Estouro da Caixa Econômica: o cangaço do mal no século 21.

Num passado não muito distante a sociedade nordestina dividia-se entre o amor e o ódio ao chamado CANGAÇO, tendo na figura do LAMPIÃO ( Virgulino Ferreira ) sua maior expressão. Sob o julgo dos “Coronéis” e “Cobradores de Impostos”, o pobre sertanejo era tratado apenas como engrenagem de produção, mesmo depois da Lei Áurea (1888). Fruto do sentimento da impotência,  surgiu a revolta. Como resposta, nesse sentido, surgiram os grupos de cangaceiros que, entre outras coisas, protagonizaram a chamada justiça com as próprias mãos. A história é dinâmica e devemos sempre olhar às múltiplas interpretações dos fatos.

A chamada “VOLANTE” – uma espécie de grupo policial especializado e treinados com as mesmas técnicas dos cangaceiros – surgiu para combater essa insubordinação social. Ao final, depois de muitas refregas,  lograram êxito e, como todos sabem, as cabeças dos “bandidos cangaceiros” foram exibidas, como troféu,  nas praças das  grandes cidades.

Bom, o tempo passou e estamos vivendo em outro tipo ordenamento social e jurídico, assim como educacional e comportamental, não obstante, ser a natureza humana algo ainda pouco evoluída. A sociedade  planetária, como um todo, infelizmente,  ainda continua padecendo de um grande pacto pela vida, no sentido mais filosófico da frase, bem mais do que como tema de peça publicitária de uma gestão governamental.

Na madrugada de hoje (01) – dia de todos os santos – o nosso Glorioso Santo Antão nos protegeu de um banho de sangue. Bandidos, bem diferentes  na origem e no sentimento dos cangaceiros de outrora, invadiram o mais impostante corredor financeiros e comercial da cidade para  decretar  o terror e “Estado de Sítio” invertido!! Em ação rápida e cinematográfica, explodiram os caixas eletrônicos da agencia da Caixa Econômica Federal.

Para essas quadrilhas  fortemente armadas, com requintes de organização internacional só espiada nos filmes americanos, ao que parece, o céu é limite. Uma coisa é meter bronca numa cidadezinha distante 350 km da capital,  cuja delegacia cochilam apenas dois homens da lei. Outra coisa é “casar e batizar” na Capital da Zona Mata na qual encontra-se em sentinela um Batalhão de Polícia inteiro, um destacamento do Corpo de Bombeiros e sem numero de delegacias especializadas.

Para nós, simples mortais, resta-nos reforçar a fechadura do portão de nossas casas e cerramos  as portas dos nossos pontos comerciais mais  cedo, ainda na claridade do dia. O curioso disso tudo é que o problema não é novo! Não algo inédito! Não obra do acaso! Fica, portanto,  mais uma vez o governador desmoralizado e a policia humilhada.

 Para nós, população, pagadores de impostos de toda natureza, fica  a  triste constatação de  que a tecnologia aplicada aos serviços públicos estão mais ágeis e mais sofisticadas no sentido de separar o bocado certo no suado  e custoso dinheiro que adentra nos nossos bolsos em forma de salário. Que Santo Antão continue nos protegendo………

Segue, abaixo,  vídeo que circulam nas redes cosias.

 

 

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