Por conta da viagem de trem, recentemente realizada pelo selecionado brasileiro, na Europa, com vista à preparação para Copa da Rússia 2018, promovi um dialogo abrangente – atual e histórico – com o meu filho Gabriel. Ele, por acompanhar com frequência o “mundo da bola” do outro lado do Oceano Atlântico, é portador de um relativo conhecimento da utilização desse tipo de transporte, nos deslocamentos dos jogadores e das suas respectivas equipes na chamada “União Europeia”.
Nesse contexto – e também recentemente – a grande mídia nacional, face ao caos provocado em todo Brasil pela paralisação dos caminhoneiros, revelou números e informações atinentes ao sucateamento da malha ferroviária nacional.
Bom! Em meio ao nosso agradável bate-papo – sobre trem – adentremos no “mundo ferroviário” local, quando revelei que, quando criança, por incontáveis vezes, aventurar-me seguir à Capital dentro de um daqueles vagões quase que artesanais, se comparados aos moderníssimos modelos de hoje. Do escuro e do frio na barriga, ao atravessamos os “intermináveis” túneis, distribuídos ao longo do percurso, agora, só nos resta saudade e lembranças………
Desde a sua invenção (inicio do século XIX) até os dia de hoje e, evidentemente com o seu constante melhoramento, o deslocamento de trem – seja para carga ou passageiro – nos quatro cantos do planeta, tem se mostrado uma via racional, segura e também de baixo custo.
Nossa cidade, Vitória de Santo Antão, a partir de 1886, foi contemplada com o que de mais moderno existia – para época – no que se refere ao processo de integração dos povos e no mais imponente símbolo do progresso. Assim sendo, amanhã, tentarei narrar um pouco da minha frustração e da incapacidade e visão de futuro dos nossos governantes, ao longo das últimas décadas, no tocante ao total desmantelamento da malha ferroviária santonense.