Faltando menos de dois meses para o prazo final das convenções partidárias, momento em que os partidos políticos definem, perante a justiça eleitoral, suas chapas majoritárias e proporcionais – prefeito, vice-prefeito e vereadores, respectivamente – o atual cenário político na nossa Vitória de Santo Antão ainda encontra-se “morno”, apesar de algumas movimentações isoladas.

Com as recentes mudanças no processo eleitoral – diminuição de tempo de campanha – um novo cenário ocorreu. Antes, por essas épocas (junho), praticamente tudo já estava resolvido e o martelo já havia sido batido na maioria das questões. Hoje, o cenário é bem diferente.

Falando da nossa cidade, especificamente, de um tempo pra cá alguns pré-candidatos a prefeito já mudaram de discurso, outros avançaram nas negociações e possivelmente alguém está esperando o melhor momento para anunciar adesão à outra candidatura.

No cenário eleitoral pela primeira vez, como postulante, o empresário Zé Catinga é o mais animado de todos. Depois de consolidar um partido – Partido Verde – para disputar em faixa própria, sem a chancela dos “coronéis” da cidade, Zé catinga deve disputar  a cadeira mais importante do município, com ou sem o seu já anunciado vice, Irmão Madi.

Já o vereador Edmo Neves, mesmo com a significativa adesão do empresário Zé da Juliana ao seu alardeado projeto de renovação política,  certamente, “na hora da onça beber água”, arrumará uma boa desculpa para sua adesão à outro projeto,  para garantir a renovação do seu mandato de vereador, uma vez que, ao logo do tempo,  já acumulou uma certa experiência política e é sabedor que quando um vereador fica sem mandato passa a ser “carta fora” do baralho no cenário político, sobretudo no Império das Tabocas.

O grupo político liderando pelo “macaco velho” Henrique Queiroz toda vez faz isso:  diz que vai ter candidato próprio, faz zoada e fica pelo meio do caminho. Sabedor do espaço que ocupa no eleitorado local, Queiroz deverá retornar,  com seu grupo político,   aos braços dos primos. Quanto ao vice-prefeito Henrique filho, o mesmo deverá concorrer ao cargo de vereador, até porque, de certa forma, tem um assento mais ou menos  garantido.

Pelo grupo do folclórico ex-prefeito José Aglailson, seu primogênito, tal qual uma monarquia hereditária, o deputado Aglailson Junior deverá liderar a disputa com o grupo do atual prefeito Elias Lira. Mesmo sendo um sujeito antipático e rejeitado até pelos componentes do “grupo vermelhinho”, deverá, até as convenções partidárias, receber algumas adesões. Quanto ao seu já anunciado vice, Doutor Saulo, comenta-se que poderá deixar de ser o que nunca foi.

Já com relação à novela mexicana promovida pelo prefeito Elias Lira, no que diz respeito à escolha do candidato do grupo para disputar sua sucessão, o seu filho, o Joaquim Lira é que está levando vantagem. Ora!! Como se sabe o Joaquim foi eleito deputado  estadual em 2014 “nas coxas”, ou seja, sem “ralar”. Assim sendo, toda essa indefinição, segundo observadores da cena política local, tem por objetivo promover o deputado Joaquim em um líder, coisa que ele não é e nunca foi. Paralelamente a tudo isso o Joaquim ainda está se beneficiando (popularizando) em virtudes das aparições nos muitos eventos promovidos pelos dois “sonhadores”, valendo salientar: diga-se de passagem,  sem gastar nada!!

Pelo andar da carruagem o ungido à condição de candidato deverá ser o amigo Ozias Valentim, mesmo que seja apenas para cumprir tabela. O prefeito Elias Lira, neste momento, apenas consegue pensar  qual será a melhor maneira de “atravessar”  o próximo  pleito,  promovendo e dando uma condição privilegiada ao  seu filho. Isso, até o momento,  é o que realmente está  lhe interessando.

E, no que diz respeito a novos projetos e a novos conceitos em administração pública, infelizmente, nós, eleitores vitorienses, mais uma vez não teremos como votar em um candidato que possa despertar no seio da população esperança em dias melhores. Pelo menos em curto prazo……