Quem segura o porta-estandarte tem a arte.

O Membro do coletivo Galileia Gustavo Free realizou um trabalho de reestruturação do prédio da ONG GAPES, no Mário Bezerra. Realizou, junto a Jack Nansei, algumas oficinas de capacitação na área de modelagem, reutilização de material descartável (construção de móveis com pallet). A cobertura do trabalho ficou por conta de Arthur Carvalho. Quem quiser conferir, é só clicar no vídeo.

Curiosidade:

Na primeira guerra mundial, as unidades militares possuíam um soldado responsável por carregar a bandeira do seu país, servindo de referência aos outros combatentes. Portanto, sua principal incumbência era a de jamais deixar que a bandeira caísse nas mãos dos inimigos. Atualmente, o porta-bandeira ou porta-estandarte faz a paisagem de cerimoniais, desfiles cívicos, escolas de samba, desfiles das forças armadas e etc.

No maracatu nação, a figura que conduz o estandarte (além de carregar o nome da agremiação e o ano em que a mesma foi criada) traja vestes semelhantes às de Luís XV. Se pensarmos que as agremiações representam a corte, com o Duque e a Duquesa, o Príncipe e a Princesa, o portador do estandarte vai cumprir exatamente o papel do embaixador.

Neste sentido, não parece que foi por simples rima que a banda Nação Zumbi responsabilizou o homem do porta-estandarte, na canção Maracatu Atômico, de “ter a arte”. Ora, está ali um funcionário diplomático encarregado de dar referência a toda agremiação. “Ter a arte” significa aqui, portanto, estar creditado a conduzir a missão de preservação do patrimônio artístico, dando continuidade ao trabalho dos nossos antepassados.

Nossos coletivos de cultura, na linha de frente com seus fazeres artísticos, carregam tal missão. São verdadeiros embaixadores da arte.

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