3 de maio de 2003, Ipojuca, Pernambuco.
Naquele dia, as jovens Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, ambas com 16 anos, passavam o fim de semana na casa de um amigo, na Praia de Serrambi, litoral sul de Pernambuco.
Após um passeio de lancha até o Pontal de Maracaípe, elas se separaram dos outros jovens e foram andar sozinhas pela praia.
Ao retornarem ao local, constataram que o grupo já havia retornado com a lancha para Serrambi.
Então, decidiram voltar e conseguiram uma carona até as imediações do trevo de Porto de Galinhas, onde pegariam uma condução.
Desde então, desapareceram.
Amigos procuraram, mas disseram não ter encontrado nenhuma pista.
Dez dias depois, o empresário José Vieira, pai de Tarsila, encontrou os restos mortais das adolescentes em um canavial, em Camela, distrito de Ipojuca.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil apontaram os irmãos kombeiros Marcelo José de Lira e Valfrido Lira da Silva como os responsáveis pelo crime.
Entre as provas, objetos encontrados no local do crime e na kombi de Marcelo, como fio de nailon, barbeador (da mesma marca e cor usado pelo kombeiro) e fios de cabelo que se assemelhavam aos das vítimas.
Três testemunhas afirmaram ainda terem visto as vítimas pedir carona na Praia de Porto de Galinhas.
Mas o resultado foi contestado pelo Ministério Público de Pernambuco. O então promotor de Ipojuca, Miguel Sales, falecido em 2014, pediu novas diligências três vezes, colocando em xeque as investigações, que acabaram nas mãos da Polícia Federal.
Marcelo e Valfrido Lira chegaram a ser presos, denunciados e julgados pelo crime, mas foram absolvidos em júri popular em 2010.
Em 2018, o caso transitou em julgado no Superior Tribunal de Justiça.
Mais de duas décadas depois, esta triste história segue sem esclarecimento.
Hoje, ambas estariam com 38 anos de idade.
Quem matou as adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão?
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