Sonho Olímpico da Vitória: FRUSTRADO PELA SEGUNDA VEZ!!!

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A discussão travada em torno da possibilidade do Brasil ainda não ser portador das condições ideias para sediar os maiores eventos esportivos do Planeta, é válida e salutar (Copa da FIFA e Olimpíadas Mundial). Nas jornadas de junhos – título  atribuído aos movimentos ocorridos um ano antes da realização da Copa de 2014 – a palavra de ordem foi: “ queremos o Padrão FIFA também na saúde e na educação.”.

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No centro da sua maior crise republicana o Brasil começa “respirar”, na prática, a realização dos Jogos Olímpicos 2016. Em meio as denuncias de corrupção e esquema fraudulento nas construções dos equipamentos esportivos, assim como nos espaços públicos destinados ao evento, o Rio de Janeiro aguarda, com expectativa, a chegada dos atletas e suas respectivas delegações, oriundas dos cinco continentes.

Muito bem, sem querer, neste momento, opinar sobre as reais condições técnicas/financeiras e sociais do nosso País,  no que diz respeito às promoção dos grandes eventos, gostaria de evidenciar  os  motivos pelos quais a Tocha Olímpica, ao “pisar” em solo pernambucano, não colocou nossa cidade como roteiro.

Antes mesmo de adentrar no assunto propriamente dito, gostaria de lembrar aos internautas que nossa cidade, Vitória de Santo Antão, que em um passado não muito distante (década de 70) precisamente na segunda gestão municipal do prefeito José Augusto Ferrer de Moraes, gestão esta,  se comparada às recentes, tocada e administrada com os pacos recursos públicos disponíveis, vivenciamos, concretamente, o SONHO OLÍMPICO pela primeira vez.

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Para os que não sabem, o local em que se encontra instalada, hoje, a sede da AABB já pertenceu a Prefeitura da Vitória. Naquela ocasião, o prefeito José Augusto, com visão de futuro, construiu uma piscina semiolímpica – que ainda funciona – e reservou um enorme terreno para, posteriormente, erguer-se um Centro Olímpico Municipal. O local seria destinado ao uso e à prática dos esportes olímpicos gratuitamente aos alunos atletas do município.

Moral da história: o projeto não foi dado sequencia por outras gestões e o médico Ivo Queiroz se encarregou de transacionar o espaço com a iniciativa privada e colocar a  “pá de cal” no nosso “real” sonho olímpico.

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Aliás, coisa que o prefeito Elias Lira está ressuscitado na sua atual gestão, ao dilapidar o patrimônio imobiliário municipal  negociando-os com os  empresários sem o menor critério e também sem ouvir a população. Nesse contesto, deve-se grifar que as “negociações” foram aprovadas  pelos senhores “bem intencionados” vereadores.

Pois bem, em se tratando de OLIMPÍADAS, não obstante à tremenda frustração de termos nosso “Centro Olímpico” surrupiado, onde poderíamos, hoje, termos conterrâneos subindo nos pódios, com medalhas estufadas no peito, nos quatro cantos do mundo e servindo, indiscutivelmente, de exemplos para nossa juventude,  que cada vez mais encontra-se exposta ao mundo das  droga, contudo,  mais uma vez, todos nós vitorienses fomos privados de associamos o nome da nossa cidade ao maior acontecimento esportivo do planeta, na medida em que o evento da passagem da Tocha Olímpica, que estar ocorrendo  em Pernambuco não contemplou nossa cidade, Vitória de Santo Antão.

Sem nenhum desmérito para com as cidades contempladas não poderia, de maneira alguma, deixar de perguntar: O que a cidade de Orocó, Cabrobó e Lajedo tem que Vitória não tem? Se a vizinha cidade de Gravatá, que no passado seu território já nos pertenceu e  fica a pouco mais de 30 km da nossa, foi escolhida como palco para o evento, o que será que  nos faltou para entrarmos nessa  programação oficial?

Como bom vitoriense que sou imagino que tal oportunidade – passagem da Tocha Olímpica – seria  um excelente momento para dizermos ao Brasil e ao Mundo que foi a parir daqui – Vitória de Santo Antão – que surgiu o movimento de expulsão dos holandeses, em 1645. Foi também a partir daqui, através do herói local  Pedro Ribeiro da Silva, com uma insurgência em 1710 que ficou conhecida como a Guerra dos Mascates, que obrigou a  Coroa Portuguesa rever seus critérios no comercio com o então Brasil colonial.

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Acredito que com o possível  evento da passagem da Tocha Olímpica pelas ruas centrais da nossa cidade, poderíamos muito bem evidenciarmos  o nosso secular carnaval, tal qual aconteceu no estado da Bahia e, em particular, na cidade de Salvador.

Já pensou: fazermos o planeta inteiro saber que o povo da nossa cidade ainda preserva a cultura portuguesa,  através do nosso Clube de Fado Taboquinhas? Fazermos uma parada defronte ao Sobradinho, localizado na Rua Imperial, e revelarmos que os traços da sua arquitetura traz detalhes comuns aos árabes, em virtude da ocupação dos Mouros na Península Ibérica, ocorrida ainda na Idade Média e que nos foi repassados pelos português por ocasião da colonização! Infelizmente! Não teremos outra oportunidade como essa… Quando ocorrerá outra Olimpíada no Brasil? Quando?

Paulo Roberto Entrevista (9)-2Deste lamentável episodio, onde todos nós vitorienses perdemos, fica evidenciado, mais uma vez, que nosso atuais gestores e políticos não estão a serviço da comunidade. Temos três deputados estaduais que estão muito mais  preocupados em se dar bem que representar os interesses da cidade. Um prefeito que só pensa em poder e dinheiro. O  Secretário de Esporte, Cultura e Turismo, Paulo Roberto – muito pabuloso e pouco eficiente – na área dos esporte, principalmente na “cartolagem” do futebol profissional,  onde rola muito dinheiro, ele até que  se destaca mas, como gestor público municipal,  neste particular (esportes) não conseguiu nos últimos oito anos como gestor, implementar e dá visibilidade sequer a um  campeonato de porrinha.

Portanto, fica mais este triste registro no nosso Jornal Eletrônico,  realçando a indiferença dos nossos gestores com as coisas que verdadeiramente possam interessar  a população e que produz, indiscutivelmente,  ganhos coletivos. De resto, no que se refere às outras áreas de atuação desses sujeitos, que recebem dinheiro do erário para atuar em favor dos interesses do município, não podemos esperar muita coisa, pois eles são fies seguidores da famosa “Cartilha do Atraso”, implantada na cidade ainda na metade do século passado pelo Coronel José Joaquim da Silva e aperfeiçoada, em seguida,  pelo médico Ivo Queiroz. Lamentável!!

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