Na noite de ontem (19), através da internet, leitores do nosso blog repassaram-me informações (difusas) sobre o projeto enviado à Câmara de Vereadores pelo Poder Executivo,  tratando de questões sobre desafetação.

Antes de comentar, segue, portanto, a definição de afetação e desafetação: “Afetação consiste em conferir ao bem público uma destinação. Desafetação (desconsagração) consiste em retirar do bem aquela destinação anteriormente conferida a ele”.

Muito bem, com relação ao conteúdo do projeto aludido confesso que não tive acesso. Assim sendo fico impossibilitado, neste momento, de tecer maiores comentários no que diz respeito aos valores e às devidas transações. Mas, com relação às últimas práticas da gestão do Governo de Todos posso emitir minha opinião, sem maiores problemas.

Pois bem, coisa muita pior que desafetação o prefeito Elias Lira, no curso do seu mandato, vem promovendo na nossa cidade. É bom que se diga que o prefeito, a revelia de tudo e de todos, doou vários espaços públicos na cidade na maior CARA DE PAU. A Praça Professor Luis Boaventura, hoje, “Praça do Gena”, é um bom exemplo!!

Com relação ao negócio realizado com o Grupo Veneza (troca de ruas por asfaltamento) a comunidade local não ficou satisfeita com a permuta. Além das ruas terem diminuído de tamanhos, prejudicando quem tem galpão na área e que precisa trafegar com caminhão, uma delas foi pavimentada pela metade. Algo esquisito e estranho ao rito do processo legal.

Já com relação ao galpão da “ex-futura-sulanca”, transacionado com o Grupo Raça, segundo especialista, o preço saiu bem abaixo do valor de mercado, um negócio, digamos: “de pai pra filho”. É bom que se diga que a gestão do governo de todos passou oito anos no poder e não conseguiu uma afetação qualquer para o referido prédio, o que demonstra, claramente, uma tremenda incompetência ou  uma possível má fé.

Mas, segundo os “cientistas políticos populares” toda essa “moda” de desafetação na cidade, produzida no último ano da gestão do prefeito Elias Lira, entre outros motivos, tem como objetivo contemplar a  FACOL com a rua que já foi  ocupada por ela ,  há mais de uma década, ainda na gestão do Governo Que Faz. Quem viver verá!!

Por falar em Governo Que Faz, comandado pelo folclórico ex-prefeito José Aglailson e seu filhos, por uma questão de justiça, devo dizer que no quesito patrimônio público municipal a sua gestão foi bem diferente da atual.

Na Era do Governo Que Faz o grupo político amarelo chegou a chamar a gestão comandada por Aglailson de “Imobiliária Municipal”, uma vez que a mesma adquiriu vários imóveis na cidade, alguns deles, inclusive,  até hoje tendo total serventia para coletividade, a exemplo do prédio doado ao Instituto Histórico e Geográfico da Vitória e o terreno do Distrito Industrial, ao passo que a gestão do Governo de Todos, com muito mais recursos, no mesmo quesito,  as coisas “só andaram para traz”, ou seja: Elias vendeu até o que Aglailson construiu e, no ritmo que vai, até  o final do seu governo poderá, sabe se lá, desafetar  até o Palácio Municipal e a Praça da Matriz….

Não quero aqui, portanto,   desdizer o que sempre disse – Elias e Aglailson são farinha do mesmo saco –  mas,  mesmo com o folclórico ex-prefeito José Aglailson “pintando miséria” na cidade, invadindo terrenos e construindo aberrações urbanísticas , sou obrigado a dizer, neste momento, que no quesito “patrimônio municipal” a gestão do Governo Que Faz produziu algo de positivo,  fato, inversamente ocorrido na Gestão do Governo de Todos, ou seja: SOB A ADMINISTRAÇÃO DE ELIAS LIRA NOSSO MUNICÍPIO TORNOU-SE, EM TEMOS DE PATRIMÔNIO PÚBLICO, MAIS POBRE. Sendo assim, não seria nenhum absurdo dizer que o prefeito Elias Lira passa à história como o mandatário municipal  que mais DILAPIDOU O PATRIMÔNIO PÚBLICO DA NOSSA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO..