Para os atores políticos, o tempo urge! Os prazos do calendário eleitoral caminham a passos largos, nele, não existe sábado, domingo e feriado. Até o dia da convenção partidária a “peça teatral” do lançamento dos candidatos deverá está devidamente ensaiada e combinada para, logo em seguida, ocorrer os respectivos registros de candidaturas.
Em Pernambuco o quadro ainda é nebuloso! O governador Paulo Câmara se “mexe” para puxar o tapete da pré-candidata ao governo, Marília Arraes. Como uma espécie de “judas” o senador Humberto Costa trabalha contra o crescimento do seu próprio partido (PT). Aos olhos dos mais atentos, não obstante ser um ator importante no cenário nacional, o mesmo (Humberto), nesse pleito, corre o risco de ficar pendurado no pincel. Aliás, não faz tanto tempo assim, os petistas “largavam o pau” nos socialistas estaduais………Coisas do passado…….Na política, dizem os mais experientes, “o feio é perder”.
Assim como sempre acontece na nossa polis, na terra do Mestre Vitalino, os políticos, não menos experientes e até então ferrenhos adversários no plano local, em função da conjuntura, já estão trocando elogios e posando para fotos, com sorrisos na face. Lá, eles deverão se juntar, por conta de um inimigo comum.
Na nossa terra, Vitória de Santo Antão, mudar de lado é a regra, não a exceção. No plano estadual, as forças mais expressivas daqui, já estão “comendo no mesmo cocho”. Dividir-se no plano local é sempre a melhor estratégia. Para os Vereadores não existe vergonha alguma. Normalmente eles acompanham quem estiver com a chave do cofre da prefeitura na mão, não se importando com a cor partidária ou mesmo o palanque pelo qual se elegeu.
Já os caciques – Aglailson, Elias e Henrique – jogam o jogo do poder e reproduzem, para os eleitores, o discurso mais conveniente para a ocasião. Vejamos:
Pelo fato do seu primo, o então gestor José Aglailson (2001 – 2008), não haver lhe hipotecado apoia para prefeito, em 2008, o deputado Henrique Queiroz fez do seu filho vice na chapa oposta, encabeçada por Elias Lira. Em 2010, o então prefeito, Elias Lira, “apoiou” para deputado o candidato verde. Henrique, não custa lembrar, em 2010, rivalizou, no plano local, com o seu primo, Aglailson Junior.
Concluída a reeleição de Elias e Henrique Filho, em 2012, o prefeito (Elias) cuidou de expurgar da sua administração os verdes, ficando livre para lançar, em 2014, o seu filho, Joaquim Lira, a deputado estadual. Na ocasião, o deputado Henrique Queiroz, bradou o discurso da traição.
Em 2016, numa parceria velada, a conveniência apontou para o retorno do deputado Henrique Queiroz ao ninho dos primos, antes, brigados por conta da emblemática “vias de fato”, lá na “Estrada Nova”, em 2008. Com a operação concluído – com sucesso – o deputado embarcou, novamente, de “mala e cuia”, no governo dos primos. Logo na posse do prefeito Aglailson Junior, ocorrida em primeiro de janeiro de 2017, o mesmo, já apontou em que direção a “maquina” iria “moer”, visando 2018.
Não se espantem!! Os políticos profissionais não tem partido nem coração, muito menos sentimento e emoção. Não se espantem, também, se por ventura, algum dia, aparecer um candidato a prefeito para nossa cidade, fora dessa “trinca”, com condições reais de vencer o pleito, terá como adversário, provavelmente, a união inusitada das três maiores forças políticas locais, ou seja: Aglailson, Elias e Henrique subiriam num mesmo palanque para defender o mesmo candidato. Essa é a regra no mundo próprio da política…..