Quem diria: hoje no Brasil a população sabe mais da escalação do Supremo (11 ministros) do que a da seleção brasileira (11 jogadores).

Desde os movimentos populares de rua, ocorridos em 2013, que ficaram catalogados como “as jornadas de junho”, que o Brasil não é mais um mesmo. Em várias ocasiões, aqui no blog e em rodas de amigos, sentenciei que o maior legado da Copa do Mundo, realizada no nosso País (2014) havia sido o entendimento dos brasileiros que os nossos sistemas públicos – saúde, educação, transporte e etc – não eram compatível ao exigido pelo tão propalado “Padrão FIFA”.

Pois bem, eis que quatro anos depois – faltando pouco mais de 60 dias para uma nova Copa do Mundo – a grande mídia consagra mais espaço nos seus telejornais e editoriais  a uma sessão do Supremo do que à partida futebolística amistosa entre o selecionado canarinho com os anfitriões do certame organizado pela FIFA.

Aliás, vou mais além: seria algo insano imaginar, há vinte anos, que a população em geral teriam mais condições de escalar – nominalmente – os onze ministros da suprema corte do que os titulares da seleção brasileira, em véspera de Copa do Mundo. Eis aí, portanto, um grande legado da Operação Lava-Jato

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