Agência Bradesco: atendimento sofrível – o que a Câmara de Vereadores tem haver com isso?

Não obstante o sistema bancário brasileiro ser um dos mais modernos do mundo, aqui na Vitória, os clientes e usuários, quer sejam nos bancos públicos ou privados, nas mais diversas situações, encontram-se vulneráveis ao ritmo interno de cada agência. Até parece que o “padrão” apregoado pelas respectivas instituições financeiras só existem,  mesmo, na propaganda da televisão.  Nela, tudo é lindo e maravilhoso, ágil e PRIME.

Pois bem, no inicio da tarde de ontem (05), recebei uma ligação de um amigo – que goza da minha confiança – relatando sua frustração com o atendido, presencialmente, na agência local do Banco Bradesco. Disse-me ele logo de inicio: “Pilako, procuro sempre realizar minhas transações financeiras pela internet e nos terminais eletrônicos. Não costumo dirigir-me às  agências, uma vez que meus salários são depositados diretamente na minha conta corrente”.

Seu calvário, contou-me,  já começou no estacionamento da própria agência. Na qualidade de um cliente especial (o próprio banco é quem diz) foi  obrigado a deixar a chave do seu carro  com uma pessoa que, como garantia,  apenas lhe forneceu um pedaço de papel (qualquer) com o numero da placa escrito a caneta. Nesse “comprovante” – se é que podemos chamar isso de comprovante –  não existia nenhuma identificação. Nada! Nem CNPJ, nem inscrição municipal. Nada que comprovasse uma relação institucional, entre cliente e empresa.

decepcionado e receoso, dirigiu-se ao interior da referida agência para promover a necessária operação presencial. Lá dentro, após andar para lá e para cá, já que, segundo ele,  não existe ninguém para informa, descobriu que tinha que falar com um tal gerente. Para falar com o dito cujo, pelo menos umas vinte pessoas já o aguardava na fila. Antes, porém, narrou-me ele: “Pilako, a agência parece uma feira. Nem parece que estamos num estabelecimento financeiro do porte do Bradesco. Tem gente  até sentada no chão. Lá, o que não falta são clientes insatisfeitos. Eu mesmo vi uma senhora idosa reclamando por atenção e respeito“.

Após a “infindável” espera, ele (meu amigo), finalmente, conseguiu ser atendido. Mas não chegou a  realizar, com sucesso, sua operação. De lá, saiu preocupado. Disse-me ele: as pessoas que lá estão, pareceu-me não ter noção que são clientes e estão pagando por todos aqueles serviços. Esses bancos ganham muito dinheiro, gastam pouco com funcionários e atende, nós consumidores, como se estivessem fazendo favores ou caridades. Incrível isso!”

Para completar sua decepção, ao questionar o tempo regulamentar de espera, previsto em Lei, soube, através de terceiros,  que os vereadores da nossa cidade ( não me informou  se nessa ou na legislatura anterior) foram até provocados  pela aprovação do tempo máximo para atendimento, dentro das agências locais,  mas, soube, contudo, que os nobres parlamentares, na ocasião, optaram por não regulamentar  a referida matéria. Ou seja: se  realmente essa informação for “quente” os nossos vereadores estariam – pasme –  legislando contra a população e em favor dos bancos, isto é: TUDO ERRADO!!

Será que os vereadores da nossa cidade também estão enquadrados naquele  sistema das grandes empresas – JBS e Odebrecht e etc – onde são “motivados” à legislar em favor dos interesses dos grandes grupos financeiros, em detrimento dos interesse do povo?

Pois bem, se algum vereador da Vitória de Santo Antão tiver  interesse  em se pronunciar, para esclarecer essa duvida, estamos a disposição. Com relação ao Banco citado, idem.

3 pensou em “Agência Bradesco: atendimento sofrível – o que a Câmara de Vereadores tem haver com isso?

  1. Parabéns Pilako por externar o pensamento da maioria da população que se sente vilipendiada por instituições financeiras que não prestam o serviço que deveria prestar a parte mais frágil da relação financeira.

  2. Caro Pilako,

    Gostaria de informar que a notícia trazida ao blog é “fria” ja que no ano de 2013 tive a oportunidade de apresentar projeto de lei para regulamentar o tempo de espera em filas bancárias, na oportunidade aprovada por unanimidade do Legislativo e sancionada pelo Poder Executivo, posteriormente a pedido de um grupo de advogados e também pelo diretor do Procon em Vitória, adcionamos medidas pelo nao cumprimento mais severas, além de prever também restituição por dano aos clientes desrespeitados pelas agências bancárias no teor da lei em vigor, visitamos junto a um grupo de amigos o MPPE naquela oportunidade para que se fizesse cumprir a lei. Cabe ao lesados procurarem os órgãos competentes para se fazer valer a lei, estamos a disposição para receber as denúncias e orientar/encaminhar as denúncias. Apresentamos também, no quesito, agências bancárias, projeto de Lei que obrigou as instituições financeiras a instalarem os biombos de proteção nos caixas de atendimentos, visando assim uma maior segurança, tentando assim evitar a conhecida “saidinha de banco” ja que terceiros não tem acesso visual a transação efetuada pelos clientes.

    Estamos a disposição.

    Geraldo Filho
    Vereador

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