Disse o candidato a vereador JB: “no geral, a pessoa não é eleita, ela compra a eleição”.

Em meio a todo esse caos político nacional, onde entendemos que a classe política foi “privatizada” pelo poder econômico  – desde os esquerdistas aos direitistas -, aqui e acolá, ainda encontramos um fio de esperança na tentativa de uma mudança coletiva, não obstante havermos sidos, na qualidade de nação,  confeccionados dentro do escopo da safadeza e da ladroagem, matérias primas do famoso “jeitinho brasileiro”.

Dias atrás, casualmente, encontrei o amigo poeta e produtor cultural antonense, JB, na Praça Diogo de Braga. Bom de papo e sempre focado no seu trabalho, mais uma vez estava ele a circular pela cidade comercializando seu produto original –  aquilo que poderíamos chamar de cultura,  verdadeiramente,   “made in Vitória”.

Após cumprimenta-lo efusivamente, como sempre  o faço, nos colocarmos a conversar sobre os mais variados temas. Acabamos chegando ao campo político eleitoral, uma vez que o mesmo, no último pleito municipal (2016), concorreu a uma das vagas da Casa Diogo de Braga.

Com relação à disputa e sobre o eleitor, disse-me ele: “não encontramos, exatamente, eleitores. encontramos pessoas que querem vender voto. Querem trocar o voto por algum benefício pessoal de imediato”. Com relação aos eleitos, explicou JB: “no geral, a pessoa não é eleita, ela compra a eleição”.

O curioso disso tudo é que o amigo JB, com minúscula vivência nessa atividade –  primeira candidatura para vereador –   já “desvendou boa parte do mistério”, na medida em que a onerosa e super tecnológica Justiça Eleitoral Brasileira, por incrível que possa parecer,  ainda não conseguiu promover nenhum mecanismos que assegure, de maneira justa e honesta, à participação de todos cidadão no processo eleitoral.

Falando ainda, particularmente, no processo eleitoral local, ocorrido ano passado, tive a oportunidade de realizar, no Fórum da nossa cidade,  uma entrevista com o corregedor do TER-PE, Doutor Orson Santiago Lemos, onde, entre outras coisas,  lhe questionei várias incongruências  nas campanhas  e até denunciei à “farra financeira”,  promovida  por alguns candidatos na nossa cidade. Como resposta, o Doutor Orson apelou para a população. Veja o vídeo:

Portanto, no que diz respeito à fiscalização e promoção de direitos iguais, nas campanhas políticas na Vitória de Santo Antão e em todo Brasil, posso dizer que a nossa Justiça Eleitoral continua fiscalizando na velocidade de um “jabuti”, diferentemente da esmagadora maioria dos postulantes e agremiações partidárias que, criminosamente,  atuam  na velocidade de um canguru.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *