Em 1941, se não estou equivocado, o governo federal baixou um decreto-lei proibindo que mais de uma cidade, no país, tivessem o mesmo nome e estabelecendo a primazia das cidades mais antigas e importantes. No caso, só Vitória, capital do Espírito Santo, preenchia os dois requisitos. Meu pai, José Aragão, era o prefeito e promoveu um plebiscito para que os vitorienses de então escolhessem o novo nome da cidade. Concorreram dois nomes: Vitrice, defendido pelo médico dr. Holanda Barros, vitoriense nato e então Chefe do Posto Municipal de Higiene, localizado na Praça Duque de Caxias, e Vitória de Santo Antão, defendido pelo prefeito e que homenageava o padroeiro da cidade. Os vitorienses escolheram o segundo nome. Havia outra cidade, na Bahia, que passou a denominar-se Vitória da Conquista, em homenagem à vitória dos portugueses sobre os índios que então habitavam a região.
Feliz Ano Novo – José Maria Aragão.