“O Dia Mundial em Memória às Vitimas do Trânsito”: falta seriedade nos governantes.

Mais uma vez o assunto passou longe das discussões. Desde 2005 o terceiro domingo de novembro é dedicado aos que já morreram, e deveria ser também uma ótima oportunidade para se pensar em soluções para evitar que os vivos de hoje não sejam os mortos do amanhã, nessa verdadeira guerra viária.

No Mundo, segundo dados da OMS, morrem 1,3 milhões por ano. No nosso Brasil, conforme a ONVS – Observatório Nacional de Segurança Viária – foram 43.780 vitimas ( 2014), levando-se em conta que o registro estaria sub-notificado. O custo governamental com mortes e mutilações no trânsito brasileiro, apenas no ano de 2014, ultrapassou os 55 bilhões de reais. Informações oficiais revelam que A CADA MINUTO uma pessoa fica sequelada permanentemente no trânsito brasileiro.

Pois bem, na qualidade de sujeito “curioso” sobre o trânsito realço estes números motivado basicamente por dois fatos: primeiro pela tremenda incoerência administrativa governamental que prefere penalizar o cidadão sistematicamente –  elevando o valor das multas de trânsito, por exemplo – ao invés de procurar educar o condutor de veiculo.

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

O segundo fato, contudo, ocorreu na noite de ontem (23). Ao trafegar pela movimentada Avenida Henrique de Holanda e ser obrigado a parar no semáforo, observei que uma mota trafegava com quatro pessoas. Dois adultos e duas crianças. Os adultos – um homem e uma mulher – teoricamente seriam os pais das crianças, que aparentavam ter entre 3 e 5 anos.

Por alguns instantes, pensei: se os pais dessas crianças fossem abordados por uma fiscalização séria e lhes fossem dada a oportunidade de fazer uma opção de não pagar as multas, decorrente do grave delito por eles flagrantemente praticado, em troca de uma penalidade pedagógica cuja função fosse mostrar em algumas horas aulas, vídeos e explicações teóricas e práticas dos riscos que eles estavam expondo seus filhos (inocentes), com toda certeza esses pais nunca mais cometeriam estes mesmos  erros e ainda seriam, com toda certeza,  potências multiplicadores  e disseminadores de novas práticas no trânsito.

Neste ínterim, o sinal ficou verde, os apressados começaram acionar suas buzinas e os motoqueiros saíram desembestados,  como sempre,  inclusive o pai das crianças que junto com a mãe poderiam, hoje,  estar chorando a morte ou a mutilação dos seus amados filhotes.

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