A polêmica do debate de 1989 – historia_em_retalhos.

Em 1989, os brasileiros foram às urnas para escolher o novo presidente da República.

Era a primeira eleição presidencial pelo voto direto, depois de 29 anos e um longo período de ditadura militar.

Havia, ao todo, 23 candidatos, passando para o segundo turno Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Collor de Mello (PRN).

O segundo e principal debate entre os dois aconteceu no dia 13.12.1989, sendo transmitido pelas quatro principais emissoras de televisão do país: Globo, Bandeirantes, Manchete e SBT.

Um fato, porém, repercutiu bastante.

No dia seguinte, a Rede Globo apresentou duas matérias com edições do debate: uma no Jornal Hoje e outra no Jornal Nacional.

A segunda, especificamente, provocou grande polêmica.

A Globo foi acusada de ter favorecido o candidato do PRN, tanto na seleção dos momentos, como no tempo dado a cada candidato, já que Collor teve um minuto e meio a mais do que o adversário.

O PT chegou a mover uma ação contra a emissora no TSE.

Em frente à sede da Globo, atores da própria emissora, junto com outros artistas e intelectuais, protestaram contra a edição.

Tempos depois, os responsáveis pela edição do JN apresentaram a justificativa de que teriam usado o mesmo critério de edição de uma partida de futebol, na qual são selecionados os melhores momentos de cada time.

O fato é que este episódio trouxe um inequívoco dano à imagem da Globo.

Não sem razão, hoje, a emissora adota como norma não editar debates políticos.

Eles são vistos na íntegra e ao vivo.

Sem dúvida, é melhor assim.

É o mais consentâneo com a boa informação e com o livre convencimento do telespectador.
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