Festa para estudante ou movimento político?

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Nossa cidade, Vitória de Santo Antão, não obstante ser um expressivo polo educacional do Estado de Pernambuco, não tem tradição em comemorar à passagem do dia do estudante com festas populares. Aqui e acolá, sobretudo em ano de eleição, surge alguma comemoração. Salve engano foi o então candidato a prefeito (2000), Antônio de Lemos,  que primeiro se “comoveu” com a causa estudantil.

No âmbito internacional, o Dia do Estudante é comemorado em 17 de novembro e faz referência à resistência estudantil à ocupação nazista na antiga Tchecoslováquia, em 1939. No Brasil a comemoração foi instituída por sugestão do advogado Celso Gand Ley, por ocasião da comemoração do centenário (1827 – 1927) da criação das duas primeiras faculdades do Brasil:  a Faculdade de Direito de Olinda  e a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo. Por esse motivo, no dia 11 de agosto, também se comemora o dia do advogado no Brasil.

Muito bem, na noite da sexta – dia 12 de agosto – ao circular pelo Pátio da Matriz encontrei uma festa, com banda, som, iluminação e etc. Ao procurar saber de que se tratava tal evento, fui informado que a Faculdade Osman Lins estava promovendo a festa para comemorar o Dia do Estudante. Sinceramente, não lembro  de nenhuma manifestação da FACOL nos último anos, nesse sentido.

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É de conhecimento de toda cidade que Paulo Roberto, diretor  afastado da Facol, a partir de amanhã (16), será o candidato a prefeito da Vitória, apoiado pelo atual gestor e que, teoricamente,  terá  a preferência da máquina pública municipal.

Pois bem, para mim soa estranho à realização desta festa. A Justiça Eleitoral precisa ficar atenta para esse tipo de promoção. Pareceu-me um clone daquela tal “prévia” do Bloco Alú-dedé, às véspera das eleições, salve engano, em 2008.  É bom que se diga que a Justiça Eleitoral precisa dá uma resposta à sociedade sobre essas tais manobras. A operação Lava-jato, recentemente, escancarou aos brasileiros que as prestações de contas dos candidatos, antes aprovadas pelos TREs e TSE,  não passavam de “peças de ficção”.

No último carnaval,  ocorrido na nossa cidade (2016),  o então secretário de turismo,  Paulo Roberto, condutor do evento,  ignorou os princípios da administração pública e todo arcabouço jurídico em vigor e estampou, em locais públicos,  seu nome com fins eleitoreiro,  demonstrando assim imaginar  está acima da lei e da ordem. As autoridades públicas da nossa Comarca, fizeram de conta que o problema não era com eles.

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São por essas e outras que o Brasil precisa ser passado a limpo. São por essas e outras que o Juiz Sergio Moro virou herói nacional e tornou-se  uma das cem figuras mais importante do planeta, na atualidade. Não podemos deixar de imaginar que se um pré-candidato a prefeito  tentar confundir  a justiça,  antes do pleito,  não vá querer, após a vitória nas urnas,  ludibriar os eleitores na gestão.  Vamos ficar atentos.

Apenas a título de curiosidade em uma pequena navegada nas redes sócias facilmente encontraremos demonstrações  espontâneas no referido  evento,  promovido pela FACOL  na tentativa de  enaltecer os estudantes, que estão mais  sintonizado com o sentimento da campanha do psd (55), que por enquanto, não está autorizado pela regras eleitorais.

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Reprodução FACEBOOK.

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Reprodução FACEBOOK.

4 pensou em “Festa para estudante ou movimento político?

  1. Paulo Roberto homem bastante empreendedor, porem para crescimento próprio. Bem sabemos a carta Branca que Elias sempre deu a Paulo no seu governo e drasticamente a maior parte dos eventos de cidade de resumem a algo mínimo levando-se em consideração os patamares que se deveria chegar. Cadê a visão empreendedora nos eventos de cidade? Uma pena infelizmente o que o cidadão vitoriense pôde presenciar, ou melhor aquilo que não presenciou. Camilo um dos seus grandes aliados, para não dizer babao ta no mesmo barco…. Política! Mamata.

  2. O cara passa 20 anos na vida publica e sequer faz algo.. agora vem com essa de fazer evento. Coitado dele… muito rejeitado e acha que ninguem percebe que tudo que fez do ano passado pra ca, foi apenas com interesse eleitoral. ele so fica humilde de 4 em 4 anos… fora disso, e um cara arrogante e sem piedade do proximo. se toca, o povo nao e otario. todo mundo ta ligado na tua… gosta de aparecer… se perder a eleicao vai ficar se escondendo atras da banca de sua faculdade.

  3. Será que um político que ludibria a legislação eleitoral antes de ser eleito terá respeito às leis durante o seu mandato? Eu duvido muito.

  4. Nunca vi isso é engraçado nessa cidade só acontecem coisas Para promoçao de alguém ou de alguma coisa e existem pessoas que ainda caem nessas conversas fiadas.

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