Símbolo da luta pela libertação dos escravos no Brasil – por @historia_em_retalhos.

Esta é a camélia, a flor que se tornou um símbolo da luta pela libertação dos escravos no Brasil.

No século 19, o português José de Seixas Magalhães adquiriu uma chácara no bairro do Leblon ao francês Charles Le Blon (daí surgindo o nome do bairro).

Àquela época, o Leblon era um local de difícil acesso.

Pois bem.

Abolicionista, Seixas acolhia escravos fugitivos e cultivava flores, principalmente, camélias.

Por essa razão, a bucólica chácara ficou conhecida como “Quilombo do Leblon” e as camélias tornaram-se emblemas do movimento abolicionista.

A flor adornava a lapela dos homens e o colo das mulheres que se empenhavam para que os escravos fossem definitivamente libertados.

Era uma espécie de código de identificação entre os abolicionistas, principalmente no momento de auxiliar os escravos em fuga ou para lhes conseguir esconderijo.

Com esse sinal, o escravo conseguia identificar imediatamente possíveis aliados.

Usar uma camélia como se fosse um broche no peito, no bolso da camisa ou até mesmo tê-la em seu jardim era uma espécie de confissão de apoio à causa abolicionista.

Um outro aspecto interessante é que o Quilombo do Leblon também contava com a proteção e a cumplicidade da própria princesa Isabel.

Como demonstração de gratidão, Seixas fornecia regularmente camélias para a residência oficial da princesa.

Sabias dessa?

Vamos espalhar camélias por aí, gente!

A quem interessar, recomendo “As Camélias do Leblon e a abolição da escravatura”, de Eduardo Silva. 📚
.
Siga: @historia_em_retalhos

https://www.instagram.com/p/Cmdz8s8u2aM/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *