Por conta dos comerciantes caçadores, nossa vizinha cidade, hoje, se chama POMBOS.

Na Vitória de Santo Antão de antigamente, segundo os livros que contam nossa história, a então “Rua da Lagoa do Barro” – hoje Praça Duque de Caxias – tinha muita lama e camaleão. Os cavalos dos matutos,  carregados com mercadorias, vindo das diversas partes da Zona Rural, não raro, trafegavam enfiando as patas  (até o meio) nas vias lamacentas. Nessa época o comércio da Vitória funcionava aos domingos até às 9h.

Costumava-se nas folgas dominicais, homens de negócio e pessoas de posses financeiras,  “matar” o tempo nas matas,  se divertindo com suas espingardas. Carregadas nos ombros em busca dos alvos em movimentos, os “caçadores”, por assim dizer, se deslocavam para o lado poente da cidade no qual havia grande quantidade pombos bravos (asa branca).

Na segunda-feira, sem fregueses no comércio e com tempo de sobra, nas calçadas dos estabelecimentos, as aventuras e as peripécias eram contadas como vitorias aos amigos comerciantes,  que não puderam comparecer na empreitada prazerosa. Ao serrem questionados, falavam com galhardia: “foi um verdadeiro são joão nos pombos”.

Eis ai, portanto, o motivo pelo qual a nossa cidade vizinha, que um dia foi distrito da Vitória de Santo Antão, ficou catalogada por POMBOS. Hoje, porém, certamente poucas pessoas de lá saibam exatamente o motivo pelo qual são pomboenses de nascimento.

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