Vitória: Políticos descompromissados, cidade esculhambada.

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Dando continuidade à nossa série de matérias cujo título é: Vitória: políticos descompromissados, cidade esculhambada, onde estamos fazendo uma viagem no tempo, para conhecer um pouco mais da história comercial da nossa cidade, hoje falaremos do Açougue da Carne.

Segundo os livros que contam a história dos nossos antepassados, escritos pelo Mestre Aragão, após a construção da cadeia pública, a Câmara se voltou para a construção do Açougue, já que os problemas com comércio da carne verde, mesmo naquele tempo, já existiam.

Nos primeiros meses de 1854, os estudos foram realizados para viabilizar o empreendimento. Em 15 de maio, o plano de obra foi remetido à sede do Governo Provincial. Em 22 de março de 1855 a Câmara recebia o orçamento da obra: (4.500$000) quatro mil e quinhentos réis. Arrematou a construção da Açougue, por 4.499$000, o senhor Felipe Cavalcanti de Albuquerque. A pedra fundamental foi lançada em 19 de novembro do mesmo ano. Por ocasião da terrível epidemia de Cólera, ocorrida na nossa cidade no ano de 1856, a obra foi paralisada.

Depois de muitas idas e vindas, finalmente, no dia 11 de novembro de 1865, era, solenemente inaugurado,  o Açougue da Carne da Vitória. Recebia o velho açougue, no  ano dos seu centenário, 1965, um novo piso e revestimento interno.

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De 1965 para cá, muita coisa mudou. O comércio da carne verde na cidade da Vitória, sofreu,  assim como na maioria dos outros lugares, muitas alterações.

Hoje, até o matadouro público da cidade encontra-se lacrado pelos órgãos estaduais de fiscalização. Por incrível que possa parecer, os vitorienses, da metade do século passado, consumiam carne com mais procedência do que às comercializadas hoje em dia,  na feira livre da Vitória.

Portanto, o empreendimento, que ainda na metade do século 19, foi uma referência em higiene para os padrões da época, hoje está destruído e abandonado pelo poder público, não só desta gestão como  também, das que passaram nas últimas três décadas.

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Foto: Blog Conexão Vitoria de Santo Antão

Atualmente, o valor deste verdadeiro patrimônio cultural e histórico da Vitória, vem sendo negligenciado pelos nossos gestores. É bem verdade, que não podemos esperar muita coisa do atual prefeito, dada, a sua incapacidade no entendimento para as coisas relacionadas à história e à cultura. Já para o Secretário de Cultura da cidade, Paulo Roberto, que vez por outra, estufa o peito para falar do tal sentimento nativista que repousa no seu ser, deveria se pronunciar: ou será que este tal sentimento nativista é  só da boca pra fora?

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Leia também os outros posts desta série de artigos:
Parte 01 – Vitória: Políticos descompromissados, cidade esculhambada. – 14 de Outubro de 2013.
Parte 02 – Vitória: Políticos descompromissados, cidade esculhambada. – 15 de Outubro de 2013.

3 pensou em “Vitória: Políticos descompromissados, cidade esculhambada.

  1. Pilako. Bom dia.
    Hoje não estou muito inspirado para escrever. Hoje quero amar. Velho ama.
    Mas vamos lá com minhas besteiras. Aqui só vale o que dá voto, Mané Besta. Mané não, Pedro, Pedro Besta. Vou plagiar o falecido Vinicius de Morais: “veja que coisa mais linda”. A 13 de Maio continua linda, alô, alô, praça da Bandeira . Alô, alô, Benito de Paula. Deixemos estas m….. como estão.
    Analise os detalhes da segunda foto do açougue. Que zorra meu irmão. Parece um “penteio” de cu de macaco. É deslumbrante. O nativismo jorra pelas paredes e se evapora pelos telhados. Santo Cristo do Ipojuca abençoai nossos gestores. Por onde corre a sensibilidade destes indivíduos? Quanto ao bourgomestre Pilako já deu seu nefasto diagnóstico: “incapacidade no entendimento das coisas da cultura e da história”. Não penso como o Pilako, o prefeito tem um filho preparado, sensível, jovem e que com certeza tem sensibilidade e reconhece a importância das artes e da cultura em geral. Por que o filhote não sopra nas oiças do pai? Vai lá nêgo, sugere ao véio, sacodir e sanear esta b…. de centro que estamos deslumbrando nas fotos do blog. Restam-me poucos dias de vida. Será que não terei a alegria de ver nosso centro recuperado? Aliás por onde anda a doutora promotora que não ver estes descalabros cometidos contra a segurança, contra a saúde, contra a higiene, contra, contra e contra o povo? Minha fé, minha esperança continuam depositadas na doutora promotora. Ela prometeu, ela promete, ela é promotora, ela providenciará…

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