Briga de torcidas na Vitória: A REPRODUÇÃO DO MACRO SISTEMA.

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Durante o dia de ontem (17) circulou nas redes sociais, com bastante ênfase, imagens relacionadas ao confronto violento ocorrido nas proximidades do Prédio da Antiga Estação Ferroviária, aqui na nossa Vitória de Santo Antão. Dos dois vídeos que circularam, acabei reproduzindo alguns  momentos, que seguem abaixo:

Muito bem, esses lamentáveis acontecimentos não podem ser mais considerado uma exceção. Praticamente toda semana ocupam as manchetes jornalísticas dos mais diversos meios de comunicação do País. Se levarmos em conta que só são noticiados os casos considerados graves, chegaremos a uma rápida e triste conclusão: A COISA É MUITO PIOR DO QUE IMAGINAMOS.

Não faz muito tempo que da poltrona das nossas residências, através da TV, observávamos estes acontecimentos como uma coisa distante, afinal, esse confronto insano só ocorria lá pelas bandas do Rio de Janeiro e São Paulo. Posteriormente, os torcedores pernambucanos foram se enquadrando nessa modalidade primitiva de demonstrar “amor e paixão” pelo seu time de futebol.

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Abrindo mão do entretenimento proporcionado por uma boa disputa dentro das quatro linhas, o resto –  no que se referem ao futebol profissional –  está vinculado ao “PROCESSO INDUSTRIAL DE ILUSÃO”. A instrumentalização das massas, através do futebol, é algo impressionante, nunca antes visto no mundo. No Brasil, na categoria de “País do Futebol”, com uma população carente de quase tudo, vencer no futebol é o que sobra para o individuo se sentir grande, feliz,  satisfeito e “realizado na vida”.

Voltando a nossa aldeia – Vitória de Santo Antão – podemos dizer, infelizmente,  que começamos a colher, na prática,  os dejetos no que se refere ao futebol como “produto enlatado”,  àquilo que os estudiosos da Escola de Frankfurt, ainda na metade do século passado, deram o nome de  “INDUSTRIA CULTURAL”.

Resumindo: os comandantes do espetáculo engordam seus lucros e o raio de poder. A grande mídia recebe sua parte para não deixar o torcedor (sofredor) sair do “aquário”,  mantendo-o “informado e motivado” constantemente  e a sociedade, naturalmente, fica com a conta mais pesada e com  um pouco daquilo de positivo  que cair da mesa dos cartolas do futebol.

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