeiro São João, pilotado por esta gestão (2009), descontinuidade parece ser ter  sido a regra e o planejamento. Lá no inicio, com direito ao lançamento da festa no Restaurante Parraxaxá, no Recife, até essa edição (programação oculta), foram tantas mudanças que parece que foi programado  originalmente  para não dá certo.

No início, anunciava-se: “Vitória do Pé de Serra” e “Forró do Pixototinho”. Ao longo dos anos parece-me que as produtoras de eventos conseguiram “convencer” o Paulo e o Elias que a festa com os  artistas caros,  do Sul do País, deixariam a “brincadeira” mais animada. Até um tal de Michel Teló fez, literalmente, a população da Vitória “dança”…Ai …se  eu teu pego!!!

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Outra coisa curiosa é que os atuais  e incompetentes gestores da nossa cidade, ao longo dos últimos anos, não conseguiram viabilizar, de forma sustentável, financiamentos alternativos para os eventos de grande porte realizados na cidade ficando, portanto,  exclusivamente na dependência do dinheiro público.  Fica, então,  apenas uma pergunta: nesses últimos oito anos quanto foi o investimento da FACOL e do  Radar nas festas populares,  promovidas  pela prefeitura ?

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Posso até está enganado, mas acho que só com a metade do dinheiro investido na desastrosa festa junina deste ano (2016), patrocinada pelos cofres da municipalidade, daria para fazer  ressurgir e incrementar a cultura do concurso de quadrilha junina vitoriense,  que já foi muito forte regionalmente, como bem relatou, no vídeo abaixo, o amigo Sandro Sorriso que sempre atuou de maneira destacada  nessa atividade. Veja o vídeo.

O curioso é que em poucos anos esses sujeitos (gestores) conseguiram desmanchar e acabar tudo que Vitória havia construído nessa área (quadrilhas estilizadas), ao longo do tempo.  Hoje,  em ano eleitoral, para uma quadrilha junina  fazer uma apresentação de “MIGUÉ”, no Pátio da Matriz, se fez  necessário  trazer grupos de outros municípios.

Aliás, não custa nada lembrar  que os “tais” donos de produtoras (estes camaradas sabidos)  também  conseguiram “convencer” o Paulo+Elias em acabar com o nosso carnaval  produzido HÁ MAIS DE UM SÉCULO pelas agremiações locais,  nas  ruas,  para transforma-lo em festa “pasteurizada”  DE PALCO.

Em 2014 os diretores das agremiações carnavalescas, assim como os foliões vitorienses  foram obrigados a desfilarem  sendo “escoltados e empurrados” pela polícia, para que todos encerrassem suas apresentações nas ruas,  rapidamente para só assim, lotar  Pátio de Eventos “equação”, aliás, que deu ERRADO. Esse  “MACABRO” planejamento, que mais  pareceu um esquema tático futebolístico, promovido por Paulo+Elias, acabou transformado o carnaval vitoriense  de 2014 em o pior da sua história do município. Diga-se de passagem:  o que mais promoveu violência contra os foliões e diretores de agremiação. Violência esta, que foi denunciada pelos diretores da ABTV – Associação dos Blocos de Trios da Vitória –  à Promotora de Justiça da nossa Comarca.

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Portanto, para encerrar essas linhas,  não poderia deixar de dizer: NA PROMOÇÃO DE FESTIVIDADES PÚBLICAS TRADICIONAIS, NA NOSSA CIDADE,  PROMOVIDAS COM O  DINHEIRO PÚBLICO, PAULO ROBERTO E  ELIAS LIRA SÃO DOS INCOMPETENTES !!

1 pensou em “Carnaval e São João Vitoriense: PAULO ROBERTO E ELIAS LIRA FRACASSARAM.

  1. Amigo Pilako se Elias e Paulo Roberto falharam, e realmente, falharam, vcs da ABTV não acertaram em quase nada.
    Esse tal de BABY ALEGRIA é um engodo: musicas de adultos baianas, e ainda com um som nas alturas…..e as crianças sofrendo.

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