Vereador José Geraldo: permita-me discordar.

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Foto: divulgação

Recebi recentemente, por solicitação do Vereador José Geraldo  Gomes de Araujo Junior, duas correspondências da Câmara Municipal da Vitória. Dentro delas, vários requerimentos de autoria do vereador acima citado. Independente de qualquer coisa, antecipadamente agradeço por ter sido comunicado oficialmente.

Mesmo no seu primeiro mandato o Vereador Geraldo Junior, como assim é mais conhecido, vem desempenhado seu papel como legislador; propondo, discutindo, dialogando e etc, isto é bom para a câmara e para a sociedade.

No bojo das informações o jovem edil fez-se saber que pediu para consignar na ata da Casa um voto de aplausos para a diretoria do Clube Abanadores “O LEÃO”. Também requereu ao prefeito do município, diga-se de passagem, Poder Executivo, entre outras coisas, reforma de campo de futebol, Ambulância para comunidades, mais vagas/cadastramento para moto-taxis, contratação de médico, calçamento e ainda a elaboração de um projeto para a possível transformação do antigo prédio da delegacia de polícia em um centro de artesanato (próximo ao AABB).

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Muito bem, é sobre este último pedido que  peço permissão ao Vereador Geraldo Junior, para discordar. Longe de mim, achar que os artesões da cidade não mereçam ter um lugar para comercializar seus produtos, muito pelo contrário acho até que nenhum governo municipal, nas últimas décadas, deu a devida atenção à esta categoria, valendo salientar: MERECEDORA.

Por falta de visão e boa vontade, ou até por falta de assessoria, o prefeito Elias Lira perdeu uma boa oportunidade quando não  reservou, à titulo de contrapartida,  já que doou um terreno valioso à empresários de fora, um espaço comercial considerável no novo centro de compras que em breve abrirá suas portas na cidade. Acredito, que desta forma, seriam contemplados, de maneira satisfatória e sustentável, os negócios relativos ao artesanato em nossa cidade.

Voltando para o prédio desativado da delegacia de polícia, construção aliás, que nunca deveria ter sido autorizada por se tratar de invasão em uma praça, gostaria de evocar Castro Alves, quando disse: “a praça é do povo, como o céu é do condor”.

Sendo assim, gostaria de lembrar que na nossa cidade os políticos, adeptos da famosa “cartilha do atraso”, o que não é o caso do Vereador citado, sempre se utilizaram de práticas mutiladoras nos espaços públicos, sobretudo às praças. Como exemplo, poderíamos citar: Praça Professor Juca (Fórum), Praça da Bela Vista (colégio e posto de saúde), Praça Luis Boaventura (Bar do Gena) e tantas outras “doadas” para construções de residências e tantos outros empreendimentos comerciais.

Para encerrar, gostaria então que o jovem legislador, se possível, propusesse, ao invés do centro de artesanato, a devolução imediata da Praça Rútilo de Melo ao povo, visto que, aquela área abriga várias residências e também duas unidades de ensino, ávidas por espaços públicos de qualidade.

Portanto, é desta forma que exercitamos a verdadeira democracia, com respeito ao contraditória e debatendo para o bem comum. Vossa Excelência na tribuna da Casa Diogo de Braga e nós aqui, pela nossa tribuna cibernética.

4 pensou em “Vereador José Geraldo: permita-me discordar.

  1. Caro Pilako, concordo com a sua colocação sobre a devolução ao povo, principalmente aos moradores daquele bairro, da praça citada acima.
    Pois bem, se o Sr. Geraldo Júnior pretende criar um espaço para os Artesãos de nossa querida Vitória, ele deveria requerer do Poder Executivo a retirada das construções (invasões) ao redor do Antigo Mercado da Farinha e nele criar o Centro de Artesanato.
    Em relação das Praças de nossa cidade, deveria ser proposta uma lei que obrigasse o poder Executivo uma manutenção continua desses espaços de lazer, como também a construção de novos Espaços Multiculturais.

  2. “A PRAÇA É DO POVO COMO O CÉU É DO CONDOR”.

    Concordo plenamente com o PILAKO, pois, inúmeras são as PRAÇAS que foram “doadas” por nossas “AUTORIDADES”. Pilako citou algumas, mas ainda faltou mencionar a PRAÇA DO MAUÉS (não a que fica em frente a igreja), mas sim, a que fica ou ficava perto da SUB ESTAÇÃO DA CELPE. Hoje no local tem comitê politico, farmácia e um bar. Bar esse por sinal que a construção é do mesmo CIDADÃO que esta construindo nas calçadas do LOTEAMENTO DOS TRAJANOS.
    Também merece destaque a PRAÇA que existia em frente ao LABORATÓRIO SILVANO SARMENTO ( PERTO DO SANTA MARIA), no local hoje funciona lanchonetes, consultórios dentários, funerárias, etc.

    Desta forma, acho que o ILUSTRE VEREADOR, NÃO SE SUBMETA A CARTILHA DO ATRASO, tão aplicada em nossa CIDADE.

    DR. GERALDO – PRAÇA É PARA O POVO. NÃO É ADMISSÍVEL QUE AQUELE PREDIO ALI SEJA REAPROVEITADO SEM ESSA FUNÇÃO. Sei que o Sr. Anda por Recife, já viu algum BAR ou qualquer outra COISA parecida nas PRAÇAS DO RECIFE?

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